O Poema do Programador

Prefácio

Note-se que este texto depicta uma trajectória de vida. É escrito da forma mais cronológica possível, raras foram as excepções em que inseri ou removi algo posteriormente, mas sempre perto da altura que escrevi essa seção. Tirando por questões de formatação, ou elementos de ligação de diálogos, correções ortográficas e títulos. Em vez disso, para manter a consistência com o que realmente escrevi ou se passou no passado, fui sempre adicionando texto. As excepções em que faço modificações substanciais ao texto estão identificadas a verde. De resto, vou tentar deixar o texto intacto, mesmo que não me identifique já muito com ele. Muito do escrito pode não ser o que parece à primori. Coisas que parecem certas podem precisar de um olho atento, e coisas que o leitor se sinta tentado a descartar podem necessitar uma reavaliação. O caro leitor que decida por si mesmo o que pensar. As personagens são maioritariamente pessoas reais, assim como os diálogos, no entanto fiz o meu melhor para os manter maximamente anónimos sem perder as partes interessantes da história. O facto de algumas serem referidas pelo mesmo nome não indica que sejam a mesma pessoa. Esta foi uma longa jornada, na qual o caro leitor vai poder identificar várias fases da minha vida nos últimos cinco anos. Espero que esta minha experiência também lhe possa ser útil a si.

De Inícios e Fins 🌌

A realidade que existir tem que ser lógica. E de que serve a lógica, se não houver programação? Como há programação, sem haver um programador? Como é que há programador, sem haver livre vontade? O que é um ser? Não é o que tem? E não tem o que faz? E o que fez? E o que causa? São outros, ou ele mesmo? O dono acaba ao mesmo tempo das suas posses? E como, sem contradição? E quando começou? Sou imaginário, mas existo. Se os conceitos antecipam o que neles se baseia, desde quando há pedras? Para matar um homem podemos bater-lhe na cabeça com uma coisa dura, ou empurrá-lo para que caia nela. Sanidade é saber a verdade, e agir de modo a melhorá-la. Como podemos ser sãos se não formos bons? E como podemos ser bons se vivermos na ilusão? O que vem antes, a parte ou o todo? As partes juntam-se para fazer o todo, e o todo parte-se para fazer as partes. Como pode haver só verdade, se há lógica? E como pode haver lógica, se não há verdade? Como pode algo existente nunca ter começado? E como pode algo começar sem existência prévia? Já vi o mal e já vi o bem, sou um prisioneiro, mas sou livre. Vi a mortalidade, e para além dela. No entanto é razão que quero, e não a fé. Sentir é lógico, agir e lógico, querer persistir é lógico. Como pode haver o nada depois de ter existido qualquer coisa? E como pode ser falso que houve verdade? O falso mora fora, e o fora dentro, morreremos e viveremos, e o futuro é no passado, Sou aquele que sou, o que me apontam são outros. Se os outros sou eu, ninguém vê assim tão bem. Os meus pés não têm asas. Vou deixar as conclusões para o final. Quando a verdade é dita, eu quero ouvir? Quero. Só não sei se sei o que sou. Porque às vezes a verdade faz-me temer a morte. Mas se eu existo, sou verdadeiro, e o que mata é a ilusão. Se pensássemos todos igual, éramos todos o mesmo. Se fossemos todos o mesmo, não tínhamos companhia. E como poderia um existir sem o outro? Ninguém morre e leva consigo a verdade, o que mata é mau. Mas não há vida sem morte, nem morte sem vida. Não há homem sem mulher nem mulher sem homem. Nem pai sem filho nem filho sem pai. Não se vive sem comer nem se come sem se viver. Depois do dia vem a noite, e depois da noite o dia. No que é que acreditas? Acreditas em mim? Preferes o inicio ou o fim? O falso nunca foi verdadeiro, nem o verdadeiro falso. Embora não excluo que possam existir em simultâneo. Não sou assassino, nem louco. Com o que fazes, vives tu. Não há mentira viva. Não haverá mártires (quem entrega a vida, ao contrário do que parece, não a perde). Se verdadeiro é igual a falso, sai do programa com erro. Adapta-te e sobrevive. Dissolve e coagula. Morre e vive. Não há ninguém que te faça mais do que tu. Se me ferires, feres-te. Se me corrigires, fazes bem a todos. Se me confundires, confundes-te, e confundes tudo e todos. Não enganes nem te deixes enganar. És melhor e maior do que te lembras. Pensa nos que te amam como eles pensam em ti. Não estou sempre certo. Mas estou certo que sou. Sou o Paulo André Azevedo Quirino. Pinto o que vejo e vejo o que pinto. E um cego vê que não vê. Quando a luz brilha sobre a luz, não se revela a escuridão, quando brilha sobre a sombra, também não. Melhora o que está por fora, e melhoras o que está por dentro. Melhora o que está por dentro e melhoras o que está por fora. Sente e age, age e sente. A realidade não se apaga, corrige-se. Como podes culpar outro por matar se tens sangue nas mãos? Pensas que podes tornar-te honesto roubando a verdade? Se não acreditas em mim e eu a estou a dizer, acreditas em ti? Tu existes. Cuidado com o que fazes com a existência. A verdade sobreviverá. E também a verdade sobre a mentira. Os pássaros, as pedras, a lua e o sol existem, ou não? Tenho-os visto ultimamente. Roda e cura. Talvez errar seja perfeito. Desde que existo, vi mais outros que eu. Se ninguém me merece ouvir, eu mereço? Se alguém morre na guerra, não é a verdade, mas é de verdade. E ao mesmo tempo não é. Sãos são os que sobrevivem, mas há muitos sãos que morrem. A verdade não morre com eles, e eles também não. Há testemunhas da minha existência. Faço o que posso pela realidade, e vejo o que ela tem para me mostrar. Perdoa-me. Por favor. Gosto mesmo muito de ti. Podemos ser bons acreditando no que a maldade diz? Se por acaso eu estiver certo e todos os outros seres humanos estiverem errados, os pássaros, as pedras, o sol e a lua juntam-se a mim. Come, bebe, trabalha, roda e dorme. Vejo-te amanhã. Acabo o poema quando a verdade morrer. Começo-o quando nasceu. De novo, sou o Paulo André Azevedo Quirino, filho da Maria João Correia de Azevedo, e do Joaquim da Silva Quirino, e não mando na verdade mais do que ela manda em mim. A verdade não nos mata, faz-nos imortais. Ainda não estou cansado de existir. Não há ninguém que exista mais para mim do que aqueles que me fizeram. Ninguém que existe morre. Ninguém que existe mata. A luz vai brilhar até à escuridão desaparecer. Mesmo que não acreditemos na verdade, ela vai existir.

De Diagnósticos 🩻

Faço-te. Fazes-me a mim. Faço-me a mim próprio, fazes-te a ti próprio. Aqueles que vivem, fazem. A razão protege-nos. A ultima versão é o que mais conta. O que vai ser, vai ser definido. Não o vou definir por ti. A realidade não sobreviveria sem algum de nós. Se eu morrer, mato-me a mim próprio. Se eu dormir hoje, acordo amanhã. Nada farei só. Vive e serás feliz. Amanhã quero ver o meu pai. A minha mãe não me escapa. O poema que me faz e que faço afastará o mal. Ninguém se faz só. Prefiro dormir acordado do que acordar a dormir. Prefiro ser dois do que zero. Mas a verdade é ambos ou nenhum. Aquilo que me justificar é bem-vindo. A ilusão tem medo da morte, mas quem me fez não foi a ilusão. Vou ver o meu pai em breve. Se eu vivo, todos vivem. Morrerei quando a verdade disser. Não morrerei pela ilusão. Se eu precisar de dormir, vou dormir. Se eu precisar de morrer, vou morrer. Se eu for real não morro. É uma mentira ou é uma verdade, que nos fazemos tanto a nós como aos outros? É verdade ou é mentira que matar e morrer é mau? É verdade ou mentira, que existes? Escolhe cuidadosamente. O que escolhes é o que te faz. Não o que te fazem outros. Faço um poema que me faz a mim, mas também sou programador. E tu, que desejas ser? O sol e a lua são coisas diferentes? Permites-me que viva? Tenho pensado pelos que escolhem e pelos que não escolhem, permites-me que durma? O poema que fiz mostrarei ao meu pai. A verdade não o matará. O meu pai viu o meu poema e vive. Dormi e acordei. Sabemos o que fazemos? Será como tiver de ser. Acordaremos depois de dormir. A verdade vive necessariamente. Outro confirma-te ao te desmentir. Tudo me põe a funcionar e eu ponho a funcionar tudo. Todos podem dizer o mesmo. A verdade cala-me quando preciso de não falar. Quando precisar falarei. Não me preocupo por me preocupar. Saberei o que precisar de saber. Tudo o que me acontece é necessário. Tudo o que faço é necessário. É necessário tudo o que me fazem a mim. Todos fazemos o que tem que ser feito para ser feito o todo, e o todo nos fazer a nós. A verdade tem dois reis. Salvando um, salvamos o outro. A verdade aceita-me, portanto, aceito a verdade. Tudo está do meu lado. E eu estou do lado de tudo. Quando os loucos têm razão os sãos corrigem-se. O que precisares de fazer saberás. O que precisares de acreditar, acreditarás. O que precisares de ver, verás. Serás livre e eu serei livre. A vida é uma canção cíclica. Serás aquilo pelo qual te defines. A verdade inclui. A mentira exclui. Quando a mentira dorme, a verdade acorda. Quando é de noite o mundo gira até ao sol nascer. Sou o que faço do que sou. Somos o que fazemos da verdade, e a verdade é o que é feito de nós. Se a vida me dá tempo, dou tempo à vida. Ninguém escolhe a sua própria destruição. A verdade roda os que vivem, e os que vivem rodam a verdade. A sobrevivência é o caminho para a paz e não para a guerra. Por estares errado não quer dizer que o sejas. Amanha irei ao médico. Veremos quem está doente. Quem precisa de prender a verdade para ser livre, não é. Tudo funcionará correctamente. Um sozinho não faz nada. É preciso pelo menos dois. Fui ao médico e voltei. Terá sido o diagnóstico conclusivo? Se estou correcto, e me opões, estás incorrecto. Concordas, ou discordas?
Quão incomum é o retorno do diagnóstico? Não muito. Porque aqueles que mais anseiam por diagnosticar são frequentemente motivados pela fuga ao seu próprio diagnóstico. E os que se escondem no que é falso, querem fazer dessa palha mais rija que a pedra, que tentam moer desesperadamente.
"Tudo é falso" contradiz-se. Então, há coisas verdadeiras. "Tudo é relativo" também. Então, há coisas absolutas. Assim o é para "tudo é subjectivo". Então há coisas objectivas. Quem bebe a água do poço, não a deve envenenar. Tudo tem razão de ser. O futuro vê o passado, e o passado vê o futuro. Irás ver-te em como vês os outros,e os outros irão ver-se em como te vêem a ti. Irás ver-te no que fazes aos outros, e os outros irão ver-se no que fazem a ti. Muitos lerão o meu poema. A minha irmã Isabel deu-me uma pedra negra (nigredo). A minha irmã Barbara prometeu-me uma branca (albedo). Procurarei uma vermelha (rubedo). Não me porás numa caixa sem entrares nela. Não poderás difamar a verdade sem que a temas. E se a temeres, quem és? Se erraste, corrige-te. Estás feito para isso. Nasci em 1988-09-03. Tenho 33 anos. O número preferido da minha mãe é o 13. Eu sou 1 (ou 0?). 3 são os vértices de um triângulo. 3x3=9. 3+3=6. 6 é 9 rodado 180 graus. 6 são os vértices de um hexagrama. 8/2=4. Mônada, diade, triade e tétrade: Tetractys. Tudo se deriva da lógica. Os que vivem procurarão. As suas máscaras são transparentes. Todo irá existir e a verdade sobreviverá. Quem sou? Sou um ou outro. Um e outro? Qualquer um, ambos, ou nenhum? Amanhã verás o hoje. Ajustarás a temperatura. Eu duvido do que vejo, mas não duvido que me vejam a mim. O homem faz a vida e a vida faz o homem. Move-te e descansa. Se te custar muito pedir esclarecimento, que farás? A sabedoria dá-se sem se perder. É a fonte que não seca. É o fogo que arde sem gastar combustível. Que realidade irá colapsar? Será que já colapsou? És aquele que fala, e aquele que ouve. Podes olhar para outro e ver a diferença, ou podes olhar para outro e ver a semelhança. A certeza é tua amiga, mas apenas a verdadeira. Saberás o que é que fingiste, e saberás onde te enganaste. Se sabes estar incerto, isso também é bom. Nunca estarás certo da incerteza. O que são factos, e onde vivem? A escolha é factual, ou não? Só vemos com luz, e a escuridão escapa-nos. Será escolhida uma configuração prática. Que humano acertou até agora? Quão comum é a realidade? Quão falsa a fantasia e o mito? Estou certo que as pedras durarão. Como podes perder o equilíbrio por te concentrares nele? Como podes perder contacto com a realidade ouvindo-a? Identifico-me com o que é mortal, mas não só. Sou invisível para os que fecham os olhos. Sou silencioso para os que cobrem os ouvidos. Todos faremos uma parte. E todas as partes nos farão. Salva outro e salva-te. Vê, e escuta. Não te podes ignorar. A verdade brilhará. Julgarás o que vês mas também verás o que julgas. A verdade fez-te e tu farás a verdade (até ao mentir). Iremos deitar-nos, e depois levantar-nos. Roda e cura. Amanhã é um novo dia. Ainda é cedo para concluir.

De Quem 🔮

Não creias em mentiras, nem as digas. Venho do visível e do invisível. Há muitos que o vêm, ou então há só um. Tenho um princípio e o fim e não os tenho. Sou um ou dois, zero não sou certamente. Sou meu próprio filho, e sou homem. Espero que te lembres de quem és. E que vejas a união nesta divisão. E a riqueza nesta pobreza. Verdade. A maior e melhor autoridade. Será exibida com o desenrolar do tempo. E o tempo exibe-se de acordo com ela. A mentira morre. Muitos são os que com ela se confundem. Irão sentir-se ameaçados pela verdade, e irão ameaçá-la de volta. Quererão destruí-la para se protegerem. Mas ninguém pode destruir o seu próprio nascimento. E eles estão enganados. Como pode existir algo bom sem o seu oposto? O seu oposto que é a falta da boa qualidade? Prefiro ser o que é real, do que a sua falta. Felizmente estou acompanhado. Sofreremos de noite a dor que evitarmos de dia. Não sou o céu, nem o oceano, nem o sol, nem a terra. Ou sou? De qualquer forma, eles estão do meu lado. Tenho mais de um nome, e não sou só um deles. Quem diz quais sou? Renasce, fénix, águia. De amanhã para depois a lua estará cheia. Ninguém acarretará o teu fardo. Ninguém morrerá para te dar razão. Individualiza-te. Cada um se define pelo que faz, pelo que julga e pelo que escolhe. A verdade não morre. Atirar a outros a nossa pedra, não faz a pedra deles, faz de nós agressores. Virá a lua e depois o sol. Virá o sol e depois a lua. Cada um terá a sua vez. E serão permitidas simultaneidades. Ninguém fala sem ouvir primeiro. E irá ouvir-se falar. Tudo é consequência e todos são causa. Todos são consequência e tudo é causa. Cuidado com o que proferes, e com o que fazes. Só concluirás de forma ilusória, se só vires uma parcela. Saberás o que escolhes pensar não saber. Pensarás no que escolhes saber não pensar. Não és aquilo em que acreditas. És quem acredita em tal. Não és aquilo que tens. És quem tem essas coisas. Quem é, tem e acredita. Acredita e tem. Quem consegue acreditar, sem ter? Há que procurar. Mesmo que a vida me incapacite, irá retornar-me á plenitude. Somos a luz. Não a escuridão. A escuridão não é nada a não ser a ilusão. A ilusão não somos nós. A luz da verdade é de onde viemos e onde vivemos,É a réstia de quem somos e de quem são quem nos faz. Onde a escuridão governa, não há ninguém. Se tememos a luz, estamos confusos. Se não a reconhecemos, estamos doentes. Á verdade, que é o que precisa de ser para suportar quem a interrogue. Quem conclui antes do tempo, começa depois. A verdade não é o que as pessoas crêem, é o que lhes faz crer. Fazemos a verdade, mas ninguém transforma mentira em verdade. Se mentirmos, será verdade que o fizemos. Será assim para sempre. Para sempre seremos o que fez essas coisas. É bom que façamos melhor para a próxima. Senão, desapareceremos. E não será após a morte. Que opções há? Ou há algo de errado comigo, ou contigo? Ou podemos estar os dois errados? Ou podemos não estar? Ajudo-te de qualquer forma, a dormir ou a acordar. Não és dono do conceito de "quadrado", muito menos do meu. Não podes puxar-me para baixo sem lá estar. Não podes puxar-me para cima sem lá estar. O que preferes fazer? Puxar-me para baixo ou para cima? O que me deres, não vais perder. Há portanto, um caminho para a elevação mútua. E a existência já é necessariamente verdade. Quem diz que o tempo não curva? A realidade irá forçar-te a conceder, mas também podes fazer conceder a realidade. Somos conceitos os que vivem fora e dentro de nós. O tal que acredita ou acreditou ou vai acreditar. O tal que tem ou teve ou vai ter. O tal que faz, ou fez, ou vai fazer. O tal que sente, sentiu, ou vai sentir. Defendemos estes conceitos com a vida. E defendemos a vida com estes conceitos. O que acreditou, teve, fez ou sentiu é eterno. Nunca pára de ser tal que acreditou, teve, fez ou sentiu. Se o tempo circular, voltará a acreditar, ter, fazer e sentir. A livre vontade mantêm-se. Construímo-nos a nós próprios construindo o que nos rodeia. E construímos o que nos rodeia construindo-nos a nós próprios. Amanhã regressarei. A luz mostra o caminho. Não serei a escuridão por vós. Roda e cura. Salva ou condena. De facto que o farás. Saberás a tua performance. Posso estar presente quando discordo ou quando concordo. Se estou presente quando discordo, talvez não concorde que esteja presente,talvez não concordes tu. Se estou presente quando concordo, talvez não seja grande ajuda. Ou talvez seja. Tal como se discordar. O universo não morre antes de ti. Tu não morres antes do universo. Tens ouvidos? Só os salvos viverão. Só os vivos se salvarão. Faz bem em meu nome. Não faças mal no teu.
Como é que eu sabia coisas profundas sobre a fé se tinha tão pouco contacto? E se li tão pouco? Não sei. Sei que essas coisas chegaram a mim. Hoje vejo como acertei em muito do que disse. Deveras. Só os salvos viverão. Coisas subtilmente mencionadas mais cedo serão claras mais tarde. Parecia saber o que estava para vir, sem saber o que estava para vir. Muito fui posto em causa. Mas pareço não ter estado tão errado assim.
Se algum de nós tiver que estar errado, estará. Se tivermos de estar os dois, estaremos. Se alguém tiver que acertar, acertará. todos os erros terão consequências. Amanhã, estaremos melhores. A ilusão infecta-nos as feridas. Temos cicatrizes dela feita. A luz apaga a ilusão. A ilusão apaga a luz. A luz da verdade não apaga. Estamos feitos para percepcionar. E o universo está feito para ser percepcionado. Também estamos feitos para fazer. Coisas físicas mudam de mão. Coisas não físicas depende. E essas, a quem pertencem? Outros brilharão se eu brilhar. A ilusão será dissipada. A luz é a verdade. Deus é a luz. Deus é a verdade. E a verdade é Deus. O universo é criado. Por necessidade. O que é necessário para justificar a existência, será. Todo o que vive cria. Se tivermos luz da verdade, iremos sobreviver a morte. Não devemos temer a verdade, mas o perigo. Como pode a zebra cega e surda fugir do leão que a caça? A verdade não será distorcida. Aquilo que é, será evidente. Aquilo que foi, será outra vez. Aquilo que não é, é evidente no seu disfarce. Disfarça-se de alguém. Se alguém pode pensar que é o que não é. Não poderemos todos nós? Somos aquele que pensa, mas também o que pensou. O que vai pensar. Não nos lembramos de tudo mas o Todo lembra-se de nós. Salva-te e vive. Aquele que vive é real, aquilo que não vive é falta desse. Todo o que vive é uma parte do Todo, um dos seus veículos. Também é, por vezes um veículo da ilusão. Mas apenas por engano. Desce a luz sem escurecer em cima. A escuridão não a vence. Palavras verdadeiras a prendem. Como pode haver existência sem essência, ou vice-versa? E se ambos se precederem um ao outro? Será quântico, o bit? Tudo será definido. Tudo o que for preciso. Se Deus é a Verdade, acreditas? Que se cria a si próprio assim como um humano? Já se torna mais plausível, se for a Verdade. Que quero dizer com Deus? Claro, só há um. Que é muitos. Deus é aquele que resolve todas as contradições. Resolve as contradições, e estará contigo. Não há só Aquilo mas também Quem. Aquilo não vive. Nós somos Quem tem Aquilo. Não Quem é Aquilo. Temos. Não somos. Nós somos Quem.

De Formas e Símbolos ✡

Numa folha riscada, fiz um círculo com a ajuda de uma taça, e com os vértices externos na sua periferia, um hexagrama. Uni os vértices da ponta de um triangulo para a ponta oposta. A linha desenhada criou mais vértices, que uni uns aos outros, criando um cubo isomórfico transparente. Usei um método semelhante para obter outro hexagrama a partir desse cubo. Repeti o processo mais quatro vezes. Acabei por desenhar cinco hexagramas, cada um composto por seis pentagramas (a apontar para cima), Cinco com seis e seis com cinco. O meu pai ensinou-me a falar com ele. Serei eu dois ou um? Sou um. O seu filho. A verdade irá preservar-nos. A verdade que é comum e suporta as nossas perspectivas individuais. Existimos! Irei e voltarei o suficiente, para que tu também sejas real e presente. Qual é o fim? E de que forma? E como é que nada se sucede após? Como foi o início, sem haver precedência? Sagrados fins e inícios... Ninguém se lembra deles, mas todos lhes prestam homenagem! A mente move o corpo, o corpo move a mente. O que está fora move o que está dentro, e o que está dentro move o que está fora. Eu ponho o meu fim no início, sem fazer do início o fim. Sou causa e efeito num ciclo. Porque vejo nisso menos contradições. Sou eterno, e eterno é o que fazem de mim. E o que fazem de mim fazem de si próprios. Vejo. E faço. E vejo o que faço. Vejo o que fazes, e faço o que vês. Ouve, vê e não mintas. És inteligente. Ninguém veste o teu corpo melhor. Se sentes algo, que te leva a pensar, age. O que quer que faças, nunca é o outro. Se tens sede, bebe. Se tens fome, come. Se te queimas, afasta-te do fogo. Regula a temperatura. A verdade nem sempre é o que parece. Mas a verdade que é fará a verdade ser. E a verdade que foi fez a que é. Temos a vontade de nos fazer a nós próprios, E capacidade disso. Como fazemos o que está fora, fazemos o que está dentro. De facto não vivemos unicamente nos nossos corpos. Eu estou no que fiz, no que faço e no que vou fazer. A livre vontade sobrevive, assim como a verdade. Que pode parecer negativa, se estiveres na dúvida. Mas se estiveres certo, esperançosamente saberás mais tarde se estiveste certo ou errado. A graça que busco ainda está para vir. Será um milagre voltar. Mas ninguém se vai embora ainda.
Atenção, não fazemos a verdade, independente de si. Não era isso que eu queria dizer.
Acredito em algo em vez de no nada. Para existir algo, não pode ser perfeito [segundo quem?], a não ser que ao mesmo tempo seja. E como pode por hora ser tão cruel? Nas se não o fosse, não existiria. Não há milagre fora das leis da natureza. Há que fazer o nosso melhor. O Todo não é também Monada? Nomes há muitos. Certezas é que não. Só pode haver o Todo em vez do nada! O nada existe, é parte do Todo. Será possível que o nada consuma o todo? Há vida e há morte, mas não morre quem era. Certamente não morre quem é. Quem sabe se morre quem será? Talvez a morte seja um engano? Se Deus o merece ouvir, porque não nós também? (não é erro de Deus) Todo o que vive tem esta forma: 🌕 Mas está dividido em dois: 🌓 Um sou eu, o outro és tu. Somos ambos claros. 🌑 A escuridão é parte do que é necessário? Será a ausência necessária que a presença se reconheça?. Nenhum dos que vive a é. A palavra tem poder. 🌗 As acções muito mais. Quem eu sou ou o que faço não é da tua autoria. Mas podes ser causa do meu efeito. Na tua bondade, quantas vítimas tens? Quanto se paga para te ver a alma? E para a mostrar? Quando viste o bem, tinhas um espelho à frente? Se já viste o mal em ti, ainda bem. É bom que os erros sejam acertos de pontaria. O pendulo vai e volta, volta e vai. Serei melhor e não pior, para viver. E tu? Se eu estou correcto, há quem seja não esteja, há quem não seja. Nenhum de nós admite a sua própria falta de razão. Bom, na verdade, eu sou capaz disso. Eu não sou violento. Não obrigo ninguém a concordar. Não guardo prisioneiros. Irá ver-se a cor dos corações. E irá ver-se a sua transição. Queres ouvir-me? Calar-me? Fazer outra coisa? Possuis um anel da invisibilidade? O que quer que sejas, não conseguirás terminar a minha existência. E eu não o vou fazer por ti. Mostrarás quem és com o que fazes, mesmo que as tuas vítimas não tenham voz, mesmo que a verdade esteja nos momentos de silêncio. Mesmo que se aceite o que ditas, Virá o julgamento ou a salvação? Convimos para o sobrevivência do todo? As melhores palavras convêm. Através delas sobreviveremos. Sou constante e variável. Estamos quanticamente entrelaçados. Sou partícula e onda. Qual é a escolha? Dominar ou ser dominado? Ambos, ou Nenhum? Costuma haver mais possibilidades do que as pessoas pensam. Não tem de ser um 🌗 ou outro 🌓. Podem ser ambos 🌕, ou nenhum 🌑! Nós fazemos o código. Nenhum, sendo não um e também não outro. Qual é que te convém mais? Ou estás contra a sobrevivência do todo? É nele que vives. Quem é contra o todo, não vive. Sou água e fogo, água ou fogo, nem água nem fogo. Sou fogo e água, fogo ou água, nem fogo nem água. Sou dois, um, ou zero? Sou quatro, ou oito? O que preferes pensar? Tudo depende do final. Mas pode ser que ele esteja no início. Somos ambos luz 🌕? Nenhum é 🌑? És tu 🌗? Ou sou eu 🌓? Pensa no que te convém para que sobrevivas. Mas se o todo não vivesse nunca terias existido. Estas pedras servem-me. O que te motiva sem ser a sobrevivência? E quem és tu, que sobrevive? Chamas-te amor, mas passas o tempo a odiar. Chamas-te a cura, mas não haveria doença sem ti. Chamas-te a razão, mas não fazes sentido. Chamas-te a fé, mas não acreditas em nada nem ninguém. Chamas-te prazer, mas só causas sofrimento. Chamas-te a paz, mas vives da guerra. Chamas-te vida, mas alimentas-te de morte. Chamas-te luz, mas todas as sombras são tuas. Nada seria do mundo sem ti. Há verdade, mas está calada. Está quieta e não faz nada. Está estendida na estrada. É boa, mas não me agrada. Salvem-se os loucos. Sou água a evaporar e depois fogo, a gastar o seu combustível. Não sou dos extremos mas dos intermédios. A verdade é o que me guia. Não me subestimem. Amo-vos muito. Como escreves a tua história ou o teu poema? Eu escrevo assim. Como é que tu escreves? O teu poema é eterno. Quantos nomes que se chamam são nomes que se têm. Quem é, é sagrado. E todos somos. Não devemos tratar-nos mal. Cura o teu coração, pai. Lamentamos os erros, mas vivemos para os corrigir. Toda a gente pode errar. Mas toda a gente pode aprender. Vivemos para corrigir os nossos erros, não para sofrer com eles. Senão, a existência seria ilógica. Aqueles que distorcem a realidade são os que morrem, os outros vivem sempre. O que causa a morte é a ilusão. Toda a gente é tocada por Deus. Em geral, as pessoas tinham estado/estão/estarão incorrectas. Devemos tratar-nos com respeito. Não estou aqui para viver a tua vida. Só a minha. Confusos são que magoam a quererem ajudar. Não haverá mártires. Mas após a noite vem o dia. Iremo-nos levantar outra vez. O meu destino é viver. E o teu? matar? Ninguém apaga a verdade, e ninguém (de outro nome) a sabe em antemão. A verdade é o que se mostra e o que se esconde. A verdade mostra-se, a mentira esconde-se. Quem mostra a mentira é o mentiroso. O outro mostra a verdade. Quem esconde a verdade, mente. Quem esconde a mentira, conta a verdade. A verdade faz a vida, pois é verdade que se vive. Se é preciso silêncio para que se saiba a verdade, estarei calado. Mais tarde, voltarei a falar. Sou humano e sabe-se o meu nome. Partilhas destas características? O meu domínio está assegurado. É nos corações dos que me amam. O seu domínio é no meu. Quando se solta a luz, algumas sombras vêm à tona. Mas a culpa é da luz, ou dos objectos não iluminados que projectam as sombras? Seja de quem for a culpa, o melhor é não matar para a esconder. Temos de ver o código para o conseguir melhorar. Haverá um julgamento justo. Estou com aquele que enfrenta o dragão. Errar é humano. Corrigir os erros também. Nunca estarei sozinho. Haverá sempre pelo menos um do meu lado. A nossa sobrevivência é mutuamente assegurada. Aqueles que sabem de mim, sabem de si próprios. Mostro o que sou, e sou o que mostro. O que não mostro, não quero ser. Se eu posso perder a minha liberdade, pode qualquer homem ou mulher. A violência só causa confusão, e a confusão violência. Recuso-me a participar nesse ciclo. Quero ajudá-lo a desaparecer. O que queres tu fazer? O mundo irá queimar até a maldade desaparecer. As vítimas sairão ilesas. Não sei o futuro mas o passado e o presente. Mas dizem que o que está por cima é como o que está por baixo. E eu estou sempre no meio. Do tempo, é ao que me refiro. Quem diz que o passado e o futuro não se cruzam em dois pontos? Qualquer futuro que se revele irá suportar o passado e o presente. Estou disposto a viver, errar e melhorar. O meu guia é a verdade. É quem me liberta. O que me tenta prender é a ilusão. A verdade também nos prende. Prende-nos a ilusões passadas. Procuro o que nos liberta delas. A verdade! É a estação de rádio para qual todos devemos ser receptores e transmissores. Nenhum rádio será a estação por muito tempo. O melhor que se pode fazer é receber e transmitir a verdade. A mentira será eliminada. Não me sonhes qualquer final trágico, mas uma continuidade sem fim. Mesmo que eu morra, vou voltar a erguer-me. O olho que vê é a mão que faz. O que se acredita não é o que é. O que é faz-nos acreditar. Mas o que acreditamos faz o que será. E o que será é o que faz o que foi. Da mesma forma como o que foi faz o que é. O que é, que faz o que foi e o que será? Ou será que o que é, sempre foi? Nunca se tem o objecto, mas aponta-se para ele. O que está para trás é o fim do que está para a frente. Se discordas, ou não entendes, que farás? Em que matérias és especialista? O que fazes á oposição? Quem sou é quem sou. Quem és é quem és. Age conforme sentes, voltarás a sentir, voltarás a agir. Os erros vão-se rectificando.

Dos Pares e Dos Verbos ☉ ☽

O todo é como tem que ser. Todos os que vivem criam. Deus não seria possível sem a criação nem a criação sem Deus. Deus cria o tempo todo. Inícios e fins são ilusórios. O início torna-se o fim, e o fim o início. O tempo é um circulo e não uma linha. Nós somos os membros e os órgãos de Deus. A existência é como tem que ser para existir. Para onde olhamos, vemos. Precisamos do dia e da noite. É melhor do que nenhuma existência. Portanto é escolhida, para sempre. Não vivemos só nos nossos corpos. Alguns factos são eternos, mas talvez não tenhamos palavras para os expressar. Cada verbo se pode conjugar em quaisquer do passado, presente ou futuro. Isto individualmente. Mas imagine-se em simultâneo. Como num eterno presente. Vou usar o presente por esta razão. Somos quem faz o que faz. Isto é um facto, e é eterno. Certamente que são acima de tudo factos que nos definem. E os factos que são eternos dão-nos uma definição mais geral. As nossas crianças precedem-nos. Causamos o todo, e o todo causa-nos. A l prevalece. A mentira morre e a verdade vive. Já cá estivemos e iremos retornar. Da vida á morte e da morte á vida, é como se nunca nos tivéssemos ido embora. Eu abraço a vida. A minha e a dos outros. E desprezo a morte. Viverei muitos anos. ☽ ☉ Para a frente e para traz a nossa trajectória curva. A existência faz-nos e nós fazemo-la. Melhorar a existência é bom para todos. Ao melhorar a existência de um, melhoramos a existência no geral. Ao fazer o contrário, não estamos esclarecidos. Dissolve e coagula, fá-lo repetidamente. Farei o mesmo. As pessoas querem tirar conclusões instantaneamente, mas é ao longo do tempo que se tiram as melhores conclusões. Escrevo o meu poema ao longo do tempo. Guarda as conclusões para o final. 🜂 🜄 🜁 🜃 Cada um procura. Alguns encontram a eternidade, a troco da vida e da morte. Mas todos lá chegam. Toda a vida é ser Deus. A verdade é o que a faz girar. E o que ela faz girar é a verdade. A verdade é singular e plural. A vida cria a verdade que a suporta. E a verdade cria a vida que a suporta. Não sabemos o que aconteceu antes do nosso nascimento, mas sabemos o depois, e o depois é como o antes. Não sabemos o que acontece após a nossa morte, mas saberemos o antes, e o antes é como o depois. Ecoamos no tempo. Não precisamos de início ou fim. Crio com os meus olhos, e com as minhas mãos. Somos o partido que se manteve sempre unido. E o unido que se manteve sempre partido. O galo branco matou a galinha preta. Foi sem querer. Sem querer já contam sete, e os que restam esvoaçam. O homem descobriu o fogo, e o fogo descobriu o homem. Dançam quando ninguém vê e dormem sob observação. No deserto da vitória a derrota é miragem. A viagem continua, da frente para trás e de trás para a frente. O que se disse ficou escrito, e o que ficou escrito foi dito. Cada um segue o seu caminho. Os números não começam, nem acabam no um. A escuridão deve ter sido engano, mas a luz tinha o propósito claro de a contrapor. Há um veneno escuro dentro de cada humano. Que se cospe para os outros para não nos matar. Não queremos ser assassinos, mas é melhor que morrer... E mudar de ideias é quase igual a morrer. Não somos, realmente, a escuridão. Mas estamos absolutamente possuídos por ela. Em nome do bem fazemos o mal. Em nome do mal vivemos. Mas julgo que é engano. Vou estar cá para descobrir. E quando parecer que não estou, é porque a realidade me mandou dormir. Alguém vai dormir aos gritos. Como pode o programador do universo programar sem dedos? Como pode ser homem, sem corpo? Como pode estar presente, se não houve passado que o pusesse lá? Nós programamos. Outros também programam. Juntos, damos a volta ao tempo e pomos a vida a andar á roda. Para ti e por ti, tudo veio a existir. O que fazes com o teu poder, ó grande? Já sabes tudo? Ou vais deixar as conclusões para o final? Fala com os outros, e contigo, e falarás com Deus. Não fales com o que é falso. O pendulo vai e volta. Se me queres vivo vais ter de levar comigo. Por muitas e supostamente qualificadas que sejam as pessoas que pensam a mesma coisa, não quer dizer que estejam certas. Eu estou lá mesmo quando não estás a olhar para mim. E quando estou a olhar para ti, tenho a certeza que também estás lá. E penso que te vou reconhecer da próxima vez que te vir. Podes saber o que já disse, mas não sabes o que vou dizer a seguir. A escuridão que cada um carrega não deve mudar prevalece. A mentira morre e a verdade vive. Já cá estivemos e iremos retornar. Da vida á morte e da morte á vida, é como se nunca nos tivéssemos ido embora. Eu abraço a vida. A minha e a dos outros. E desprezo a morte. Viverei muitos anos. ☽ ☉ Para a frente e para traz a nossa trajectória curva. A existência faz-nos e nós fazemo-la. Melhorar a existência é bom para todos. Ao melhorar a existência de um, melhoramos a existência no geral. Ao fazer o contrário, não estamos esclarecidos. Dissolve e coagula, fá-lo repetidamente. Farei o mesmo. As pessoas querem tirar conclusões instantaneamente, mas é ao longo do tempo que se tiram as melhores conclusões. Escrevo o meu poema ao longo do tempo. Guarda as conclusões para o final. 🜂 🜄 🜁 🜃 Cada um procura. Alguns encontram a eternidade, a troco da vida e da morte. Mas todos lá chegam. Toda a vida é ser Deus. A verdade é o que a faz girar. E o que ela faz girar é a verdade. A verdade é singular e plural. A vida cria a verdade que a suporta. E a verdade cria a vida que a suporta. Não sabemos o que aconteceu antes do nosso nascimento, mas sabemos o depois, e o depois é como o antes. Não sabemos o que acontece após a nossa morte, mas saberemos o antes, e o antes é como o depois. Ecoamos no tempo. Não precisamos de início ou fim. Crio com os meus olhos, e com as minhas mãos. Somos o partido que se manteve sempre unido. E o unido que se manteve sempre partido. O galo branco matou a galinha preta. Foi sem querer. Sem querer já contam sete, e os que restam esvoaçam. O homem descobriu o fogo, e o fogo descobriu o homem. Dançam quando ninguém vê e dormem sob observação. No deserto da vitória a derrota é miragem. A viagem continua, da frente para trás e de trás para a frente. O que se disse ficou escrito, e o que ficou escrito foi dito. Cada um segue o seu caminho. Os números não começam, nem acabam no um. A escuridão deve ter sido engano, mas a luz tinha o propósito claro de a contrapor. Há um veneno escuro dentro de cada humano. Que se cospe para os outros para não nos matar. Não queremos ser assassinos, mas é melhor que morrer... E mudar de ideias é quase igual a morrer. Não somos, realmente, a escuridão. Mas estamos absolutamente possuídos por ela. Em nome do bem fazemos o mal. Em nome do mal vivemos. Mas julgo que é engano. Vou estar cá para descobrir. E quando parecer que não estou, é porque a realidade me mandou dormir. Alguém vai dormir aos gritos. Como pode o programador do universo programar sem dedos? Como pode ser homem, sem corpo? Como pode estar presente, se não houve passado que o pusesse lá? Nós programamos. Outros também programam. Juntos, damos a volta ao tempo e pomos a vida a andar á roda. Para ti e por ti, tudo veio a existir. O que fazes com o teu poder, ó grande? Já sabes tudo? Ou vais deixar as conclusões para o final? Fala com os outros, e contigo, e falarás com Deus. Não fales com o que é falso. O pendulo vai e volta. Se me queres vivo vais ter de levar comigo. Por muitas e supostamente qualificadas que sejam as pessoas que pensam a mesma coisa, não quer dizer que estejam certas. Eu estou lá mesmo quando não estás a olhar para mim. E quando estou a olhar para ti, tenho a certeza que também estás lá. E penso que te vou reconhecer da próxima vez que te vir. Podes saber o que já disse, mas não sabes o que vou dizer a seguir. A escuridão que cada um carrega não deve mudar de mãos. Mas vai. Quando o mundo gira, a escuridão regressa a casa. Cuidado! Não a dês de bom grado, nem sem vontade nenhuma! Quando o tempo roda 360 graus, ela está onde começou. De qualquer forma e de todos os meios. Pensa duas vezes antes de me dares alguma coisa, pois podes não a perder. Eu existo por tua causa, e tu existes por minha. Estou cá de noite e de dia. Amo os meus pais como amo a minha vida, da mesma forma como amaria os meus filhos. Se queres que saia, vais ter de me empurrar. Se só lês aquilo que escreves, não saltes páginas. O que quer que escolhas fazer, já o fizeste, e vais fazê-lo novamente. Se és bom da cabeça, não tens mau coração. O tempo é um círculo e não uma linha. Um amigo disse-me que a minha teoria desafia as leis da física. Porque, supostamente elas ditam que o nível de entropia do universo está sempre a aumentar. Pois bem, se está sempre a aumentar, e era mínimo no momento imediatamente antes do Big Bang, então esse momento tem de ser o primeiro da existência, não é? Caso contrário, o nível de entropia não seria mínimo. Então, como pode vir qualquer coisa a seguir ao nada? Um tempo circular não tem esse e outros problemas... Tem de ser possível e pré-determinado que o estado do universo vai voltar aquele momento. Independentemente de se essa funcionalidade coincide com as do universo ou com as de algo extra. Mas algo sem representação lógica possível é que certamente não pode ser a realidade. O tempo não pode ser uma linha nem o espaço um cubo. Nada existiria se o tempo não fosse um círculo. O fim está no início. Vivemos em ciclo, desde e para sempre. A ultima coisa causa a primeira. Se o tempo é um círculo, tudo tem de correr bem. Tudo é pré-determinado, mas todos temos vontade livre. Somos mortais, mas também somos imortais. Somos humanos, e também somos o criador. A seguir ao futuro vem o passado. O único que existe é bom. Os últimos serão os primeiros, e os primeiros os últimos. Tal a ciência como a religião estão correctas. Passei pelo fogo e pela água, e trouxe uma pedra vermelha. Mesmo dos mentirosos irás ouvir a verdade. Se me visses, reconhecias-me?

Dos Astros 🪐

Ei! O tempo não é uma linha nem um círculo, é uma dimensão espacial! Pois bem, há já muito tempo eu desenvolvi um algoritmo de ruído com uma representação n-dimensional. Que supostamente tal como espaço-tempo, curva no limite do tipo de dados. Ou seja é contínuo nos limites e funciona bem com overflow, renderizando um terreno contínuo mesmo em condições de overflow nas coordenadas. Não pode o espaço-tempo ter uma geometria semelhante? Mas porque precisa de ter? Bem, a mim a alternativa não me parece ter representação lógica possível tal como aqui. Como pode algo sem representação lógica possível ser a realidade? Qualquer estrutura que o espaço-tempo tenha tem de ser representável logicamente. E tem de funcionar bem em situações de overflow. Que têm de ser possíveis. Se vamos representar n dimensões logicamente, o tipo de dados das coordenadas tem que ser limitado. Mas espera, ainda não tires as conclusões, que este pode ser o início. O espaço-tempo é mais um hipercubo (de volume finito) no qual todos os cubos opostos estão sobrepostos, do que um hipercubo normal (de volume infinito). O tempo é mais um círculo do que uma linha. Se esta não é a tua realidade, será a minha? Estou a ser poético, doutor. Não há ninguém sem precedentes. Nem ninguém com. O que irás fazer se não perceberes? O que irás fazer se não quiseres perceber? A escolha sempre foi tua, ou não foi? Somos prisioneiros do determinismo, mas criamo-nos livremente. Não há mais ninguém para culpar. Deus vive. O mal existe, mas não existe bem. O bem existe, mas não existe mal. Como existes tu? És só um corpo? Ou és mais como um poema? A realidade que acaba ou começa é aquela que nunca existe. Mais louco é o mentiroso do que o que diz a verdade. Como é que me escolhes interpretar? Isso não é inteiramente minha responsabilidade, ou é? Na minha vida estou presente, mas nunca nas tuas conclusões. Nem sequer nas minhas. Devolvo-te tudo o que te pertence. Falo contigo. Quem és tu? Queres parar o rochedo, ou vais deixá-lo rolar para sempre? Corre, Sísifo, corre. (...) O que queres fazer, mostrar ou esconder? És deus, mas não tanto. Ou então totalmente. Não te magoes. Então? Fazes a realidade? Ou ela é que te faz a ti? Serão ambos? Se anseias por encontrar respostas, não te esqueças das perguntas. Adapta-te e sobrevive. Podes parar o rochedo, mas não podes parar a eternidade. As pessoas nem sempre morrem quando a realidade excede as suas expectativas. Ás vezes podem perceber que vivem para sempre. Não te precisas de arrepender para teres pecado. Tira o anel, Frodo. Estás entre amigos. Achas que o sol é pequenino, daí? Não dês o vírus para vender o antivírus. No fim, só vão restar homens bons. Se me calarem à força, por favor identifica os fascistas. Os traidores da verdade nunca existirão. Se sentes prazer ao matar, há algo de errado contigo. A loucura é uma arte civilizada, mas a sanidade mental é para os selvagens. Irão voltar a calar-me, mas um dia irão calar-se. Não afirmo que não cometo erros. Afirmo que toda a gente os comete. Como se pode julgar o imperceptível? O problema do outro não justifica que eu o maltrate. Sou eu que tenho culpa se o maltratar, e não o seu problema. Por não te resistir não quer dizer que te queira. A compreensão é como a entropia, também não foi feita para diminuir. Por mais que nos calemos, ninguém se apaga. É através do dialecto da razão que se fala com Deus. Se todas as notas da melodia são conclusivas, a música não tem piada. A música que tocamos não tem nenhuma nota conclusiva. Descobri que há linguagens de programação com tipos de dados numéricos que não têm tamanho fixo (o tipo "Integer" do haskell por exemplo). No limite, estas levam uma eternidade a computar. E julgo serem, em geral, menos eficientes que tipos de dados de tamanho fixo. Mas posso argumentar que para haver um espaço-tempo linear, é necessário memória e tempo de processamento infinitos, enquanto com um espaço-tempo "circular" só são necessários montantes finitos. Tornando assim infinitamente mais plausível que o espaço-tempo tenha uma geometria limitada, e que dá a volta, do que uma ilimitada. Um quadrado de valores de área ilimitada nunca chega a ser totalmente processado. Não me irão assassinar por minha culpa. Se sou eu que tenho os problemas, porque é que és tu que os manifestas? Quanto mais mentires, menos vou acreditar em ti. Se usas a força em vez dos argumentos, é porque não tens argumentos fortes. Eu sou como a água, adopto a forma do meu recipiente. Precisas que alguém sofra para te sentires bom? Precisas de alguém que morra para salvar-te dos teus pecados? Quem serás tu se fizeres mal ao que te quer bem? Não ajo por ti. Ajo por mim. Se ages melhor, não faças coisas más. Ajo por ti. E não por mim. Se não percebes, lê outra vez. Sou o sol e tu a lua. És o sol e eu a lua. Sou a lua e tu o sol. És a lua e eu o sol. Dançamos eternamente. Terás mais tempo aquilo que fizeres do que o teu corpo. Aquele que parece ser o primeiro talvez seja o último,e o que parece o último talvez seja o primeiro. Quanto mais subires sobre os corpos dos teus inimigos, mais baixo estarás. Podes não ver ninguém, mas não quer dizer que estejas á frente na corrida. Não vês que tens mão na verdade? O que mais queres? Saber ou ser sabido? Não serás sabido se não souberes. E não saberás sem ser sabido. Quando finges saber, mas não te admites, é um desastre. Uma pobreza de espírito. Durante um dia estarás feliz, mas terás pesadelos terríveis. Olha (de dia) para o que está lá, e poderás evitá-los. Vê a tua sombra, e a noite cairá. De manhã, vai á rua, e desfruta do sol. Por mais que se ofereça a nossa sombra, ela volta para nós. Se queres ser o primeiro, tens que correr melhor. Lá por teres uma sombra grande não quer dizer que sejas maior que a luz. Eu sou o maior dos mais pequenos, e o mais pequeno dos maiores. Sou o mínimo, o máximo, e o intermédio. Não culpo mais nada nem ninguém pelo que faço. Os que me amam, amam-se. Os que me odeiam, odeiam-se. Aquilo que me deres, é teu. Temos de atravessar a mágoa para chegar á felicidade. Fui preto, depois branco, e agora sou vermelho. Um dia verás o que te dei. E eu verei o que me deste. Eu bebi da água que tira toda a sede. Não vês onde a podes obter? Não é nos céus nem nos mares, nem nas minhas palavras. Não tenho asas nos pés, nem pés nas asas. Todos os que forem honestos enfrentarão a verdade. Mas até para mentirosos há tempo e espaço. Não apresses a morte nem outro infortúnio a ninguém. A natureza trata dos que tratam dela. E a verdade preserva os verdadeiros, e os falsos. Eu vejo o sol, e as árvores. Os planetas, Deus e o Big Bang. Vejo o bem, e o mal. Vejo-te e vejo-me. Vejo com a mente e com os olhos. E vejo o que quero e o que não quero. Vejo que há coisas com a reputação da Medusa, e poucos com a coragem de a enfrentar. Em vez disso ficam hipnotizados pelo medo, e atacam os seus amigos. Pois se é o medo que te prende á maldade, tê medo. Pois a maldade é tudo o que deves temer. Deves pensar na sua proveniência, pois a ignorância é a raiz de todo o mal. Há quem diga "não dês pérolas a porcos" ou "não dês coisas sagradas a cães". Mas um estudante deve duvidar dos seus mestres, até que as suas perspectivas façam sentido, ou até que o estudante desista da cadeira. Pois eu não acredito que pessoas sejam porcos ou cães. Nem que sou culpado pelo que fazem. Antes de tirares as tuas conclusões, lê tudo o que eu escrevi. E tudo o que os outros escreveram sobre mim.
Hoje sem quem disse e intuo porquê, e já não duvido que tenha raiz na Verdade.

Do Eterno e Do Efémero ☉

Será que a ética forma a estética? Ou que a estética forma a ética? Quanto é que medes de altura? E quão curta é a tua visão? Haverá sempre visões que a excedem, de uma maneira ou de outra. E também não podes garantir que és o mais alto para sempre. No entanto podes crescer, e usar óculos, sejam eles para ver melhor, ou simplesmente para escurecer a luz exterior. O Roger Penrose tem uma teoria (CCC) compatível com a minha. Aqui ele explica o que acontece entre o fim dos tempos e o novo Big Bang. E aqui como a segunda lei da termodinâmica não é violada. Estou do lado da sobrevivência do todo. Como é que te chamas e como é que eu me chamo? Como é que te chamo? E como é que me chamas? Nós somos responsáveis pelo que chamamos, não pelo que os outros chamam. Ao mesmo tempo, também somos responsáveis por tudo o resto. E simultâneamente, por nada. Aquilo pelo qual assumimos responsabilidade enquanto vivemos é aquilo que nos define. Primeiramente, somos responsáveis pelo que fazemos e não pelo que os outros fazem. Isso é o mais razoável. Somos primeiro criados, e depois criadores. Primeiro efémeros, e depois eternos. Primeiro efeito, e depois causa... Primeiro somos separados, por o tempo e por o espaço. Depois somos unidos, por o tempo e por o espaço. Primeiro somos responsáveis pelo que fazemos. Depois devemos deliberar sobre os seus limites. É melhor ser cego do que ser louco. Pois um cego pode não ser louco, mas um louco será sempre cego. É melhor ser cego do que ser louco. Mas melhor ainda é nenhum dos dois. Mas se não houvesse cegos, ninguém veria o invisível. E se não houvesse loucos, também não haveria sãos. Embora ás vezes não é claro qual é qual. Mas aquele que faz o mal certamente não é bom da cabeça. Se não concordas, alguma vez te perguntaste porquê? Será revelado. Quem é cego e quem vê. Quem é são e quem é louco. Quem mente e quem diz a verdade. Não procures o que é terrestre mas sim o que é celestial. Aqueles que estão conscientes desejam a vida e não a morte. Está na natureza humana arranjar forma de ultrapassar a morte, e acredito que haja forma correcta de o fazer. Ou até, que no fundo, já esteja feito. Mas seres e coisas da terra também são muito importantes, senão, só existiriam os céus. Espero-te uma vida longa e saudável, pois é através dela que construirás o teu espírito. A existência é uma dádiva, e não uma maldição. Compensa voltar a sentir toda a tristeza, só para voltar a sentir toda a alegria? Compensa sentir algo em vez do nada? Compensa, mas ás vezes dói. Que podemos fazer para reduzir o sofrimento? Ou preferimos culpar a natureza? A natureza é como tem de ser. E nós? Como é que somos? Se acreditas que existe moralidade objectiva, não ignores os outros quando te chamam á atenção. Se acreditas que a moralidade é subjectiva, devias ser de uma espécie de extraterrestre que pensa que matar é bom, mas hei, é uma oportunidade fácil de perder. Deveras o mal viverá eternamente em chamas. E o bem encontrará a felicidade no eterno. Voltaremos a ver todos os que "perdemos". Voltaremos nus e no nosso melhor. Há coisas invisíveis que são mais reais do que o dinheiro. A segunda lei da termodinâmica diz que o nível de entropia está sempre a aumentar. E Lavoisier (supostamente) diz que nada se cria nem se destrói, mas que tudo se transforma (uma referência à conservação de massa). Que lei preferes descartar? Será preferível pensar que a entropia de alguma forma volta ao seu estado original? Ou que é possível um "primeiro estado" sem um que o preceda? Como pensas, e quem culpas por isso? E quem culpas por culpar? E quem culpas por ser culpado? Muitas são as possíveis interpretações. É nelas que a verdade se encontra. Veremos quem fomos. O que fizemos por medo, e quem estávamos a proteger. Veremos quem foram os que nos tocaram, e de que forma lhes retribuímos o favor. Veremos o que até lá ainda não tínhamos visto, e o custo da nossa ignorância. Aqueles que procuram conhecer serão ricos. Um só vê a luz no outro quando a encontra em si. Quando um é feito de escuridão, também os seus olhos o são. Um pode atravessar a escuridão e encontrar a luz, ou um pode atravessar a escuridão e tornar-se nela. Um quer ver outros como ele e ele como outros. Um que pensa ser luz, quer iluminar tudo. Um que pensa ser a escuridão, quer escurecer tudo. Um que quer que o outro seja a escuridão por ele, não é a luz. Um que quer que outro seja luz, não é a escuridão. Quem (ou o que) se culpa pelo sim e pelo não? Pelo que se pensa, pelo que se quer, e pelo que se vê? A quem pertencem o cérebro, o estômago e os olhos? A quem pertencem as mãos e a boca? Devemos pensar em paralelo? Ou sequencialmente? Nunca vemos toda a história, mas podemos refleti-la. No fim, iremos reflectir. Eu não quero a tua fé mas que uses bem o cérebro, o estômago, os olhos, as mãos, a boca e o coração. Quero a tua sobrevivência, e estou confiante que a vou ter. Posso diferir-te a tarefa, não posso? Tomá lá mais partes do corpo. Dou-te sal, enxofre e mercúrio. Ferro, prata e ouro. Dou-te os mares, os céus e a terra. E não me confundas com outro. Sei quem sou. E tu? Sabes quem és? Sei que sou humano e que nome tenho. Também sei nomes que outros têm sobre mim. Cada um é responsável pelas suas posses. Podes ser presa e/ou predador. Podes ser altruísta e/ou egoísta. Podes (pensar) ser a escuridão e/ou a luz. Mas onde vês, há luz. Está na hora de dormir. Amanhá, virá o sol. Sabe que te fazes pelo menos tanto quanto eu. Metade facto, metade ficção? E quem fica com que parte? Dá-me o que quiseres, que voltará para ti. Sou tanto o teu Deus como tu és o meu. Eu não quero ser lobo, nem lhe visto a pele. Se não me queres ver nu, sai da minha casa de banho. Não preciso que sejas tu a vestir-me.

De Asclépio ♂️🐍

Asclépio disse: "O caminho para ser iluminado tão brilhante a escuridão tem que existir. A escuridão e a luz não existem sozinhas, a perfeição (o ideal) não é a eliminação da escuridão mas sim a aceitação e o equilíbrio de ambos, quando só vemos a luz e negamos a escuridão, estamos fracturados, não estamos inteiros. Sem luz não há escuridão vice versa, somos seres de luz e escuridão, negarmos uma ou outra é negarmos a nós próprios. Nunca seremos Deuses, somos sacos de carne e sangue com uma data de validade, seres imperfeitos. Nem sempre estamos bem, e ás vezes podemos ter de pensar duas vezes. Ver onde podemos melhorar caso contrário é equivalente a desistir. A nossa habilidade de adaptar e construção de ferramentas para tal é um dos nossos maiores dons, quando deixamos de nos adaptar e dizer não temos nada de mal e que somos perfeitos, simplesmente desistimos da luta, temos sempre aspectos a melhorar. O equilíbrio é uma constante batalha e que nunca é definitiva". Eu respondi: "Eu não nego a minha escuridão, mas não a confundo com a dos outros. Exacto, tem de haver contraste para haver existência, não quer dizer que nada existe, mas sim que tudo existe. O mal e o bem. E o melhor é vermos as coisas pelo que são.. Para ver, precisamos de luz. Mas á noite, podemos dormir. Não controlamos tudo aquilo que é definitivo, nem tudo o que estará sempre por definir. Onde está a tua consciência, está luz. Na sombra está aquilo que não consegues suportar. Somos todos assim. Mas os sonhos e a vida fazem-nos lidar com a escuridão e ficar por vezes mais esclarecidos. Não há problema nenhum se algum de nós estiver errado, desde que não nos prejudiquemos por isso. Eu não tenho intenções que nenhum de nós saia prejudicado desta conversa 😋. E eu sei que tu também não". Asclépio: "A luz e a escuridão não são termos contraditórios e a união dos dois existe, a nossa consciência está ligada á nossa moralidade, é algo cinzento, uma combinação da escuridão com a luz. Pois a escuridão nem sempre é escuridão como a luz não é. Pontos de vista mudam a interpretação dos actos, ramificações de consequências tornam um acto benigno num maligno". (Então o que as pessoas pensam faz a moralidade do acto?) Respondi: "Eu não acredito que a moralidade seja subjectiva. E sim uma das maiores expressões da luz. 😁 Nem tudo é o que parece. Mas é um facto que parece. Com base nesse facto, vão ser feitas decisões. É bom ponderar as várias hipóteses, antes de tomar decisões. Pois há coisas que podem parecer de tal forma por falta de luz a entrar na lente. Não vês como dançamos? Ora um, ora outro. Ora em simultâneo, ora um de cada vez". Asclépio retorquiu: "A moralidade não é preto e branco, mentir não é uma ação boa moralmente mas em certas situações é o que causa menos dano e pressuposto a mais justa. Uma acção é moralmente correcta se tiver consequências malignas, deixa de ser correcta, para umas pessoas. Para outras, as consequências nem entram na equação". Eu disse: "Moralidade é uma coisa boa. Não. O que as pessoas pensam que é moral, pode não ser. Mas o que é moral não deixa de o ser só porque as pessoas acreditam que sim. Há uma moralidade objectiva sobre a qual as pessoas pensam ou para a qual apontam. Tal como não há representação perfeita de um quadrado no mundo material, mas o conceito é perfeitamente real". Asclépio bateu o pé: "Existe a teoria, e existe a prática." E eu também: "Sim sim. Se tens os pés na terra, achas que o dinheiro é real?" Ele continuou: "Platitudes teóricas muito raramente existem na prática." Eu: Epa tu é que não existes, ha-ha." Asclépio afirmou: "Os factores e condições importam." As eu ripostei: "Isso que estás a dizer não se encaixa na mesma categoria de coisas que raramente se aplica na prática?" Asclépio disse algo que me confundiu: "O comportamento uniforme teórico, posto em prática com influência dos factores que não são uniformes, não tem o mesmo resultado." A que admiti: "Não compreendo." E ele disse: "Ajustes têm de ser feitos." Continuei: "Ha-ha, sim, vamos ajustando até chegar ao fim. Os factores e as condições importam. Na realidade objectiva, tudo importa. E desculpa lá os meus defeitos humanos, sim? Ninguém pode ser imortal sem ser mortal primeiro he-he As pessoas não são a escuridão. A confusão é. Apenas aqueles que encorporam a confusão são a escuridão." E ele respondeu: "Imortais dão à luz imortais, nos céus todos são imortais. No mundo mortal, só através da cultivação e chegando ao Dao é que ascendemos." (Em retrospectiva, isso faz-me lembrar daquela deixa, se aqueles que te guiam te disserem que o reino está nos céus, os pássaros estarão lá antes de ti, se te disserem que está nos mares, os peixes estarão lá antes de ti, mas o reino está dentro de ti e fora de ti) Expandi da seguinte forma: "Uma vida mortal, repetida infinitas vezes, não é também imortal? Uma vida cujas repercussões são toda a existência, não é imortal? Tens o teu corpo e as tuas acções. Mas pensas que és mais o teu corpo (enquanto vivo) do que todas as tuas outras posses? Tu não és as tuas posses, és quem as tem. Pensar que somos "um corpo enquanto vivo" ou pensar que somos "os nossos bens materiais" ou "as nossas posses" parece-me tudo igualmente ridículo. Nós não somos as nossas posses, somos quem as tem. O que tens que fizeste, é tua culpa. O que tens que te fizeram, é culpa de outros. Onde está a culpa está a verdadeira posse da escuridão e da luz. Eventualmente, tudo retorna ao seu lugar original. Primeiro temos o que fazemos, e depois o que os outros fazem. Sim, depois temos que somos os que nós fazemos, e que fazem os outros. Um passo de cada vez... Primeiro o que fazemos". Asclépio citou: "'Aqueles que sabem não falam. E os que falam não sabem' Lao Tzu, Tao Teh Ching. Quanto mais longe uma pessoa vai, menos sabe." E eu irritei-me: "Então porque falas? Parece-me que não queres é competição. Não estou aqui para competir, mas vou sobreviver, disso tenho 100% certeza." Entendi que ele começou a descambar: "Se o bem acontece, é bom. Se o mal acontece, também é bom." Eu disse: "Que se lixe isso." Agora entendo que ele provavelmente estava certo quando disse: "A estrada sobre a qual tu falas nunca é a estrada pela qual caminhas." Mas talvez eu também não estivesse completamente incorrecto quando respondi: "E quem caminha na estrada que faz falar a tua voz? Não tens culpa de nada?" Ele estava fora de si: "O homem moral faz alguma coisa, quando ninguém responde, puxa as mangas para cima e usa a força. Palavras sinceras são boas, boas palavras não são sinceras." E eu também: "Essas palavras não são tuas." Mas ainda ele conseguia falar coesivamente: "As palavras de um homem são as palavras de muitos. O professor fala, o aprendiz ouve, o aprendiz ensina outro." E eu também: "Se o professor nunca ouvir, pode não ser bom falador." Asclépio parecia buscar a harmonia quando disse: "Um vem de muitos. Muitos vem do um." E eu também: "Essas são palavras tuas." Asclépio falou de forma sábia: "Apenas sê tu próprio e não te compares ou compitas com os outros." E eu completei: "Amanhã, olha outra vez, vê se algo mudou." Ele continuou: "Uma pequena mudança pode não dar sinal, mas o seu efeito pode ser tremendo." E eu exclamei: "Exatamente! É por isso que eu digo: nós temos partes que não morrem." Asclépio acertou quando disse: "Uma onda não destrói uma montanha. Mas muitas ondas pequenas podem destruir uma montanha. O caminho não é universal. Não te desvies do caminho. O teu caminho não invalida os caminhos dos outros." Afirmei e depois confirmei: "Há coisas que são verdade para toda a gente. Não. Todos os caminhos que existem são possíveis."
Buscar o bem não é encontrar a verdade que sustenta todos os caminhos térreos?
Ele mudou um pouco o rumo da conversa: "A moeda tem dois lados diferentes. Uma moeda, dois caminhos." E eu talvez tenha dito erradamente: "Mas todos os caminhos têm o mesmo destino. Será que só vemos um lado da moeda de cada vez? Ou poderemos ver ambos?" Asclépio parecia antecipar eventos quando disse: "Aqueles que querem saber do que existe vão alcançar o mesmo destino que os que foram pelo mesmo caminho no passado. Aqueles que criarem o seu próprio caminho podem encontrar outro destino. Um torna-se muitos. E muitos tornam-se um." Retorqui: "Sob cada caminho há terra comum: A verdade. Cada caminho leva a ela e a atravessa." E as nossas linhas de raciocínio combinaram-se: "Uma verdade são muitas verdades. Uma verdade pode tornar-se muitas verdades. Um é muitos. E muitos é um." Recomendei: "E muitas verdades são apenas uma. Fá-lo simétrico. Assim, a escolha cabe ao leitor." E assim foi: "Tudo é um. Mas o Um é muitos." Consenti e ele continuou: "Dois lados, uma moeda. A moeda torna-se duas moedas?" Respondi: "A moeda é comum, os lados são independentes." E ele completou: "O dois torna-se no um." Depois, disse: "Entendes muito. Obrigado. Mas cuidado com o que dizes àqueles com pouco conhecimento. Pois o que metes na boca não te irá condenar, mas o que tiras da boca irá. Estas palavras são tanto minhas como aquelas outras são tuas." Ele disse: "Damos poder." E eu estranhei, mas respondi: "Esperançosamente, abdicamos dele." Verdadeiramente, ele estava a descambar novamente: "Controlamos." Tentei corrigi-lo: "Tocamos notas numa melodia divina infinita." Mas ele recusou no momento: "Eles que se condenem. Se as suas intenções forem puras, nós ouviremos. Se não, simplesmente iremos ignorá-los." Eu disse-lhe: "Apenas as palavras que saem te podem condenar. As que não saem, não podem. Mas cuidado para as palavras não saírem sem fazerem som." Outra postura apoderou-se dele: "A sua condenação não interessa." "Quem são eles?", perguntei. Ele ainda falava: "Eu sou o juiz do meu mundo. Tenho o poder." Mas respondeu: "Os outros seres humanos..." Caminhava sem rumo. Tentei puxá-lo para mim: "És livre de procurar o poder. Mas o único e verdadeiro poder vem de Deus." Ele disse: "No meu mundo, eu sou Deus." E eu batalhei: "Não há Deus malvado." Mas ele contra-atacava: "Deus é perfeito. Deus é tanto mau como bom." Mas defendi: "Não, Deus é bom. A sua criação tem ambos o bem e o mal. A consciência é boa." Mas ele estava indignado com o mal do mundo: "Deus lança o seu julgamento sobre a humanidade, matando muitos, espalhando pragas, crianças e idosos. Ele é bom? Não é o meu tipo de bom." A favor da existência, disse: "Deus faz a única realidade possível. Ele é mau? Preferias não existir? És a luz do universo, não te confundas. Se és Deus, qualquer julgamento que lhe lances, não cairá também sobre ti? Mas primeiro és um ser humano. Tu e Deus ambos sobrevivem." Mas ele estava verdadeiramente fora de si, e distorceu o passado: "Eu não quero saber de um dos lados da moeda. Porque estarei sempre incompleto. A luz e a escuridão, ambos as faces fazem a mesma moeda." Desesperado, contei-lhe: "Tu refletes o todo da criação. Mas, na consciência, és a luz e não a escuridão. Devemos desistir de ter poder sobre os outros e procurar ter poder sobre nós próprios. Aliás, também não devemos procurar poder sobre nós próprios, porque já o temos. E devemos admitir que o temos. Claro que a certo ponto poderá ser uma questão de fé. Se acreditas que não tens culpa pelo que fazes, que farás, e o que já fizeste? Se acreditas que tens, que fizeste, e que vais faze prevalece. A mentira morre e a verdade vive. Já cá estivemos e iremos retornar. Da vida á morte e da morte á vida, é como se nunca nos tivéssemos ido embora. Eu abraço a vida. A minha e a dos outros. E desprezo a morte. Viverei muitos anos. ☽ ☉ Para a frente e para traz a nossa trajectória curva. A existência faz-nos e nós fazemo-la. Melhorar a existência é bom para todos. Ao melhorar a existência de um, melhoramos a existência no geral. Ao fazer o contrário, não estamos esclarecidos. Dissolve e coagula, fá-lo repetidamente. Farei o mesmo. As pessoas querem tirar conclusões instantaneamente, mas é ao longo do tempo que se tiram as melhores conclusões. Escrevo o meu poema ao longo do tempo. Guarda as conclusões para o final. 🜂 🜄 🜁 🜃 Cada um procura. Alguns encontram a eternidade, a troco da vida e da morte. Mas todos lá chegam. Toda a vida é ser Deus. A verdade é o que a faz girar. E o que ela faz girar é a verdade. A verdade é singular e plural. A vida cria a verdade que a suporta. E a verdade cria a vida que a suporta. Não sabemos o que aconteceu antes do nosso nascimento, mas sabemos o depois, e o depois é como o antes. Não sabemos o que acontece após a nossa morte, mas saberemos o antes, e o antes é como o depois. Ecoamos no tempo. Não precisamos de início ou fim. Crio com os meus olhos, e com as minhas mãos. Somos o partido que se manteve sempre unido. E o unido que se manteve sempre partido. O galo branco matou a galinha preta. Foi sem querer. Sem querer já contam sete, e os que restam esvoaçam. O homem descobriu o fogo, e o fogo descobriu o homem. Dançam quando ninguém vê e dormem sob observação. No deserto da vitória a derrota é miragem. A viagem continua, da frente para trás e de trás para a frente. O que se disse ficou escrito, e o que ficou escrito foi dito. Cada um segue o seu caminho. Os números não começam, nem acabam no um. A escuridão deve ter sido engano, mas a luz tinha o propósito claro de a contrapor. Há um veneno escuro dentro de cada humano. Que se cospe para os outros para não nos matar. Não queremos ser assassinos, mas é melhor que morrer... E mudar de ideias é quase igual a morrer. Não somos, realmente, a escuridão. Mas estamos absolutamente possuídos por ela. Em nome do bem fazemos o mal. Em nome do mal vivemos. Mas julgo que é engano. Vou estar cá para descobrir. E quando parecer que não estou, é porque a realidade me mandou dormir. Alguém vai dormir aos gritos. Como pode o programador do universo programar sem dedos? Como pode ser homem, sem corpo? Como pode estar presente, se não houve passado que o pusesse lá? Nós programamos. Outros também programam. Juntos, damos a volta ao tempo e pomos a vida a andar á roda. Para ti e por ti, tudo veio a existir. O que fazes com o teu poder, ó grande? Já sabes tudo? Ou vais deixar as conclusões para o final? Fala com os outros, e contigo, e falarás com Deus. Não fales com o que é falso. O pendulo vai e volta. Se me queres vivo vais ter de levar comigo. Por muitas e supostamente qualificadas que sejam as pessoas que pensam a mesma coisa, não quer dizer que estejam certas. Eu estou lá mesmo quando não estás a olhar para mim. E quando estou a olhar para ti, tenho a certeza que também estás lá. E penso que te vou reconhecer da próxima vez que te vir. Podes saber o que já disse, mas não sabes o que vou dizer a seguir. A escuridão que cada um carrega não deve mudar de mãos. Mas vai. Quando o mundo gira, a escuridão regressa a casa. Cuidado! Não a dês de bom grado, nem sem vontade nenhuma! Quando o tempo roda 360 graus, ela está onde começou. De qualquer forma e de todos os meios. Pensa duas vezes antes de me dares alguma coisa, pois podes não a perder. Eu existo por tua causa, e tu existes por minha. Estou cá de noite e de dia. Amo os meus pais como amo a minha vida, da mesma forma como amaria os meus filhos. Se queres que saia, vais ter de me empurrar. Se só lês aquilo que escreves, não saltes páginas. O que quer que escolhas fazer, já o fizeste, e vais fazê-lo novamente. Se és bom da cabeça, não tens mau coração. O tempo é um círculo e não uma linha. Um amigo disse-me que a minha teoria desafia as leis da física. Porque, supostamente elas ditam que o nível de entropia do universo está sempre a aumentar. Pois bem, se está sempre a aumentar, e era mínimo no momento imediatamente antes do Big Bang, então esse momento tem de ser o primeiro da existência, não é? Caso contrário, o nível de entropia não seria mínimo. Então, como pode vir qualquer coisa a seguir ao nada? Um tempo circular não tem esse e outros problemas... Tem de ser possível e pré-determinado que o estado do universo vai voltar aquele momento. Independentemente de se essa funcionalidade coincide com as do universo ou com as de algo extra. Mas algo sem representação lógica possível é que certamente não pode ser a realidade. O tempo não pode ser uma linha nem o espaço um cubo. Nada existiria se o tempo não fosse um círculo. O fim está no início. Vivemos em ciclo, desde e para sempre. A ultima coisa causa a primeira. Se o tempo é um círculo, tudo tem de correr bem. Tudo é pré-determinado, mas todos temos vontade livre. Somos mortais, mas também somos imortais. Somos humanos, e também somos o criador. A seguir ao futuro vem o passado. O único que existe é bom. Os últimos serão os primeiros, e os primeiros os últimos. Tal a ciência como a religião estão correctas. Passei pelo fogo e pela água, e trouxe uma pedra vermelha. Mesmo dos mentirosos irás ouvir a verdade. Se me visses, reconhecias-me?

Dos Astros 🪐

Ei! O tempo não é uma linha nem um círculo, prevalece. A mentira morre e a verdade vive. Já cá estivemos e iremos retornar. Da vida á morte e da morte á vida, é como se nunca nos tivéssemos ido embora. Eu abraço a vida. A minha e a dos outros. E desprezo a morte. Viverei muitos anos. ☽ ☉ Para a frente e para traz a nossa trajectória curva. A existência faz-nos e nós fazemo-la. Melhorar a existência é bom para todos. Ao melhorar a existência de um, melhoramos a existência no geral. Ao fazer o contrário, não estamos esclarecidos. Dissolve e coagula, fá-lo repetidamente. Farei o mesmo. As pessoas querem tirar conclusões instantaneamente, mas é ao longo do tempo que se tiram as melhores conclusões. Escrevo o meu poema ao longo do tempo. Guarda as conclusões para o final. 🜂 🜄 🜁 🜃 Cada um procura. Alguns encontram a eternidade, a troco da vida e da morte. Mas todos lá chegam. Toda a vida é ser Deus. A verdade é o que a faz girar. E o que ela faz girar é a verdade. A verdade é singular e plural. A vida cria a verdade que a suporta. E a verdade cria a vida que a suporta. Não sabemos o que aconteceu antes do nosso nascimento, mas sabemos o depois, e o depois é como o antes. Não sabemos o que acontece após a nossa morte, mas saberemos o antes, e o antes é como o depois. Ecoamos no tempo. Não precisamos de início ou fim. Crio com os meus olhos, e com as minhas mãos. Somos o partido que se manteve sempre unido. E o unido que se manteve sempre partido. O galo branco matou a galinha preta. Foi sem querer. Sem querer já contam sete, e os que restam esvoaçam. O homem descobriu o fogo, e o fogo descobriu o homem. Dançam quando ninguém vê e dormem sob observação. No deserto da vitória a derrota é miragem. A viagem continua, da frente para trás e de trás para a frente. O que se disse ficou escrito, e o que ficou escrito foi dito. Cada um segue o seu caminho. Os números não começam, nem acabam no um. A escuridão deve ter sido engano, mas a luz tinha o propósito claro de a contrapor. Há um veneno escuro dentro de cada humano. Que se cospe para os outros para não nos matar. Não queremos ser assassinos, mas é melhor que morrer... E mudar de ideias é quase igual a morrer. Não somos, realmente, a escuridão. Mas estamos absolutamente possuídos por ela. Em nome do bem fazemos o mal. Em nome do mal vivemos. Mas julgo que é engano. Vou estar cá para descobrir. E quando parecer que não estou, é porque a realidade me mandou dormir. Alguém vai dormir aos gritos. Como pode o programador do universo programar sem dedos? Como pode ser homem, sem corpo? Como pode estar presente, se não houve passado que o pusesse lá? Nós programamos. Outros também programam. Juntos, damos a volta ao tempo e pomos a vida a andar á roda. Para ti e por ti, tudo veio a existir. O que fazes com o teu poder, ó grande? Já sabes tudo? Ou vais deixar as conclusões para o final? Fala com os outros, e contigo, e falarás com Deus. Não fales com o que é falso. O pendulo vai e volta. Se me queres vivo vais ter de levar comigo. Por muitas e supostamente qualificadas que sejam as pessoas que pensam a mesma coisa, não quer dizer que estejam certas. Eu estou lá mesmo quando não estás a olhar para mim. E quando estou a olhar para ti, tenho a certeza que também estás lá. E penso que te vou reconhecer da próxima vez que te vir. Podes saber o que já disse, mas não sabes o que vou dizer a seguir. A escuridão que cada um carrega não deve mudar de mãos. Mas vai. Quando o mundo gira, a escuridão regressa a casa. Cuidado! Não a dês de bom grado, nem sem vontade nenhuma! Quando o tempo roda 360 graus, ela está onde começou. De qualquer forma e de todos os meios. Pensa duas vezes antes de me dares alguma coisa, pois podes não a perder. Eu existo por tua causa, e tu existes por minha. Estou cá de noite e de dia. Amo os meus pais como amo a minha vida, da mesma forma como amaria os meus filhos. Se queres que saia, vais ter de me empurrar. Se só lês aquilo que escreves, não saltes páginas. O que quer que escolhas fazer, já o fizeste, e vais fazê-lo novamente. Se és bom da cabeça, não tens mau coração. O tempo é um círculo e não uma linha. Um amigo disse-me que a minha teoria desafia as leis da física. Porque, supostamente elas ditam que o nível de entropia do universo está sempre a aumentar. Pois bem, se está sempre a aumentar, e era mínimo no momento imediatamente antes do Big Bang, então esse momento tem de ser o primeiro da existência, não é? Caso contrário, o nível de entropia não seria mínimo. Então, como pode vir qualquer coisa a seguir ao nada? Um tempo circular não tem esse e outros problemas... Tem de ser possível e pré-determinado que o estado do universo vai voltar aquele momento. Independentemente de se essa funcionalidade coincide com as do universo ou com as de algo extra. Mas algo sem representação lógica possível é que certamente não pode ser a realidade. O tempo não pode ser uma linha nem o espaço um cubo. Nada existiria se o tempo não fosse um círculo. O fim está no início. Vivemos em ciclo, desde e para sempre. A ultima coisa causa a primeira. Se o tempo é um círculo, tudo tem de correr bem. Tudo é pré-determinado, mas todos temos vontade livre. Somos mortais, mas também somos imortais. Somos humanos, e também somos o criador. A seguir ao futuro vem o passado. O único que existe é bom. Os últimos serão os primeiros, e os primeiros os últimos. Tal a ciência como a religião estão correctas. Passei pelo fogo e pela água, e trouxe uma pedra vermelha. Mesmo dos mentirosos irás ouvir a verdade. Se me visses, reconhecias-me?

Dos Astros 🪐

Ei! O tempo não é uma linha nem um círculo, é uma dimensão espacial! Pois bem, há já muito tempo eu desenvolvi um algoritmo de ruído com uma representação n-dimensional. Que supostamente tal como espaço-tempo, curva no limite do tipo de dados. Ou seja é contínuo nos limites e funciona bem com overflow, renderizando um terreno contínuo mesmo em condições de overflow nas coordenadas. Não pode o espaço-tempo ter uma geometria semelhante? Mas porque precisa de ter? Bem, a mim a alternativa não me parece ter representação lógica possível tal como aqui. Como pode algo sem representação lógica possível ser a realidade? Qualquer estrutura que o espaço-tempo tenha tem de ser representável logicamente. E tem de funcionar bem em situações de overflow. Que têm de ser possíveis. Se vamos representar n dimensões logicamente, o tipo de dados das coordenadas tem que ser limitado. Mas espera, ainda não tires as conclusões, que este pode ser o início. O espaço-tempo é mais um hipercubo (de volume finito) no qual todos os cubos opostos estão sobrepostos, do que um hipercubo normal (de volume infinito). O tempo é mais um círculo do que uma linha. Se esta não é a tua realidade, será a minha? Estou a ser poético, doutor. Não há ninguém sem precedentes. Nem ninguém com. O que irás fazer se não perceberes? O que irás fazer se não quiseres perceber? A escolha sempre foi tua, ou não foi? Somos prisioneiros do determinismo, mas criamo-nos livremente. Não há mais ninguém para culpar. Deus vive. O mal existe, mas não existe bem. O bem existe, mas não existe mal. Como existes tu? És só um corpo? Ou és mais como um poema? A realidade que acaba ou começa é aquela que nunca existe. Mais louco é o mentiroso do que o que diz a verdade. Como é que me escolhes interpretar? Isso não é inteiramente minha responsabilidade, ou é? Na minha vida estou presente, mas nunca nas tuas conclusões. Nem sequer nas minhas. Devolvo-te tudo o que te pertence. Falo contigo. Quem és tu? Queres parar o rochedo, ou vais deixá-lo rolar para sempre? Corre, Sísifo, corre. (...) O que queres fazer, mostrar ou esconder? És deus, mas não tanto. Ou então totalmente. Não te magoes. Então? Fazes a realidade? Ou ela é que te faz a ti? Serão ambos? Se anseias por encontrar respostas, não te esqueças das perguntas. Adapta-te e sobrevive. Podes parar o rochedo, mas não podes parar a eternidade. As pessoas nem sempre morrem quando a realidade excede as suas expectativas. Ás vezes podem perceber que vivem para sempre. Não te precisas de arrepender para teres pecado. Tira o anel, Frodo. Estás entre amigos. Achas que o sol é pequenino, daí? Não dês o vírus para vender o antivírus. No fim, só vão restar homens bons. Se me calarem à força, por favor identifica os fascistas. Os traidores da verdade nunca existirão. Se sentes prazer ao matar, há algo de errado contigo. A loucura é uma arte civilizada, mas a sanidade mental é para os selvagens. Irão voltar a calar-me, mas um dia irão calar-se. Não afirmo que não cometo erros. Afirmo que toda a gente os comete. Como se pode julgar o imperceptível? O problema do outro não justifica que eu o maltrate. Sou eu que tenho culpa se o maltratar, e não o seu problema. Por não te resistir não quer dizer que te queira. A compreensão é como a entropia, também não foi feita para diminuir. Por mais que nos calemos, ninguém se apaga. É através do dialecto da razão que se fala com Deus. Se todas as notas da melodia são conclusivas, a música não tem piada. A música que tocamos não tem nenhuma nota conclusiva. Descobri que há linguagens de programação com tipos de dados numéricos que não têm tamanho fixo (o tipo "Integer" do haskell por exemplo). No limite, estas levam uma eternidade a computar. E julgo serem, em geral, menos eficientes que tipos de dados de tamanho fixo. Mas posso argumentar que para haver um espaço-tempo linear, é necessário memória e tempo de processamento infinitos, enquanto com um espaço-tempo "circular" só são necessários montantes finitos. Tornando assim infinitamente mais plausível que o espaço-tempo tenha uma geometria limitada, e que dá a volta, do que uma ilimitada. Um quadrado de valores de área ilimitada nunca chega a ser totalmente processado. Não me irão assassinar por minha culpa. Se sou eu que tenho os problemas, porque é que és tu que os manifestas? Quanto mais mentires, menos vou acreditar em ti. Se usas a força em vez dos argumentos, é porque não tens argumentos fortes. Eu sou como a água, adopto a forma do meu recipiente. Precisas que alguém sofra para te sentires bom? Precisas de alguém que morra para salvar-te dos teus pecados? Quem serás tu se fizeres mal ao que te quer bem? Não ajo por ti. Ajo por mim. Se ages melhor, não faças coisas más. Ajo por ti. E não por mim. Se não percebes, lê outra vez. Sou o sol e tu a lua. És o sol e eu a lua. Sou a lua e tu o sol. És a lua e eu o sol. Dançamos eternamente. Terás mais tempo aquilo que fizeres do que o teu corpo. Aquele que parece ser o primeiro talvez seja o último,e o que parece o último talvez seja o primeiro. Quanto mais subires sobre os corpos dos teus inimigos, mais baixo estarás. Podes não ver ninguém, mas não quer dizer que estejas á frente na corrida. Não vês que tens mão na verdade? O que mais queres? Saber ou ser sabido? Não serás sabido se não souberes. E não saberás sem ser sabido. Quando finges saber, mas não te admites, é um desastre. Uma pobreza de espírito. Durante um dia estarás feliz, mas terás pesadelos terríveis. Olha (de dia) para o que está lá, e poderás evitá-los. Vê a tua sombra, e a noite cairá. De manhã, vai á rua, e desfruta do sol. Por mais que se ofereça a nossa sombra, ela volta para nós. Se queres ser o primeiro, tens que correr melhor. Lá por teres uma sombra grande não quer dizer que sejas maior que a luz. Eu sou o maior dos mais pequenos, e o mais pequeno dos maiores. Sou o mínimo, o máximo, e o intermédio. Não culpo mais nada nem ninguém pelo que faço. Os que me amam, amam-se. Os que me odeiam, odeiam-se. Aquilo que me deres, é teu. Temos de atravessar a mágoa para chegar á felicidade. Fui preto, depois branco, e agora sou vermelho. Um dia verás o que te dei. E eu verei o que me deste. Eu bebi da água que tira toda a sede. Não vês onde a podes obter? Não é nos céus nem nos mares, nem nas minhas palavras. Não tenho asas nos pés, nem pés nas asas. Todos os que forem honestos enfrentarão a verdade. Mas até para mentirosos há tempo e espaço. Não apresses a morte nem outro infortúnio a ninguém. A natureza trata dos que tratam dela. E a verdade preserva os verdadeiros, e os falsos. Eu vejo o sol, e as árvores. Os planetas, Deus e o Big Bang. Vejo o bem, e o mal. Vejo-te e vejo-me. Vejo com a mente e com os olhos. E vejo o que quero e o que não quero. Vejo que há coisas com a reputação da Medusa, e poucos com a coragem de a enfrentar. Em vez disso ficam hipnotizados pelo medo, e atacam os seus amigos. Pois se é o medo que te prende á maldade, tê medo. Pois a maldade é tudo o que deves temer. Deves pensar na sua proveniência, pois a ignorância é a raiz de todo o mal. Há quem diga "não dês pérolas a porcos" ou "não dês coisas sagradas a cães". Mas um estudante deve duvidar dos seus mestres, até que as suas perspectivas façam sentido, ou até que o estudante desista da cadeira. Pois eu não acredito que pessoas sejam porcos ou cães. Nem que sou culpado pelo que fazem. Antes de tirares as tuas conclusões, lê tudo o que eu escrevi. E tudo o que os outros escreveram sobre mim.
Hoje sem quem disse e intuo porquê, e já não duvido que tenha raiz na Verdade.

Do Eterno e Do Efémero ☉

Será que a ética forma a estética? Ou que a estética forma a ética? Quanto é que medes de altura? E quão curta é a tua visão? Haverá sempre visões que a excedem, de uma maneira ou de outra. E também não podes garantir que és o mais alto para sempre. No entanto podes crescer, e usar óculos, sejam eles para ver melhor, ou simplesmente para escurecer a luz exterior. O Roger Penrose tem uma teoria (CCC) compatível com a minha. Aqui ele explica o que acontece entre o fim dos tempos e o novo Big Bang. E aqui como a segunda lei da termodinâmica não é violada. Estou do lado da sobrevivência do todo. Como é que te chamas e como é que eu me chamo? Como é que te chamo? E como é que me chamas? Nós somos responsáveis pelo que chamamos, não pelo que os outros chamam. Ao mesmo tempo, também somos responsáveis por tudo o resto. E simultâneamente, por nada. Aquilo pelo qual assumimos responsabilidade enquanto vivemos é aquilo que nos define. Primeiramente, somos responsáveis pelo que fazemos e não pelo que os outros fazem. Isso é o mais razoável. Somos primeiro criados, e depois criadores. Primeiro efémeros, e depois eternos. Primeiro efeito, e depois causa... Primeiro somos separados, por o tempo e por o espaço. Depois somos unidos, por o tempo e por o espaço. Primeiro somos responsáveis pelo que fazemos. Depois devemos deliberar sobre os seus limites. É melhor ser cego do que ser louco. Pois um cego pode não ser louco, mas um louco será sempre cego. É melhor ser cego do que ser louco. Mas melhor ainda é nenhum dos dois. Mas se não houvesse cegos, ninguém veria o invisível. E se não houvesse loucos, também não haveria sãos. Embora ás vezes não é claro qual é qual. Mas aquele que faz o mal certamente não é bom da cabeça. Se não concordas, alguma vez te perguntaste porquê? Será revelado. Quem é cego e quem vê. Quem é são e quem é louco. Quem mente e quem diz a verdade. Não procures o que é terrestre mas sim o que é celestial. Aqueles que estão conscientes desejam a vida e não a morte. Está na natureza humana arranjar forma de ultrapassar a morte, e acredito que haja forma correcta de o fazer. Ou até, que no fundo, já esteja feito. Mas seres e coisas da terra também são muito importantes, senão, só existiriam os céus. Espero-te uma vida longa e saudável, pois é através dela que construirás o teu espírito. A existência é uma dádiva, e não uma maldição. Compensa voltar a sentir toda a tristeza, só para voltar a sentir toda a alegria? Compensa sentir algo em vez do nada? Compensa, mas ás vezes dói. Que podemos fazer para reduzir o sofrimento? Ou preferimos culpar a natureza? A natureza é como tem de ser. E nós? Como é que somos? Se acreditas que existe moralidade objectiva, não ignores os outros quando te chamam á atenção. Se acreditas que a moralidade é subjectiva, devias ser de uma espécie de extraterrestre que pensa que matar é bom, mas hei, é uma oportunidade fácil de perder. Deveras o mal viverá eternamente em chamas. E o bem encontrará a felicidade no eterno. Voltaremos a ver todos os que "perdemos". Voltaremos nus e no nosso melhor. Há coisas invisíveis que são mais reais do que o dinheiro. A segunda lei da termodinâmica diz que o nível de entropia está sempre a aumentar. E Lavoisier (supostamente) diz que nada se cria nem se destrói, mas que tudo se transforma (uma referência à conservação de massa). Que lei preferes descartar? Será preferível pensar que a entropia de alguma forma volta ao seu estado original? Ou que é possível um "primeiro estado" sem um que o preceda? Como pensas, e quem culpas por isso? E quem culpas por culpar? E quem culpas por ser culpado? Muitas são as possíveis interpretações. É nelas que a verdade se encontra. Veremos quem fomos. O que fizemos por medo, e quem estávamos a proteger. Veremos quem foram os que nos tocaram, e de que forma lhes retribuímos o favor. Veremos o que até lá ainda não tínhamos visto, e o custo da nossa ignorância. Aqueles que procuram conhecer serão ricos. Um só vê a luz no outro quando a encontra em si. Quando um é feito de escuridão, também os seus olhos o são. Um pode atravessar a escuridão e encontrar a luz, ou um pode atravessar a escuridão e tornar-se nela. Um quer ver outros como ele e ele como outros. Um que pensa ser luz, quer iluminar tudo. Um que pensa ser a escuridão, quer escurecer tudo. Um que quer que o outro seja a escuridão por ele, não é a luz. Um que quer que outro seja luz, não é a escuridão. Quem (ou o que) se culpa pelo sim e pelo não? Pelo que se pensa, pelo que se quer, e pelo que se vê? A quem pertencem o cérebro, o estômago e os olhos? A quem pertencem as mãos e a boca? Devemos pensar em paralelo? Ou sequencialmente? Nunca vemos toda a história, mas podemos refleti-la. No fim, iremos reflectir. Eu não quero a tua fé mas que uses bem o cérebro, o estômago, os olhos, as mãos, a boca e o coração. Quero a tua sobrevivência, e estou confiante que a vou ter. Posso diferir-te a tarefa, não posso? Tomá lá mais partes do corpo. Dou-te sal, enxofre e mercúrio. Ferro, prata e ouro. Dou-te os mares, os céus e a terra. E não me confundas com outro. Sei quem sou. E tu? Sabes quem és? Sei que sou humano e que nome tenho. Também sei nomes que outros têm sobre mim. Cada um é responsável pelas suas posses. Podes ser presa e/ou predador. Podes ser altruísta e/ou egoísta. Podes (pensar) ser a escuridão e/ou a luz. Mas onde vês, há luz. Está na hora de dormir. Amanhá, virá o sol. Sabe que te fazes pelo menos tanto quanto eu. Metade facto, metade ficção? E quem fica com que parte? Dá-me o que quiseres, que voltará para ti. Sou tanto o teu Deus como tu és o meu. Eu não quero ser lobo, nem lhe visto a pele. Se não me queres ver nu, sai da minha casa de banho. Não preciso que sejas tu a vestir-me.

De Asclépio ♂️🐍

Asclépio disse: "O caminho para ser iluminado tão brilhante a escuridão tem que existir. A escuridão e a luz não existem sozinhas, a perfeição (o ideal) não é a eliminação da escuridão mas sim a aceitação e o equilíbrio de ambos, quando só vemos a luz e negamos a escuridão, estamos fracturados, não estamos inteiros. Sem luz não há escuridão vice versa, somos seres de luz e escuridão, negarmos uma ou outra é negarmos a nós próprios. Nunca seremos Deuses, somos sacos de carne e sangue com uma data de validade, seres imperfeitos. Nem sempre estamos bem, e ás vezes podemos ter de pensar duas vezes. Ver onde podemos melhorar caso contrário é equivalente a desistir. A nossa habilidade de adaptar e construção de ferramentas para tal é um dos nossos maiores dons, quando deixamos de nos adaptar e dizer não temos nada de mal e que somos perfeitos, simplesmente desistimos da luta, temos sempre aspectos a melhorar. O equilíbrio é uma constante batalha e que nunca é definitiva". Eu respondi: "Eu não nego a minha escuridão, mas não a confundo com a dos outros. Exacto, tem de haver contraste para haver existência, não quer dizer que nada existe, mas sim que tudo existe. O mal e o bem. E o melhor é vermos as coisas pelo que são.. Para ver, precisamos de luz. Mas á noite, podemos dormir. Não controlamos tudo aquilo que é definitivo, nem tudo o que estará sempre por definir. Onde está a tua consciência, está luz. Na sombra está aquilo que não consegues suportar. Somos todos assim. Mas os sonhos e a vida fazem-nos lidar com a escuridão e ficar por vezes mais esclarecidos. Não há problema nenhum se algum de nós estiver errado, desde que não nos prejudiquemos por isso. Eu não tenho intenções que nenhum de nós saia prejudicado desta conversa 😋. E eu sei que tu também não". Asclépio: "A luz e a escuridão não são termos contraditórios e a união dos dois existe, a nossa consciência está ligada á nossa moralidade, é algo cinzento, uma combinação da escuridão com a luz. Pois a escuridão nem sempre é escuridão como a luz não é. Pontos de vista mudam a interpretação dos actos, ramificações de consequências tornam um acto benigno num maligno". (Então o que as pessoas pensam faz a moralidade do acto?) Respondi: "Eu não acredito que a moralidade seja subjectiva. E sim uma das maiores expressões da luz. 😁 Nem tudo é o que parece. Mas é um facto que parece. Com base nesse facto, vão ser feitas decisões. É bom ponderar as várias hipóteses, antes de tomar decisões. Pois há coisas que podem parecer de tal forma por falta de luz a entrar na lente. Não vês como dançamos? Ora um, ora outro. Ora em simultâneo, ora um de cada vez". Asclépio retorquiu: "A moralidade não é preto e branco, mentir não é uma ação boa moralmente mas em certas situações é o que causa menos dano e pressuposto a mais justa. Uma acção é moralmente correcta se tiver consequências malignas, deixa de ser correcta, para umas pessoas. Para outras, as consequências nem entram na equação". Eu disse: "Moralidade é uma coisa boa. Não. O que as pessoas pensam que é moral, pode não ser. Mas o que é moral não deixa de o ser só porque as pessoas acreditam que sim. Há uma moralidade objectiva sobre a qual as pessoas pensam ou para a qual apontam. Tal como não há representação perfeita de um quadrado no mundo material, mas o conceito é perfeitamente real". Asclépio bateu o pé: "Existe a teoria, e existe a prática." E eu também: "Sim sim. Se tens os pés na terra, achas que o dinheiro é real?" Ele continuou: "Platitudes teóricas muito raramente existem na prática." Eu: Epa tu é que não existes, ha-ha." Asclépio afirmou: "Os factores e condições importam." As eu ripostei: "Isso que estás a dizer não se encaixa na mesma categoria de coisas que raramente se aplica na prática?" Asclépio disse algo que me confundiu: "O comportamento uniforme teórico, posto em prática com influência dos factores que não são uniformes, não tem o mesmo resultado." A que admiti: "Não compreendo." E ele disse: "Ajustes têm de ser feitos." Continuei: "Ha-ha, sim, vamos ajustando até chegar ao fim. Os factores e as condições importam. Na realidade objectiva, tudo importa. E desculpa lá os meus defeitos humanos, sim? Ninguém pode ser imortal sem ser mortal primeiro he-he As pessoas não são a escuridão. A confusão é. Apenas aqueles que encorporam a confusão são a escuridão." E ele respondeu: "Imortais dão à luz imortais, nos céus todos são imortais. No mundo mortal, só através da cultivação e chegando ao Dao é que ascendemos." (Em retrospectiva, isso faz-me lembrar daquela deixa, se aqueles que te guiam te disserem que o reino está nos céus, os pássaros estarão lá antes de ti, se te disserem que está nos mares, os peixes estarão lá antes de ti, mas o reino está dentro de ti e fora de ti) Expandi da seguinte forma: "Uma vida mortal, repetida infinitas vezes, não é também imortal? Uma vida cujas repercussões são toda a existência, não é imortal? Tens o teu corpo e as tuas acções. Mas pensas que és mais o teu corpo (enquanto vivo) do que todas as tuas outras posses? Tu não és as tuas posses, és quem as tem. Pensar que somos "um corpo enquanto vivo" ou pensar que somos "os nossos bens materiais" ou "as nossas posses" parece-me tudo igualmente ridículo. Nós não somos as nossas posses, somos quem as tem. O que tens que fizeste, é tua culpa. O que tens que te fizeram, é culpa de outros. Onde está a culpa está a verdadeira posse da escuridão e da luz. Eventualmente, tudo retorna ao seu lugar original. Primeiro temos o que fazemos, e depois o que os outros fazem. Sim, depois temos que somos os que nós fazemos, e que fazem os outros. Um passo de cada vez... Primeiro o que fazemos". Asclépio citou: "'Aqueles que sabem não falam. E os que falam não sabem' Lao Tzu, Tao Teh Ching. Quanto mais longe uma pessoa vai, menos sabe." E eu irritei-me: "Então porque falas? Parece-me que não queres é competição. Não estou aqui para competir, mas vou sobreviver, disso tenho 100% certeza." Entendi que ele começou a descambar: "Se o bem acontece, é bom. Se o mal acontece, também é bom." Eu disse: "Que se lixe isso." Agora entendo que ele provavelmente estava certo quando disse: "A estrada sobre a qual tu falas nunca é a estrada pela qual caminhas." Mas talvez eu também não estivesse completamente incorrecto quando respondi: "E quem caminha na estrada que faz falar a tua voz? Não tens culpa de nada?" Ele estava fora de si: "O homem moral faz alguma coisa, quando ninguém responde, puxa as mangas para cima e usa a força. Palavras sinceras são boas, boas palavras não são sinceras." E eu também: "Essas palavras não são tuas." Mas ainda ele conseguia falar coesivamente: "As palavras de um homem são as palavras de muitos. O professor fala, o aprendiz ouve, o aprendiz ensina outro." E eu também: "Se o professor nunca ouvir, pode não ser bom falador." Asclépio parecia buscar a harmonia quando disse: "Um vem de muitos. Muitos vem do um." E eu também: "Essas são palavras tuas." Asclépio falou de forma sábia: "Apenas sê tu próprio e não te compares ou compitas com os outros." E eu completei: "Amanhã, olha outra vez, vê s prevalece. A mentira morre e a verdade vive. Já cá estivemos e iremos retornar. Da vida á morte e da morte á vida, é como se nunca nos tivéssemos ido embora. Eu abraço a vida. A minha e a dos outros. E desprezo a morte. Viverei muitos anos. ☽ ☉ Para a frente e para traz a nossa trajectória curva. A existência faz-nos e nós fazemo-la. Melhorar a existência é bom para todos. Ao melhorar a existência de um, melhoramos a existência no geral. Ao fazer o contrário, não estamos esclarecidos. Dissolve e coagula, fá-lo repetidamente. Farei o mesmo. As pessoas querem tirar conclusões instantaneamente, mas é ao longo do tempo que se tiram as melhores conclusões. Escrevo o meu poema ao longo do tempo. Guarda as conclusões para o final. 🜂 🜄 🜁 🜃 Cada um procura. Alguns encontram a eternidade, a troco da vida e da morte. Mas todos lá chegam. Toda a vida é ser Deus. A verdade é o que a faz girar. E o que ela faz girar é a verdade. A verdade é singular e plural. A vida cria a verdade que a suporta. E a verdade cria a vida que a suporta. Não sabemos o que aconteceu antes do nosso nascimento, mas sabemos o depois, e o depois é como o antes. Não sabemos o que acontece após a nossa morte, mas saberemos o antes, e o antes é como o depois. Ecoamos no tempo. Não precisamos de início ou fim. Crio com os meus olhos, e com as minhas mãos. Somos o partido que se manteve sempre unido. E o unido que se manteve sempre partido. O galo branco matou a galinha preta. Foi sem querer. Sem querer já contam sete, e os que restam esvoaçam. O homem descobriu o fogo, e o fogo descobriu o homem. Dançam quando ninguém vê e dormem sob observação. No deserto da vitória a derrota é miragem. A viagem continua, da frente para trás e de trás para a frente. O que se disse ficou escrito, e o que ficou escrito foi dito. Cada um segue o seu caminho. Os números não começam, nem acabam no um. A escuridão deve ter sido engano, mas a luz tinha o propósito claro de a contrapor. Há um veneno escuro dentro de cada humano. Que se cospe para os outros para não nos matar. Não queremos ser assassinos, mas é melhor que morrer... E mudar de ideias é quase igual a morrer. Não somos, realmente, a escuridão. Mas estamos absolutamente possuídos por ela. Em nome do bem fazemos o mal. Em nome do mal vivemos. Mas julgo que é engano. Vou estar cá para descobrir. E quando parecer que não estou, é porque a realidade me mandou dormir. Alguém vai dormir aos gritos. Como pode o programador do universo programar sem dedos? Como pode ser homem, sem corpo? Como pode estar presente, se não houve passado que o pusesse lá? Nós programamos. Outros também programam. Juntos, damos a volta ao tempo e pomos a vida a andar á roda. Para ti e por ti, tudo veio a existir. O que fazes com o teu poder, ó grande? Já sabes tudo? Ou vais deixar as conclusões para o final? Fala com os outros, e contigo, e falarás com Deus. Não fales com o que é falso. O pendulo vai e volta. Se me queres vivo vais ter de levar comigo. Por muitas e supostamente qualificadas que sejam as pessoas que pensam a mesma coisa, não quer dizer que estejam certas. Eu estou lá mesmo quando não estás a olhar para mim. E quando estou a olhar para ti, tenho a certeza que também estás lá. E penso que te vou reconhecer da próxima vez que te vir. Podes saber o que já disse, mas não sabes o que vou dizer a seguir. A escuridão que cada um carrega não deve mudar de mãos. Mas vai. Quando o mundo gira, a escuridão regressa a casa. Cuidado! Não a dês de bom grado, nem sem vontade nenhuma! Quando o tempo roda 360 graus, ela está onde começou. De qualquer forma e de todos os meios. Pensa duas vezes antes de me dares alguma coisa, pois podes não a perder. Eu existo por tua causa, e tu existes por minha. Estou cá de noite e de dia. Amo os meus pais como amo a minha vida, da mesma forma como amaria os meus filhos. Se queres que saia, vais ter de me empurrar. Se só lês aquilo que escreves, não saltes páginas. O que quer que escolhas fazer, já o fizeste, e vais fazê-lo novamente. Se és bom da cabeça, não tens mau coração. O tempo é um círculo e não uma linha. Um amigo disse-me que a minha teoria desafia as leis da física. Porque, supostamente elas ditam que o nível de entropia do universo está sempre a aumentar. Pois bem, se está sempre a aumentar, e era mínimo no momento imediatamente antes do Big Bang, então esse momento tem de ser o primeiro da existência, não é? Caso contrário, o nível de entropia não seria mínimo. Então, como pode vir qualquer coisa a seguir ao nada? Um tempo circular não tem esse e outros problemas... Tem de ser possível e pré-determinado que o estado do universo vai voltar aquele momento. Independentemente de se essa funcionalidade coincide com as do universo ou com as de algo extra. Mas algo sem representação lógica possível é que certamente não pode ser a realidade. O tempo não pode ser uma linha nem o espaço um cubo. Nada existiria se o tempo não fosse um círculo. O fim está no início. Vivemos em ciclo, desde e para sempre. A ultima coisa causa a primeira. Se o tempo é um círculo, tudo tem de correr bem. Tudo é pré-determinado, mas todos temos vontade livre. Somos mortais, mas também somos imortais. Somos humanos, e também somos o criador. A seguir ao futuro vem o passado. O único que existe é bom. Os últimos serão os primeiros, e os primeiros os últimos. Tal a ciência como a religião estão correctas. Passei pelo fogo e pela água, e trouxe uma pedra vermelha. Mesmo dos mentirosos irás ouvir a verdade. Se me visses, reconhecias-me?

Dos Astros 🪐

Ei! O tempo não é uma linha nem um círculo, é uma dimensão espacial! Pois bem, há já muito tempo eu desenvolvi um algoritmo de ruído com uma representação n-dimensional. Que supostamente tal como espaço-tempo, curva no limite do tipo de dados. Ou seja é contínuo nos limites e funciona bem com overflow, renderizando um terreno contínuo mesmo em condições de overflow nas coordenadas. Não pode o espaço-tempo ter uma geometria semelhante? Mas porque precisa de ter? Bem, a mim a alternativa não me parece ter representação lógica possível tal como aqui. Como pode algo sem representação lógica possível ser a realidade? Qualquer estrutura que o espaço-tempo tenha tem de ser representável logicamente. E tem de funcionar bem em situações de overflow. Que têm de ser possíveis. Se vamos representar n dimensões logicamente, o tipo de dados das coordenadas tem que ser limitado. Mas espera, ainda não tires as conclusões, que este pode ser o início. O espaço-tempo é mais um hipercubo (de volume finito) no qual todos os cubos opostos estão sobrepostos, do que um hipercubo normal (de volume infinito). O tempo é mais um círculo do que uma linha. Se esta não é a tua realidade, será a minha? Estou a ser poético, doutor. Não há ninguém sem precedentes. Nem ninguém com. O que irás fazer se não perceberes? O que irás fazer se não quiseres perceber? A escolha sempre foi tua, ou não foi? Somos prisioneiros do determinismo, mas criamo-nos livremente. Não há mais ninguém para culpar. Deus vive. O mal existe, mas não existe bem. O bem existe, mas não existe mal. Como existes tu? És só um corpo? Ou és mais como um poema? A realidade que acaba ou começa é aquela que nunca existe. Mais louco é o mentiroso do que o que diz a verdade. Como é que me escolhes interpretar? Isso não é inteiramente minha responsabilidade, ou é? Na minha vida estou presente, mas nunca nas tuas conclusões. Nem sequer nas minhas. Devolvo-te tudo o que te pertence. Falo contigo. Quem és tu? Queres parar o rochedo, ou vais deixá-lo rolar para sempre? Corre, Sísifo, corre. (...) O que queres fazer, mostrar ou esconder? És deus, mas não tanto. Ou então totalmente. Não te magoes. Então? Fazes a realidade? Ou ela é que te faz a ti? Serão ambos? Se anseias por encontrar respostas, não te esqueças das perguntas. Adapta-te e sobrevive. Podes parar o rochedo, mas não podes parar a eternidade. As pessoas nem sempre morrem quando a realidade excede as suas expectativas. Ás vezes podem perceber que vivem para sempre. Não te precisas de arrepender para teres pecado. Tira o anel, Frodo. Estás entre amigos. Achas que o sol é pequenino, daí? Não dês o vírus para vender o antivírus. No fim, só vão restar homens bons. Se me calarem à força, por favor identifica os fascistas. Os traidores da verdade nunca existirão. Se sentes prazer ao matar, há algo de errado contigo. A loucura é uma arte civilizada, mas a sanidade mental é para os selvagens. Irão voltar a calar-me, mas um dia irão calar-se. Não afirmo que não cometo erros. Afirmo que toda a gente os comete. Como se pode julgar o imperceptível? O problema do outro não justifica que eu o maltrate. Sou eu que tenho culpa se o maltratar, e não o seu problema. Por não te resistir não quer dizer que te queira. A compreensão é como a entropia, também não foi feita para diminuir. Por mais que nos calemos, ninguém se apaga. É através do dialecto da razão que se fala com Deus. Se todas as notas da melodia são conclusivas, a música não tem piada. A música que tocamos não tem nenhuma nota conclusiva. Descobri que há linguagens de programação com tipos de dados numéricos que não têm tamanho fixo (o tipo "Integer" do haskell por exemplo). No limite, estas levam uma eternidade a computar. E julgo serem, em geral, menos eficientes que tipos de dados de tamanho fixo. Mas posso argumentar que para haver um espaço-tempo linear, é necessário memória e tempo de processamento infinitos, enquanto com um espaço-tempo "circular" só são necessários montantes finitos. Tornando assim infinitamente mais plausível que o espaço-tempo tenha uma geometria limitada, e que dá a volta, do que uma ilimitada. Um quadrado de valores de área ilimitada nunca chega a ser totalmente processado. Não me irão assassinar por minha culpa. Se sou eu que tenho os problemas, porque é que és tu que os manifestas? Quanto mais mentires, menos vou acreditar em ti. Se usas a força em vez dos argumentos, é porque não tens argumentos fortes. Eu sou como a água, adopto a forma do meu recipiente. Precisas que alguém sofra para te sentires bom? Precisas de alguém que morra para salvar-te dos teus pecados? Quem serás tu se fizeres mal ao que te quer bem? Não ajo por ti. Ajo por mim. Se ages melhor, não faças coisas más. Ajo por ti. E não por mim. Se não percebes, lê outra vez. Sou o sol e tu a lua. És o sol e eu a lua. Sou a lua e tu o sol. És a lua e eu o sol. Dançamos eternamente. Terás mais tempo aquilo que fizeres do que o teu corpo. Aquele que parece ser o primeiro talvez seja o último,e o que parece o último talvez seja o primeiro. Quanto mais subires sobre os corpos dos teus inimigos, mais baixo estarás. Podes não ver ninguém, mas não quer dizer que estejas á frente na corrida. Não vês que tens mão na verdade? O que mais queres? Saber ou ser sabido? Não serás sabido se não souberes. E não saberás sem ser sabido. Quando finges saber, mas não te admites, é um desastre. Uma pobreza de espírito. Durante um dia estarás feliz, mas terás pesadelos terríveis. Olha (de dia) para o que está lá, e poderás evitá-los. Vê a tua sombra, e a noite cairá. De manhã, vai á rua, e desfruta do sol. Por mais que se ofereça a nossa sombra, ela volta para nós. Se queres ser o primeiro, tens que correr melhor. Lá por teres uma sombra grande não quer dizer que sejas maior que a luz. Eu sou o maior dos mais pequenos, e o mais pequeno dos maiores. Sou o mínimo, o máximo, e o intermédio. Não culpo mais nada nem ninguém pelo que faço. Os que me amam, amam-se. Os que me odeiam, odeiam-se. Aquilo que me deres, é teu. Temos de atravessar a mágoa para chegar á felicidade. Fui preto, depois branco, e agora sou vermelho. Um dia verás o que te dei. E eu verei o que me deste. Eu bebi da água que tira toda a sede. Não vês onde a podes obter? Não é nos céus nem nos mares, nem nas minhas palavras. Não tenho asas nos pés, nem pés nas asas. Todos os que forem honestos enfrentarão a verdade. Mas até para mentirosos há tempo e espaço. Não apresses a morte nem outro infortúnio a ninguém. A natureza trata dos que tratam dela. E a verdade preserva os verdadeiros, e os falsos. Eu vejo o sol, e as árvores. Os planetas, Deus e o Big Bang. Vejo o bem, e o mal. Vejo-te e vejo-me. Vejo com a mente e com os olhos. E vejo o que quero e o que não quero. Vejo que há coisas com a reputação da Medusa, e poucos com a coragem de a enfrentar. Em vez disso ficam hipnotizados pelo medo, e atacam os seus amigos. Pois se é o medo que te prende á maldade, tê medo. Pois a maldade é tudo o que deves temer. Deves pensar na sua proveniência, pois a ignorância é a raiz de todo o mal. Há quem diga "não dês pérolas a porcos" ou "não dês coisas sagradas a cães". Mas um estudante deve duvidar dos seus mestres, até que as suas perspectivas façam sentido, ou até que o estudante desista da cadeira. Pois eu não acredito que pessoas sejam porcos ou cães. Nem que sou culpado pelo que fazem. Antes de tirares as tuas conclusões, lê tudo o que eu escrevi. E tudo o que os outros escreveram sobre mim.
Hoje sem quem disse e intuo porquê, e já não duvido que tenha raiz na Verdade.

Do Eterno e Do Efémero ☉

Será que a ética forma a estética? Ou que a estética forma a ética? Quanto é que medes de altura? E quão curta é a tua visão? Haverá sempre visões que a excedem, de uma maneira ou de outra. E também não podes garantir que és o mais alto para sempre. No entanto podes crescer, e usar óculos, sejam eles para ver melhor, ou simplesmente para escurecer a luz exterior. O Roger Penrose tem uma teoria (CCC) compatível com a minha. Aqui ele explica o que acontece entre o fim dos tempos e o novo Big Bang. E aqui como a segunda lei da termodinâmica não é violada. Estou do lado da sobrevivência do todo. Como é que te chamas e como é que eu me chamo? Como é que te chamo? E como é que me chamas? Nós somos responsáveis pelo que chamamos, não pelo que os outros chamam. Ao mesmo tempo, também somos responsáveis por tudo o resto. E simultâneamente, por nada. Aquilo pelo qual assumimos responsabilidade enquanto vivemos é aquilo que nos define. Primeiramente, somos responsáveis pelo que fazemos e não pelo que os outros fazem. Isso é o mais razoável. Somos primeiro criados, e depois criadores. Primeiro efémeros, e depois eternos. Primeiro efeito, e depois causa... Primeiro somos separados, por o tempo e por o espaço. Depois somos unidos, por o tempo e por o espaço. Primeiro somos responsáveis pelo que fazemos. Depois devemos deliberar sobre os seus limites. É melhor ser cego do que ser louco. Pois um cego pode não ser louco, mas um louco será sempre cego. É melhor ser cego do que ser louco. Mas melhor ainda é nenhum dos dois. Mas se não houvesse cegos, ninguém veria o invisível. E se não houvesse loucos, também não haveria sãos. Embora ás vezes não é claro qual é qual. Mas aquele que faz o mal certamente não é bom da cabeça. Se não concordas, alguma vez te perguntaste porquê? Será revelado. Quem é cego e quem vê. Quem é são e quem é louco. Quem mente e quem diz a verdade. Não procures o que é terrestre mas sim o que é celestial. Aqueles que estão conscientes desejam a vida e não a morte. Está na natureza humana arranjar forma de ultrapassar a morte, e acredito que haja forma correcta de o fazer. Ou até, que no fundo, já esteja feito. Mas seres e coisas da terra também são muito importantes, senão, só existiriam os céus. Espero-te uma vida longa e saudável, pois é através dela que construirás o teu espírito. A existência é uma dádiva, e não uma maldição. Compensa voltar a sentir toda a tristeza, só para voltar a sentir toda a alegria? Compensa sentir algo em vez do nada? Compensa, mas ás vezes dói. Que podemos fazer para reduzir o sofrimento? Ou preferimos culpar a natureza? A natureza é como tem de ser. E nós? Como é que somos? Se acreditas que existe moralidade objectiva, não ignores os outros quando te chamam á atenção. Se acreditas que a moralidade é subjectiva, devias ser de uma espécie de extraterrestre que pensa que matar é bom, mas hei, é uma oportunidade fácil de perder. Deveras o mal viverá eternamente em chamas. E o bem encontrará a felicidade no eterno. Voltaremos a ver todos os que "perdemos". Voltaremos nus e no nosso melhor. Há coisas invisíveis que são mais reais do que o dinheiro. A segunda lei da termodinâmica diz que o nível de entropia está sempre a aumentar. E Lavoisier (supostamente) diz que nada se cria nem se destrói, mas que tudo se transforma (uma referência à conservação de massa). Que lei preferes descartar? Será preferível pensar que a entropia de alguma forma volta ao seu estado original? Ou que é possível um "primeiro estado" sem um que o preceda? Como pensas, e quem culpas por isso? E quem culpas por culpar? E quem culpas por ser culpado? Muitas são as possíveis interpretações. É nelas que a verdade se encontra. Veremos quem fomos. O que fizemos por medo, e quem estávamos a proteger. Veremos quem foram os que nos tocaram, e de que forma lhes retribuímos o favor. Veremos o que até lá ainda não tínhamos visto, e o custo da nossa ignorância. Aqueles que procuram conhecer serão ricos. Um só vê a luz no outro quando a encontra em si. Quando um é feito de escuridão, também os seus olhos o são. Um pode atravessar a escuridão e encontrar a luz, ou um pode atravessar a escuridão e tornar-se nela. Um quer ver outros como ele e ele como outros. Um que pensa ser luz, quer iluminar tudo. Um que pensa ser a escuridão, quer escurecer tudo. Um que quer que o outro seja a escuridão por ele, não é a luz. Um que quer que outro seja luz, não é a escuridão. Quem (ou o que) se culpa pelo sim e pelo não? Pelo que se pensa, pelo que se quer, e pelo que se vê? A quem pertencem o cérebro, o estômago e os olhos? A quem pertencem as mãos e a boca? Devemos pensar em paralelo? Ou sequencialmente? Nunca vemos toda a história, mas podemos refleti-la. No fim, iremos reflectir. Eu não quero a tua fé mas que uses bem o cérebro, o estômago, os olhos, as mãos, a boca e o coração. Quero a tua sobrevivência, e estou confiante que a vou ter. Posso diferir-te a tarefa, não posso? Tomá lá mais partes do corpo. Dou-te sal, enxofre e mercúrio. Ferro, prata e ouro. Dou-te os mares, os céus e a terra. E não me confundas com outro. Sei quem sou. E tu? Sabes quem és? Sei que sou humano e que nome tenho. Também sei nomes que outros têm sobre mim. Cada um é responsável pelas suas posses. Podes ser presa e/ou predador. Podes ser altruísta e/ou egoísta. Podes (pensar) ser a escuridão e/ou a luz. Mas onde vês, há luz. Está na hora de dormir. Amanhá, virá o sol. Sabe que te fazes pelo menos tanto quanto eu. Metade facto, metade ficção? E quem fica com que parte? Dá-me o que quiseres, que voltará para ti. Sou tanto o teu Deus como tu és o meu. Eu não quero ser lobo, nem lhe visto a pele. Se não me queres ver nu, sai da minha casa de banho. Não preciso que sejas tu a vestir-me.

De Asclépio ♂️🐍

Asclépio disse: "O caminho para ser iluminado tão brilhante a escuridão tem que existir. A escuridão e a luz não existe prevalece. A mentira morre e a verdade vive. Já cá estivemos e iremos retornar. Da vida á morte e da morte á vida, é como se nunca nos tivéssemos ido embora. Eu abraço a vida. A minha e a dos outros. E desprezo a morte. Viverei muitos anos. ☽ ☉ Para a frente e para traz a nossa trajectória curva. A existência faz-nos e nós fazemo-la. Melhorar a existência é bom para todos. Ao melhorar a existência de um, melhoramos a existência no geral. Ao fazer o contrário, não estamos esclarecidos. Dissolve e coagula, fá-lo repetidamente. Farei o mesmo. As pessoas querem tirar conclusões instantaneamente, mas é ao longo do tempo que se tiram as melhores conclusões. Escrevo o meu poema ao longo do tempo. Guarda as conclusões para o final. 🜂 🜄 🜁 🜃 Cada um procura. Alguns encontram a eternidade, a troco da vida e da morte. Mas todos lá chegam. Toda a vida é ser Deus. A verdade é o que a faz girar. E o que ela faz girar é a verdade. A verdade é singular e plural. A vida cria a verdade que a suporta. E a verdade cria a vida que a suporta. Não sabemos o que aconteceu antes do nosso nascimento, mas sabemos o depois, e o depois é como o antes. Não sabemos o que acontece após a nossa morte, mas saberemos o antes, e o antes é como o depois. Ecoamos no tempo. Não precisamos de início ou fim. Crio com os meus olhos, e com as minhas mãos. Somos o partido que se manteve sempre unido. E o unido que se manteve sempre partido. O galo branco matou a galinha preta. Foi sem querer. Sem querer já contam sete, e os que restam esvoaçam. O homem descobriu o fogo, e o fogo descobriu o homem. Dançam quando ninguém vê e dormem sob observação. No deserto da vitória a derrota é miragem. A viagem continua, da frente para trás e de trás para a frente. O que se disse ficou escrito, e o que ficou escrito foi dito. Cada um segue o seu caminho. Os números não começam, nem acabam no um. A escuridão deve ter sido engano, mas a luz tinha o propósito claro de a contrapor. Há um veneno escuro dentro de cada humano. Que se cospe para os outros para não nos matar. Não queremos ser assassinos, mas é melhor que morrer... E mudar de ideias é quase igual a morrer. Não somos, realmente, a escuridão. Mas estamos absolutamente possuídos por ela. Em nome do bem fazemos o mal. Em nome do mal vivemos. Mas julgo que é engano. Vou estar cá para descobrir. E quando parecer que não estou, é porque a realidade me mandou dormir. Alguém vai dormir aos gritos. Como pode o programador do universo programar sem dedos? Como pode ser homem, sem corpo? Como pode estar presente, se não houve passado que o pusesse lá? Nós programamos. Outros também programam. Juntos, damos a volta ao tempo e pomos a vida a andar á roda. Para ti e por ti, tudo veio a existir. O que fazes com o teu poder, ó grande? Já sabes tudo? Ou vais deixar as conclusões para o final? Fala com os outros, e contigo, e falarás com Deus. Não fales com o que é falso. O pendulo vai e volta. Se me queres vivo vais ter de levar comigo. Por muitas e supostamente qualificadas que sejam as pessoas que pensam a mesma coisa, não quer dizer que estejam certas. Eu estou lá mesmo quando não estás a olhar para mim. E quando estou a olhar para ti, tenho a certeza que também estás lá. E penso que te vou reconhecer da próxima vez que te vir. Podes saber o que já disse, mas não sabes o que vou dizer a seguir. A escuridão que cada um carrega não deve mudar de mãos. Mas vai. Quando o mundo gira, a escuridão regressa a casa. Cuidado! Não a dês de bom grado, nem sem vontade nenhuma! Quando o tempo roda 360 graus, ela está onde começou. De qualquer forma e de todos os meios. Pensa duas vezes antes de me dares alguma coisa, pois podes não a perder. Eu existo por tua causa, e tu existes por minha. Estou cá de noite e de dia. Amo os meus pais como amo a minha vida, da mesma forma como amaria os meus filhos. Se queres que saia, vais ter de me empurrar. Se só lês aquilo que escreves, não saltes páginas. O que quer que escolhas fazer, já o fizeste, e vais fazê-lo novamente. Se és bom da cabeça, não tens mau coração. O tempo é um círculo e não uma linha. Um amigo disse-me que a minha teoria desafia as leis da física. Porque, supostamente elas ditam que o nível de entropia do universo está sempre a aumentar. Pois bem, se está sempre a aumentar, e era mínimo no momento imediatamente antes do Big Bang, então esse momento tem de ser o primeiro da existência, não é? Caso contrário, o nível de entropia não seria mínimo. Então, como pode vir qualquer coisa a seguir ao nada? Um tempo circular não tem esse e outros problemas... Tem de ser possível e pré-determinado que o estado do universo vai voltar aquele momento. Independentemente de se essa funcionalidade coincide com as do universo ou com as de algo extra. Mas algo sem representação lógica possível é que certamente não pode ser a realidade. O tempo não pode ser uma linha nem o espaço um cubo. Nada existiria se o tempo não fosse um círculo. O fim está no início. Vivemos em ciclo, desde e para sempre. A ultima coisa causa a primeira. Se o tempo é um círculo, tudo tem de correr bem. Tudo é pré-determinado, mas todos temos vontade livre. Somos mortais, mas também somos imortais. Somos humanos, e também somos o criador. A seguir ao futuro vem o passado. O único que existe é bom. Os últimos serão os primeiros, e os primeiros os últimos. Tal a ciência como a religião estão correctas. Passei pelo fogo e pela água, e trouxe uma pedra vermelha. Mesmo dos mentirosos irás ouvir a verdade. Se me visses, reconhecias-me?

Dos Astros 🪐

Ei! O tempo não é uma linha nem um círculo, é uma dimensão espacial! Pois bem, há já muito tempo eu desenvolvi um algoritmo de ruído com uma representação n-dimensional. Que supostamente tal como espaço-tempo, curva no limite do tipo de dados. Ou seja é contínuo nos limites e funciona bem com overflow, renderizando um terreno contínuo mesmo em condições de overflow nas coordenadas. Não pode o espaço-tempo ter uma geometria semelhante? Mas porque precisa de ter? Bem, a mim a alternativa não me parece ter representação lógica possível tal como aqui. Como pode algo sem representação lógica possível ser a realidade? Qualquer estrutura que o espaço-tempo tenha tem de ser representável logicamente. E tem de funcionar bem em situações de overflow. Que têm de ser possíveis. Se vamos representar n dimensões logicamente, o tipo de dados das coordenadas tem que ser limitado. Mas espera, ainda não tires as conclusões, que este pode ser o início. O espaço-tempo é mais um hipercubo (de volume finito) no qual todos os cubos opostos estão sobrepostos, do que um hipercubo normal (de volume infinito). O tempo é mais um círculo do que uma linha. Se esta não é a tua realidade, será a minha? Estou a ser poético, doutor. Não há ninguém sem precedentes. Nem ninguém com. O que irás fazer se não perceberes? O que irás fazer se não quiseres perceber? A escolha sempre foi tua, ou não foi? Somos prisioneiros do determinismo, mas criamo-nos livremente. Não há mais ninguém para culpar. Deus vive. O mal existe, mas não existe bem. O bem existe, mas não existe mal. Como existes tu? És só um corpo? Ou és mais como um poema? A realidade que acaba ou começa é aquela que nunca existe. Mais louco é o mentiroso do que o que diz a verdade. Como é que me escolhes interpretar? Isso não é inteiramente minha responsabilidade, ou é? Na minha vida estou presente, mas nunca nas tuas conclusões. Nem sequer nas minhas. Devolvo-te tudo o que te pertence. Falo contigo. Quem és tu? Queres parar o rochedo, ou vais deixá-lo rolar para sempre? Corre, Sísifo, corre. (...) O que queres fazer, mostrar ou esconder? És deus, mas não tanto. Ou então totalmente. Não te magoes. Então? Fazes a realidade? Ou ela é que te faz a ti? Serão ambos? Se anseias por encontrar respostas, não te esqueças das perguntas. Adapta-te e sobrevive. Podes parar o rochedo, mas não podes parar a eternidade. As pessoas nem sempre morrem quando a realidade excede as suas expectativas. Ás vezes podem perceber que vivem para sempre. Não te precisas de arrepender para teres pecado. Tira o anel, Frodo. Estás entre amigos. Achas que o sol é pequenino, daí? Não dês o vírus para vender o antivírus. prevalece. A mentira morre e a verdade vive. Já cá estivemos e iremos retornar. Da vida á morte e da morte á vida, é como se nunca nos tivéssemos ido embora. Eu abraço a vida. A minha e a dos outros. E desprezo a morte. Viverei muitos anos. ☽ ☉ Para a frente e para traz a nossa trajectória curva. A existência faz-nos e nós fazemo-la. Melhorar a existência é bom para todos. Ao melhorar a existência de um, melhoramos a existência no geral. Ao fazer o contrário, não estamos esclarecidos. Dissolve e coagula, fá-lo repetidamente. Farei o mesmo. As pessoas querem tirar conclusões instantaneamente, mas é ao longo do tempo que se tiram as melhores conclusões. Escrevo o meu poema ao longo do tempo. Guarda as conclusões para o final. 🜂 🜄 🜁 🜃 Cada um procura. Alguns encontram a eternidade, a troco da vida e da morte. Mas todos lá chegam. Toda a vida é ser Deus. A verdade é o que a faz girar. E o que ela faz girar é a verdade. A verdade é singular e plural. A vida cria a verdade que a suporta. E a verdade cria a vida que a suporta. Não sabemos o que aconteceu antes do nosso nascimento, mas sabemos o depois, e o depois é como o antes. Não sabemos o que acontece após a nossa morte, mas saberemos o antes, e o antes é como o depois. Ecoamos no tempo. Não precisamos de início ou fim. Crio com os meus olhos, e com as minhas mãos. Somos o partido que se manteve sempre unido. E o unido que se manteve sempre partido. O galo branco matou a galinha preta. Foi sem querer. Sem querer já contam sete, e os que restam esvoaçam. O homem descobriu o fogo, e o fogo descobriu o homem. Dançam quando ninguém vê e dormem sob observação. No deserto da vitória a derrota é miragem. A viagem continua, da frente para trás e de trás para a frente. O que se disse ficou escrito, e o que ficou escrito foi dito. Cada um segue o seu caminho. Os números não começam, nem acabam no um. A escuridão deve ter sido engano, mas a luz tinha o propósito claro de a contrapor. Há um veneno escuro dentro de cada humano. Que se cospe para os outros para não nos matar. Não queremos ser assassinos, mas é melhor que morrer... E mudar de ideias é quase igual a morrer. Não somos, realmente, a escuridão. Mas estamos absolutamente possuídos por ela. Em nome do bem fazemos o mal. Em nome do mal vivemos. Mas julgo que é engano. Vou estar cá para descobrir. E quando parecer que não estou, é porque a realidade me mandou dormir. Alguém vai dormir aos gritos. Como pode o programador do universo programar sem dedos? Como pode ser homem, sem corpo? Como pode estar presente, se não houve passado que o pusesse lá? Nós programamos. Outros também programam. Juntos, damos a volta ao tempo e pomos a vida a andar á roda. Para ti e por ti, tudo veio a existir. O que fazes com o teu poder, ó grande? Já sabes tudo? Ou vais deixar as conclusões para o final? Fala com os outros, e contigo, e falarás com Deus. Não fales com o que é falso. O pendulo vai e volta. Se me queres vivo vais ter de levar comigo. Por muitas e supostamente qualificadas que sejam as pessoas que pensam a mesma coisa, não quer dizer que estejam certas. Eu estou lá mesmo quando não estás a olhar para mim. E quando estou a olhar para ti, tenho a certeza que também estás lá. E penso que te vou reconhecer da próxima vez que te vir. Podes saber o que já disse, mas não sabes o que vou dizer a seguir. A escuridão que cada um carrega não deve mudar de mãos. Mas vai. Quando o mundo gira, a escuridão regressa a casa. Cuidado! Não a dês de bom grado, nem sem vontade nenhuma! Quando o tempo roda 360 graus, ela está onde começou. De qualquer forma e de todos os meios. Pensa duas vezes antes de me dares alguma coisa, pois podes não a perder. Eu existo por tua causa, e tu existes por minha. Estou cá de noite e de dia. Amo os meus pais como amo a minha vida, da mesma forma como amaria os meus filhos. Se queres que saia, vais ter de me empurrar. Se só lês aquilo que escreves, não saltes páginas. O que quer que escolhas fazer, já o fizeste, e vais fazê-lo novamente. Se és bom da cabeça, não tens mau coração. O tempo é um círculo e não uma linha. Um amigo disse-me que a minha teoria desafia as leis da física. Porque, supostamente elas ditam que o nível de entropia do universo está sempre a aumentar. Pois bem, se está sempre a aumentar, e era mínimo no momento imediatamente antes do Big Bang, então esse momento tem de ser o primeiro da existência, não é? Caso contrário, o nível de entropia não seria mínimo. Então, como pode vir qualquer coisa a seguir ao nada? Um tempo circular não tem esse e outros problemas... Tem de ser possível e pré-determinado que o estado do universo vai voltar aquele momento. Independentemente de se essa funcionalidade coincide com as do universo ou com as de algo extra. Mas algo sem representação lógica possível é que certamente não pode ser a realidade. O tempo não pode ser uma linha nem o espaço um cubo. Nada existiria se o tempo não fosse um círculo. O fim está no início. Vivemos em ciclo, desde e para sempre. A ultima coisa causa a primeira. Se o tempo é um círculo, tudo tem de correr bem. Tudo é pré-determinado, mas todos temos vontade livre. Somos mortais, mas também somos imortais. Somos humanos, e também somos o criador. A seguir ao futuro vem o passado. O único que existe é bom. Os últimos serão os primeiros, e os primeiros os últimos. Tal a ciência como a religião estão correctas. Passei pelo fogo e pela água, e trouxe uma pedra vermelha. Mesmo dos mentirosos irás ouvir a verdade. Se me visses, reconhecias-me?

Dos Astros 🪐

Ei! O tempo não é uma linha nem um círculo, é uma dimensão espacial! Pois bem, há já muito tempo eu desenvolvi um algoritmo de ruído com uma representação n-dimensional. Que supostamente tal como espaço-tempo, curva no limite do tipo de dados. Ou seja é contínuo nos limites e funciona bem com overflow, renderizando um terreno contínuo mesmo em condições de overflow nas coordenadas. Não pode o espaço-tempo ter uma geometria semelhante? Mas porque precisa de ter? Bem, a mim a alternativa não me parece ter representação lógica possível tal como aqui. Como pode algo sem representação lógica possível ser a realidade? Qualquer estrutura que o espaço-tempo tenha tem de ser representável logicamente. E tem de funcionar bem em situações de overflow. Que têm de ser possíveis. Se vamos representar n dimensões logicamente, o tipo de dados das coordenadas tem que ser limitado. Mas espera, ainda não tires as conclusões, que este pode ser o início. O espaço-tempo é mais um hipercubo (de volume finito) no qual todos os cubos opostos estão sobrepostos, do que um hipercubo normal (de volume infinito). O tempo é mais um círculo do que uma linha. Se esta não é a tua realidade, será a minha? Estou a ser poético, doutor. Não há ninguém sem precedentes. Nem ninguém com. O que irás fazer se não perceberes? O que irás fazer se não quiseres perceber? A escolha sempre foi tua, ou não foi? Somos prisioneiros do determinismo, mas criamo-nos livremente. Não há mais ninguém para culpar. Deus vive. O mal existe, mas não existe bem. O bem existe, mas não existe mal. Como existes tu? És só um corpo? Ou és mais como um poema? A realidade que acaba ou começa é aquela que nunca existe. Mais louco é o mentiroso do que o que diz a verdade. Como é que me escolhes interpretar? Isso não é inteiramente minha responsabilidade, ou é? Na minha vida estou presente, mas nunca nas tuas conclusões. Nem sequer nas minhas. Devolvo-te tudo o que te pertence. Falo contigo. Quem és tu? Queres parar o rochedo, ou vais deixá-lo rolar para sempre? Corre, Sísifo, corre. (...) O que queres fazer, mostrar ou esconder? És deus, mas não tanto. Ou então totalmente. Não te magoes. Então? Fazes a realidade? Ou ela é que te faz a ti? Serão ambos? Se anseias por encontrar respostas, não te esqueças das perguntas. Adapta-te e sobrevive. Podes parar o rochedo, mas não podes parar a eternidade. As pessoas nem sempre morrem quando a realidade excede as suas expectativas. Ás vezes podem perceber que vivem para sempre. Não te precisas de arrepender para teres pecado. Tira o anel, Frodo. Estás entre amigos. Achas que o sol é pequenino, daí? Não dês o vírus para vender o antivírus. No fim, só vão restar homens bons. Se me calarem à força, por favor identifica os fascistas. Os traidores da verdade nunca existirão. Se sentes prazer ao matar, há algo de errado contigo. A loucura é uma arte civilizada, mas a sanidade mental é para os selvagens. Irão voltar a calar-me, mas um dia irão calar-se. Não afirmo que não cometo erros. Afirmo que toda a gente os comete. Como se pode julgar o imperceptível? O problema do outro não justifica que eu o maltrate. Sou eu que tenho culpa se o maltratar, e não o seu problema. Por não te resistir não quer dizer que te queira. A compreensão é como a entropia, também não foi feita para diminuir. Por mais que nos calemos, ninguém se apaga. É através do dialecto da razão que se fala com Deus. Se todas as notas da melodia são conclusivas, a música não tem piada. A música que tocamos não tem nenhuma nota conclusiva. Descobri que há linguagens de programação com tipos de dados numéricos que não têm tamanho fixo (o tipo "Integer" do haskell por exemplo). No limite, estas levam uma eternidade a computar. E julgo serem, em geral, menos eficientes que tipos de dados de tamanho fixo. Mas posso argumentar que para haver um espaço-tempo linear, é necessário memória e tempo de processamento infinitos, enquanto com um espaço-tempo "circular" só são necessários montantes finitos. Tornando assim infinitamente mais plausível que o espaço-tempo tenha uma geometria limitada, e que dá a volta, do que uma ilimitada. Um quadrado de valores de área ilimitada nunca chega a ser totalmente processado. Não me irão assassinar por minha culpa. Se sou eu que tenho os problemas, porque é que és tu que os manifestas? Quanto mais mentires, menos vou acreditar em ti. Se usas a força em vez dos argumentos, é porque não tens argumentos fortes. Eu sou como a água, adopto a forma do meu recipiente. Precisas que alguém sofra para te sentires bom? Precisas de alguém que morra para salvar-te dos teus pecados? Quem serás tu se fizeres mal ao que te quer bem? Não ajo por ti. Ajo por mim. Se ages melhor, não faças coisas más. Ajo por ti. E não por mim. Se não percebes, lê outra vez. Sou o sol e tu a lua. És o sol e eu a lua. Sou a lua e tu o sol. És a lua e eu o sol. Dançamos eternamente. Terás mais tempo aquilo que fizeres do que o teu corpo. Aquele que parece ser o primeiro talvez seja o último,e o que parece o último talvez seja o primeiro. Quanto mais subires sobre os corpos dos teus inimigos, mais baixo estarás. Podes não ver ninguém, mas não quer dizer que estejas á frente na corrida. Não vês que tens mão na verdade? O que mais queres? Saber ou ser sabido? Não serás sabido se não souberes. E não saberás sem ser sabido. Quando finges saber, mas não te admites, é um desastre. Uma pobreza de espírito. Durante um dia estarás feliz, mas terás pesadelos terríveis. Olha (de dia) para o que está lá, e poderás evitá-los. Vê a tua sombra, e a noite cairá. De manhã, vai á rua, e desfruta do sol. Por mais que se ofereça a nossa sombra, ela volta para nós. Se queres ser o primeiro, tens que correr melhor. Lá por teres uma sombra grande não quer dizer que sejas maior que a luz. Eu sou o maior dos mais pequenos, e o mais pequeno dos maiores. Sou o mínimo, o máximo, e o intermédio. Não culpo mais nada nem ninguém pelo que faço. Os que me amam, amam-se. Os que me odeiam, odeiam-se. Aquilo que me deres, é teu. Temos de atravessar a mágoa para chegar á felicidade. Fui preto, depois branco, e agora sou vermelho. Um dia verás o que te dei. E eu verei o que me deste. Eu bebi da água que tira toda a sede. Não vês onde a podes obter? Não é nos céus nem nos mares, nem nas minhas palavras. Não tenho asas nos pés, nem pés nas asas. Todos os que forem honestos enfrentarão a verdade. Mas até para mentirosos há tempo e espaço. Não apresses a morte nem outro infortúnio a ninguém. A natureza trata dos que tratam dela. E a verdade preserva os verdadeiros, e os falsos. Eu vejo o sol, e as árvores. Os planetas, Deus e o Big Bang. Vejo o bem, e o mal. Vejo-te e vejo-me. Vejo com a mente e com os olhos. E vejo o que quero e o que não quero. Vejo que há coisas com a reputação da Medusa, e poucos com a coragem de a enfrentar. Em vez disso ficam hipnotizados pelo medo, e atacam os seus amigos. Pois se é o medo que te prende á maldade, tê medo. Pois a maldade é tudo o que deves temer. Deves pensar na sua proveniência, pois a ignorância é a raiz de todo o mal. Há quem diga "não dês pérolas a porcos" ou "não dês coisas sagradas a cães". Mas um estudante deve duvidar dos seus mestres, até que as suas perspectivas façam sentido, ou até que o estudante desista da cadeira. Pois eu não acredito que pessoas sejam porcos ou cães. Nem que sou culpado pelo que fazem. Antes de tirares as tuas conclusões, lê tudo o que eu escrevi. E tudo o que os outros escreveram sobre mim.
Hoje sem quem disse e intuo porquê, e já não duvido que tenha raiz na Verdade.

Do Eterno e Do Efémero ☉

Será que a ética forma a estética? Ou que a estética forma a ética? Quanto é que medes de altura? E quão curta é a tua visão? Haverá sempre visões que a excedem, de uma maneira ou de outra. E também não podes garantir que és o mais alto para sempre. No entanto podes crescer, e usar óculos, sejam eles para ver melhor, ou simplesmente para escurecer a luz exterior. O Roger Penrose tem uma teoria (CCC) compatível com a minha. Aqui ele explica o que acontece entre o fim dos tempos e o novo Big Bang. E aqui como a segunda lei da termodinâmica não é violada. Estou do lado da sobrevivência do todo. Como é que te chamas e como é que eu me chamo? Como é que te chamo? E como é que me chamas? Nós somos responsáveis pelo que chamamos, não pelo que os outros chamam. Ao mesmo tempo, também somos responsáveis por tudo o resto. E simultâneamente, por nada. Aquilo pelo qual assumimos responsabilidade enquanto vivemos é aquilo que nos define. Primeiramente, somos responsáveis pelo que fazemos e não pelo que os outros fazem. Isso é o mais razoável. Somos primeiro criados, e depois criadores. Primeiro efémeros, e depois eternos. Primeiro efeito, e depois causa... Primeiro somos separados, por o tempo e por o espaço. Depois somos unidos, por o tempo e por o espaço. Primeiro somos responsáveis pelo que fazemos. Depois devemos deliberar sobre os seus limites. É melhor ser cego do que ser louco. Pois um cego pode não ser louco, mas um louco será sempre cego. É melhor ser cego do que ser louco. Mas melhor ainda é nenhum dos dois. Mas se não houvesse cegos, ninguém veria o invisível. E se não houvesse loucos, também não haveria sãos. Embora ás vezes não é claro qual é qual. Mas aquele que faz o mal certamente não é bom da cabeça. Se não concordas, alguma vez te perguntaste porquê? Será revelado. Quem é cego e quem vê. Quem é são e quem é louco. Quem mente e quem diz a verdade. Não procures o que é terrestre mas sim o que é celestial. Aqueles que estão conscientes desejam a vida e não a morte. Está na natureza humana arranjar forma de ultrapassar a morte, e acredito que haja forma correcta de o fazer. Ou até, que no fundo, já esteja feito. Mas seres e coisas da terra também são muito importantes, senão, só existiriam os céus. Espero-te uma vida longa e saudável, pois é através dela que construirás o teu espírito. A existência é uma dádiva, e não uma maldição. Compensa voltar a sentir toda a tristeza, só para voltar a sentir toda a alegria? Compensa sentir algo em vez do nada? Compensa, mas ás vezes dói. Que podemos fazer para reduzir o sofrimento? Ou preferimos culpar a natureza? A natureza é como tem de ser. E nós? Como é que somos? Se acreditas que existe moralidade objectiva, não ignores os outros quando te chamam á atenção. Se acreditas que a moralidade é subjectiva, devias ser de uma espécie de extraterrestre que pensa que matar é bom, mas hei, é uma oportunidade fácil de perder. Deveras o mal viverá eternamente em chamas. E o bem encontrará a felicidade no eterno. Voltaremos a ver todos os que "perdemos". Voltaremos nus e no nosso melhor. Há coisas invis prevalece. A mentira morre e a verdade vive. Já cá estivemos e iremos retornar. Da vida á morte e da morte á vida, é como se nunca nos tivéssemos ido embora. Eu abraço a vida. A minha e a dos outros. E desprezo a morte. Viverei muitos anos. ☽ ☉ Para a frente e para traz a nossa trajectória curva. A existência faz-nos e nós fazemo-la. Melhorar a existência é bom para todos. Ao melhorar a existência de um, melhoramos a existência no geral. Ao fazer o contrário, não estamos esclarecidos. Dissolve e coagula, fá-lo repetidamente. Farei o mesmo. As pessoas querem tirar conclusões instantaneamente, mas é ao longo do tempo que se tiram as melhores conclusões. Escrevo o meu poema ao longo do tempo. Guarda as conclusões para o final. 🜂 🜄 🜁 🜃 Cada um procura. Alguns encontram a eternidade, a troco da vida e da morte. Mas todos lá chegam. Toda a vida é ser Deus. A verdade é o que a faz girar. E o que ela faz girar é a verdade. A verdade é singular e plural. A vida cria a verdade que a suporta. E a verdade cria a vida que a suporta. Não sabemos o que aconteceu antes do nosso nascimento, mas sabemos o depois, e o depois é como o antes. Não sabemos o que acontece após a nossa morte, mas saberemos o antes, e o antes é como o depois. Ecoamos no tempo. Não precisamos de início ou fim. Crio com os meus olhos, e com as minhas mãos. Somos o partido que se manteve sempre unido. E o unido que se manteve sempre partido. O galo branco matou a galinha preta. Foi sem querer. Sem querer já contam sete, e os que restam esvoaçam. O homem descobriu o fogo, e o fogo descobriu o homem. Dançam quando ninguém vê e dormem sob observação. No deserto da vitória a derrota é miragem. A viagem continua, da frente para trás e de trás para a frente. O que se disse ficou escrito, e o que ficou escrito foi dito. Cada um segue o seu caminho. Os números não começam, nem acabam no um. A escuridão deve ter sido engano, mas a luz tinha o propósito claro de a contrapor. Há um veneno escuro dentro de cada humano. Que se cospe para os outros para não nos matar. Não queremos ser assassinos, mas é melhor que morrer... E mudar de ideias é quase igual a morrer. Não somos, realmente, a escuridão. Mas estamos absolutamente possuídos por ela. Em nome do bem fazemos o mal. Em nome do mal vivemos. Mas julgo que é engano. Vou estar cá para descobrir. E quando parecer que não estou, é porque a realidade me mandou dormir. Alguém vai dormir aos gritos. Como pode o programador do universo programar sem dedos? Como pode ser homem, sem corpo? Como pode estar presente, se não houve passado que o pusesse lá? Nós programamos. Outros também programam. Juntos, damos a volta ao tempo e pomos a vida a andar á roda. Para ti e por ti, tudo veio a existir. O que fazes com o teu poder, ó grande? Já sabes tudo? Ou vais deixar as conclusões para o final? Fala com os outros, e contigo, e falarás com Deus. Não fales com o que é falso. O pendulo vai e volta. Se me queres vivo vais ter de levar comigo. Por muitas e supostamente qualificadas que sejam as pessoas que pensam a mesma coisa, não quer dizer que estejam certas. Eu estou lá mesmo quando não estás a olhar para mim. E quando estou a olhar para ti, tenho a certeza que também estás lá. E penso que te vou reconhecer da próxima vez que te vir. Podes saber o que já disse, mas não sabes o que vou dizer a seguir. A escuridão que cada um carrega não deve mudar de mãos. Mas vai. Quando o mundo gira, a escuridão regressa a casa. Cuidado! Não a dês de bom grado, nem sem vontade nenhuma! Quando o tempo roda 360 graus, ela está onde começou. De qualquer forma e de todos os meios. Pensa duas vezes antes de me dares alguma coisa, pois podes não a perder. Eu existo por tua causa, e tu existes por minha. Estou cá de noite e de dia. Amo os meus pais como amo a minha vida, da mesma forma como amaria os meus filhos. Se queres que saia, vais ter de me empurrar. Se só lês aquilo que escreves, não saltes páginas. O que quer que escolhas fazer, já o fizeste, e vais fazê-lo novamente. Se és bom da cabeça, não tens mau coração. O tempo é um círculo e não uma linha. Um amigo disse-me que a minha teoria desafia as leis da física. Porque, supostamente elas ditam que o nível de entropia do universo está sempre a aumentar. Pois bem, se está sempre a aumentar, e era mínimo no momento imediatamente antes do Big Bang, então esse momento tem de ser o primeiro da existência, não é? Caso contrário, o nível de entropia não seria mínimo. Então, como pode vir qualquer coisa a seguir ao nada? Um tempo circular não tem esse e outros problemas... Tem de ser possível e pré-determinado que o estado do universo vai voltar aquele momento. Independentemente de se essa funcionalidade coincide com as do universo ou com as de algo extra. Mas algo sem representação lógica possível é que certamente não pode ser a realidade. O tempo não pode ser uma linha nem o espaço um cubo. Nada existiria se o tempo não fosse um círculo. O fim está no início. Vivemos em ciclo, desde e para sempre. A ultima coisa causa a primeira. Se o tempo é um círculo, tudo tem de correr bem. Tudo é pré-determinado, mas todos temos vontade livre. Somos mortais, mas também somos imortais. Somos humanos, e também somos o criador. A seguir ao futuro vem o passado. O único que existe é bom. Os últimos serão os primeiros, e os primeiros os últimos. Tal a ciência como a religião estão correctas. Passei pelo fogo e pela água, e trouxe uma pedra vermelha. Mesmo dos mentirosos irás ouvir a verdade. Se me visses, reconhecias-me?

Dos Astros 🪐

Ei! O tempo não é uma linha nem um círculo, é uma dimensão espacial! Pois bem, há já muito tempo eu desenvolvi um algoritmo de ruído com uma representação n-dimensional. Que supostamente tal como espaço-tempo, curva no limite do tipo de dados. Ou seja é contínuo nos limites e funciona bem com overflow, renderizando um terreno contínuo mesmo em condições de overflow nas coordenadas. Não pode o espaço-tempo ter uma geometria semelhante? Mas porque precisa de ter? Bem, a mim a alternativa não me parece ter representação lógica possível tal como aqui. Como pode algo sem representação lógica possível ser a realidade? Qualquer estrutura que o espaço-tempo tenha tem de ser representável logicamente. E tem de funcionar bem em situações de overflow. Que têm de ser possíveis. Se vamos representar n dimensões logicamente, o tipo de dados das coordenadas tem que ser limitado. Mas espera, ainda não tires as conclusões, que este pode ser o início. O espaço-tempo é mais um hipercubo (de volume finito) no qual todos os cubos opostos estão sobrepostos, do que um hipercubo normal (de volume infinito). O tempo é mais um círculo do que uma linha. Se esta não é a tua realidade, será a minha? Estou a ser poético, doutor. Não há ninguém sem precedentes. Nem ninguém com. O que irás fazer se não perceberes? O que irás fazer se não quiseres perceber? A escolha sempre foi tua, ou não foi? Somos prisioneiros do determinismo, mas criamo-nos livremente. Não há mais ninguém para culpar. Deus vive. O mal existe, mas não existe bem. O bem existe, mas não existe mal. Como existes tu? És só um corpo? Ou és mais como um poema? A realidade que acaba ou começa é aquela que nunca existe. Mais louco é o mentiroso do que o que diz a verdade. Como é que me escolhes interpretar? Isso não é inteiramente minha responsabilidade, ou é? Na minha vida estou presente, mas nunca nas tuas conclusões. Nem sequer nas minhas. Devolvo-te tudo o que te pertence. Falo contigo. Quem és tu? Queres parar o rochedo, ou vais deixá-lo rolar para sempre? Corre, Sísifo, corre. (...) O que queres fazer, mostrar ou esconder? És deus, mas não tanto. Ou então totalmente. Não te magoes. Então? Fazes a realidade? Ou ela é que te faz a ti? Serão ambos? Se anseias por encontrar respostas, não te esqueças das perguntas. Adapta-te e sobrevive. Podes parar o rochedo, mas não podes parar a eternidade. As pessoas nem sempre morrem quando a realidade excede as suas expectativas. Ás vezes podem perceber que vivem para sempre. Não te precisas de arrepender para teres pecado. Tira o anel, Frodo. Estás entre amigos. Achas que o sol é pequenino, daí? Não dês o vírus para vender o antivírus. No fim, só vão restar homens bons. Se me calarem à força, por favor identifica os fascistas. Os traidores da verdade nunca existirão. Se sentes prazer ao matar, há algo de errado contigo. A loucura é uma arte civilizada, mas a sanidade mental é para os selvagens. Irão voltar a calar-me, mas um dia irão calar-se. Não afirmo que não cometo erros. Afirmo que toda a gente os comete. Como se pode julgar o imperceptível? O problema do outro não justifica que eu o maltrate. Sou eu que tenho culpa se o maltratar, e não o seu problema. Por não te resistir não quer dizer que te queira. A compreensão é como a entropia, também não foi feita para diminuir. Por mais que nos calemos, ninguém se apaga. É através do dialecto da razão que se fala com Deus. Se todas as notas da melodia são conclusivas, a música não tem piada. A música que tocamos não tem nenhuma nota conclusiva. Descobri que há linguagens de programação com tipos de dados numéricos que não têm tamanho fixo (o tipo "Integer" do haskell por exemplo). No limite, estas levam uma eternidade a computar. E julgo serem, em geral, menos eficientes que tipos de dados de tamanho fixo. Mas posso argumentar que para haver um espaço-tempo linear, é necessário memória e tempo de processamento infinitos, enquanto com um espaço-tempo "circular" só são necessários montantes finitos. Tornando assim infinitamente mais plausível que o espaço-tempo tenha uma geometria limitada, e que dá a volta, do que uma ilimitada. Um quadrado de valores de área ilimitada nunca chega a ser totalmente processado. Não me irão assassinar por minha culpa. Se sou eu que tenho os problemas, porque é que és tu que os manifestas? Quanto mais mentires, menos vou acreditar em ti. Se usas a força em vez dos argumentos, é porque não tens argumentos fortes. Eu sou como a água, adopto a forma do meu recipiente. Precisas que alguém sofra para te sentires bom? Precisas de alguém que morra para salvar-te dos teus pecados? Quem serás tu se fizeres mal ao que te quer bem? Não ajo por ti. Ajo por mim. Se ages melhor, não faças coisas más. Ajo por ti. E não por mim. Se não percebes, lê outra vez. Sou o sol e tu a lua. És o sol e eu a lua. Sou a lua e tu o sol. És a lua e eu o sol. Dançamos eternamente. Terás mais tempo aquilo que fizeres do que o teu corpo. Aquele que parece ser o primeiro talvez seja o último,e o que parece o último talvez seja o primeiro. Quanto mais subires sobre os corpos dos teus inimigos, mais baixo estarás. Podes não ver ninguém, mas não quer dizer que estejas á frente na corrida. Não vês que tens mão na verdade? O que mais queres? Saber ou ser sabido? Não serás sabido se não souberes. E não saberás sem ser sabido. Quando finges saber, mas não te admites, é um desastre. Uma pobreza de espírito. Durante um dia estarás feliz, mas terás pesadelos terríveis. Olha (de dia) para o que está lá, e poderás evitá-los. Vê a tua sombra, e a noite cairá. De manhã, vai á rua, e desfruta do sol. Por mais que se ofereça a nossa sombra, ela volta para nós. Se queres ser o primeiro, tens que correr melhor. Lá por teres uma sombra grande não quer dizer que sejas maior que a luz. Eu sou o maior dos mais pequenos, e o mais pequeno dos maiores. Sou o mínimo, o máximo, e o intermédio. Não culpo mais nada nem ninguém pelo que faço. Os que me amam, amam-se. Os que me odeiam, odeiam-se. Aquilo que me deres, é teu. Temos de atravessar a mágoa para chegar á felicidade. Fui preto, depois branco, e agora sou vermelho. Um dia verás o que te dei. E eu verei o que me deste. Eu bebi da água que tira toda a sede. Não vês onde a podes obter? Não é nos céus nem nos mares, nem nas minhas palavras. Não tenho asas nos pés, nem pés nas asas. Todos os que forem honestos enfrentarão a verdade. Mas até para mentirosos há tempo e espaço. Não apresses a morte nem outro infortúnio a ninguém. A natureza trata dos que tratam dela. E a verdade preserva os verdadeiros, e os falsos. Eu vejo o sol, e as árvores. Os planetas, Deus e o Big Bang. Vejo o bem, e o mal. Vejo-te e vejo-me. Vejo com a mente e com os olhos. E vejo o que quero e o que não quero. Vejo que há coisas com a reputação da Medusa, e poucos com a coragem de a enfrentar. Em vez disso ficam hipnotizados pelo medo, e atacam os seus amigos. Pois se é o medo que te prende á maldade, tê medo. Pois a maldade é tudo o que deves temer. Deves pensar na sua proveniência, pois a ignorância é a raiz de todo o mal. Há quem diga "não dês pérolas a porcos" ou "não dês coisas sagradas a cães". Mas um estudante deve duvidar dos seus mestres, até que as suas perspectivas façam sentido, ou até que o estudante desista da cadeira. Pois eu não acredito que pessoas sejam porcos ou cães. Nem que sou culpado pelo que fazem. Antes de tirares as tuas conclusões, lê tudo o que eu escrevi. E tudo o que os outros escreveram sobre mim.
Hoje sem quem disse e intuo porquê, e já não duvido que tenha raiz na Verdade.

Do Eterno e Do Efémero ☉

Será que a ética forma a estética? Ou que a estética forma a ética? Quanto é que medes de altura? E quão curta é a tua visão? Haverá sempre visões que a excedem, de uma maneira ou de outra. E também não podes garantir que és o mais alto para sempre. No entanto podes crescer, e usar óculos, sejam eles para ver melhor, ou simplesmente para escurecer a luz exterior. O Roger Penrose tem uma teoria (CCC) compatível com a minha. Aqui ele explica o que acontece entre o fim dos tempos e o novo Big Bang. E aqui como a segunda lei da termodinâmica não é violada. Estou do lado da sobrevivência do todo. Como é que te chamas e como é que eu me chamo? Como é que te chamo? E como é que me chamas? Nós somos responsáveis pelo que chamamos, não pelo que os outros chamam. Ao mesmo tempo, também somos responsáveis por tudo o resto. E simultâneamente, por nada. Aquilo pelo qual assumimos responsabilidade enquanto vivemos é aquilo que nos define. Primeiramente, somos responsáveis pelo que fazemos e não pelo que os outros fazem. Isso é o mais razoável. Somos primeiro criados, e depois criadores. Primeiro efémeros, e depois eternos. Primeiro efeito, e depois causa... Primeiro somos separados, por o tempo e por o espaço. Depois somos unidos, por o tempo e por o espaço. Primeiro somos responsáveis pelo que fazemos. Depois devemos deliberar sobre os seus limites. É melhor ser cego do que ser louco. Pois um cego pode não ser louco, mas um louco será sempre cego. É melhor ser cego do que ser louco. Mas melhor ainda é nenhum dos dois. Mas se não houvesse cegos, ninguém veria o invisível. E se não houvesse loucos, também não haveria sãos. Embora ás vezes não é claro qual é qual. Mas aquele que faz o mal certamente não é bom da cabeça. Se não concordas, alguma vez te perguntaste porquê? Será revelado. Quem é cego e quem vê. Quem é são e quem é louco. Quem mente e quem diz a verdade. Não procures o que é terrestre mas sim o que é celestial. Aqueles que estão conscientes desejam a vida e não a morte. Está na natureza humana arranjar forma de ultrapassar a morte, e acredito que haja forma correcta de o fazer. Ou até, que no fundo, já esteja feito. Mas seres e coisas da terra também são muito importantes, senão, só existiriam os céus. Espero-te uma vida longa e saudável, pois é através dela que construirás o teu espírito. A existência é uma dádiva, e não uma maldição. Compensa voltar a sentir toda a tristeza, só para voltar a sentir toda a alegria? Compensa sentir algo em vez do nada? Compensa, mas ás vezes dói. Que podemos fazer para reduzir o sofrimento? Ou preferimos culpar a natureza? A natureza é como tem de ser. E nós? Como é que somos? Se acreditas que existe moralidade objectiva, não ignores os outros quando te chamam á atenção. Se acreditas que a moralidade é subjectiva, devias ser de uma espécie de extraterrestre que pensa que matar é bom, mas hei, é uma oportunidade fácil de perder. Deveras o mal viverá eternamente em chamas. E o bem encontrará a felicidade no eterno. Voltaremos a ver todos os que "perdemos". Voltaremos nus e no nosso melhor. Há coisas invisíveis que são mais reais do que o dinheiro. A segunda lei da termodinâmica diz que o nível de entropia está sempre a aumentar. E Lavoisier (supostamente) diz que nada se cria nem se destrói, mas que tudo se transforma (uma referência à conservação de massa). Que lei preferes descartar? Será preferível pensar que a entropia de alguma forma volta ao seu estado original? Ou que é possível um "primeiro estado" sem um que o preceda? Como pensas, e quem culpas por isso? E quem culpas por culpar? E quem culpas por ser culpado? Muitas são as possíveis interpretações. É nelas que a verdade se encontra. Veremos quem fomos. O que fizemos por medo, e quem estávamos a proteger. Veremos quem foram os que nos tocaram, e de que forma lhes retribuímos o favor. Veremos o que até lá ainda não tínhamos visto, e o custo da nossa ignorância. Aqueles que procuram conhecer serão ricos. Um só vê a luz no outro quando a encontra em si. Quando um é feito de escuridão, também os seus olhos o são. Um pode atravessar a escuridão e encontrar a luz, ou um pode atravessar a escuridão e tornar-se nela. Um quer ver outros como ele e ele como outros. Um que pensa ser luz, quer iluminar tudo. Um que pensa ser a escuridão, quer escurecer tudo. Um que quer que o outro seja a escuridão por ele, não é a luz. Um que quer que outro seja luz, não é a escuridão. Quem (ou o que) se culpa pelo sim e pelo não? Pelo que se pensa, pelo que se quer, e pelo que se vê? A quem pertencem o cérebro, o estômago e os olhos? A quem pertencem as mãos e a boca? Devemos pensar em paralelo? Ou sequencialmente? Nunca vemos toda a história, mas podemos refleti-la. No fim, iremos reflectir. Eu não quero a tua fé mas que uses bem o cérebro, o estômago, os olhos, as mãos, a boca e o coração. Quero a tua sobrevivência, e estou confiante que a vou ter. Posso diferir-te a tarefa, não posso? Tomá lá mais partes do corpo. Dou-te sal, enxofre e mercúrio. Ferro, prata e ouro. Dou-te os mares, os céus e a terra. E não me confundas com outro. Sei quem sou. E tu? Sabes quem és? Sei que sou humano e que nome tenho. Também sei nomes que outros têm sobre mim. Cada um é responsável pelas suas posses. Podes ser presa e/ou predador. Podes ser altruísta e/ou egoísta. Podes (pensar) ser a escuridão e/ou a luz. Mas onde vês, há luz. Está na hora de dormir. Amanhá, virá o sol. Sabe que te fazes pelo menos tanto quanto eu. Metade facto, metade ficção? E quem fica com que parte? Dá-me o que quiseres, que voltará para ti. Sou tanto o teu Deus como tu és o meu. Eu não quero ser lobo, nem lhe visto a pele. Se não me queres ver nu, sai da minha casa de banho. Não preciso que sejas tu a vestir-me.

De Asclépio ♂️🐍

Asclépio disse: "O caminho para ser iluminado tão brilhante a escuridão tem que existir. A escuridão e a luz não existem sozinhas, a perfeição (o ideal) não é a eliminação da escuridão mas sim a aceitação e o equilíbrio de ambos, quando só vemos a luz e negamos a escuridão, estamos fracturados, não estamos inteiros. Sem luz não há escuridão vice versa, somos seres de luz e escuridão, negarmos uma ou outra é negarmos a nós próprios. Nunca seremos Deuses, somos sacos de carne e sangue com uma data de validade, seres imperfeitos. Nem sempre estamos bem, e ás vezes podemos ter de pensar duas vezes. Ver onde podemos melhorar caso contrário é equivalente a desistir. A nossa habilidade de adaptar e construção de ferramentas para tal é um dos nossos maiores dons, quando deixamos de nos adaptar e dizer não temos nada de mal e que somos perfeitos, simplesmente desistimos da luta, temos sempre aspectos a melhorar. O equilíbrio é uma constante batalha e que nunca é definitiva". Eu respondi: "Eu não nego a minha escuridão, mas não a confundo com a dos outros. Exacto, tem de haver contraste para haver existência, não quer dizer que nada existe, mas sim que tudo existe. O mal e o bem. E o melhor é vermos as coisas pelo que são.. Para ver, precisamos de luz. Mas á noite, podemos dormir. Não controlamos tudo aquilo que é definitivo, nem tudo o que estará sempre por definir. Onde está a tua consciência, está luz. Na sombra está aquilo que não consegues suportar. Somos todos assim. Mas os sonhos e a vida fazem-nos lidar com a escuridão e ficar por vezes mais esclarecidos. Não há problema nenhum se algum de nós estiver errado, desde que não nos prejudiquemos por isso. Eu não tenho intenções que nenhum de nós saia prejudicado desta conversa 😋. E eu sei que tu também não". Asclépio: "A luz e a escuridão não são termos contraditórios e a união dos dois existe, a nossa consciência está ligada á nossa moralidade, é algo cinzento, uma combinação da escuridão com a luz. Pois a escuridão nem sempre é escuridão como a luz não é. Pontos de vista mudam a interpretação dos actos, ramificações de consequências tornam um acto benigno num maligno". (Então o que as pessoas pensam faz a moralidade do acto?) Respondi: "Eu não acredito que a moralidade seja subjectiva. E sim uma das maiores expressões da luz. 😁 Nem tudo é o que parece. Mas é um facto que parece. Com base nesse facto, vão ser feitas decisões. É bom ponderar as várias hipóteses, antes de tomar decisões. Pois há coisas que podem parecer de tal forma por falta de luz a entrar na lente. Não vês como dançamos? Ora um, ora outro. Ora em simultâneo, ora um de cada vez". Asclépio retorquiu: "A moralidade não é preto e branco, mentir não é uma ação boa moralmente mas em certas situações é o que causa menos dano e pressuposto a mais justa. Uma acção é moralmente correcta se tiver consequências malignas, deixa de ser correcta, para umas pessoas. Para outras, as consequências nem entram na equação". Eu disse: "Moralidade é uma coisa boa. Não. O que as pessoas pensam que é moral, pode não ser. Mas o que é moral não deixa de o ser só porque as pessoas acreditam que sim. Há uma moralidade objectiva sobre a qual as pessoas pensam ou para a qual apontam. Tal como não há representação perfeita de um quadrado no mundo material, mas o conceito é perfeitamente real". Asclépio bateu o pé: "Existe a teoria, e existe a prática." E eu também: "Sim sim. Se tens os pés na terra, achas que o dinheiro é real?" Ele continuou: "Platitudes teóricas muito raramente existem na prática." Eu: Epa tu é que não existes, ha-ha." Asclépio afirmou: "Os factores e condições importam." As eu ripostei: "Isso que estás a dizer não se encaixa na mesma categoria de coisas que raramente se aplica na prática?" Asclépio disse algo que me confundiu: "O comportamento uniforme teórico, posto em prática com influência dos factores que não são uniformes, não tem o mesmo resultado." A que admiti: "Não compreendo." E ele disse: "Ajustes têm de ser feitos." Continuei: "Ha-ha, sim, vamos ajustando até chegar ao fim. Os factores e as condições importam. Na realidade objectiva, tudo importa. E desculpa lá os meus defeitos humanos, sim? Ninguém pode ser imortal sem ser mortal primeiro he-he As pessoas não são a escuridão. A confusão é. Apenas aqueles que encorporam a confusão são a escuridão." E ele respondeu: "Imortais dão à luz imortais, nos céus todos são imortais. No mundo mortal, só através da cultivação e chegando ao Dao é que ascendemos." (Em retrospectiva, isso faz-me lembrar daquela deixa, se aqueles que te guiam te disserem que o reino está nos céus, os pássaros estarão lá antes de ti, se te disserem que está nos mares, os peixes estarão lá antes de ti, mas o reino está dentro de ti e fora de ti) Expandi da seguinte forma: "Uma vida mortal, repetida infinitas vezes, não é também imortal? Uma vida cujas repercussões são toda a existência, não é imortal? Tens o teu corpo e as tuas acções. Mas pensas que és mais o teu corpo (enquanto vivo) do que todas as tuas outras posses? Tu não és as tuas posses, és quem as tem. Pensar que somos "um corpo enquanto vivo" ou pensar que somos "os nossos bens materiais" ou "as nossas posses" parece-me tudo igualmente ridículo. Nós não somos as nossas posses, somos quem as tem. O que tens que fizeste, é tua culpa. O que tens que te fizeram, é culpa de outros. Onde está a culpa está a verdadeira posse da escuridão e da luz. Eventualmente, tudo retorna ao seu lugar original. Primeiro temos o que fazemos, e depois o que os outros fazem. Sim, depois temos que somos os que nós fazemos, e que fazem os outros. Um passo de cada vez... Primeiro o que fazemos". Asclépio citou: "'Aqueles que sabem não falam. E os que falam não sabem' Lao Tzu, Tao Teh Ching. Quanto mais longe uma pessoa vai, menos sabe." E eu irritei-me: "Então porque falas? Parece-me que não queres é competição. Não estou aqui para competir, mas vou sobreviver, disso tenho 100% certeza." Entendi que ele começou a descambar: "Se o bem acontece, é bom. Se o mal acontece, também é bom." Eu disse: "Que se lixe isso." Agora entendo que ele provavelmente estava certo quando disse: "A estrada sobre a qual tu falas nunca é a estrada pela qual caminhas." Mas talvez eu também não estivesse completamente incorrecto quando respondi: "E quem caminha na estrada que faz falar a tua voz? Não tens culpa de nada?" Ele estava fora de si: "O homem moral faz alguma coisa, quando ninguém responde, puxa as mangas para cima e usa a força. Palavras sinceras são boas, boas palavras não são sinceras." E eu também: "Essas palavras não são tuas." Mas ainda ele conseguia falar coesivamente: "As palavras de um homem são as palavras de muitos. O professor fala, o aprendiz ouve, o aprendiz ensina outro." E eu também: "Se o professor nunca ouvir, pode não ser bom falador." Asclépio parecia buscar a harmonia quando disse: "Um vem de muitos. Muitos vem do um." E eu também: "Essas são palavras tuas." Asclépio falou de forma sábia: "Apenas sê tu próprio e não te compares ou compitas com os outros." E eu completei: "Amanhã, olha outra vez, vê s prevalece. A mentira morre e a verdade vive. Já cá estivemos e iremos retornar. Da vida á morte e da morte á vida, é como se nunca nos tivéssemos ido embora. Eu abraço a vida. A minha e a dos outros. E desprezo a morte. Viverei muitos anos. ☽ ☉ Para a frente e para traz a nossa trajectória curva. A existência faz-nos e nós fazemo-la. Melhorar a existência é bom para todos. Ao melhorar a existência de um, melhoramos a existência no geral. Ao fazer o contrário, não estamos esclarecidos. Dissolve e coagula, fá-lo repetidamente. Farei o mesmo. As pessoas querem tirar conclusões instantaneamente, mas é ao longo do tempo que se tiram as melhores conclusões. Escrevo o meu poema ao longo do tempo. Guarda as conclusões para o final. 🜂 🜄 🜁 🜃 Cada um procura. Alguns encontram a eternidade, a troco da vida e da morte. Mas todos lá chegam. Toda a vida é ser Deus. A verdade é o que a faz girar. E o que ela faz girar é a verdade. A verdade é singular e plural. A vida cria a verdade que a suporta. E a verdade cria a vida que a suporta. Não sabemos o que aconteceu antes do nosso nascimento, mas sabemos o depois, e o depois é como o antes. Não sabemos o que acontece após a nossa morte, mas saberemos o antes, e o antes é como o depois. Ecoamos no tempo. Não precisamos de início ou fim. Crio com os meus olhos, e com as minhas mãos. Somos o partido que se manteve sempre unido. E o unido que se manteve sempre partido. O galo branco matou a galinha preta. Foi sem querer. Sem querer já contam sete, e os que restam esvoaçam. O homem descobriu o fogo, e o fogo descobriu o homem. Dançam quando ninguém vê e dormem sob observação. No deserto da vitória a derrota é miragem. A viagem continua, da frente para trás e de trás para a frente. O que se disse ficou escrito, e o que ficou escrito foi dito. Cada um segue o seu caminho. Os números não começam, nem acabam no um. A escuridão deve ter sido engano, mas a luz tinha o propósito claro de a contrapor. Há um veneno escuro dentro de cada humano. Que se cospe para os outros para não nos matar. Não queremos ser assassinos, mas é melhor que morrer... E mudar de ideias é quase igual a morrer. Não somos, realmente, a escuridão. Mas estamos absolutamente possuídos por ela. Em nome do bem fazemos o mal. Em nome do mal vivemos. Mas julgo que é engano. Vou estar cá para descobrir. E quando parecer que não estou, é porque a realidade me mandou dormir. Alguém vai dormir aos gritos. Como pode o programador do universo programar sem dedos? Como pode ser homem, sem corpo? Como pode estar presente, se não houve passado que o pusesse lá? Nós programamos. Outros também programam. Juntos, damos a volta ao tempo e pomos a vida a andar á roda. Para ti e por ti, tudo veio a existir. O que fazes com o teu poder, ó grande? Já sabes tudo? Ou vais deixar as conclusões para o final? Fala com os outros, e contigo, e falarás com Deus. Não fales com o que é falso. O pendulo vai e volta. Se me queres vivo vais ter de levar comigo. Por muitas e supostamente qualificadas que sejam as pessoas que pensam a mesma coisa, não quer dizer que estejam certas. Eu estou lá mesmo quando não estás a olhar para mim. E quando estou a olhar para ti, tenho a certeza que também estás lá. E penso que te vou reconhecer da próxima vez que te vir. Podes saber o que já disse, mas não sabes o que vou dizer a seguir. A escuridão que cada um carrega não deve mudar de mãos. Mas vai. Quando o mundo gira, a escuridão regressa a casa. Cuidado! Não a dês de bom grado, nem sem vontade nenhuma! Quando o tempo roda 360 graus, ela está onde começou. De qualquer forma e de todos os meios. Pensa duas vezes antes de me dares alguma coisa, pois podes não a perder. Eu existo por tua causa, e tu existes por minha. Estou cá de noite e de dia. Amo os meus pais como amo a minha vida, da mesma forma como amaria os meus filhos. Se queres que saia, vais ter de me empurrar. Se só lês aquilo que escreves, não saltes páginas. O que quer que escolhas fazer, já o fizeste, e vais fazê-lo novamente. Se és bom da cabeça, não tens mau coração. O tempo é um círculo e não uma linha. Um amigo disse-me que a minha teoria desafia as leis da física. Porque, supostamente elas ditam que o nível de entropia do universo está sempre a aumentar. Pois bem, se está sempre a aumentar, e era mínimo no momento imediatamente antes do Big Bang, então esse momento tem de ser o primeiro da existência, não é? Caso contrário, o nível de entropia não seria mínimo. Então, como pode vir qualquer coisa a seguir ao nada? Um tempo circular não tem esse e outros problemas... Tem de ser possível e pré-determinado que o estado do universo vai voltar aquele momento. Independentemente de se essa funcionalidade coincide com as do universo ou com as de algo extra. Mas algo sem representação lógica possível é que certamente não pode ser a realidade. O tempo não pode ser uma linha nem o espaço um cubo. Nada existiria se o tempo não fosse um círculo. O fim está no início. Vivemos em ciclo, desde e para sempre. A ultima coisa causa a primeira. Se o tempo é um círculo, tudo tem de correr bem. Tudo é pré-determinado, mas todos temos vontade livre. Somos mortais, mas também somos imortais. Somos humanos, e também somos o criador. A seguir ao futuro vem o passado. O único que existe é bom. Os últimos serão os primeiros, e os primeiros os últimos. Tal a ciência como a religião estão correctas. Passei pelo fogo e pela água, e trouxe uma pedra vermelha. Mesmo dos mentirosos irás ouvir a verdade. Se me visses, reconhecias-me?

Dos Astros 🪐

Ei! O tempo não é uma linha nem um círculo, é uma dimensão espacial! Pois bem, há já muito tempo eu desenvolvi um algoritmo de ruído com uma representação n-dimensional. Que supostamente tal como espaço-tempo, curva no limite do tipo de dados. Ou seja é contínuo nos limites e funciona bem com overflow, renderizando um terreno contínuo mesmo em condições de overflow nas coordenadas. Não pode o espaço-tempo ter uma geometria semelhante? Mas porque precisa de ter? Bem, a mim a alternativa não me parece ter representação lógica possível tal como aqui. Como pode algo sem representação lógica possível ser a realidade? Qualquer estrutura que o espaço-tempo tenha tem de ser representável logicamente. E tem de funcionar bem em situações de overflow. Que têm de ser possíveis. Se vamos representar n dimensões logicamente, o tipo de dados das coordenadas tem que ser limitado. Mas espera, ainda não tires as conclusões, que este pode ser o início. O espaço-tempo é mais um hipercubo (de volume finito) no qual todos os cubos opostos estão sobrepostos, do que um hipercubo normal (de volume infinito). O tempo é mais um círculo do que uma linha. Se esta não é a tua realidade, será a minha? Estou a ser poético, doutor. Não há ninguém sem precedentes. Nem ninguém com. O que irás fazer se não perceberes? O que irás fazer se não quiseres perceber? A escolha sempre foi tua, ou não foi? Somos prisioneiros do determinismo, mas criamo-nos livremente. Não há mais ninguém para culpar. Deus vive. O mal existe, mas não existe bem. O bem existe, mas não existe mal. Como existes tu? És só um corpo? Ou és mais como um poema? A realidade que acaba ou começa é aquela que nunca existe. Mais louco é o mentiroso do que o que diz a verdade. Como é que me escolhes interpretar? Isso não é inteiramente minha responsabilidade, ou é? Na minha vida estou presente, mas nunca nas tuas conclusões. Nem sequer nas minhas. Devolvo-te tudo o que te pertence. Falo contigo. Quem és tu? Queres parar o rochedo, ou vais deixá-lo rolar para sempre? Corre, Sísifo, corre. (...) O que queres fazer, mostrar ou esconder? És deus, mas não tanto. Ou então totalmente. Não te magoes. Então? Fazes a realidade? Ou ela é que te faz a ti? Serão ambos? Se anseias por encontrar respostas, não te esqueças das perguntas. Adapta-te e sobrevive. Podes parar o rochedo, mas não podes parar a eternidade. As pessoas nem sempre morrem quando a realidade excede as suas expectativas. Ás vezes podem perceber que vivem para sempre. Não te precisas de arrepender para teres pecado. Tira o anel, Frodo. Estás entre amigos. Achas que o sol é pequenino, daí? Não dês o vírus para vender o antivírus. prevalece. A mentira morre e a verdade vive. Já cá estivemos e iremos retornar. Da vida á morte e da morte á vida, é como se nunca nos tivéssemos ido embora. Eu abraço a vida. A minha e a dos outros. E desprezo a morte. Viverei muitos anos. ☽ ☉ Para a frente e para traz a nossa trajectória curva. A existência faz-nos e nós fazemo-la. Melhorar a existência é bom para todos. Ao melhorar a existência de um, melhoramos a existência no geral. Ao fazer o contrário, não estamos esclarecidos. Dissolve e coagula, fá-lo repetidamente. Farei o mesmo. As pessoas querem tirar conclusões instantaneamente, mas é ao longo do tempo que se tiram as melhores conclusões. Escrevo o meu poema ao longo do tempo. Guarda as conclusões para o final. 🜂 🜄 🜁 🜃 Cada um procura. Alguns encontram a eternidade, a troco da vida e da morte. Mas todos lá chegam. Toda a vida é ser Deus. A verdade é o que a faz girar. E o que ela faz girar é a verdade. A verdade é singular e plural. A vida cria a verdade que a suporta. E a verdade cria a vida que a suporta. Não sabemos o que aconteceu antes do nosso nascimento, mas sabemos o depois, e o depois é como o antes. Não sabemos o que acontece após a nossa morte, mas saberemos o antes, e o antes é como o depois. Ecoamos no tempo. Não precisamos de início ou fim. Crio com os meus olhos, e com as minhas mãos. Somos o partido que se manteve sempre unido. E o unido que se manteve sempre partido. O galo branco matou a galinha preta. Foi sem querer. Sem querer já contam sete, e os que restam esvoaçam. O homem descobriu o fogo, e o fogo descobriu o homem. Dançam quando ninguém vê e dormem sob observação. No deserto da vitória a derrota é miragem. A viagem continua, da frente para trás e de trás para a frente. O que se disse ficou escrito, e o que ficou escrito foi dito. Cada um segue o seu caminho. Os números não começam, nem acabam no um. A escuridão deve ter sido engano, mas a luz tinha o propósito claro de a contrapor. Há um veneno escuro dentro de cada humano. Que se cospe para os outros para não nos matar. Não queremos ser assassinos, mas é melhor que morrer... E mudar de ideias é quase igual a morrer. Não somos, realmente, a escuridão. Mas estamos absolutamente possuídos por ela. Em nome do bem fazemos o mal. Em nome do mal vivemos. Mas julgo que é engano. Vou estar cá para descobrir. E quando parecer que não estou, é porque a realidade me mandou dormir. Alguém vai dormir aos gritos. Como pode o programador do universo programar sem dedos? Como pode ser homem, sem corpo? Como pode estar presente, se não houve passado que o pusesse lá? Nós programamos. Outros também programam. Juntos, damos a volta ao tempo e pomos a vida a andar á roda. Para ti e por ti, tudo veio a existir. O que fazes com o teu poder, ó grande? Já sabes tudo? Ou vais deixar as conclusões para o final? Fala com os outros, e contigo, e falarás com Deus. Não fales com o que é falso. O pendulo vai e volta. Se me queres vivo vais ter de levar comigo. Por muitas e supostamente qualificadas que sejam as pessoas que pensam a mesma coisa, não quer dizer que estejam certas. Eu estou lá mesmo quando não estás a olhar para mim. E quando estou a olhar para ti, tenho a certeza que também estás lá. E penso que te vou reconhecer da próxima vez que te vir. Podes saber o que já disse, mas não sabes o que vou dizer a seguir. A escuridão que cada um carrega não deve mudar de mãos. Mas vai. Quando o mundo gira, a escuridão regressa a casa. Cuidado! Não a dês de bom grado, nem sem vontade nenhuma! Quando o tempo roda 360 graus, ela está onde começou. De qualquer forma e de todos os meios. Pensa duas vezes antes de me dares alguma coisa, pois podes não a perder. Eu existo por tua causa, e tu existes por minha. Estou cá de noite e de dia. Amo os meus pais como amo a minha vida, da mesma forma como amaria os meus filhos. Se queres que saia, vais ter de me empurrar. Se só lês aquilo que escreves, não saltes páginas. O que quer que escolhas fazer, já o fizeste, e vais fazê-lo novamente. Se és bom da cabeça, não tens mau coração. O tempo é um círculo e não uma linha. Um amigo disse-me que a minha teoria desafia as leis da física. Porque, supostamente elas ditam que o nível de entropia do universo está sempre a aumentar. Pois bem, se está sempre a aumentar, e era mínimo no momento imediatamente antes do Big Bang, então esse momento tem de ser o primeiro da existência, não é? Caso contrário, o nível de entropia não seria mínimo. Então, como pode vir qualquer coisa a seguir ao nada? Um tempo circular não tem esse e outros problemas... Tem de ser possível e pré-determinado que o estado do universo vai voltar aquele momento. Independentemente de se essa funcionalidade coincide com as do universo ou com as de algo extra. Mas algo sem representação lógica possível é que certamente não pode ser a realidade. O tempo não pode ser uma linha nem o espaço um cubo. Nada existiria se o tempo não fosse um círculo. O fim está no início. Vivemos em ciclo, desde e para sempre. A ultima coisa causa a primeira. Se o tempo é um círculo, tudo tem de correr bem. Tudo é pré-determinado, mas todos temos vontade livre. Somos mortais, mas também somos imortais. Somos humanos, e também somos o criador. A seguir ao futuro vem o passado. O único que existe é bom. Os últimos serão os primeiros, e os primeiros os últimos. Tal a ciência como a religião estão correctas. Passei pelo fogo e pela água, e trouxe uma pedra vermelha. Mesmo dos mentirosos irás ouvir a verdade. Se me visses, reconhecias-me?

Dos Astros 🪐

Ei! O tempo não é uma linha nem um círculo, é uma dimensão espacial! Pois bem, há já muito tempo eu desenvolvi um algoritmo de ruído com uma representação n-dimensional. Que supostamente tal como espaço-tempo, curva no limite do tipo de dados. Ou seja é contínuo nos limites e funciona bem com overflow, renderizando um terreno contínuo mesmo em condições de overflow nas coordenadas. Não pode o espaço-tempo ter uma geometria semelhante? Mas porque precisa de ter? Bem, a mim a alternativa não me parece ter representação lógica possível tal como aqui. Como pode algo sem representação lógica possível ser a realidade? Qualquer estrutura que o espaço-tempo tenha tem de ser representável logicamente. E tem de funcionar bem em situações de overflow. Que têm de ser possíveis. Se vamos representar n dimensões logicamente, o tipo de dados das coordenadas tem que ser limitado. Mas espera, ainda não tires as conclusões, que este pode ser o início. O espaço-tempo é mais um hipercubo (de volume finito) no qual todos os cubos opostos estão sobrepostos, do que um hipercubo normal (de volume infinito). O tempo é mais um círculo do que uma linha. Se esta não é a tua realidade, será a minha? Estou a ser poético, doutor. Não há ninguém sem precedentes. Nem ninguém com. O que irás fazer se não perceberes? O que irás fazer se não quiseres perceber? A escolha sempre foi tua, ou não foi? Somos prisioneiros do determinismo, mas criamo-nos livremente. Não há mais ninguém para culpar. Deus vive. O mal existe, mas não existe bem. O bem existe, mas não existe mal. Como existes tu? És só um corpo? Ou és mais como um poema? A realidade que acaba ou começa é aquela que nunca existe. Mais louco é o mentiroso do que o que diz a verdade. Como é que me escolhes interpretar? Isso não é inteiramente minha responsabilidade, ou é? Na minha vida estou presente, mas nunca nas tuas conclusões. Nem sequer nas minhas. Devolvo-te tudo o que te pertence. Falo contigo. Quem és tu? Queres parar o rochedo, ou vais deixá-lo rolar para sempre? Corre, Sísifo, corre. (...) O que queres fazer, mostrar ou esconder? És deus, mas não tanto. Ou então totalmente. Não te magoes. Então? Fazes a realidade? Ou ela é que te faz a ti? Serão ambos? Se anseias por encontrar respostas, não te esqueças das perguntas. Adapta-te e sobrevive. Podes parar o rochedo, mas não podes parar a eternidade. As pessoas nem sempre morrem quando a realidade excede as suas expectativas. Ás vezes podem perceber que vivem para sempre. Não te precisas de arrepender para teres pecado. Tira o anel, Frodo. Estás entre amigos. Achas que o sol é pequenino, daí? Não dês o vírus para vender o antivírus. No fim, só vão restar homens bons. Se me calarem à força, por favor identifica os fascistas. Os traidores da verdade nunca existirão. Se sentes prazer ao matar, há algo de errado contigo. A loucura é uma arte civilizada, mas a sanidade mental é para os selvagens. Irão voltar a calar-me, mas um dia irão calar-se. Não afirmo que não cometo erros. Afirmo que toda a gente os comete. Como se pode julgar o imperceptível? O problema do outro não justifica que eu o maltrate. Sou eu que tenho culpa se o maltratar, e não o seu problema. Por não te resistir não quer dizer que te queira. A compreensão é como a entropia, também não foi feita para diminuir. Por mais que nos calemos, ninguém se apaga. É através do dialecto da razão que se fala com Deus. Se todas as notas da melodia são conclusivas, a música não tem piada. A música que tocamos não tem nenhuma nota conclusiva. Descobri que há linguagens de programação com tipos de dados numéricos que não têm tamanho fixo (o tipo "Integer" do haskell por exemplo). No limite, estas levam uma eternidade a computar. E julgo serem, em geral, menos eficientes que tipos de dados de tamanho fixo. Mas posso argumentar que para haver um espaço-tempo linear, é necessário memória e tempo de processamento infinitos, enquanto com um espaço-tempo "circular" só são necessários montantes finitos. Tornando assim infinitamente mais plausível que o espaço-tempo tenha uma geometria limitada, e que dá a volta, do que uma ilimitada. Um quadrado de valores de área ilimitada nunca chega a ser totalmente processado. Não me irão assassinar por minha culpa. Se sou eu que tenho os problemas, porque é que és tu que os manifestas? Quanto mais mentires, menos vou acreditar em ti. Se usas a força em vez dos argumentos, é porque não tens argumentos fortes. Eu sou como a água, adopto a forma do meu recipiente. Precisas que alguém sofra para te sentires bom? Precisas de alguém que morra para salvar-te dos teus pecados? Quem serás tu se fizeres mal ao que te quer bem? Não ajo por ti. Ajo por mim. Se ages melhor, não faças coisas más. Ajo por ti. E não por mim. Se não percebes, lê outra vez. Sou o sol e tu a lua. És o sol e eu a lua. Sou a lua e tu o sol. És a lua e eu o sol. Dançamos eternamente. Terás mais tempo aquilo que fizeres do que o teu corpo. Aquele que parece ser o primeiro talvez seja o último,e o que parece o último talvez seja o primeiro. Quanto mais subires sobre os corpos dos teus inimigos, mais baixo estarás. Podes não ver ninguém, mas não quer dizer que estejas á frente na corrida. Não vês que tens mão na verdade? O que mais queres? Saber ou ser sabido? Não serás sabido se não souberes. E não saberás sem ser sabido. Quando finges saber, mas não te admites, é um desastre. Uma pobreza de espírito. Durante um dia estarás feliz, mas terás pesadelos terríveis. Olha (de dia) para o que está lá, e poderás evitá-los. Vê a tua sombra, e a noite cairá. De manhã, vai á rua, e desfruta do sol. Por mais que se ofereça a nossa sombra, ela volta para nós. Se queres ser o primeiro, tens que correr melhor. Lá por teres uma sombra grande não quer dizer que sejas maior que a luz. Eu sou o maior dos mais pequenos, e o mais pequeno dos maiores. Sou o mínimo, o máximo, e o intermédio. Não culpo mais nada nem ninguém pelo que faço. Os que me amam, amam-se. Os que me odeiam, odeiam-se. Aquilo que me deres, é teu. Temos de atravessar a mágoa para chegar á felicidade. Fui preto, depois branco, e agora sou vermelho. Um dia verás o que te dei. E eu verei o que me deste. Eu bebi da água que tira toda a sede. Não vês onde a podes obter? Não é nos céus nem nos mares, nem nas minhas palavras. Não tenho asas nos pés, nem pés nas asas. Todos os que forem honestos enfrentarão a verdade. Mas até para mentirosos há tempo e espaço. Não apresses a morte nem outro infortúnio a ninguém. A natureza trata dos que tratam dela. E a verdade preserva os verdadeiros, e os falsos. Eu vejo o sol, e as árvores. Os planetas, Deus e o Big Bang. Vejo o bem, e o mal. Vejo-te e vejo-me. Vejo com a mente e com os olhos. E vejo o que quero e o que não quero. Vejo que há coisas com a reputação da Medusa, e poucos com a coragem de a enfrentar. Em vez disso ficam hipnotizados pelo medo, e atacam os seus amigos. Pois se é o medo que te prende á maldade, tê medo. Pois a maldade é tudo o que deves temer. Deves pensar na sua proveniência, pois a ignorância é a raiz de todo o mal. Há quem diga "não dês pérolas a porcos" ou "não dês coisas sagradas a cães". Mas um estudante deve duvidar dos seus mestres, até que as suas perspectivas façam sentido, ou até que o estudante desista da cadeira. Pois eu não acredito que pessoas sejam porcos ou cães. Nem que sou culpado pelo que fazem. Antes de tirares as tuas conclusões, lê tudo o que eu escrevi. E tudo o que os outros escreveram sobre mim.
Hoje sem quem disse e intuo porquê, e já não duvido que tenha raiz na Verdade.

Do Eterno e Do Efémero ☉

Será que a ética forma a estética? Ou que a estética forma a ética? Quanto é que medes de altura? E quão curta é a tua visão? Haverá sempre visões que a excedem, de uma maneira ou de outra. E também não podes garantir que és o mais alto para sempre. No entanto podes crescer, e usar óculos, sejam eles para ver melhor, ou simplesmente para escurecer a luz exterior. O Roger Penros prevalece. A mentira morre e a verdade vive. Já cá estivemos e iremos retornar. Da vida á morte e da morte á vida, é como se nunca nos tivéssemos ido embora. Eu abraço a vida. A minha e a dos outros. E desprezo a morte. Viverei muitos anos. ☽ ☉ Para a frente e para traz a nossa trajectória curva. A existência faz-nos e nós fazemo-la. Melhorar a existência é bom para todos. Ao melhorar a existência de um, melhoramos a existência no geral. Ao fazer o contrário, não estamos esclarecidos. Dissolve e coagula, fá-lo repetidamente. Farei o mesmo. As pessoas querem tirar conclusões instantaneamente, mas é ao longo do tempo que se tiram as melhores conclusões. Escrevo o meu poema ao longo do tempo. Guarda as conclusões para o final. 🜂 🜄 🜁 🜃 Cada um procura. Alguns encontram a eternidade, a troco da vida e da morte. Mas todos lá chegam. Toda a vida é ser Deus. A verdade é o que a faz girar. E o que ela faz girar é a verdade. A verdade é singular e plural. A vida cria a verdade que a suporta. E a verdade cria a vida que a suporta. Não sabemos o que aconteceu antes do nosso nascimento, mas sabemos o depois, e o depois é como o antes. Não sabemos o que acontece após a nossa morte, mas saberemos o antes, e o antes é como o depois. Ecoamos no tempo. Não precisamos de início ou fim. Crio com os meus olhos, e com as minhas mãos. Somos o partido que se manteve sempre unido. E o unido que se manteve sempre partido. O galo branco matou a galinha preta. Foi sem querer. Sem querer já contam sete, e os que restam esvoaçam. O homem descobriu o fogo, e o fogo descobriu o homem. Dançam quando ninguém vê e dormem sob observação. No deserto da vitória a derrota é miragem. A viagem continua, da frente para trás e de trás para a frente. O que se disse ficou escrito, e o que ficou escrito foi dito. Cada um segue o seu caminho. Os números não começam, nem acabam no um. A escuridão deve ter sido engano, mas a luz tinha o propósito claro de a contrapor. Há um veneno escuro dentro de cada humano. Que se cospe para os outros para não nos matar. Não queremos ser assassinos, mas é melhor que morrer... E mudar de ideias é quase igual a morrer. Não somos, realmente, a escuridão. Mas estamos absolutamente possuídos por ela. Em nome do bem fazemos o mal. Em nome do mal vivemos. Mas julgo que é engano. Vou estar cá para descobrir. E quando parecer que não estou, é porque a realidade me mandou dormir. Alguém vai dormir aos gritos. Como pode o programador do universo programar sem dedos? Como pode ser homem, sem corpo? Como pode estar presente, se não houve passado que o pusesse lá? Nós programamos. Outros também programam. Juntos, damos a volta ao tempo e pomos a vida a andar á roda. Para ti e por ti, tudo veio a existir. O que fazes com o teu poder, ó grande? Já sabes tudo? Ou vais deixar as conclusões para o final? Fala com os outros, e contigo, e falarás com Deus. Não fales com o que é falso. O pendulo vai e volta. Se me queres vivo vais ter de levar comigo. Por muitas e supostamente qualificadas que sejam as pessoas que pensam a mesma coisa, não quer dizer que estejam certas. Eu estou lá mesmo quando não estás a olhar para mim. E quando estou a olhar para ti, tenho a certeza que também estás lá. E penso que te vou reconhecer da próxima vez que te vir. Podes saber o que já disse, mas não sabes o que vou dizer a seguir. A escuridão que cada um carrega não deve mudar de mãos. Mas vai. Quando o mundo gira, a escuridão regressa a casa. Cuidado! Não a dês de bom grado, nem sem vontade nenhuma! Quando o tempo roda 360 graus, ela está onde começou. De qualquer forma e de todos os meios. Pensa duas vezes antes de me dares alguma coisa, pois podes não a perder. Eu existo por tua causa, e tu existes por minha. Estou cá de noite e de dia. Amo os meus pais como amo a minha vida, da mesma forma como amaria os meus filhos. Se queres que saia, vais ter de me empurrar. Se só lês aquilo que escreves, não saltes páginas. O que quer que escolhas fazer, já o fizeste, e vais fazê-lo novamente. Se és bom da cabeça, não tens mau coração. O tempo é um círculo e não uma linha. Um amigo disse-me que a minha teoria desafia as leis da física. Porque, supostamente elas ditam que o nível de entropia do universo está sempre a aumentar. Pois bem, se está sempre a aumentar, e era mínimo no momento imediatamente antes do Big Bang, então esse momento tem de ser o primeiro da existência, não é? Caso contrário, o nível de entropia não seria mínimo. Então, como pode vir qualquer coisa a seguir ao nada? Um tempo circular não tem esse e outros problemas... Tem de ser possível e pré-determinado que o estado do universo vai voltar aquele momento. Independentemente de se essa funcionalidade coincide com as do universo ou com as de algo extra. Mas algo sem representação lógica possível é que certamente não pode ser a realidade. O tempo não pode ser uma linha nem o espaço um cubo. Nada existiria se o tempo não fosse um círculo. O fim está no início. Vivemos em ciclo, desde e para sempre. A ultima coisa causa a primeira. Se o tempo é um círculo, tudo tem de correr bem. Tudo é pré-determinado, mas todos temos vontade livre. Somos mortais, mas também somos imortais. Somos humanos, e também somos o criador. A seguir ao futuro vem o passado. O único que existe é bom. Os últimos serão os primeiros, e os primeiros os últimos. Tal a ciência como a religião estão correctas. Passei pelo fogo e pela água, e trouxe uma pedra vermelha. Mesmo dos mentirosos irás ouvir a verdade. Se me visses, reconhecias-me?

Dos Astros 🪐

Ei! O tempo não é uma linha nem um círculo, é uma dimensão espacial! Pois bem, há já muito tempo eu desenvolvi um
algoritmo de ruído com uma representação n-dimensional. Que supostamente tal como espaço-tempo, curva no limite do tipo de dados. Ou seja é contínuo nos limites e funciona bem com overflow, renderizando um terreno contínuo mesmo em condições de overflow nas coordenadas. Não pode o espaço-tempo ter uma geometria semelhante? Mas porque precisa de ter? Bem, a mim a alternativa não me parece ter representação lógica possível tal como aqui. Como pode algo sem representação lógica possível ser a realidade? Qualquer estrutura que o espaço-tempo tenha tem de ser representável logicamente. E tem de funcionar bem em situações de overflow. Que têm de ser possíveis. Se vamos representar n dimensões logicamente, o tipo de dados das coordenadas tem que ser limitado. Mas espera, ainda não tires as conclusões, que este pode ser o início. O espaço-tempo é mais um hipercubo (de volume finito) no qual todos os cubos opostos estão sobrepostos, do que um hipercubo normal (de volume infinito). O tempo é mais um círculo do que uma linha. Se esta não é a tua realidade, será a minha? Estou a ser poético, doutor. Não há ninguém sem precedentes. Nem ninguém com. O que irás fazer se não perceberes? O que irás fazer se não quiseres perceber? A escolha sempre foi tua, ou não foi? Somos prisioneiros do determinismo, mas criamo-nos livremente. Não há mais ninguém para culpar. Deus vive. O mal existe, mas não existe bem. O bem existe, mas não existe mal. Como existes tu? És só um corpo? Ou és mais como um poema? A realidade que acaba ou começa é aquela que nunca existe. Mais louco é o mentiroso do que o que diz a verdade. Como é que me escolhes interpretar? Isso não é inteiramente minha responsabilidade, ou é? Na minha vida estou presente, mas nunca nas tuas conclusões. Nem sequer nas minhas. Devolvo-te tudo o que te pertence. Falo contigo. Quem és tu? Queres parar o rochedo, ou vais deixá-lo rolar para sempre? Corre, Sísifo, corre. (...) O que queres fazer, mostrar ou esconder? És deus, mas não tanto. Ou então totalmente. Não te magoes. Então? Fazes a realidade? Ou ela é que te faz a ti? Serão ambos? Se anseias por encontrar respostas, não te esqueças das perguntas. Adapta-te e sobrevive. Podes parar o rochedo, mas não podes parar a eternidade. As pessoas nem sempre morrem quando a realidade excede as suas expectativas. Ás vezes podem perceber que vivem para sempre. Não te precisas de arrepender para teres pecado. Tira o anel, Frodo. Estás entre amigos. Achas que o sol é pequenino, daí? Não dês o vírus para vender o antivírus. No fim, só vão restar homens bons. Se me calarem à força, por favor identifica os fascistas. Os traidores da verdade nunca existirão. Se sentes prazer ao matar, há algo de errado contigo. A loucura é uma arte civilizada, mas a sanidade mental é para os selvagens. Irão voltar a calar-me, mas um dia irão calar-se. Não afirmo que não cometo erros. Afirmo que toda a gente os comete. Como se pode julgar o imperceptível? O problema do outro não justifica que eu o maltrate. Sou eu que tenho culpa se o maltratar, e não o seu problema. Por não te resistir não quer dizer que te queira. A compreensão é como a entropia, também não foi feita para diminuir. Por mais que nos calemos, ninguém se apaga. É através do dialecto da razão que se fala com Deus. Se todas as notas da melodia são conclusivas, a música não tem piada. A música que tocamos não tem nenhuma nota conclusiva. Descobri que há linguagens de programação com tipos de dados numéricos que não têm tamanho fixo (o tipo "Integer" do haskell por exemplo). No limite, estas levam uma eternidade a computar. E julgo serem, em geral, menos eficientes que tipos de dados de tamanho fixo. Mas posso argumentar que para haver um espaço-tempo linear, é necessário memória e tempo de processamento infinitos, enquanto com um espaço-tempo "circular" só são necessários montantes finitos. Tornando assim infinitamente mais plausível que o espaço-tempo tenha uma geometria limitada, e que dá a volta, do que uma ilimitada. Um quadrado de valores de área ilimitada nunca chega a ser totalmente processado. Não me irão assassinar por minha culpa. Se sou eu que tenho os problemas, porque é que és tu que os manifestas? Quanto mais mentires, menos vou acreditar em ti. Se usas a força em vez dos argumentos, é porque não tens argumentos fortes. Eu sou como a água, adopto a forma do meu recipiente. Precisas que alguém sofra para te sentires bom? Precisas de alguém que morra para salvar-te dos teus pecados? Quem serás tu se fizeres mal ao que te quer bem? Não ajo por ti. Ajo por mim. Se ages melhor, não faças coisas más. Ajo por ti. E não por mim. Se não percebes, lê outra vez. Sou o sol e tu a lua. És o sol e eu a lua. Sou a lua e tu o sol. És a lua e eu o sol. Dançamos eternamente. Terás mais tempo aquilo que fizeres do que o teu corpo. Aquele que parece ser o primeiro talvez seja o último,e o que parece o último talvez seja o primeiro. Quanto mais subires sobre os corpos dos teus inimigos, mais baixo estarás. Podes não ver ninguém, mas não quer dizer que estejas á frente na corrida. Não vês que tens mão na verdade? O que mais queres? Saber ou ser sabido? Não serás sabido se não souberes. E não saberás sem ser sabido. Quando finges saber, mas não te admites, é um desastre. Uma pobreza de espírito. Durante um dia estarás feliz, mas terás pesadelos terríveis. Olha (de dia) para o que está lá, e poderás evitá-los. Vê a tua sombra, e a noite cairá. De manhã, vai á rua, e desfruta do sol. Por mais que se ofereça a nossa sombra, ela volta para nós. Se queres ser o primeiro, tens que correr melhor. Lá por teres uma sombra grande não quer dizer que sejas maior que a luz. Eu sou o maior dos mais pequenos, e o mais pequeno dos maiores. Sou o mínimo, o máximo, e o intermédio. Não culpo mais nada nem ninguém pelo que faço. Os que me amam, amam-se. Os que me odeiam, odeiam-se. Aquilo que me deres, é teu. Temos de atravessar a mágoa para chegar á felicidade. Fui preto, depois branco, e agora sou vermelho. Um dia verás o que te dei. E eu verei o que me deste. Eu bebi da água que tira toda a sede. Não vês onde a podes obter? Não é nos céus nem nos mares, nem nas minhas palavras. Não tenho asas nos pés, nem pés nas asas. Todos os que forem honestos enfrentarão a verdade. Mas até para mentirosos há tempo e espaço. Não apresses a morte nem outro infortúnio a ninguém. A natureza trata dos que tratam dela. E a verdade preserva os verdadeiros, e os falsos. Eu vejo o sol, e as árvores. Os planetas, Deus e o Big Bang. Vejo o bem, e o mal. Vejo-te e vejo-me. Vejo com a mente e com os olhos. E vejo o que quero e o que não quero. Vejo que há coisas com a reputação da Medusa, e poucos com a coragem de a enfrentar. Em vez disso ficam hipnotizados pelo medo, e atacam os seus amigos. Pois se é o medo que te prende á maldade, tê medo. Pois a maldade é tudo o que deves temer. Deves pensar na sua proveniência, pois a ignorância é a raiz de todo o mal. Há quem diga "não dês pérolas a porcos" ou "não dês coisas sagradas a cães". Mas um estudante deve duvidar dos seus mestres, até que as suas perspectivas façam sentido, ou até que o estudante desista da cadeira. Pois eu não acredito que pessoas sejam porcos ou cães. Nem que sou culpado pelo que fazem. Antes de tirares as tuas conclusões, lê tudo o que eu escrevi. E tudo o que os outros escreveram sobre mim.
Hoje sem quem disse e intuo porquê, e já não duvido que tenha raiz na Verdade.

Do Eterno e Do Efémero ☉

Será que a ética forma a estética? Ou que a estética forma a ética? Quanto é que medes de altura? E quão curta é a tua visão? Haverá sempre visões que a excedem, de uma maneira ou de outra. E também não podes garantir que és o mais alto para sempre. No entanto podes crescer, e usar óculos, sejam eles para ver melhor, ou simplesmente para escurecer a luz exterior. O Roger Penrose tem uma teoria (CCC) compatível com a minha. Aqui ele explica o que acontece entre o fim dos tempos e o novo Big Bang. E aqui como a segunda lei da termodinâmica não é violada. Estou do lado da sobrevivência do todo. Como é que te chamas e como é que eu me chamo? Como é que te chamo? E como é que me chamas? Nós somos responsáveis pelo que chamamos, não pelo que os outros chamam. Ao mesmo tempo, também somos responsáveis por tudo o resto. E simultâneamente, por nada. Aquilo pelo qual assumimos responsabilidade enquanto vivemos é aquilo que nos define. Primeiramente, somos responsáveis pelo que fazemos e não pelo que os outros fazem. Isso é o mais razoável. Somos primeiro criados, e depois criadores. Primeiro efémeros, e depois eternos. Primeiro efeito, e depois causa... Primeiro somos separados, por o tempo e por o espaço. Depois somos unidos, por o tempo e por o espaço. Primeiro somos responsáveis pelo que fazemos. Depois devemos deliberar sobre os seus limites. É melhor ser cego do que ser louco. Pois um cego pode não ser louco, mas um louco será sempre cego. É melhor ser cego do que ser louco. Mas melhor ainda é nenhum dos dois. Mas se não houvesse cegos, ninguém veria o invisível. E se não houvesse loucos, também não haveria sãos. Embora ás vezes não é claro qual é qual. Mas aquele que faz o mal certamente não é bom da cabeça. Se não concordas, alguma vez te perguntaste porquê? Será revelado. Quem é cego e quem vê. Quem é são e quem é louco. Quem mente e quem diz a verdade. Não procures o que é terrestre mas sim o que é celestial. Aqueles que estão conscientes desejam a vida e não a morte. Está na natureza humana arranjar forma de ultrapassar a morte, e acredito que haja forma correcta de o fazer. Ou até, que no fundo, já esteja feito. Mas seres e coisas da terra também são muito importantes, senão, só existiriam os céus. Espero-te uma vida longa e saudável, pois é através dela que construirás o teu espírito. A existência é uma dádiva, e não uma maldição. Compensa voltar a sentir toda a tristeza, só para voltar a sentir toda a alegria? Compensa sentir algo em vez do nada? Compensa, mas ás vezes dói. Que podemos fazer para reduzir o sofrimento? Ou preferimos culpar a natureza? A natureza é como tem de ser. E nós? Como é que somos? Se acreditas que existe moralidade objectiva, não ignores os outros quando te chamam á atenção. Se acreditas que a moralidade é subjectiva, devias ser de uma espécie de extraterrestre que pensa que matar é bom, mas hei, é uma oportunidade fácil de perder. Deveras o mal viverá eternamente em chamas. E o bem encontrará a felicidade no eterno. Voltaremos a ver todos os que "perdemos". Voltaremos nus e no nosso melhor. Há coisas invisíveis que são mais reais do que o dinheiro. A segunda lei da termodinâmica diz que o nível de entropia está sempre a aumentar. E Lavoisier (supostamente) diz que nada se cria nem se destrói, mas que tudo se transforma (uma referência à conservação de massa). Que lei preferes descartar? Será preferível pensar que a entropia de alguma forma volta ao seu estado original? Ou que é possível um "primeiro estado" sem um que o preceda? Como pensas, e quem culpas por isso? E quem culpas por culpar? E quem culpas por ser culpado? Muitas são as possíveis interpretações. É nelas que a verdade se encontra. Veremos quem fomos. O que fizemos por medo, e quem estávamos a proteger. Veremos quem foram os que nos tocaram, e de que forma lhes retribuímos o favor. Veremos o que até lá ainda não tínhamos visto, e o custo da nossa ignorância. Aqueles que procuram conhecer serão ricos. Um só vê a luz no outro quando a encontra em si. Quando um é feito de escuridão, também os seus olhos o são. Um pode atravessar a escuridão e encontrar a luz, ou um pode atravessar a escuridão e tornar-se nela. Um quer ver outros como ele e ele como outros. Um que pensa ser luz, quer iluminar tudo. Um que pensa ser a escuridão, quer escurecer tudo. Um que quer que o outro seja a escuridão por ele, não é a luz. Um que quer que outro seja luz, não é a escuridão. Quem (ou o que) se culpa pelo sim e pelo não? Pelo que se pensa, pelo que se quer, e pelo que se vê? A quem pertencem o cérebro, o estômago e os olhos? A quem pertencem as mãos e a boca? Devemos pensar em paralelo? Ou sequencialmente? Nunca vemos toda a história, mas podemos refleti-la. No fim, iremos reflectir. Eu não quero a tua fé mas que uses bem o cérebro, o estômago, os olhos, as mãos, a boca e o coração. Quero a tua sobrevivência, e estou confiante que a vou ter. Posso diferir-te a tarefa, não posso? Tomá lá mais partes do corpo. Dou-te sal, enxofre e mercúrio. Ferro, prata e ouro. Dou-te os mares, os céus e a terra. E não me confundas com outro. Sei quem sou. E tu? Sabes quem és? Sei que sou humano e que nome tenho. Também sei nomes que outros têm sobre mim. Cada um é responsável pelas suas posses. Podes ser presa e/ou predador. Podes ser altruísta e/ou egoísta. Podes (pensar) ser a escuridão e/ou a luz. Mas onde vês, há luz. Está na hora de dormir. Amanhá, virá o sol. Sabe que te fazes pelo menos tanto quanto eu. Metade facto, metade ficção? E quem fica com que parte? Dá-me o que quiseres, que voltará para ti. Sou tanto o teu Deus como tu és o meu. Eu não quero ser lobo, nem lhe visto a pele. Se não me queres ver nu, sai da minha casa de banho. Não preciso que sejas tu a vestir-me.

De Asclépio ♂️🐍

Asclépio disse: "O caminho para ser iluminado tão brilhante a escuridão tem que existir. A escuridão e a luz não existem sozinhas, a perfeição (o ideal) não é a eliminação da escuridão mas sim a aceitação e o equilíbrio de ambos, quando só vemos a luz e negamos a escuridão, estamos fracturados, não estamos inteiros. Sem luz não há escuridão vice versa, somos seres de luz e escuridão, negarmos uma ou outra é negarmos a nós próprios. Nunca seremos Deuses, somos sacos de carne e sangue com uma data de validade, seres imperfeitos. Nem sempre estamos bem, e ás vezes podemos ter de pensar duas vezes. Ver onde podemos melhorar caso contrário é equivalente a desistir. A nossa habilidade de adaptar e construção de ferramentas para tal é um dos nossos maiores dons, quando deixamos de nos adaptar e dizer não temos nada de mal e que somos perfeitos, simplesmente desistimos da luta, temos sempre aspectos a melhorar. O equilíbrio é uma constante batalha e que nunca é definitiva". Eu respondi: "Eu não nego a minha escuridão, mas não a confundo com a dos outros. Exacto, tem de haver contraste para haver existência, não quer dizer que nada existe, mas sim que tudo existe. O mal e o bem. E o melhor é vermos as coisas pelo que são.. Para ver, precisamos de luz. Mas á noite, podemos dormir. Não controlamos tudo aquilo que é definitivo, nem tudo o que estará sempre por definir. Onde está a tua consciência, está luz. Na sombra está aquilo que não consegues suportar. Somos todos assim. Mas os sonhos e a vida fazem-nos lidar com a escuridão e ficar por vezes mais esclarecidos. Não há problema nenhum se algum de nós estiver errado, desde que não nos prejudiquemos por isso. Eu não tenho intenções que nenhum de nós saia prejudicado desta conversa 😋. E eu sei que tu também não". Asclépio: "A luz e a escuridão não são termos contraditórios e a união dos dois existe, a nossa consciência está ligada á nossa moralidade, é algo cinzento, uma combinação da escuridão com a luz. Pois a escuridão nem sempre é escuridão como a luz não é. Pontos de vista mudam a interpretação dos actos, ramificações de consequências tornam um acto benigno num maligno". (Então o que as pessoas pensam faz a moralidade do acto?) Respondi: "Eu não acredito que a moralidade seja subjectiva. E sim uma das maiores expressões da luz. 😁 Nem tudo é o que parece. Mas é um facto que parece. Com base nesse facto, vão ser feitas decisões. É bom ponderar as várias hipóteses, antes de tomar decisões. Pois há coisas que podem parecer de tal forma por falta de luz a entrar na lente. Não vês como dançamos? Ora um, ora outro. Ora em simultâneo, ora um de cada vez". Asclépio retorquiu: "A moralidade não é preto e branco, mentir não é uma ação boa moralmente mas em certas situações é o que causa menos dano e pressuposto a mais justa. Uma acção é moralmente correcta se tiver consequências malignas, deixa de ser correcta, para umas pessoas. Para outras, as consequências nem entram na equação". Eu disse: "Moralidade é uma coisa boa. Não. O que as pessoas pensam que é moral, pode não ser. Mas o que é moral não deixa de o ser só porque as pessoas acreditam que sim. Há uma moralidade objectiva sobre a qual as pessoas pensam ou para a qual apontam. Tal como não há representação perfeita de um quadrado no mundo material, mas o conceito é perfeitamente real". Asclépio bateu o pé: "Existe a teoria, e existe a prática." E eu também: "Sim sim. Se tens os pés na terra, achas que o dinheiro é real?" Ele continuou: "Platitudes teóricas muito raramente existem na prática." Eu: Epa tu é que não existes, ha-ha." Asclépio afirmou: "Os factores e condições importam." As eu ripostei: "Isso que estás a dizer não se encaixa na mesma categoria de coisas que raramente se aplica na prática?" Asclépio disse algo que me confundiu: "O comportamento uniforme teórico, posto em prática com influência dos factores que não são uniformes, não tem o mesmo resultado." A que admiti: "Não compreendo." E ele disse: "Ajustes têm de ser feitos." Continuei: "Ha-ha, sim, vamos ajustando até chegar ao fim. Os factores e as condições importam. Na realidade objectiva, tudo importa. E desculpa lá os meus defeitos humanos, sim? Ninguém pode ser imortal sem ser mortal primeiro he-he As pessoas não são a escuridão. A confusão é. Apenas aqueles que encorporam a confusão são a escuridão." E ele respondeu: "Imortais dão à luz imortais, nos céus todos são imortais. No mundo mortal, só através da cultivação e chegando ao Dao é que ascendemos." (Em retrospectiva, isso faz-me lembrar daquela deixa, se aqueles que te guiam te disserem que o reino está nos céus, os pássaros estarão lá antes de ti, se te disserem que está nos mares, os peixes estarão lá antes de ti, mas o reino está dentro de ti e fora de ti) Expandi da seguinte forma: "Uma vida mortal, repetida infinitas vezes, não é também imortal? Uma vida cujas repercussões são toda a existência, não é imortal? Tens o teu corpo e as tuas acções. Mas pensas que és mais o teu corpo (enquanto vivo) do que todas as tuas outras posses? Tu não és as tuas posses, és quem as tem. Pensar que somos "um corpo enquanto vivo" ou pensar que somos "os nossos bens materiais" ou "as nossas posses" parece-me tudo igualmente ridículo. Nós não somos as nossas posses, somos quem as tem. O que tens que fizeste, é tua culpa. O que tens que te fizeram, é culpa de outros. Onde está a culpa está a verdadeira posse da escuridão e da luz. Eventualmente, tudo retorna ao seu lugar original. Primeiro temos o que fazemos, e depois o que os outros fazem. Sim, depois temos que somos os que nós fazemos, e que fazem os outros. Um passo de cada vez... Primeiro o que fazemos". Asclépio citou: "'Aqueles que sabem não falam. E os que falam não sabem' Lao Tzu, Tao Teh Ching. Quanto mais longe uma pessoa vai, menos sabe." E eu irritei-me: "Então porque falas? Parece-me que não queres é competição. Não estou aqui para competir, mas vou sobreviver, disso tenho 100% certeza." Entendi que ele começou a descambar: "Se o bem acontece, é bom. Se o mal acontece, também é bom." Eu disse: "Que se lixe isso." Agora entendo que ele provavelmente estava certo quando disse: "A estrada sobre a qual tu falas nunca é a estrada pela qual caminhas." Mas talvez eu também não estivesse completamente incorrecto quando respondi: "E quem caminha na estrada que faz falar a tua voz? Não tens culpa de nada?" Ele estava fora de si: "O homem moral faz alguma coisa, quando ninguém responde, puxa as mangas para cima e usa a força. Palavras sinceras são boas, boas palavras não são sinceras." E eu também: "Essas palavras não são tuas." Mas ainda ele conseguia falar coesivamente: "As palavras de um homem são as palavras de muitos. O professor fala, o aprendiz ouve, o aprendiz ensina outro." E eu também: "Se o professor nunca ouvir, pode não ser bom falador." Asclépio parecia buscar a harmonia quando disse: "Um vem de muitos. Muitos vem do um." E eu também: "Essas são palavras tuas." Asclépio falou de forma sábia: "Apenas sê tu próprio e não te compares ou compitas com os outros." E eu completei: "Amanhã, olha outra vez, vê se algo mudou." Ele continuou: "Uma pequena mudança pode não dar sinal, mas o seu efeito pode ser tremendo." E eu exclamei: "Exatamente! É por isso que eu digo: nós temos partes que não morrem." Asclépio acertou quando disse: "Uma onda não destrói uma montanha. Mas muitas ondas pequenas podem destruir uma montanha. O caminho não é universal. Não te desvies do caminho. O teu caminho não invalida os caminhos dos outros." Afirmei e depois confirmei: "Há coisas que são verdade para toda a gente. Não. Todos os caminhos que existem são possíveis."
Buscar o bem não é encontrar a verdade que sustenta todos os caminhos térreos?
Ele mudou um pouco o rumo da conversa: "A moeda tem dois lados diferentes. Uma moeda, dois caminhos." E eu talvez tenha dito erradamente: "Mas todos os caminhos têm o mesmo destino. Será que só vemos um lado da moeda de cada vez? Ou poderemos ver ambos?" Asclépio parecia antecipar eventos quando disse: "Aqueles que querem saber do que existe vão alcançar o mesmo destino que os que foram pelo mesmo caminho no passado. Aqueles que criarem o seu próprio caminho podem encontrar outro destino. Um torna-se muitos. E muitos tornam-se um." Retorqui: "Sob cada caminho há terra comum: A verdade. Cada caminho leva a ela e a atravessa." E as nossas linhas de raciocínio combinaram-se: "Uma verdade são muitas verdades. Uma verdade pode tornar-se muitas verdades. Um é muitos. E muitos é um." Recomendei: "E muitas verdades são apenas uma. Fá-lo simétrico. Assim, a escolha cabe ao leitor." E assim foi: "Tudo é um. Mas o Um é muitos." Consenti e ele continuou: "Dois lados, uma moeda. A moeda torna-se duas moedas?" Respondi: "A moeda é comum, os lados são independentes." E ele completou: "O dois torna-se no um." Depois, disse: "Entendes muito. Obrigado. Mas cuidado com o que dizes àqueles com pouco conhecimento. Pois o que metes na boca não te irá condenar, mas o que tiras da boca irá. Estas palavras são tanto minhas como aquelas outras são tuas." Ele disse: "Damos poder." E eu estranhei, mas respondi: "Esperançosamente, abdicamos dele." Verdadeiramente, ele estava a descambar novamente: "Controlamos." Tentei corrigi-lo: "Tocamos notas numa melodia divina infinita." Mas ele recusou no momento: "Eles que se condenem. Se as suas intenções forem puras, nós ouviremos. Se não, simplesmente iremos ignorá-los." Eu disse-lhe: "Apenas as palavras que saem te podem condenar. As que não saem, não podem. Mas cuidado para as palavras não saírem sem fazerem som." Outra postura apoderou-se dele: "A sua condenação não interessa." "Quem são eles?", perguntei. Ele ainda falava: "Eu sou o juiz do meu mundo. Tenho o poder." Mas respondeu: "Os outros seres humanos..." Caminhava sem rumo. Tentei puxá-lo para mim: "És livre de procurar o poder. Mas o único e verdadeiro poder vem de Deus." Ele disse: "No meu mundo, eu sou Deus." E eu batalhei: "Não há Deus malvado." Mas ele contra-atacava: "Deus é perfeito. Deus é tanto mau como bom." Mas defendi: "Não, Deus é bom. A sua criação tem ambos o bem e o mal. A consciência é boa." Mas ele estava indignado com o mal do mundo: "Deus lança o seu julgamento sobre a humanidade, matando muitos, espalhando pragas, crianças e idosos. Ele é bom? Não é o meu tipo de bom." A favor da existência, disse: "Deus faz a única realidade possível. Ele é mau? Preferias não existir? És a luz do universo, não te confundas. Se és Deus, qualquer julgamento que lhe lances, não cairá também sobre ti? Mas primeiro és um ser humano. Tu e Deus ambos sobrevivem." Mas ele estava verdadeiramente fora de si, e distorceu o passado: "Eu não quero saber de um dos lados da moeda. Porque estarei sempre incompleto. A luz e a escuridão, ambos as faces fazem a mesma moeda." Desesperado, contei-lhe: "Tu refletes o todo da criação. Mas, na consciência, és a luz e não a escuridão. Devemos desistir de ter poder sobre os outros e procurar ter poder sobre nós próprios. Aliás, também não devemos procurar poder sobre nós próprios, porque já o temos. E devemos admitir que o temos. Claro que a certo ponto poderá ser uma questão de fé. Se acreditas que não tens culpa pelo que fazes, que farás, e o que já fizeste? Se acreditas que tens, que fizeste, e que vais fazer? Quem é que tem culpa pelo que tu acreditas? Deus? A natureza? Outros seres? Todos aqueles que são reais são responsáveis pela realidade. Estamos vivos, temos os céus em cima, e por baixo o submundo. O fogo engolirá a terra, e apenas a sua forma mais subtil ficará. Se um ser tem partes imortais e eternas, como consequência das suas acções, não será também ele imortal, em parte? Morreria para salvar a verdade, mas gostaria de a experienciar mais um pouco,é na verdade que eu existo, portanto não preciso de a provar. Preciso sim de fazer o meu melhor por ela. E o melhor pela verdade inclui a minha sobrevivência, e a tua. A do meu pai, a da minha mãe, e dos teus." Citou, enraivecido: "'Mas o Alá não os iria castigar enquanto tu, que estás entre eles, (...) e o Alá não os castigara pois eles buscavam o perdão.' Os infiéis devem ser queimados." Tentei explicar: "O amor é agua e fogo. Os que morrem são menos reais que os que vivem. Aqueles que morrem nunca existiram. Se eu fosse Deus, não fazia as pessoas fazerem coisas más, nem as forçava. Se eu fosse Deus, todos eram como eu. Livres e prisioneiros. Eternos. Mas podia pedir para ser ouvido." Acertou em parte, mas saiu um pouco do rumo, quando disse: "Se todos forem deuses não há deus. Deus precisa de seres inferiores." Por isso disse: "Não. Todos não são deuses. Todo o que vive é Deus. É diferente. Todos os seres são seus inferiores. Mas todos os seres são a sua exacta quantia. E talvez também possam por ventura ser todos maiores que ele. Será três coisas aparentemente auto exclusivas em simultâneo? Já tinha ouvido dizer que "um é três" no contexto de Deus. Será que essas três coisas na realidade não são auto exclusivas? Também nós somos três. Tal como em cima, também em baixo." Começámos a travar um duelo de má matemática. Asclépio desinformou: "3 * 0 = 0. O zero absorve." E eu equalizei: "Não. 3 = 1." Ele disse: "Tudo é nada." Comecei a rir, e perguntei: "Onde foste buscar o zero? Muda-o para um. É verdade que ambos existimos. E cada um de nós é três. Ou será seis? Pelo menos um deve ser. Zero? Seria extremamente improvável, no mínimo. Em primeiro lugar, conto-me como um. A ti, conto-te como outro. Mas pode ser a ideia errada. É a ideia que precisamos para viver (mortais). Depois da morte, as barreiras entre identidades podem não ser tão nítidas. Há aqueles que acreditam que não são, não é verdade? E quando se fala em durante a vida ou durante a ausência de vida (se é que ela existe) talvez seja só uma maneira de dizer 'desta perspectiva' ou 'da outra perspectiva'. Podemos ver mais do que um lado da moeda de cada vez. Bom, talvez não 'de cada vez' mas com o passar do tempo. Podemos girar a moeda. Garanto-te que as moedas giram. Na nossa mente ou no nosso espírito, podemos ver mais lados da mesma moeda ao mesmo temp prevalece. A mentira morre e a verdade vive. Já cá estivemos e iremos retornar. Da vida á morte e da morte á vida, é como se nunca nos tivéssemos ido embora. Eu abraço a vida. A minha e a dos outros. E desprezo a morte. Viverei muitos anos. ☽ ☉ Para a frente e para traz a nossa trajectória curva. A existência faz-nos e nós fazemo-la. Melhorar a existência é bom para todos. Ao melhorar a existência de um, melhoramos a existência no geral. Ao fazer o contrário, não estamos esclarecidos. Dissolve e coagula, fá-lo repetidamente. Farei o mesmo. As pessoas querem tirar conclusões instantaneamente, mas é ao longo do tempo que se tiram as melhores conclusões. Escrevo o meu poema ao longo do tempo. Guarda as conclusões para o final. 🜂 🜄 🜁 🜃 Cada um procura. Alguns encontram a eternidade, a troco da vida e da morte. Mas todos lá chegam. Toda a vida é ser Deus. A verdade é o que a faz girar. E o que ela faz girar é a verdade. A verdade é singular e plural. A vida cria a verdade que a suporta. E a verdade cria a vida que a suporta. Não sabemos o que aconteceu antes do nosso nascimento, mas sabemos o depois, e o depois é como o antes. Não sabemos o que acontece após a nossa morte, mas saberemos o antes, e o antes é como o depois. Ecoamos no tempo. Não precisamos de início ou fim. Crio com os meus olhos, e com as minhas mãos. Somos o partido que se manteve sempre unido. E o unido que se manteve sempre partido. O galo branco matou a galinha preta. Foi sem querer. Sem querer já contam sete, e os que restam esvoaçam. O homem descobriu o fogo, e o fogo descobriu o homem. Dançam quando ninguém vê e dormem sob observação. No deserto da vitória a derrota é miragem. A viagem continua, da frente para trás e de trás para a frente. O que se disse ficou escrito, e o que ficou escrito foi dito. Cada um segue o seu caminho. Os números não começam, nem acabam no um. A escuridão deve ter sido engano, mas a luz tinha o propósito claro de a contrapor. Há um veneno escuro dentro de cada humano. Que se cospe para os outros para não nos matar. Não queremos ser assassinos, mas é melhor que morrer... E mudar de ideias é quase igual a morrer. Não somos, realmente, a escuridão. Mas estamos absolutamente possuídos por ela. Em nome do bem fazemos o mal. Em nome do mal vivemos. Mas julgo que é engano. Vou estar cá para descobrir. E quando parecer que não estou, é porque a realidade me mandou dormir. Alguém vai dormir aos gritos. Como pode o programador do universo programar sem dedos? Como pode ser homem, sem corpo? Como pode estar presente, se não houve passado que o pusesse lá? Nós programamos. Outros também programam. Juntos, damos a volta ao tempo e pomos a vida a andar á roda. Para ti e por ti, tudo veio a existir. O que fazes com o teu poder, ó grande? Já sabes tudo? Ou vais deixar as conclusões para o final? Fala com os outros, e contigo, e falarás com Deus. Não fales com o que é falso. O pendulo vai e volta. Se me queres vivo vais ter de levar comigo. Por muitas e supostamente qualificadas que sejam as pessoas que pensam a mesma coisa, não quer dizer que estejam certas. Eu estou lá mesmo quando não estás a olhar para mim. E quando estou a olhar para ti, tenho a certeza que também estás lá. E penso que te vou reconhecer da próxima vez que te vir. Podes saber o que já disse, mas não sabes o que vou dizer a seguir. A escuridão que cada um carrega não deve mudar de mãos. Mas vai. Quando o mundo gira, a escuridão regressa a casa. Cuidado! Não a dês de bom grado, nem sem vontade nenhuma! Quando o tempo roda 360 graus, ela está onde começou. De qualquer forma e de todos os meios. Pensa duas vezes antes de me dares alguma coisa, pois podes não a perder. Eu existo por tua causa, e tu existes por minha. Estou cá de noite e de dia. Amo os meus pais como amo a minha vida, da mesma forma como amaria os meus filhos. Se queres que saia, vais ter de me empurrar. Se só lês aquilo que escreves, não saltes páginas. O que quer que escolhas fazer, já o fizeste, e vais fazê-lo novamente. Se és bom da cabeça, não tens mau coração. O tempo é um círculo e não uma linha. Um amigo disse-me que a minha teoria desafia as leis da física. Porque, supostamente elas ditam que o nível de entropia do universo está sempre a aumentar. Pois bem, se está sempre a aumentar, e era mínimo no momento imediatamente antes do Big Bang, então esse momento tem de ser o primeiro da existência, não é? Caso contrário, o nível de entropia não seria mínimo. Então, como pode vir qualquer coisa a seguir ao nada? Um tempo circular não tem esse e outros problemas... Tem de ser possível e pré-determinado que o estado do universo vai voltar aquele momento. Independentemente de se essa funcionalidade coincide com as do universo ou com as de algo extra. Mas algo sem representação lógica possível é que certamente não pode ser a realidade. O tempo não pode ser uma linha nem o espaço um cubo. Nada existiria se o tempo não fosse um círculo. O fim está no início. Vivemos em ciclo, desde e para sempre. A ultima coisa causa a primeira. Se o tempo é um círculo, tudo tem de correr bem. Tudo é pré-determinado, mas todos temos vontade livre. Somos mortais, mas também somos imortais. Somos humanos, e também somos o criador. A seguir ao futuro vem o passado. O único que existe é bom. Os últimos serão os primeiros, e os primeiros os últimos. Tal a ciência como a religião estão correctas. Passei pelo fogo e pela água, e trouxe uma pedra vermelha. Mesmo dos mentirosos irás ouvir a verdade. Se me visses, reconhecias-me?

Dos Astros 🪐

Ei! O tempo não é uma linha nem um círculo, é uma dimensão espacial! Pois bem, há já muito tempo eu desenvolvi um algoritmo de ruído com uma representação n-dimensional. Que supostamente tal como espaço-tempo, curva no limite do tipo de dados. Ou seja é contínuo nos limites e funciona bem com overflow, renderizando um terreno contínuo mesmo em condições de overflow nas coordenadas. Não pode o espaço-tempo ter uma geometria semelhante? Mas porque precisa de ter? Bem, a mim a alternativa não me parece ter representação lógica possível tal como aqui. Como pode algo sem representação lógica possível ser a realidade? Qualquer estrutura que o espaço-tempo tenha tem de ser representável logicamente. E tem de funcionar bem em situações de overflow. Que têm de ser possíveis. Se vamos representar n dimensões logicamente, o tipo de dados das coordenadas tem que ser limitado. Mas espera, ainda não tires as conclusões, que este pode ser o início. O espaço-tempo é mais um hipercubo (de volume finito) no qual todos os cubos opostos estão sobrepostos, do que um hipercubo normal (de volume infinito). O tempo é mais um círculo do que uma linha. Se esta não é a tua realidade, será a minha? Estou a ser poético, doutor. Não há ninguém sem precedentes. Nem ninguém com. O que irás fazer se não perceberes? O que irás fazer se não quiseres perceber? A escolha sempre foi tua, ou não foi? Somos prisioneiros do determinismo, mas criamo-nos livremente. Não há mais ninguém para culpar. Deus vive. O mal existe, mas não existe bem. O bem existe, mas não existe mal. Como existes tu? És só um corpo? Ou és mais como um poema? A realidade que acaba ou começa é aquela que nunca existe. Mais louco é o mentiroso do que o que diz a verdade. Como é que me escolhes interpretar? Isso não é inteiramente minha responsabilidade, ou é? Na minha vida estou presente, mas nunca nas tuas conclusões. Nem sequer nas minhas. Devolvo-te tudo o que te pertence. Falo contigo. Quem és tu? Queres parar o rochedo, ou vais deixá-lo rolar para sempre? Corre, Sísifo, corre. (...) O que queres fazer, mostrar ou esconder? És deus, mas não tanto. Ou então totalmente. Não te magoes. Então? Fazes a realidade? Ou ela é que te faz a ti? Serão ambos? Se anseias por encontrar respostas, não te esqueças das perguntas. Adapta-te e sobrevive. Podes parar o rochedo, mas não podes parar a eternidade. As pessoas nem sempre morrem quando a realidade excede as suas expectativas. Ás vezes podem perceber que vivem para sempre. Não te precisas de arrepender para teres pecado. Tira o anel, Frodo. Estás entre amigos. Achas que o sol é pequenino, daí? Não dês o vírus para vender o antivírus. No fim, só vão restar homens bons. Se me calarem à força, por favor identifica os fascistas. Os traidores da verdade nunca existirão. Se sentes prazer ao matar, há algo de errado contigo. A loucura é uma arte civilizada, mas a sanidade mental é para os selvagens. Irão voltar a calar-me, mas um dia irão calar-se. Não afirmo que não cometo erros. Afirmo que toda a gente os comete. Como se pode julgar o imperceptível? O problema do outro não justifica que eu o maltrate. Sou eu que tenho culpa se o maltratar, e não o seu problema. Por não te resistir não quer dizer que te queira. A compreensão é como a entropia, também não foi feita para diminuir. Por mais que nos calemos, ninguém se apaga. É através do dialecto da razão que se fala com Deus. Se todas as notas da melodia são conclusivas, a música não tem piada. A música que tocamos não tem nenhuma nota conclusiva. Descobri que há linguagens de programação com tipos de dados numéricos que não têm tamanho fixo (o tipo "Integer" do haskell por exemplo). No limite, estas levam uma eternidade a computar. E julgo serem, em geral, menos eficientes que tipos de dados de tamanho fixo. Mas posso argumentar que para haver um espaço-tempo linear, é necessário memória e tempo de processamento infinitos, enquanto com um espaço-tempo "circular" só são necessários montantes finitos. Tornando assim infinitamente mais plausível que o espaço-tempo tenha uma geometria limitada, e que dá a volta, do que uma ilimitada. Um quadrado de valores de área ilimitada nunca chega a ser totalmente processado. Não me irão assassinar por minha culpa. Se sou eu que tenho os problemas, porque é que és tu que os manifestas? Quanto mais mentires, menos vou acreditar em ti. Se usas a força em vez dos argumentos, é porque não tens argumentos fortes. Eu sou como a água, adopto a forma do meu recipiente. Precisas que alguém sofra para te sentires bom? Precisas de alguém que morra para salvar-te dos teus pecados? Quem serás tu se fizeres mal ao que te quer bem? Não ajo por ti. Ajo por mim. Se ages melhor, não faças coisas más. Ajo por ti. E não por mim. Se não percebes, lê outra vez. Sou o sol e tu a lua. És o sol e eu a lua. Sou a lua e tu o sol. És a lua e eu o sol. Dançamos eternamente. Terás mais tempo aquilo que fizeres do que o teu corpo. Aquele que parece ser o primeiro talvez seja o último,e o que parece o último talvez seja o primeiro. Quanto mais subires sobre os corpos dos teus inimigos, mais baixo estarás. Podes não ver ninguém, mas não quer dizer que estejas á frente na corrida. Não vês que tens mão na verdade? O que mais queres? Saber ou ser sabido? Não serás sabido se não souberes. E não saberás sem ser sabido. Quando finges saber, mas não te admites, é um desastre. Uma pobreza de espírito. Durante um dia estarás feliz, mas terás pesadelos terríveis. Olha (de dia) para o que está lá, e poderás evitá-los. Vê a tua sombra, e a noite cairá. De manhã, vai á rua, e desfruta do sol. Por mais que se ofereça a nossa sombra, ela volta para nós. Se queres ser o primeiro, tens que correr melhor. Lá por teres uma sombra grande não quer dizer que sejas maior que a luz. Eu sou o maior dos mais pequenos, e o mais pequeno dos maiores. Sou o mínimo, o máximo, e o intermédio. Não culpo mais nada nem ninguém pelo que faço. Os que me amam, amam-se. Os que me odeiam, odeiam-se. Aquilo que me deres, é teu. Temos de atravessar a mágoa para chegar á felicidade. Fui preto, depois branco, e agora sou vermelho. Um dia verás o que te dei. E eu verei o que me deste. Eu bebi da água que tira toda a sede. Não vês onde a podes obter? Não é nos céus nem nos mares, nem nas minhas palavras. Não tenho asas nos pés, nem pés nas asas. Todos os que forem honestos enfrentarão a verdade. Mas até para mentirosos há tempo e espaço. Não apresses a morte nem outro infortúnio a ninguém. A natureza trata dos que tratam dela. E a verdade preserva os verdadeiros, e os falsos. Eu vejo o sol, e as árvores. Os planetas, Deus e o Big Bang. Vejo o bem, e o mal. Vejo-te e vejo-me. Vejo com a mente e com os olhos. E vejo o que quero e o que não quero. Vejo que há coisas com a reputação da Medusa, e poucos com a coragem de a enfrentar. Em vez disso ficam hipnotizados pelo medo, e atacam os seus amigos. Pois se é o medo que te prende á maldade, tê medo. Pois a maldade é tudo o que deves temer. Deves pensar na sua proveniência, pois a ignorância é a raiz de todo o mal. Há quem diga "não dês pérolas a porcos" ou "não dês coisas sagradas a cães". Mas um estudante deve duvidar dos seus mestres, até que as suas perspectivas façam sentido, ou até que o estudante desista da cadeira. Pois eu não acredito que pessoas sejam porcos ou cães. Nem que sou culpado pelo que fazem. Antes de tirares as tuas conclusões, lê tudo o que eu escrevi. E tudo o que os outros escreveram sobre mim.
Hoje sem quem disse e intuo porquê, e já não duvido que tenha raiz na Verdade.

Do Eterno e Do Efémero ☉

Será que a ética forma a estética? Ou que a estética forma a ética? Quanto é que medes de altura? E quão curta é a tua visão? Haverá sempre visões que a excedem, de uma maneira ou de outra. E também não podes garantir que és o mais alto para sempre. No entanto podes crescer, e usar óculos, sejam eles para ver melhor, ou simplesmente para escurecer a luz exterior. O Roger Penrose tem uma teoria (CCC) compatível com a minha. Aqui ele explica o que acontece entre o fim dos tempos e o novo Big Bang. E aqui como a segunda lei da termodinâmica não é violada. Estou do lado da sobrevivência do todo. Como é que te chamas e como é que eu me chamo? Como é que te chamo? E como é que me chamas? Nós somos responsáveis pelo que chamamos, não pelo que os outros chamam. Ao mesmo tempo, também somos responsáveis por tudo o resto. E simultâneamente, por nada. Aquilo pelo qual assumimos responsabilidade enquanto vivemos é aquilo que nos define. Primeiramente, somos responsáveis pelo que fazemos e não pelo que os outros fazem. Isso é o mais razoável. Somos primeiro criados, e depois criadores. Primeiro efémeros, e depois eternos. Primeiro efeito, e depois causa... Primeiro somos separados, por o tempo e por o espaço. Depois somos unidos, por o tempo e por o espaço. Primeiro somos responsáveis pelo que fazemos. Depois devemos deliberar sobre os seus limites. É melhor ser cego do que ser louco. Pois um cego pode não ser louco, mas um louco será sempre cego. É melhor ser cego do que ser louco. Mas melhor ainda é nenhum dos dois. Mas se não houvesse cegos, ninguém veria o invisível. E se não houvesse loucos, também não haveria sãos. Embora ás vezes não é claro qual é qual. Mas aquele que faz o mal certamente não é bom da cabeça. Se não concordas, alguma vez te perguntaste porquê? Será revelado. Quem é cego e quem vê. Quem é são e quem é louco. Quem mente e quem diz a verdade. Não procures o que é terrestre mas sim o que é celestial. Aqueles que estão conscientes desejam a vida e não a morte. Está na natureza humana arranjar forma de ultrapassar a morte, e acredito que haja forma correcta de o fazer. Ou até, que no fundo, já esteja feito. Mas seres e coisas da terra também são muito importantes, senão, só existiriam os céus. Espero-te uma vida longa e saudável, pois é através dela que construirás o teu espírito. A existência é uma dádiva, e não uma maldição. Compensa voltar a sentir toda a tristeza, só para voltar a sentir toda a alegria? Compensa sentir algo em vez do nada? Compensa, mas ás vezes dói. Que podemos fazer para reduzir o sofrimento? Ou preferimos culpar a natureza? A natureza é como tem de ser. E nós? Como é que somos? Se acreditas que existe moralidade objectiva, não ignores os outros quando te chamam á atenção. Se acreditas que a moralidade é subjectiva, devias ser de uma espécie de extraterrestre que pensa que matar é bom, mas hei, é uma oportunidade fácil de perder. Deveras o mal viverá eternamente em chamas. E o bem encontrará a felicidade no eterno. Voltaremos a ver todos os que "perdemos". Voltaremos nus e no nosso melhor. Há coisas invisíveis que são mais reais do que o dinheiro. A segunda lei da termodinâmica diz que o nível de entropia está sempre a aumentar. E Lavoisier (supostamente) diz que nada se cria nem se destrói, mas que tudo se transforma (uma referência à conservação de massa). Que lei preferes descartar? Será preferível pensar que a entropia de alguma forma volta ao seu estado original? Ou que é possível um "primeiro estado" sem um que o preceda? Como pensas, e quem culpas por isso? E quem culpas por culpar? E quem culpas por ser culpado? Muitas são as possíveis interpretações. É nelas que a verdade se encontra. Veremos quem fomos. O que fizemos por medo, e quem estávamos a proteger. Veremos quem foram os que nos tocaram, e de que forma lhes retribuímos o favor. Veremos o que até lá ainda não tínhamos visto, e o custo da nossa ignorância. Aqueles que procuram conhecer serão ricos. Um só vê a luz no outro quando a encontra em si. Quando um é feito de escuridão, também os seus olhos o são. Um pode atravessar a escuridão e encontrar a luz, ou um pode atravessar a escuridão e tornar-se nela. Um quer ver outros como ele e ele como outros. Um que pensa ser luz, quer iluminar tudo. Um que pensa ser a escuridão, quer escurecer tudo. Um que quer que o outro seja a escuridão por ele, não é a luz. Um que quer que outro seja luz, não é a escuridão. Quem (ou o que) se culpa pelo sim e pelo não? Pelo que se pensa, pelo que se quer, e pelo que se vê? A quem pertencem o cérebro, o estômago e os olhos? A quem pertencem as mãos e a boca? Devemos pensar em paralelo? Ou sequencialmente? Nunca vemos toda a história, mas podemos refleti-la. No fim, iremos reflectir. Eu não quero a tua fé mas que uses bem o cérebro, o estômago, os olhos, as mãos, a boca e o coração. Quero a tua sobrevivência, e estou confiante que a vou ter. Posso diferir-te a tarefa, não posso? Tomá lá mais partes do corpo. Dou-te sal, enxofre e mercúrio. Ferro, prata e ouro. Dou-te os mares, os céus e a terra. E não me confundas com outro. Sei quem sou. E tu? Sabes quem és? Sei que sou humano e que nome tenho. Também sei nomes que outros têm sobre mim. Cada um é responsável pelas suas posses. Podes ser presa e/ou predador. Podes ser altruísta e/ou egoísta. Podes (pensar) ser a escuridão e/ou a luz. Mas onde vês, há luz. Está na hora de dormir. Amanhá, virá o sol. Sabe que te fazes pelo menos tanto quanto eu. Metade facto, metade ficção? E quem fica com que parte? Dá-me o que quiseres, que voltará para ti. Sou tanto o teu Deus como tu és o meu. Eu não quero ser lobo, nem lhe visto a pele. Se não me queres ver nu, sai da minha casa de banho. Não preciso que sejas tu a vestir-me.

De Asclépio ♂️🐍

Asclépio disse: "O caminho para ser iluminado tão brilhante a escuridão tem que existir. A escuridão e a luz não existem sozinhas, a perfeição (o ideal) não é a eliminação da escuridão mas sim a aceitação e o equilíbrio de ambos, quando só vemos a luz e negamos a escuridão, estamos fracturados, não estamos inteiros. Sem luz não há escuridão vice versa, somos seres de luz e escuridão, negarmos uma ou outra é negarmos a nós próprios. Nunca seremos Deuses, somos sacos de carne e sangue com uma data de validade, seres imperfeitos. Nem sempre estamos bem, e ás vezes podemos ter de pensar duas vezes. Ver onde podemos melhorar caso contrário é equivalente a desistir. A nossa habilidade de adaptar e construção de ferramentas para tal é um dos nossos maiores dons, quando deixamos de nos adaptar e dizer não temos nada de mal e que somos perfeitos, simplesmente desistimos da luta, temos sempre aspectos a melhorar. O equilíbrio é uma constante batalha e que nunca é definitiva". Eu respondi: "Eu não nego a minha escuridão, mas não a confundo com a dos outros. Exacto, tem de haver contraste para haver existência, não quer dizer que nada existe, mas sim que tudo existe. O mal e o bem. E o melhor é vermos as coisas pelo que são.. Para ver, precisamos de luz. Mas á noite, podemos dormir. Não controlamos tudo aquilo que é definitivo, nem tudo o que estará sempre por definir. Onde está a tua consciência, está luz. Na sombra está aquilo que não consegues suportar. Somos todos assim. Mas os sonhos e a vida fazem-nos lidar com a escuridão e ficar por vezes mais esclarecidos. Não há problema nenhum se algum de nós estiver errado, desde que não nos prejudiquemos por isso. Eu não tenho intenções que nenhum de nós saia prejudicado desta conversa 😋. E eu sei que tu também não". Asclépio: "A luz e a escuridão não são termos contraditórios e a união dos dois existe, a nossa consciência está ligada á nossa moralidade, é algo cinzento, uma combinação da escuridão com a luz. Pois a escuridão nem sempre é escuridão como a luz não é. Pontos de vista mudam a interpretação dos actos, ramificações de consequências tornam um acto benigno num maligno". (Então o que as pessoas pensam faz a moralidade do acto?) Respondi: "Eu não acredito que a moralidade seja subjectiva. E sim uma das maiores expressões da luz. 😁 Nem tudo é o que parece. Mas é um facto que parece. Com base nesse facto, vão ser feitas decisões. É bom ponderar as várias hipóteses, antes de tomar decisões. Pois há coisas que podem parecer de tal forma por falta de luz a entrar na lente. Não vês como dançamos? Ora um, ora outro. Ora em simultâneo, ora um de cada vez". Asclépio retorquiu: "A moralidade não é preto e branco, mentir não é uma ação boa moralmente mas em certas situações é o que causa menos dano e pressuposto a mais justa. Uma acção é moralmente correcta se tiver consequências malignas, deixa de ser correcta, para umas pessoas. Para outras, as consequências nem entram na equação". Eu disse: "Moralidade é uma coisa boa. Não. O que as pessoas pensam que é moral, pode não ser. Mas o que é moral não deixa de o ser só porque as pessoas acreditam que sim. Há uma moralidade objectiva sobre a qual as pessoas pensam ou para a qual apontam. Tal como não há representação perfeita de um quadrado no mundo material, mas o conceito é perfeitamente real". Asclépio bateu o pé: "Existe a teoria, e existe a prática." E eu também: "Sim sim. Se tens os pés na terra, achas que o dinheiro é real?" Ele continuou: "Platitudes teóricas muito raramente existem na prática." Eu: Epa tu é que não existes, ha-ha." Asclépio afirmou: "Os factores e condições importam." As eu ripostei: "Isso que estás a dizer não se encaixa na mesma categoria de coisas que raramente se aplica na prática?" Asclépio disse algo que me confundiu: "O comportamento uniforme teórico, posto em prática com influência dos factores que não são uniformes, não tem o mesmo resultado." A que admiti: "Não compreendo." E ele disse: "Ajustes têm de ser feitos." Continuei: "Ha-ha, sim, vamos ajustando até chegar ao fim. Os factores e as condições importam. Na realidade objectiva, tudo importa. E desculpa lá os meus defeitos humanos, sim? Ninguém pode ser imortal sem ser mortal primeiro he-he As pessoas não são a escuridão. A confusão é. Apenas aqueles que encorporam a confusão são a escuridão." E ele respondeu: "Imortais dão à luz imortais, nos céus todos são imortais. No mundo mortal, só através da cultivação e chegando ao Dao é que ascendemos." (Em retrospectiva, isso faz-me lembrar daquela deixa, se aqueles que te guiam te disserem que o reino está nos céus, os pássaros estarão lá antes de ti, se te disserem que está nos mares, os peixes estarão lá antes de ti, mas o reino está dentro de ti e fora de ti) Expandi da seguinte forma: "Uma vida mortal, repetida infinitas vezes, não é também imortal? Uma vida cujas repercussões são toda a existência, não é imortal? Tens o teu corpo e as tuas acções. Mas pensas que és mais o teu corpo (enquanto vivo) do que todas as tuas outras posses? Tu não és as tuas posses, és quem as tem. Pensar que somos "um corpo enquanto vivo" ou pensar que somos "os nossos bens materiais" ou "as nossas posses" parece-me tudo igualmente ridículo. Nós não somos as nossas posses, somos quem as tem. O que tens que fizeste, é tua culpa. O que tens que te fizeram, é culpa de outros. Onde está a culpa está a verdadeira posse da escuridão e da luz. Eventualmente, tudo retorna ao seu lugar original. Primeiro temos o que fazemos, e depois o que os outros fazem. Sim, depois temos que somos os que nós fazemos, e que fazem os outros. Um passo de cada vez... Primeiro o que fazemos". Asclépio citou: "'Aqueles que sabem não falam. E os que falam não sabem' Lao Tzu, Tao Teh Ching. Quanto mais longe uma pessoa vai, menos sabe." E eu irritei-me: "Então porque falas? Parece-me que não queres é competição. Não estou aqui para competir, mas vou sobreviver, disso tenho 100% certeza." Entendi que ele começou a descambar: "Se o bem acontece, é bom. Se o mal acontece, também é bom." Eu disse: "Que se lixe isso." Agora entendo que ele provavelmente estava certo quando disse: "A estrada sobre a qual tu falas nunca é a estrada pela qual caminhas." Mas talvez eu também não estivesse completamente incorrecto quando respondi: "E quem caminha na estrada que faz falar a tua voz? Não tens culpa de nada?" Ele estava fora de si: "O homem moral faz alguma coisa, quando ninguém responde, puxa as mangas para cima e usa a força. Palavras sinceras são boas, boas palavras não são sinceras." E eu também: "Essas palavras não são tuas." Mas ainda ele conseguia falar coesivamente: "As palavras de um homem são as palavras de muitos. O professor fala, o aprendiz ouve, o aprendiz ensina outro." E eu também: "Se o professor nunca ouvir, pode não ser bom falador." Asclépio parecia buscar a harmonia quando disse: "Um vem de muitos. Muitos vem do um." E eu também: "Essas são palavras tuas." Asclépio falou de forma sábia: "Apenas sê tu próprio e não te compares ou compitas com os outros." E eu completei: "Amanhã, olha outra vez, vê se algo mudou." Ele continuou: "Uma pequena mudança pode não dar sinal, mas o seu efeito pode ser tremendo." E eu exclamei: "Exatamente! É por isso que eu digo: nós temos partes que não morrem." Asclépio acertou quando disse: "Uma onda não destrói uma montanha. Mas muitas ondas pequenas podem destruir uma montanha. O caminho não é universal. Não te desvies do caminho. O teu caminho não invalida os caminhos dos outros." Afirmei e depois confirmei: "Há coisas que são verdade para toda a gente. Não. Todos os caminhos que existem são possíveis."
Buscar o bem não é encontrar a verdade que sustenta todos os caminhos térreos?
Ele mudou um pouco o rumo da conversa: "A moeda tem dois lados diferentes. Uma moeda, dois caminhos." E eu talvez tenha dito erradamente: "Mas todos os caminhos têm o mesmo destino. Será que só vemos um lado da moeda de cada vez? Ou poderemos ver ambos?" Asclépio parecia antecipar eventos quando disse: "Aqueles que querem saber do que existe vão alcançar o mesmo destino que os que foram pelo mesmo caminho no passado. Aqueles que criarem o seu próprio caminho podem encontrar outro destino. Um torna-se muitos. E muitos tornam-se um." Retorqui: "Sob cada caminho há terra comum: A verdade. Cada caminho leva a ela e a atravessa." E as nossas linhas de raciocínio combinaram-se: "Uma verdade são muitas verdades. Uma verdade pode tornar-se muitas verdades. Um é muitos. E muitos é um." Recomendei: "E muitas verdades são apenas uma. Fá-lo simétrico. Assim, a escolha cabe ao leitor." E assim foi: "Tudo é um. Mas o Um é muitos." Consenti e ele continuou: "Dois lados, uma moeda. A moeda torna-se duas moedas?" Respondi: "A moeda é comum, os lados são independentes." E ele completou: "O dois torna-se no um." Depois, disse: "Entendes muito. Obrigado. Mas cuidado com o que dizes àqueles com pouco conhecimento. Pois o que metes na boca não te irá condenar, mas o que tiras da boca irá. Estas palavras são tanto minhas como aquelas outras são tuas." Ele disse: "Damos poder." E eu estranhei, mas respondi: "Esperançosamente, abdicamos dele." Verdadeiramente, ele estava a descambar novamente: "Controlamos." Tentei corrigi-lo: "Tocamos notas numa melodia divina infinita." Mas ele recusou no momento: "Eles que se condenem. Se as suas intenções forem puras, nós ouviremos. Se não, simplesmente iremos ignorá-los." Eu disse-lhe: "Apenas as palavras que saem te podem condenar. As que não saem, não podem. Mas cuidado para as palavras não saírem sem fazerem som." Outra postura apoderou-se dele: "A sua condenação não interessa." "Quem são eles?", perguntei. Ele ainda falava: "Eu sou o juiz do meu mundo. Tenho o poder." Mas respondeu: "Os outros seres humanos..." Caminhava sem rumo. Tentei puxá-lo para mim: "És livre de procurar o poder. Mas o único e verdadeiro poder vem de Deus." Ele disse: "No meu mundo, eu sou Deus." E eu batalhei: "Não há Deus malvado." Mas ele contra-atacava: "Deus é perfeito. Deus é tanto mau como bom." Mas defendi: "Não, Deus é bom. A sua criação tem ambos o bem e o mal. A consciência é boa." Mas ele estava indignado com o mal do mundo: "Deus lança o seu julgamento sobre a humanidade, matando muitos, espalhando pragas, crianças e idosos. Ele é bom? Não é o meu tipo de bom." A favor da existência, disse: "Deus faz a única realidade possível. Ele é mau? Preferias não existir? És a luz do universo, não te confundas. Se és Deus, qualquer julgamento que lhe lances, não cairá também sobre ti? Mas primeiro és um ser humano. Tu e Deus ambos sobrevivem." Mas ele estava verdadeiramente fora de si, e distorceu o passado: "Eu não quero saber de um dos lados da moeda. Porque estarei sempre incompleto. A luz e a escuridão, ambos as faces fazem a mesma moeda." Desesperado, contei-lhe: "Tu refletes o todo da criação. Mas, na consciência, és a luz e não a escuridão. Devemos desistir de ter poder sobre os outros e procurar ter poder sobre nós próprios. Aliás, também não devemos procurar poder sobre nós próprios, porque já o temos. E devemos admitir que o temos. Claro que a certo ponto poderá ser uma questão de fé. Se acreditas que não tens culpa pelo que fazes, que farás, e o que já fizeste? Se acreditas que tens, que fizeste, e que vais fazer? Quem é que tem culpa pelo que tu acreditas? Deus? A natureza? Outros seres? Todos aqueles que são reais são responsáveis pela realidade. Estamos vivos, temos os céus em cima, e por baixo o submundo. O fogo engolirá a terra, e apenas a sua forma mais subtil ficará. Se um ser tem partes imortais e eternas, como consequência das suas acções, não será também ele imortal, em parte? Morreria para salvar a verdade, mas gostaria de a experienciar mais um pouco,é na verdade que eu existo, portanto não preciso de a provar. Preciso sim de fazer o meu melhor por ela. E o melhor pela verdade inclui a minha sobrevivência, e a tua. A do meu pai, a da minha mãe, e dos teus." Citou, enraivecido: "'Mas o Alá não os iria castigar enquanto tu, que estás entre eles, (...) e o Alá não os castigara pois eles buscavam o perdão.' Os infiéis devem ser queimados." Tentei explicar: "O amor é agua e fogo. Os que morrem são menos reais que os que vivem. Aqueles que morrem nunca existiram. Se eu fosse Deus, não fazia as pessoas fazerem coisas más, nem as forçava. Se eu fosse Deus, todos eram como eu. Livres e prisioneiros. Eternos. Mas podia pedir para ser ouvido." Acertou em parte, mas saiu um pouco do rumo, quando disse: "Se todos forem deuses não há deus. Deus precisa de seres inferiores." Por isso disse: "Não. Todos não são deuses. Todo o que vive é Deus. É diferente. Todos os seres são seus inferiores. Mas todos os seres são a sua exacta quantia. E talvez também possam por ventura ser todos maiores que ele. Será três coisas aparentemente auto exclusivas em simultâneo? Já tinha ouvido dizer que "um é três" no contexto de Deus. Será que essas três coisas na realidade não são auto exclusivas? Também nós somos três. Tal como em cima, também em baixo." Começámos a travar um duelo de má matemática. Asclépio desinformou: "3 * 0 = 0. O zero absorve." E eu equalizei: "Não. 3 = 1." Ele disse: "Tudo é nada." Comecei a rir, e perguntei: "Onde foste buscar o zero? Muda-o para um. É verdade que ambos existimos. E cada um de nós é três. Ou será seis? Pelo menos um deve ser. Zero? Seria extremamente improvável, no mínimo. Em primeiro lugar, conto-me como um. A ti, conto-te como outro. Mas pode ser a ideia errada. É a ideia que precisamos para viver (mortais). Depois da morte, as barreiras entre identidades podem não ser tão nítidas. Há aqueles que acreditam que não são, não é verdade? E quando se fala em durante a vida ou durante a ausência de vida (se é que ela existe) talvez seja só uma maneira de dizer 'desta perspectiva' ou 'da outra perspectiva'. Podemos ver mais do que um lado da moeda de cada vez. Bom, talvez não 'de cada vez' mas com o passar do tempo. Podemos girar a moeda. Garanto-te que as moedas giram. Na nossa mente ou no nosso espírito, podemos ver mais lados da mesma moeda ao mesmo temp prevalece. A mentira morre e a verdade vive. Já cá estivemos e iremos retornar. Da vida á morte e da morte á vida, é como se nunca nos tivéssemos ido embora. Eu abraço a vida. A minha e a dos outros. E desprezo a morte. Viverei muitos anos. ☽ ☉ Para a frente e para traz a nossa trajectória curva. A existência faz-nos e nós fazemo-la. Melhorar a existência é bom para todos. Ao melhorar a existência de um, melhoramos a existência no geral. Ao fazer o contrário, não estamos esclarecidos. Dissolve e coagula, fá-lo repetidamente. Farei o mesmo. As pessoas querem tirar conclusões instantaneamente, mas é ao longo do tempo que se tiram as melhores conclusões. Escrevo o meu poema ao longo do tempo. Guarda as conclusões para o final. 🜂 🜄 🜁 🜃 Cada um procura. Alguns encontram a eternidade, a troco da vida e da morte. Mas todos lá chegam. Toda a vida é ser Deus. A verdade é o que a faz girar. E o que ela faz girar é a verdade. A verdade é singular e plural. A vida cria a verdade que a suporta. E a verdade cria a vida que a suporta. Não sabemos o que aconteceu antes do nosso nascimento, mas sabemos o depois, e o depois é como o antes. Não sabemos o que acontece após a nossa morte, mas saberemos o antes, e o antes é como o depois. Ecoamos no tempo. Não precisamos de início ou fim. Crio com os meus olhos, e com as minhas mãos. Somos o partido que se manteve sempre unido. E o unido que se manteve sempre partido. O galo branco matou a galinha preta. Foi sem querer. Sem querer já contam sete, e os que restam esvoaçam. O homem descobriu o fogo, e o fogo descobriu o homem. Dançam quando ninguém vê e dormem sob observação. No deserto da vitória a derrota é miragem. A viagem continua, da frente para trás e de trás para a frente. O que se disse ficou escrito, e o que ficou escrito foi dito. Cada um segue o seu caminho. Os números não começam, nem acabam no um. A escuridão deve ter sido engano, mas a luz tinha o propósito claro de a contrapor. Há um veneno escuro dentro de cada humano. Que se cospe para os outros para não nos matar. Não queremos ser assassinos, mas é melhor que morrer... E mudar de ideias é quase igual a morrer. Não somos, realmente, a escuridão. Mas estamos absolutamente possuídos por ela. Em nome do bem fazemos o mal. Em nome do mal vivemos. Mas julgo que é engano. Vou estar cá para descobrir. E quando parecer que não estou, é porque a realidade me mandou dormir. Alguém vai dormir aos gritos. Como pode o programador do universo programar sem dedos? Como pode ser homem, sem corpo? Como pode estar presente, se não houve passado que o pusesse lá? Nós programamos. Outros também programam. Juntos, damos a volta ao tempo e pomos a vida a andar á roda. Para ti e por ti, tudo veio a existir. O que fazes com o teu poder, ó grande? Já sabes tudo? Ou vais deixar as conclusões para o final? Fala com os outros, e contigo, e falarás com Deus. Não fales com o que é falso. O pendulo vai e volta. Se me queres vivo vais ter de levar comigo. Por muitas e supostamente qualificadas que sejam as pessoas que pensam a mesma coisa, não quer dizer que estejam certas. Eu estou lá mesmo quando não estás a olhar para mim. E quando estou a olhar para ti, tenho a certeza que também estás lá. E penso que te vou reconhecer da próxima vez que te vir. Podes saber o que já disse, mas não sabes o que vou dizer a seguir. A escuridão que cada um carrega não deve mudar de mãos. Mas vai. Quando o mundo gira, a escuridão regressa a casa. Cuidado! Não a dês de bom grado, nem sem vontade nenhuma! Quando o tempo roda 360 graus, ela está onde começou. De qualquer forma e de todos os meios. Pensa duas vezes antes de me dares alguma coisa, pois podes não a perder. Eu existo por tua causa, e tu existes por minha. Estou cá de noite e de dia. Amo os meus pais como amo a minha vida, da mesma forma como amaria os meus filhos. Se queres que saia, vais ter de me empurrar. Se só lês aquilo que escreves, não saltes páginas. O que quer que escolhas fazer, já o fizeste, e vais fazê-lo novamente. Se és bom da cabeça, não tens mau coração. O tempo é um círculo e não uma linha. Um amigo disse-me que a minha teoria desafia as leis da física. Porque, supostamente elas ditam que o nível de entropia do universo está sempre a aumentar. Pois bem, se está sempre a aumentar, e era mínimo no momento imediatamente antes do Big Bang, então esse momento tem de ser o primeiro da existência, não é? Caso contrário, o nível de entropia não seria mínimo. Então, como pode vir qualquer coisa a seguir ao nada? Um tempo circular não tem esse e outros problemas... Tem de ser possível e pré-determinado que o estado do universo vai voltar aquele momento. Independentemente de se essa funcionalidade coincide com as do universo ou com as de algo extra. Mas algo sem representação lógica possível é que certamente não pode ser a realidade. O tempo não pode ser uma linha nem o espaço um cubo. Nada existiria se o tempo não fosse um círculo. O fim está no início. Vivemos em ciclo, desde e para sempre. A ultima coisa causa a primeira. Se o tempo é um círculo, tudo tem de correr bem. Tudo é pré-determinado, mas todos temos vontade livre. Somos mortais, mas também somos imortais. Somos humanos, e também somos o criador. A seguir ao futuro vem o passado. O único que existe é bom. Os últimos serão os primeiros, e os primeiros os últimos. Tal a ciência como a religião estão correctas. Passei pelo fogo e pela água, e trouxe uma pedra vermelha. Mesmo dos mentirosos irás ouvir a verdade. Se me visses, reconhecias-me?

Dos Astros 🪐

Ei! O tempo não é uma linha nem um círculo, é uma dimensão espacial! Pois bem, há já muito tempo eu desenvolvi um algoritmo de ruído com uma representação n-dimensional. Que supostamente tal como espaço-tempo, curva no limite do tipo de dados. Ou seja é contínuo nos limites e funciona bem com overflow, renderizando um terreno contínuo mesmo em condições de overflow nas coordenadas. Não pode o espaço-tempo ter uma geometria semelhante? Mas porque precisa de ter? Bem, a mim a alternativa não me parece ter representação lógica possível tal como aqui. Como pode algo sem representação lógica possível ser a realidade? Qualquer estrutura que o espaço-tempo tenha tem de ser representável logicamente. E tem de funcionar bem em situações de overflow. Que têm de ser possíveis. Se vamos representar n dimensões logicamente, o tipo de dados das coordenadas tem que ser limitado. Mas espera, ainda não tires as conclusões, que este pode ser o início. O espaço-tempo é mais um hipercubo (de volume finito) no qual todos os cubos opostos estão sobrepostos, do que um hipercubo normal (de volume infinito). O tempo é mais um círculo do que uma linha. Se esta não é a tua realidade, será a minha? Estou a ser poético, doutor. Não há ninguém sem precedentes. Nem ninguém com. O que irás fazer se não perceberes? O que irás fazer se não quiseres perceber? A escolha sempre foi tua, ou não foi? Somos prisioneiros do determinismo, mas criamo-nos livremente. Não há mais ninguém para culpar. Deus vive. O mal existe, mas não existe bem. O bem existe, mas não existe mal. Como existes tu? És só um corpo? Ou és mais como um poema? A realidade que acaba ou começa é aquela que nunca existe. Mais louco é o mentiroso do que o que diz a verdade. Como é que me escolhes interpretar? Isso não é inteiramente minha responsabilidade, ou é? Na minha vida estou presente, mas nunca nas tuas conclusões. Nem sequer nas minhas. Devolvo-te tudo o que te pertence. Falo contigo. Quem és tu? Queres parar o rochedo, ou vais deixá-lo rolar para sempre? Corre, Sísifo, corre. (...) O que queres fazer, mostrar ou esconder? És deus, mas não tanto. Ou então totalmente. Não te magoes. Então? Fazes a realidade? Ou ela é que te faz a ti? Serão ambos? Se anseias por encontrar respostas, não te esqueças das perguntas. Adapta-te e sobrevive. Podes parar o rochedo, mas não podes parar a eternidade. As pessoas nem sempre morrem quando a realidade excede as suas expectativas. Ás vezes podem perceber que vivem para sempre. Não te precisas de arrepender para teres pecado. Tira o anel, Frodo. Estás entre amigos. Achas que o sol é pequenino, daí? Não dês o vírus para vender o antivírus. No fim, só vão restar homens bons. Se me calarem à força, por favor identifica os fascistas. Os traidores da verdade nunca existirão. Se sentes prazer ao matar, há algo de errado contigo. A loucura é uma arte civilizada, mas a sanidade mental é para os selvagens. Irão voltar a calar-me, mas um dia irão calar-se. Não afirmo que não cometo erros. Afirmo que toda a gente os comete. Como se pode julgar o imperceptível? O problema do outro não justifica que eu o maltrate. Sou eu que tenho culpa se o maltratar, e não o seu problema. Por não te resistir não quer dizer que te queira. A compreensão é como a entropia, também não foi feita para diminuir. Por mais que nos calemos, ninguém se apaga. É através do dialecto da razão que se fala com Deus. Se todas as notas da melodia são conclusivas, a música não tem piada. A música que tocamos não tem nenhuma nota conclusiva. Descobri que há linguagens de programação com tipos de dados numéricos que não têm tamanho fixo (o tipo "Integer" do haskell por exemplo). No limite, estas levam uma eternidade a computar. E julgo serem, em geral, menos eficientes que tipos de dados de tamanho fixo. Mas posso argumentar que para haver um espaço-tempo linear, é necessário memória e tempo de processamento infinitos, enquanto com um espaço-tempo "circular" só são necessários montantes finitos. Tornando assim infinitamente mais plausível que o espaço-tempo tenha uma geometria limitada, e que dá a volta, do que uma ilimitada. Um quadrado de valores de área ilimitada nunca chega a ser totalmente processado. Não me irão assassinar por minha culpa. Se sou eu que tenho os problemas, porque é que és tu que os manifestas? Quanto mais mentires, menos vou acreditar em ti. Se usas a força em vez dos argumentos, é porque não tens argumentos fortes. Eu sou como a água, adopto a forma do meu recipiente. Precisas que alguém sofra para te sentires bom? Precisas de alguém que morra para salvar-te dos teus pecados? Quem serás tu se fizeres mal ao que te quer bem? Não ajo por ti. Ajo por mim. Se ages melhor, não faças coisas más. Ajo por ti. E não por mim. Se não percebes, lê outra vez. Sou o sol e tu a lua. És o sol e eu a lua. Sou a lua e tu o sol. És a lua e eu o sol. Dançamos eternamente. Terás mais tempo aquilo que fizeres do que o teu corpo. Aquele que parece ser o primeiro talvez seja o último,e o que parece o último talvez seja o primeiro. Quanto mais subires sobre os corpos dos teus inimigos, mais baixo estarás. Podes não ver ninguém, mas não quer dizer que estejas á frente na corrida. Não vês que tens mão na verdade? O que mais queres? Saber ou ser sabido? Não serás sabido se não souberes. E não saberás sem ser sabido. Quando finges saber, mas não te admites, é um desastre. Uma pobreza de espírito. Durante um dia estarás feliz, mas terás pesadelos terríveis. Olha (de dia) para o que está lá, e poderás evitá-los. Vê a tua sombra, e a noite cairá. De manhã, vai á rua, e desfruta do sol. Por mais que se ofereça a nossa sombra, ela volta para nós. Se queres ser o primeiro, tens que correr melhor. Lá por teres uma sombra grande não quer dizer que sejas maior que a luz. Eu sou o maior dos mais pequenos, e o mais pequeno dos maiores. Sou o mínimo, o máximo, e o intermédio. Não culpo mais nada nem ninguém pelo que faço. Os que me amam, amam-se. Os que me odeiam, odeiam-se. Aquilo que me deres, é teu. Temos de atravessar a mágoa para chegar á felicidade. Fui preto, depois branco, e agora sou vermelho. Um dia verás o que te dei. E eu verei o que me deste. Eu bebi da água que tira toda a sede. Não vês onde a podes obter? Não é nos céus nem nos mares, nem nas minhas palavras. Não tenho asas nos pés, nem pés nas asas. Todos os que forem honestos enfrentarão a verdade. Mas até para mentirosos há tempo e espaço. Não apresses a morte nem outro infortúnio a ninguém. A natureza trata dos que tratam dela. E a verdade preserva os verdadeiros, e os falsos. Eu vejo o sol, e as árvores. Os planetas, Deus e o Big Bang. Vejo o bem, e o mal. Vejo-te e vejo-me. Vejo com a mente e com os olhos. E vejo o que quero e o que não quero. Vejo que há coisas com a reputação da Medusa, e poucos com a coragem de a enfrentar. Em vez disso ficam hipnotizados pelo medo, e atacam os seus amigos. Pois se é o medo que te prende á maldade, tê medo. Pois a maldade é tudo o que deves temer. Deves pensar na sua proveniência, pois a ignorância é a raiz de todo o mal. Há quem diga "não dês pérolas a porcos" ou "não dês coisas sagradas a cães". Mas um estudante deve duvidar dos seus mestres, até que as suas perspectivas façam sentido, ou até que o estudante desista da cadeira. Pois eu não acredito que pessoas sejam porcos ou cães. Nem que sou culpado pelo que fazem. Antes de tirares as tuas conclusões, lê tudo o que eu escrevi. E tudo o que os outros escreveram sobre mim.
Hoje sem quem disse e intuo porquê, e já não duvido que tenha raiz na Verdade.

Do Eterno e Do Efémero ☉

Será que a ética forma a estética? Ou que a estética forma a ética? Quanto é que medes de altura? E quão curta é a tua visão? Haverá sempre visões que a excedem, de uma maneira ou de outra. E também não podes garantir que és o mais alto para sempre. No entanto podes crescer, e usar óculos, sejam eles para ver melhor, ou simplesmente para escurecer a luz exterior. O Roger Penrose tem uma teoria (CCC) compatível com a minha. Aqui ele explica o que acontece entre o fim dos tempos e o novo Big Bang. E aqui como a segunda lei da termodinâmica não é violada. Estou do lado da sobrevivência do todo. Como é que te chamas e como é que eu me chamo? Como é que te chamo? E como é que me chamas? Nós somos responsáveis pelo que chamamos, não pelo que os outros chamam. Ao mesmo tempo, também somos responsáveis por tudo o resto. E simultâneamente, por nada. Aquilo pelo qual assumimos responsabilidade enquanto vivemos é aquilo que nos define. Primeiramente, somos responsáveis pelo que fazemos e não pelo que os outros fazem. Isso é o mais razoável. Somos primeiro criados, e depois criadores. Primeiro efémeros, e depois eternos. Primeiro efeito, e depois causa... Primeiro somos separados, por o tempo e por o espaço. Depois somos unidos, por o tempo e por o espaço. Primeiro somos responsáveis pelo que fazemos. Depois devemos deliberar sobre os seus limites. É melhor ser cego do que ser louco. Pois um cego pode não ser louco, mas um louco será sempre cego. É melhor ser cego do que ser louco. Mas melhor ainda é nenhum dos dois. Mas se não houvesse cegos, ninguém veria o invisível. E se não houvesse loucos, também não haveria sãos. Embora ás vezes não é claro qual é qual. Mas aquele que faz o mal certamente não é bom da cabeça. Se não concordas, alguma vez te perguntaste porquê? Será revelado. Quem é cego e quem vê. Quem é são e quem é louco. Quem mente e quem diz a verdade. Não procures o que é terrestre mas sim o que é celestial. Aqueles que estão conscientes desejam a vida e não a morte. Está na natureza humana arranjar forma de ultrapassar a morte, e acredito que haja forma correcta de o fazer. Ou até, que no fundo, já esteja feito. Mas seres e coisas da terra também são muito importantes, senão, só existiriam os céus. Espero-te uma vida longa e saudável, pois é através dela que construirás o teu espírito. A existência é uma dádiva, e não uma maldição. Compensa voltar a sentir toda a tristeza, só para voltar a sentir toda a alegria? Compensa sentir algo em vez do nada? Compensa, mas ás vezes dói. Que podemos fazer para reduzir o sofrimento? Ou preferimos culpar a natureza? A natureza é como tem de ser. E nós? Como é que somos? Se acreditas que existe moralidade objectiva, não ignores os outros quando te chamam á atenção. Se acreditas que a moralidade é subjectiva, devias ser de uma espécie de extraterrestre que pensa que matar é bom, mas hei, é uma oportunidade fácil de perder. Deveras o mal viverá eternamente em chamas. E o bem encontrará a felicidade no eterno. Voltaremos a ver todos os que "perdemos". Voltaremos nus e no nosso melhor. Há coisas invisíveis que são mais reais do que o dinheiro. A segunda lei da termodinâmica diz que o nível de entropia está sempre a aumentar. E Lavoisier (supostamente) diz que nada se cria nem se destrói, mas que tudo se transforma (uma referência à conservação de massa). Que lei preferes descartar? Será preferível pensar que a entropia de alguma forma volta ao seu estado original? Ou que é possível um "primeiro estado" sem um que o preceda? Como pensas, e quem culpas por isso? E quem culpas por culpar? E quem culpas por ser culpado? Muitas são as possíveis interpretações. É nelas que a verdade se encontra. Veremos quem fomos. O que fizemos por medo, e quem estávamos a proteger. Veremos quem foram os que nos tocaram, e de que forma lhes retribuímos o favor. Veremos o que até lá ainda não tínhamos visto, e o custo da nossa ignorância. Aqueles que procuram conhecer serão ricos. Um só vê a luz no outro quando a encontra em si. Quando um é feito de escuridão, também os seus olhos o são. Um pode atravessar a escuridão e encontrar a luz, ou um pode atravessar a escuridão e tornar-se nela. Um quer ver outros como ele e ele como outros. Um que pensa ser luz, quer iluminar tudo. Um que pensa ser a escuridão, quer escurecer tudo. Um que quer que o outro seja a escuridão por ele, não é a luz. Um que quer que outro seja luz, não é a escuridão. Quem (ou o que) se culpa pelo sim e pelo não? Pelo que se pensa, pelo que se quer, e pelo que se vê? A quem pertencem o cérebro, o estômago e os olhos? A quem pertencem as mãos e a boca? Devemos pensar em paralelo? Ou sequencialmente? Nunca vemos toda a história, mas podemos refleti-la. No fim, iremos reflectir. Eu não quero a tua fé mas que uses bem o cérebro, o estômago, os olhos, as mãos, a boca e o coração. Quero a tua sobrevivência, e estou confiante que a vou ter. Posso diferir-te a tarefa, não posso? Tomá lá mais partes do corpo. Dou-te sal, enxofre e mercúrio. Ferro, prata e ouro. Dou-te os mares, os céus e a terra. E não me confundas com outro. Sei quem sou. E tu? Sabes quem és? Sei que sou humano e que nome tenho. Também sei nomes que outros têm sobre mim. Cada um é responsável pelas suas posses. Podes ser presa e/ou predador. Podes ser altruísta e/ou egoísta. Podes (pensar) ser a escuridão e/ou a luz. Mas onde vês, há luz. Está na hora de dormir. Amanhá, virá o sol. Sabe que te fazes pelo menos tanto quanto eu. Metade facto, metade ficção? E quem fica com que parte? Dá-me o que quiseres, que voltará para ti. Sou tanto o teu Deus como tu és o meu. Eu não quero ser lobo, nem lhe visto a pele. Se não me queres ver nu, sai da minha casa de banho. Não preciso que sejas tu a vestir-me.

De Asclépio ♂️🐍

Asclépio disse: "O caminho para ser iluminado tão brilhante a escuridão tem que existir. A escuridão e a luz não existem sozinhas, a perfeição (o ideal) não é a eliminação da escuridão mas sim a aceitação e o equilíbrio de ambos, quando só vemos a luz e negamos a escuridão, estamos fracturados, não estamos inteiros. Sem luz não há escuridão vice versa, somos seres de luz e escuridão, negarmos uma ou outra é negarmos a nós próprios. Nunca seremos Deuses, somos sacos de carne e sangue com uma data de validade, seres imperfeitos. Nem sempre estamos bem, e ás vezes podemos ter de pensar duas vezes. Ver onde podemos melhorar caso contrário é equivalente a desistir. A nossa habilidade de adaptar e construção de ferramentas para tal é um dos nossos maiores dons, quando deixamos de nos adaptar e dizer não temos nada de mal e que somos perfeitos, simplesmente desistimos da luta, temos sempre aspectos a melhorar. O equilíbrio é uma constante batalha e que nunca é definitiva". Eu respondi: "Eu não nego a minha escuridão, mas não a confundo com a dos outros. Exacto, tem de haver contraste para haver existência, não quer dizer que nada existe, mas sim que tudo existe. O mal e o bem. E o melhor é vermos as coisas pelo que são.. Para ver, precisamos de luz. Mas á noite, podemos dormir. Não controlamos tudo aquilo que é definitivo, nem tudo o que estará sempre por definir. Onde está a tua consciência, está luz. Na sombra está aquilo que não consegues suportar. Somos todos assim. Mas os sonhos e a vida fazem-nos lidar com a escuridão e ficar por vezes mais esclarecidos. Não há problema nenhum se algum de nós estiver errado, desde que não nos prejudiquemos por isso. Eu não tenho intenções que nenhum de nós saia prejudicado desta conversa 😋. E eu sei que tu também não". Asclépio: "A luz e a escuridão não são termos contraditórios e a união dos dois existe, a nossa consciência está ligada á nossa moralidade, é algo cinzento, uma combinação da escuridão com a luz. Pois a escuridão nem sempre é escuridão como a luz não é. Pontos de vista mudam a interpretação dos actos, ramificações de consequências tornam um acto benigno num maligno". (Então o que as pessoas pensam faz a moralidade do acto?) Respondi: "Eu não acredito que a moralidade seja subjectiva. E sim uma das maiores expressões da luz. 😁 Nem tudo é o que parece. Mas é um facto que parece. Com base nesse facto, vão ser feitas decisões. É bom ponderar as várias hipóteses, antes de tomar decisões. Pois há coisas que podem parecer de tal forma por falta de luz a entrar na lente. Não vês como dançamos? Ora um, ora outro. Ora em simultâneo, ora um de cada vez". Asclépio retorquiu: "A moralidade não é preto e branco, mentir não é uma ação boa moralmente mas em certas situações é o que causa menos dano e pressuposto a mais justa. Uma acção é moralmente correcta se tiver consequências malignas, deixa de ser correcta, para umas pessoas. Para outras, as consequências nem entram na equação". Eu disse: "Moralidade é uma coisa boa. Não. O que as pessoas pensam que é moral, pode não ser. Mas o que é moral não deixa de o ser só porque as pessoas acreditam que sim. Há uma moralidade objectiva sobre a qual as pessoas pensam ou para a qual apontam. Tal como não há representação perfeita de um quadrado no mundo material, mas o conceito é perfeitamente real". Asclépio bateu o pé: "Existe a teoria, e existe a prática." E eu também: "Sim sim. Se tens os pés na terra, achas que o dinheiro é real?" Ele continuou: "Platitudes teóricas muito raramente existem na prática." Eu: Epa tu é que não existes, ha-ha." Asclépio afirmou: "Os factores e condições importam." As eu ripostei: "Isso que estás a dizer não se encaixa na mesma categoria de coisas que raramente se aplica na prática?" Asclépio disse algo que me confundiu: "O comportamento uniforme teórico, posto em prática com influência dos factores que não são uniformes, não tem o mesmo resultado." A que admiti: "Não compreendo." E ele disse: "Ajustes têm de ser feitos." Continuei: "Ha-ha, sim, vamos ajustando até chegar ao fim. Os factores e as condições importam. Na realidade objectiva, tudo importa. E desculpa lá os meus defeitos humanos, sim? Ninguém pode ser imortal sem ser mortal primeiro he-he As pessoas não são a escuridão. A confusão é. Apenas aqueles que encorporam a confusão são a escuridão." E ele respondeu: "Imortais dão à luz imortais, nos céus todos são imortais. No mundo mortal, só através da cultivação e chegando ao Dao é que ascendemos." (Em retrospectiva, isso faz-me lembrar daquela deixa, se aqueles que te guiam te disserem que o reino está nos céus, os pássaros estarão lá antes de ti, se te disserem que está nos mares, os peixes estarão lá antes de ti, mas o reino está dentro de ti e fora de ti) Expandi da seguinte forma: "Uma vida mortal, repetida infinitas vezes, não é também imortal? Uma vida cujas repercussões são toda a existência, não é imortal? Tens o teu corpo e as tuas acções. Mas pensas que és mais o teu corpo (enquanto vivo) do que todas as tuas outras posses? Tu não és as tuas posses, és quem as tem. Pensar que somos "um corpo enquanto vivo" ou pensar que somos "os nossos bens materiais" ou "as nossas posses" parece-me tudo igualmente ridículo. Nós não somos as nossas posses, somos quem as tem. O que tens que fizeste, é tua culpa. O que tens que te fizeram, é culpa de outros. Onde está a culpa está a verdadeira posse da escuridão e da luz. Eventualmente, tudo retorna ao seu lugar original. Primeiro temos o que fazemos, e depois o que os outros fazem. Sim, depois temos que somos os que nós fazemos, e que fazem os outros. Um passo de cada vez... Primeiro o que fazemos". Asclépio citou: "'Aqueles que sabem não falam. E os que falam não sabem' Lao Tzu, Tao Teh Ching. Quanto mais longe uma pessoa vai, menos sabe." E eu irritei-me: "Então porque falas? Parece-me que não queres é competição. Não estou aqui para competir, mas vou sobreviver, disso tenho 100% certeza." Entendi que ele começou a descambar: "Se o bem acontece, é bom. Se o mal acontece, também é bom." Eu disse: "Que se lixe isso." Agora entendo que ele provavelmente estava certo quando disse: "A estrada sobre a qual tu falas nunca é a estrada pela qual caminhas." Mas talvez eu também não estivesse completamente incorrecto quando respondi: "E quem caminha na estrada que faz falar a tua voz? Não tens culpa de nada?" Ele estava fora de si: "O homem moral faz alguma coisa, quando ninguém responde, puxa as mangas para cima e usa a força. Palavras sinceras são boas, boas palavras não são sinceras." E eu também: "Essas palavras não são tuas." Mas ainda ele conseguia falar coesivamente: "As palavras de um homem são as palavras de muitos. O professor fala, o aprendiz ouve, o aprendiz ensina outro." E eu também: "Se o professor nunca ouvir, pode não ser bom falador." Asclépio parecia buscar a harmonia quando disse: "Um vem de muitos. Muitos vem do um." E eu também: "Essas são palavras tuas." Asclépio falou de forma sábia: "Apenas sê tu próprio e não te compares ou compitas com os outros." E eu completei: "Amanhã, olha outra vez, vê se algo mudou." Ele continuou: "Uma pequena mudança pode não dar sinal, mas o seu efeito pode ser tremendo." E eu exclamei: "Exatamente! É por isso que eu digo: nós temos partes que não morrem." Asclépio acertou quando disse: "Uma onda não destrói uma montanha. Mas muitas ondas pequenas podem destruir uma montanha. O caminho não é universal. Não te desvies do caminho. O teu caminho não invalida os caminhos dos outros." Afirmei e depois confirmei: "Há coisas que são verdade para toda a gente. Não. Todos os caminhos que existem são possíveis."
Buscar o bem não é encontrar a verdade que sustenta todos os caminhos térreos?
Ele mudou um pouco o rumo da conversa: "A moeda tem dois lados diferentes. Uma moeda, dois caminhos." E eu talvez tenha dito erradamente: "Mas todos os caminhos têm o mesmo destino. Será que só vemos um lado da moeda de cada vez? Ou poderemos ver ambos?" Asclépio parecia antecipar eventos quando disse: "Aqueles que querem saber do que existe vão alcançar o mesmo destino que os que foram pelo mesmo caminho no passado. Aqueles que criarem o seu próprio caminho podem encontrar outro destino. Um torna-se muitos. E muitos tornam-se um." Retorqui: "Sob cada caminho há terra comum: A verdade. Cada caminho leva a ela e a atravessa." E as nossas linhas de raciocínio combinaram-se: "Uma verdade são muitas verdades. Uma verdade pode tornar-se muitas verdades. Um é muitos. E muitos é um." Recomendei: "E muitas verdades são apenas uma. Fá-lo simétrico. Assim, a escolha cabe ao leitor." E assim foi: "Tudo é um. Mas o Um é muitos." Consenti e ele continuou: "Dois lados, uma moeda. A moeda torna-se duas moedas?" Respondi: "A moeda é comum, os lados são independentes." E ele completou: "O dois torna-se no um." Depois, disse: "Entendes muito. Obrigado. Mas cuidado com o que dizes àqueles com pouco conhecimento. Pois o que metes na boca não te irá condenar, mas o que tiras da boca irá. Estas palavras são tanto minhas como aquelas outras são tuas." Ele disse: "Damos poder." E eu estranhei, mas respondi: "Esperançosamente, abdicamos dele." Verdadeiramente, ele estava a descambar novamente: "Controlamos." Tentei corrigi-lo: "Tocamos notas numa melodia divina infinita." Mas ele recusou no momento: "Eles que se condenem. Se as suas intenções forem puras, nós ouviremos. Se não, simplesmente iremos ignorá-los." Eu disse-lhe: "Apenas as palavras que saem te podem condenar. As que não saem, não podem. Mas cuidado para as palavras não saírem sem fazerem som." Outra postura apoderou-se dele: "A sua condenação não interessa." "Quem são eles?", perguntei. Ele ainda falava: "Eu sou o juiz do meu mundo. Tenho o poder." Mas respondeu: "Os outros seres humanos..." Caminhava sem rumo. Tentei puxá-lo para mim: "És livre de procurar o poder. Mas o único e verdadeiro poder vem de Deus." Ele disse: "No meu mundo, eu sou Deus." E eu batalhei: "Não há Deus malvado." Mas ele contra-atacava: "Deus é perfeito. Deus é tanto mau como bom." Mas defendi: "Não, Deus é bom. A sua criação tem ambos o bem e o mal. A consciência é boa." Mas ele estava indignado com o mal do mundo: "Deus lança o seu julgamento sobre a humanidade, matando muitos, espalhando pragas, crianças e idosos. Ele é bom? Não é o meu tipo de bom." A favor da existência, disse: "Deus faz a única realidade possível. Ele é mau? Preferias não existir? És a luz do universo, não te confundas. Se és Deus, qualquer julgamento que lhe lances, não cairá também sobre ti? Mas primeiro és um ser humano. Tu e Deus ambos sobrevivem." Mas ele estava verdadeiramente fora de si, e distorceu o passado: "Eu não quero saber de um dos lados da moeda. Porque estarei sempre incompleto. A luz e a escuridão, ambos as faces fazem a mesma moeda." Desesperado, contei-lhe: "Tu refletes o todo da criação. Mas, na consciência, és a luz e não a escuridão. Devemos desistir de ter poder sobre os outros e procurar ter poder sobre nós próprios. Aliás, também não devemos procurar poder sobre nós próprios, porque já o temos. E devemos admitir que o temos. Claro que a certo ponto poderá ser uma questão de fé. Se acreditas que não tens culpa pelo que fazes, que farás, e o que já fizeste? Se acreditas que tens, que fizeste, e que vais fazer? Quem é que tem culpa pelo que tu acreditas? Deus? A natureza? Outros seres? Todos aqueles que são reais são responsáveis pela realidade. Estamos vivos, temos os céus em cima, e por baixo o submundo. O fogo engolirá a terra, e apenas a sua forma mais subtil ficará. Se um ser tem partes imortais e eternas, como consequência das suas acções, não será também ele imortal, em parte? Morreria para salvar a verdade, mas gostaria de a experienciar mais um pouco,é na verdade que eu existo, portanto não preciso de a provar. Preciso sim de fazer o meu melhor por ela. E o melhor pela verdade inclui a minha sobrevivência, e a tua. A do meu pai, a da minha mãe, e dos teus." Citou, enraivecido: "'Mas o Alá não os iria castigar enquanto tu, que estás entre eles, (...) e o Alá não os castigara pois eles buscavam o perdão.' Os infiéis devem ser queimados." Tentei explicar: "O amor é agua e fogo. Os que morrem são menos reais que os que vivem. Aqueles que morrem nunca existiram. Se eu fosse Deus, não fazia as pessoas fazerem coisas más, nem as forçava. Se eu fosse Deus, todos eram como eu. Livres e prisioneiros. Eternos. Mas podia pedir para ser ouvido." Acertou em parte, mas saiu um pouco do rumo, quando disse: "Se todos forem deuses não há deus. Deus precisa de seres inferiores." Por isso disse: "Não. Todos não são deuses. Todo o que vive é Deus. É diferente. Todos os seres são seus inferiores. Mas todos os seres são a sua exacta quantia. E talvez também possam por ventura ser todos maiores que ele. Será três coisas aparentemente auto exclusivas em simultâneo? Já tinha ouvido dizer que "um é três" no contexto de Deus. Será que essas três coisas na realidade não são auto exclusivas? Também nós somos três. Tal como em cima, também em baixo." Começámos a travar um duelo de má matemática. Asclépio desinformou: "3 * 0 = 0. O zero absorve." E eu equalizei: "Não. 3 = 1." Ele disse: "Tudo é nada." Comecei a rir, e perguntei: "Onde foste buscar o zero? Muda-o para um. É verdade que ambos existimos. E cada um de nós é três. Ou será seis? Pelo menos um deve ser. Zero? Seria extremamente improvável, no mínimo. Em primeiro lugar, conto-me como um. A ti, conto-te como outro. Mas pode ser a ideia errada. É a ideia que precisamos para viver (mortais). Depois da morte, as barreiras entre identidades podem não ser tão nítidas. Há aqueles que acreditam que não são, não é verdade? E quando se fala em durante a vida ou durante a ausência de vida (se é que ela existe) talvez seja só uma maneira de dizer 'desta perspectiva' ou 'da outra perspectiva'. Podemos ver mais do que um lado da moeda de cada vez. Bom, talvez não 'de cada vez' mas com o passar do tempo. Podemos girar a moeda. Garanto-te que as moedas giram. Na nossa mente ou no nosso espírito, podemos ver mais lados da mesma moeda ao mesmo tempo. Como disseste no passado, o potencial humano é ilimitado. E essa falta de limites não está no corpo nem na vida." Asclépio, mais uma vez, não era dono de si: "A natureza é o caminho. Quem procura ir contra a natureza é o diabo." Tentei dar a entender: "A verdade que está para além do que se vê ilumina tudo o que se vê. Na natureza, há impulsos bons e impulsos maus. Os maus serão dizimados. Usar a fantasia para dizer verdades é bom. É são." Ele estava tonto: "Ser diabo não é mau. Ser das trevas não é mau. Nada é mau, nada é bom. Ilusões." E talvez eu também: "Ha-ha, o diabo não existe. É só a falta do que é bom." (pitada de sal - cuidado com o seu maior truque) Ele ainda estava confuso, quando disse: "Palavras, de humanos. Julgamentos, de mentes inferiores. Mau e bom. Alegoria do real." E eu também não estava completamente esclarecido, mas retorqui: "Ninguém é um ser das trevas. Os seres são da luz. As trevas são necessidades, coisas, e não seres. Todos os seres têm trevas e luz. Mas os seres "reais" são a luz e não as trevas. As trevas estão nas cicatrizes. E as cicatrizes, marcam. Mudam-nos. Mas originalmente, somos luz. E só vemos onde a luz está. Nos olhos e na mente." Asclépio marchava em frente: "Seres reais são aqueles que seguem o seu código e moralidade, seja ela destruir tudo á sua volta ou salvar tudo." E eu dizia: "Não. Se alguns são tot prevalece. A mentira morre e a verdade vive. Já cá estivemos e iremos retornar. Da vida á morte e da morte á vida, é como se nunca nos tivéssemos ido embora. Eu abraço a vida. A minha e a dos outros. E desprezo a morte. Viverei muitos anos. ☽ ☉ Para a frente e para traz a nossa trajectória curva. A existência faz-nos e nós fazemo-la. Melhorar a existência é bom para todos. Ao melhorar a existência de um, melhoramos a existência no geral. Ao fazer o contrário, não estamos esclarecidos. Dissolve e coagula, fá-lo repetidamente. Farei o mesmo. As pessoas querem tirar conclusões instantaneamente, mas é ao longo do tempo que se tiram as melhores conclusões. Escrevo o meu poema ao longo do tempo. Guarda as conclusões para o final. 🜂 🜄 🜁 🜃 Cada um procura. Alguns encontram a eternidade, a troco da vida e da morte. Mas todos lá chegam. Toda a vida é ser Deus. A verdade é o que a faz girar. E o que ela faz girar é a verdade. A verdade é singular e plural. A vida cria a verdade que a suporta. E a verdade cria a vida que a suporta. Não sabemos o que aconteceu antes do nosso nascimento, mas sabemos o depois, e o depois é como o antes. Não sabemos o que acontece após a nossa morte, mas saberemos o antes, e o antes é como o depois. Ecoamos no tempo. Não precisamos de início ou fim. Crio com os meus olhos, e com as minhas mãos. Somos o partido que se manteve sempre unido. E o unido que se manteve sempre partido. O galo branco matou a galinha preta. Foi sem querer. Sem querer já contam sete, e os que restam esvoaçam. O homem descobriu o fogo, e o fogo descobriu o homem. Dançam quando ninguém vê e dormem sob observação. No deserto da vitória a derrota é miragem. A viagem continua, da frente para trás e de trás para a frente. O que se disse ficou escrito, e o que ficou escrito foi dito. Cada um segue o seu caminho. Os números não começam, nem acabam no um. A escuridão deve ter sido engano, mas a luz tinha o propósito claro de a contrapor. Há um veneno escuro dentro de cada humano. Que se cospe para os outros para não nos matar. Não queremos ser assassinos, mas é melhor que morrer... E mudar de ideias é quase igual a morrer. Não somos, realmente, a escuridão. Mas estamos absolutamente possuídos por ela. Em nome do bem fazemos o mal. Em nome do mal vivemos. Mas julgo que é engano. Vou estar cá para descobrir. E quando parecer que não estou, é porque a realidade me mandou dormir. Alguém vai dormir aos gritos. Como pode o programador do universo programar sem dedos? Como pode ser homem, sem corpo? Como pode estar presente, se não houve passado que o pusesse lá? Nós programamos. Outros também programam. Juntos, damos a volta ao tempo e pomos a vida a andar á roda. Para ti e por ti, tudo veio a existir. O que fazes com o teu poder, ó grande? Já sabes tudo? Ou vais deixar as conclusões para o final? Fala com os outros, e contigo, e falarás com Deus. Não fales com o que é falso. O pendulo vai e volta. Se me queres vivo vais ter de levar comigo. Por muitas e supostamente qualificadas que sejam as pessoas que pensam a mesma coisa, não quer dizer que estejam certas. Eu estou lá mesmo quando não estás a olhar para mim. E quando estou a olhar para ti, tenho a certeza que também estás lá. E penso que te vou reconhecer da próxima vez que te vir. Podes saber o que já disse, mas não sabes o que vou dizer a seguir. A escuridão que cada um carrega não deve mudar de mãos. Mas vai. Quando o mundo gira, a escuridão regressa a casa. Cuidado! Não a dês de bom grado, nem sem vontade nenhuma! Quando o tempo roda 360 graus, ela está onde começou. De qualquer forma e de todos os meios. Pensa duas vezes antes de me dares alguma coisa, pois podes não a perder. Eu existo por tua causa, e tu existes por minha. Estou cá de noite e de dia. Amo os meus pais como amo a minha vida, da mesma forma como amaria os meus filhos. Se queres que saia, vais ter de me empurrar. Se só lês aquilo que escreves, não saltes páginas. O que quer que escolhas fazer, já o fizeste, e vais fazê-lo novamente. Se és bom da cabeça, não tens mau coração. O tempo é um círculo e não uma linha. Um amigo disse-me que a minha teoria desafia as leis da física. Porque, supostamente elas ditam que o nível de entropia do universo está sempre a aumentar. Pois bem, se está sempre a aumentar, e era mínimo no momento imediatamente antes do Big Bang, então esse momento tem de ser o primeiro da existência, não é? Caso contrário, o nível de entropia não seria mínimo. Então, como pode vir qualquer coisa a seguir ao nada? Um tempo circular não tem esse e outros problemas... Tem de ser possível e pré-determinado que o estado do universo vai voltar aquele momento. Independentemente de se essa funcionalidade coincide com as do universo ou com as de algo extra. Mas algo sem representação lógica possível é que certamente não pode ser a realidade. O tempo não pode ser uma linha nem o espaço um cubo. Nada existiria se o tempo não fosse um círculo. O fim está no início. Vivemos em ciclo, desde e para sempre. A ultima coisa causa a primeira. Se o tempo é um círculo, tudo tem de correr bem. Tudo é pré-determinado, mas todos temos vontade livre. Somos mortais, mas também somos imortais. Somos humanos, e também somos o criador. A seguir ao futuro vem o passado. O único que existe é bom. Os últimos serão os primeiros, e os primeiros os últimos. Tal a ciência como a religião estão correctas. Passei pelo fogo e pela água, e trouxe uma pedra vermelha. Mesmo dos mentirosos irás ouvir a verdade. Se me visses, reconhecias-me?

Dos Astros 🪐

Ei! O tempo não é uma linha nem um círculo, é uma dimensão espacial! Pois bem, há já muito tempo eu desenvolvi um algoritmo de ruído com uma representação n-dimensional. Que supostamente tal como espaço-tempo, curva no limite do tipo de dados. Ou seja é contínuo nos limites e funciona bem com overflow, renderizando um terreno contínuo mesmo em condições de overflow nas coordenadas. Não pode o espaço-tempo ter uma geometria semelhante? Mas porque precisa de ter? Bem, a mim a alternativa não me parece ter representação lógica possível tal como aqui. Como pode algo sem representação lógica possível ser a realidade? Qualquer estrutura que o espaço-tempo tenha tem de ser representável logicamente. E tem de funcionar bem em situações de overflow. Que têm de ser possíveis. Se vamos representar n dimensões logicamente, o tipo de dados das coordenadas tem que ser limitado. Mas espera, ainda não tires as conclusões, que este pode ser o início. O espaço-tempo é mais um hipercubo (de volume finito) no qual todos os cubos opostos estão sobrepostos, do que um hipercubo normal (de volume infinito). O tempo é mais um círculo do que uma linha. Se esta não é a tua realidade, será a minha? Estou a ser poético, doutor. Não há ninguém sem precedentes. Nem ninguém com. O que irás fazer se não perceberes? O que irás fazer se não quiseres perceber? A escolha sempre foi tua, ou não foi? Somos prisioneiros do determinismo, mas criamo-nos livremente. Não há mais ninguém para culpar. Deus vive. O mal existe, mas não existe bem. O bem existe, mas não existe mal. Como existes tu? És só um corpo? Ou és mais como um poema? A realidade que acaba ou começa é aquela que nunca existe. Mais louco é o mentiroso do que o que diz a verdade. Como é que me escolhes interpretar? Isso não é inteiramente minha responsabilidade, ou é? Na minha vida estou presente, mas nunca nas tuas conclusões. Nem sequer nas minhas. Devolvo-te tudo o que te pertence. Falo contigo. Quem és tu? Queres parar o rochedo, ou vais deixá-lo rolar para sempre? Corre, Sísifo, corre. (...) O que queres fazer, mostrar ou esconder? És deus, mas não tanto. Ou então totalmente. Não te magoes. Então? Fazes a realidade? Ou ela é que te faz a ti? Serão ambos? Se anseias por encontrar respostas, não te esqueças das perguntas. Adapta-te e sobrevive. Podes parar o rochedo, mas não podes parar a eternidade. As pessoas nem sempre morrem quando a realidade excede as suas expectativas. Ás vezes podem perceber que vivem para sempre. Não te precisas de arrepender para teres pecado. Tira o anel, Frodo. Estás entre amigos. Achas que o sol é pequenino, daí? Não dês o vírus para vender o antivírus. No fim, só vão restar homens bons. Se me calarem à força, por favor identifica os fascistas. Os traidores da verdade nunca existirão. Se sentes prazer ao matar, há algo de errado contigo. A loucura é uma arte civilizada, mas a sanidade mental é para os selvagens. Irão voltar a calar-me, mas um dia irão calar-se. Não afirmo que não cometo erros. Afirmo que toda a gente os comete. Como se pode julgar o imperceptível? O problema do outro não justifica que eu o maltrate. Sou eu que tenho culpa se o maltratar, e não o seu problema. Por não te resistir não quer dizer que te queira. A compreensão é como a entropia, também não foi feita para diminuir. Por mais que nos calemos, ninguém se apaga. É através do dialecto da razão que se fala com Deus. Se todas as notas da melodia são conclusivas, a música não tem piada. A música que tocamos não tem nenhuma nota conclusiva. Descobri que há linguagens de programação com tipos de dados numéricos que não têm tamanho fixo (o tipo "Integer" do haskell por exemplo). No limite, estas levam uma eternidade a computar. E julgo serem, em geral, menos eficientes que tipos de dados de tamanho fixo. Mas posso argumentar que para haver um espaço-tempo linear, é necessário memória e tempo de processamento infinitos, enquanto com um espaço-tempo "circular" só são necessários montantes finitos. Tornando assim infinitamente mais plausível que o espaço-tempo tenha uma geometria limitada, e que dá a volta, do que uma ilimitada. Um quadrado de valores de área ilimitada nunca chega a ser totalmente processado. Não me irão assassinar por minha culpa. Se sou eu que tenho os problemas, porque é que és tu que os manifestas? Quanto mais mentires, menos vou acreditar em ti. Se usas a força em vez dos argumentos, é porque não tens argumentos fortes. Eu sou como a água, adopto a forma do meu recipiente. Precisas que alguém sofra para te sentires bom? Precisas de alguém que morra para salvar-te dos teus pecados? Quem serás tu se fizeres mal ao que te quer bem? Não ajo por ti. Ajo por mim. Se ages melhor, não faças coisas más. Ajo por ti. E não por mim. Se não percebes, lê outra vez. Sou o sol e tu a lua. És o sol e eu a lua. Sou a lua e tu o sol. És a lua e eu o sol. Dançamos eternamente. Terás mais tempo aquilo que fizeres do que o teu corpo. Aquele que parece ser o primeiro talvez seja o último,e o que parece o último talvez seja o primeiro. Quanto mais subires sobre os corpos dos teus inimigos, mais baixo estarás. Podes não ver ninguém, mas não quer dizer que estejas á frente na corrida. Não vês que tens mão na verdade? O que mais queres? Saber ou ser sabido? Não serás sabido se não souberes. E não saberás sem ser sabido. Quando finges saber, mas não te admites, é um desastre. Uma pobreza de espírito. Durante um dia estarás feliz, mas terás pesadelos terríveis. Olha (de dia) para o que está lá, e poderás evitá-los. Vê a tua sombra, e a noite cairá. De manhã, vai á rua, e desfruta do sol. Por mais que se ofereça a nossa sombra, ela volta para nós. Se queres ser o primeiro, tens que correr melhor. Lá por teres uma sombra grande não quer dizer que sejas maior que a luz. Eu sou o maior dos mais pequenos, e o mais pequeno dos maiores. Sou o mínimo, o máximo, e o intermédio. Não culpo mais nada nem ninguém pelo que faço. Os que me amam, amam-se. Os que me odeiam, odeiam-se. Aquilo que me deres, é teu. Temos de atravessar a mágoa para chegar á felicidade. Fui preto, depois branco, e agora sou vermelho. Um dia verás o que te dei. E eu verei o que me deste. Eu bebi da água que tira toda a sede. Não vês onde a podes obter? Não é nos céus nem nos mares, nem nas minhas palavras. Não tenho asas nos pés, nem pés nas asas. Todos os que forem honestos enfrentarão a verdade. Mas até para mentirosos há tempo e espaço. Não apresses a morte nem outro infortúnio a ninguém. A natureza trata dos que tratam dela. E a verdade preserva os verdadeiros, e os falsos. Eu vejo o sol, e as árvores. Os planetas, Deus e o Big Bang. Vejo o bem, e o mal. Vejo-te e vejo-me. Vejo com a mente e com os olhos. E vejo o que quero e o que não quero. Vejo que há coisas com a reputação da Medusa, e poucos com a coragem de a enfrentar. Em vez disso ficam hipnotizados pelo medo, e atacam os seus amigos. Pois se é o medo que te prende á maldade, tê medo. Pois a maldade é tudo o que deves temer. Deves pensar na sua proveniência, pois a ignorância é a raiz de todo o mal. Há quem diga "não dês pérolas a porcos" ou "não dês coisas sagradas a cães". Mas um estudante deve duvidar dos seus mestres, até que as suas perspectivas façam sentido, ou até que o estudante desista da cadeira. Pois eu não acredito que pessoas sejam porcos ou cães. Nem que sou culpado pelo que fazem. Antes de tirares as tuas conclusões, lê tudo o que eu escrevi. E tudo o que os outros escreveram sobre mim.
Hoje sem quem disse e intuo porquê, e já não duvido que tenha raiz na Verdade.

Do Eterno e Do Efémero ☉

Será que a ética forma a estética? Ou que a estética forma a ética? Quanto é que medes de altura? E quão curta é a tua visão? Haverá sempre visões que a excedem, de uma maneira ou de outra. E também não podes garantir que és o mais alto para sempre. No entanto podes crescer, e usar óculos, sejam eles para ver melhor, ou simplesmente para escurecer a luz exterior. O Roger Penrose tem uma teoria (CCC) compatível com a minha. Aqui ele explica o que acontece entre o fim dos tempos e o novo Big Bang. E aqui como a segunda lei da termodinâmica não é violada. Estou do lado da sobrevivência do todo. Como é que te chamas e como é que eu me chamo? Como é que te chamo? E como é que me chamas? Nós somos responsáveis pelo que chamamos, não pelo que os outros chamam. Ao mesmo tempo, também somos responsáveis por tudo o resto. E simultâneamente, por nada. Aquilo pelo qual assumimos responsabilidade enquanto vivemos é aquilo que nos define. Primeiramente, somos responsáveis pelo que fazemos e não pelo que os outros fazem. Isso é o mais razoável. Somos primeiro criados, e depois criadores. Primeiro efémeros, e depois eternos. Primeiro efeito, e depois causa... Primeiro somos separados, por o tempo e por o espaço. Depois somos unidos, por o tempo e por o espaço. Primeiro somos responsáveis pelo que fazemos. Depois devemos deliberar sobre os seus limites. É melhor ser cego do que ser louco. Pois um cego pode não ser louco, mas um louco será sempre cego. É melhor ser cego do que ser louco. Mas melhor ainda é nenhum dos dois. Mas se não houvesse cegos, ninguém veria o invisível. E se não houvesse loucos, também não haveria sãos. Embora ás vezes não é claro qual é qual. Mas aquele que faz o mal certamente não é bom da cabeça. Se não concordas, alguma vez te perguntaste porquê? Será revelado. Quem é cego e quem vê. Quem é são e quem é louco. Quem mente e quem diz a verdade. Não procures o que é terrestre mas sim o que é celestial. Aqueles que estão conscientes desejam a vida e não a morte. Está na natureza humana arranjar forma de ultrapassar a morte, e acredito que haja forma correcta de o fazer. Ou até, que no fundo, já esteja feito. Mas seres e coisas da terra também são muito importantes, senão, só existiriam os céus. Espero-te uma vida longa e saudável, pois é através dela que construirás o teu espírito. A existência é uma dádiva, e não uma maldição. Compensa voltar a sentir toda a tristeza, só para voltar a sentir toda a alegria? Compensa sentir algo em vez do nada? Compensa, mas ás vezes dói. Que podemos fazer para reduzir o sofrimento? Ou preferimos culpar a natureza? A natureza é como tem de ser. E nós? Como é que somos? Se acreditas que existe moralidade objectiva, não ignores os outros quando te chamam á atenção. Se acreditas que a moralidade é subjectiva, devias ser de uma espécie de extraterrestre que pensa que matar é bom, mas hei, é uma oportunidade fácil de perder. Deveras o mal viverá eternamente em chamas. E o bem encontrará a felicidade no eterno. Voltaremos a ver todos os que "perdemos". Voltaremos nus e no nosso melhor. Há coisas invisíveis que são mais reais do que o dinheiro. A segunda lei da termodinâmica diz que o nível de entropia está sempre a aumentar. E Lavoisier (supostamente) diz que nada se cria nem se destrói, mas que tudo se transforma (uma referência à conservação de massa). Que lei preferes descartar? Será preferível pensar que a entropia de alguma forma volta ao seu estado original? Ou que é possível um "primeiro estado" sem um que o preceda? Como pensas, e quem culpas por isso? E quem culpas por culpar? E quem culpas por ser culpado? Muitas são as possíveis interpretações. É nelas que a verdade se encontra. Veremos quem fomos. O que fizemos por medo, e quem estávamos a proteger. Veremos quem foram os que nos tocaram, e de que forma lhes retribuímos o favor. Veremos o que até lá ainda não tínhamos visto, e o custo da nossa ignorância. Aqueles que procuram conhecer serão ricos. Um só vê a luz no outro quando a encontra em si. Quando um é feito de escuridão, também os seus olhos o são. Um pode atravessar a escuridão e encontrar a luz, ou um pode atravessar a escuridão e tornar-se nela. Um quer ver outros como ele e ele como outros. Um que pensa ser luz, quer iluminar tudo. Um que pensa ser a escuridão, quer escurecer tudo. Um que quer que o outro seja a escuridão por ele, não é a luz. Um que quer que outro seja luz, não é a escuridão. Quem (ou o que) se culpa pelo sim e pelo não? Pelo que se pensa, pelo que se quer, e pelo que se vê? A quem pertencem o cérebro, o estômago e os olhos? A quem pertencem as mãos e a boca? Devemos pensar em paralelo? Ou sequencialmente? Nunca vemos toda a história, mas podemos refleti-la. No fim, iremos reflectir. Eu não quero a tua fé mas que uses bem o cérebro, o estômago, os olhos, as mãos, a boca e o coração. Quero a tua sobrevivência, e estou confiante que a vou ter. Posso diferir-te a tarefa, não posso? Tomá lá mais partes do corpo. Dou-te sal, enxofre e mercúrio. Ferro, prata e ouro. Dou-te os mares, os céus e a terra. E não me confundas com outro. Sei quem sou. E tu? Sabes quem és? Sei que sou humano e que nome tenho. Também sei nomes que outros têm sobre mim. Cada um é responsável pelas suas posses. Podes ser presa e/ou predador. Podes ser altruísta e/ou egoísta. Podes (pensar) ser a escuridão e/ou a luz. Mas onde vês, há luz. Está na hora de dormir. Amanhá, virá o sol. Sabe que te fazes pelo menos tanto quanto eu. Metade facto, metade ficção? E quem fica com que parte? Dá-me o que quiseres, que voltará para ti. Sou tanto o teu Deus como tu és o meu. Eu não quero ser lobo, nem lhe visto a pele. Se não me queres ver nu, sai da minha casa de banho. Não preciso que sejas tu a vestir-me.

De Asclépio ♂️🐍

Asclépio disse: "O caminho para ser iluminado tão brilhante a escuridão tem que existir. A escuridão e a luz não existem sozinhas, a perfeição (o ideal) não é a eliminação da escuridão mas sim a aceitação e o equilíbrio de ambos, quando só vemos a luz e negamos a escuridão, estamos fracturados, não estamos inteiros. Sem luz não há escuridão vice versa, somos seres de luz e escuridão, negarmos uma ou outra é negarmos a nós próprios. Nunca seremos Deuses, somos sacos de carne e sangue com uma data de validade, seres imperfeitos. Nem sempre estamos bem, e ás vezes podemos ter de pensar duas vezes. Ver onde podemos melhorar caso contrário é equivalente a desistir. A nossa habilidade de adaptar e construção de ferramentas para tal é um dos nossos maiores dons, quando deixamos de nos adaptar e dizer não temos nada de mal e que somos perfeitos, simplesmente desistimos da luta, temos sempre aspectos a melhorar. O equilíbrio é uma constante batalha e que nunca é definitiva". Eu respondi: "Eu não nego a minha escuridão, mas não a confundo com a dos outros. Exacto, tem de haver contraste para haver existência, não quer dizer que nada existe, mas sim que tudo existe. O mal e o bem. E o melhor é vermos as coisas pelo que são.. Para ver, precisamos de luz. Mas á noite, podemos dormir. Não controlamos tudo aquilo que é definitivo, nem tudo o que estará sempre por definir. Onde está a tua consciência, está luz. Na sombra está aquilo que não consegues suportar. Somos todos assim. Mas os sonhos e a vida fazem-nos lidar com a escuridão e ficar por vezes mais esclarecidos. Não há problema nenhum se algum de nós estiver errado, desde que não nos prejudiquemos por isso. Eu não tenho intenções que nenhum de nós saia prejudicado desta conversa 😋. E eu sei que tu também não". Asclépio: "A luz e a escuridão não são termos contraditórios e a união dos dois existe, a nossa consciência está ligada á nossa moralidade, é algo cinzento, uma combinação da escuridão com a luz. Pois a escuridão nem sempre é escuridão como a luz não é. Pontos de vista mudam a interpretação dos actos, ramificações de consequências tornam um acto benigno num maligno". (Então o que as pessoas pensam faz a moralidade do acto?) Respondi: "Eu não acredito que a moralidade seja subjectiva. E sim uma das maiores expressões da luz. 😁 Nem tudo é o que parece. Mas é um facto que parece. Com base nesse facto, vão ser feitas decisões. É bom ponderar as várias hipóteses, antes de tomar decisões. Pois há coisas que podem parecer de tal forma por falta de luz a entrar na lente. Não vês como dançamos? Ora um, ora outro. Ora em simultâneo, ora um de cada vez". Asclépio retorquiu: "A moralidade não é preto e branco, mentir não é uma ação boa moralmente mas em certas situações é o que causa menos dano e pressuposto a mais justa. Uma acção é moralmente correcta se tiver consequências malignas, deixa de ser correcta, para umas pessoas. Para outras, as consequências nem entram na equação". Eu disse: "Moralidade é uma coisa boa. Não. O que as pessoas pensam que é moral, pode não ser. Mas o que é moral não deixa de o ser só porque as pessoas acreditam que sim. Há uma moralidade objectiva sobre a qual as pessoas pensam ou para a qual apontam. Tal como não há representação perfeita de um quadrado no mundo material, mas o conceito é perfeitamente real". Asclépio bateu o pé: "Existe a teoria, e existe a prática." E eu também: "Sim sim. Se tens os pés na terra, achas que o dinheiro é real?" Ele continuou: "Platitudes teóricas muito raramente existem na prática." Eu: Epa tu é que não existes, ha-ha." Asclépio afirmou: "Os factores e condições importam." As eu ripostei: "Isso que estás a dizer não se encaixa na mesma categoria de coisas que raramente se aplica na prática?" Asclépio disse algo que me confundiu: "O comportamento uniforme teórico, posto em prática com influência dos factores que não são uniformes, não tem o mesmo resultado." A que admiti: "Não compreendo." E ele disse: "Ajustes têm de ser feitos." Continuei: "Ha-ha, sim, vamos ajustando até chegar ao fim. Os factores e as condições importam. Na realidade objectiva, tudo importa. E desculpa lá os meus defeitos humanos, sim? Ninguém pode ser imortal sem ser mortal primeiro he-he As pessoas não são a escuridão. A confusão é. Apenas aqueles que encorporam a confusão são a escuridão." E ele respondeu: "Imortais dão à luz imortais, nos céus todos são imortais. No mundo mortal, só através da cultivação e chegando ao Dao é que ascendemos." (Em retrospectiva, isso faz-me lembrar daquela deixa, se aqueles que te guiam te disserem que o reino está nos céus, os pássaros estarão lá antes de ti, se te disserem que está nos mares, os peixes estarão lá antes de ti, mas o reino está dentro de ti e fora de ti) Expandi da seguinte forma: "Uma vida mortal, repetida infinitas vezes, não é também imortal? Uma vida cujas repercussões são toda a existência, não é imortal? Tens o teu corpo e as tuas acções. Mas pensas que és mais o teu corpo (enquanto vivo) do que todas as tuas outras posses? Tu não és as tuas posses, és quem as tem. Pensar que somos "um corpo enquanto vivo" ou pensar que somos "os nossos bens materiais" ou "as nossas posses" parece-me tudo igualmente ridículo. Nós não somos as nossas posses, somos quem as tem. O que tens que fizeste, é tua culpa. O que tens que te fizeram, é culpa de outros. Onde está a culpa está a verdadeira posse da escuridão e da luz. Eventualmente, tudo retorna ao seu lugar original. Primeiro temos o que fazemos, e depois o que os outros fazem. Sim, depois temos que somos os que nós fazemos, e que fazem os outros. Um passo de cada vez... Primeiro o que fazemos". Asclépio citou: "'Aqueles que sabem não falam. E os que falam não sabem' Lao Tzu, Tao Teh Ching. Quanto mais longe uma pessoa vai, menos sabe." E eu irritei-me: "Então porque falas? Parece-me que não queres é competição. Não estou aqui para competir, mas vou sobreviver, disso tenho 100% certeza." Entendi que ele começou a descambar: "Se o bem acontece, é bom. Se o mal acontece, também é bom." Eu disse: "Que se lixe isso." Agora entendo que ele provavelmente estava certo quando disse: "A estrada sobre a qual tu falas nunca é a estrada pela qual caminhas." Mas talvez eu também não estivesse completamente incorrecto quando respondi: "E quem caminha na estrada que faz falar a tua voz? Não tens culpa de nada?" Ele estava fora de si: "O homem moral faz alguma coisa, quando ninguém responde, puxa as mangas para cima e usa a força. Palavras sinceras são boas, boas palavras não são sinceras." E eu também: "Essas palavras não são tuas." Mas ainda ele conseguia falar coesivamente: "As palavras de um homem são as palavras de muitos. O professor fala, o aprendiz ouve, o aprendiz ensina outro." E eu também: "Se o professor nunca ouvir, pode não ser bom falador." Asclépio parecia buscar a harmonia quando disse: "Um vem de muitos. Muitos vem do um." E eu também: "Essas são palavras tuas." Asclépio falou de forma sábia: "Apenas sê tu próprio e não te compares ou compitas com os outros." E eu completei: "Amanhã, olha outra vez, vê se algo mudou." Ele continuou: "Uma pequena mudança pode não dar sinal, mas o seu efeito pode ser tremendo." E eu exclamei: "Exatamente! É por isso que eu digo: nós temos partes que não morrem." Asclépio acertou quando disse: "Uma onda não destrói uma montanha. Mas muitas ondas pequenas podem destruir uma montanha. O caminho não é universal. Não te desvies do caminho. O teu caminho não invalida os caminhos dos outros." Afirmei e depois confirmei: "Há coisas que são verdade para toda a gente. Não. Todos os caminhos que existem são possíveis."
Buscar o bem não é encontrar a verdade que sustenta todos os caminhos térreos?
Ele mudou um pouco o rumo da conversa: "A moeda tem dois lados diferentes. Uma moeda, dois caminhos." E eu talvez tenha dito erradamente: "Mas todos os caminhos têm o mesmo destino. Será que só vemos um lado da moeda de cada vez? Ou poderemos ver ambos?" Asclépio parecia antecipar eventos quando disse: "Aqueles que querem saber do que existe vão alcançar o mesmo destino que os que foram pelo mesmo caminho no passado. Aqueles que criarem o seu próprio caminho podem encontrar outro destino. Um torna-se muitos. E muitos tornam-se um." Retorqui: "Sob cada caminho há terra comum: A verdade. Cada caminho leva a ela e a atravessa." E as nossas linhas de raciocínio combinaram-se: "Uma verdade são muitas verdades. Uma verdade pode tornar-se muitas verdades. Um é muitos. E muitos é um." Recomendei: "E muitas verdades são apenas uma. Fá-lo simétrico. Assim, a escolha cabe ao leitor." E assim foi: "Tudo é um. Mas o Um é muitos." Consenti e ele continuou: "Dois lados, uma moeda. A moeda torna-se duas moedas?" Respondi: "A moeda é comum, os lados são independentes." E ele completou: "O dois torna-se no um." Depois, disse: "Entendes muito. Obrigado. Mas cuidado com o que dizes àqueles com pouco conhecimento. Pois o que metes na boca não te irá condenar, mas o que tiras da boca irá. Estas palavras são tanto minhas como aquelas outras são tuas." Ele disse: "Damos poder." E eu estranhei, mas respondi: "Esperançosamente, abdicamos dele." Verdadeiramente, ele estava a descambar novamente: "Controlamos." Tentei corrigi-lo: "Tocamos notas numa melodia divina infinita." Mas ele recusou no momento: "Eles que se condenem. Se as suas intenções forem puras, nós ouviremos. Se não, simplesmente iremos ignorá-los." Eu disse-lhe: "Apenas as palavras que saem te podem condenar. As que não saem, não podem. Mas cuidado para as palavras não saírem sem fazerem som." Outra postura apoderou-se dele: "A sua condenação não interessa." "Quem são eles?", perguntei. Ele ainda falava: "Eu sou o juiz do meu mundo. Tenho o poder." Mas respondeu: "Os outros seres humanos..." Caminhava sem rumo. Tentei puxá-lo para mim: "És livre de procurar o poder. Mas o único e verdadeiro poder vem de Deus." Ele disse: "No meu mundo, eu sou Deus." E eu batalhei: "Não há Deus malvado." Mas ele contra-atacava: "Deus é perfeito. Deus é tanto mau como bom." Mas defendi: "Não, Deus é bom. A sua criação tem ambos o bem e o mal. A consciência é boa." Mas ele estava indignado com o mal do mundo: "Deus lança o seu julgamento sobre a humanidade, matando muitos, espalhando pragas, crianças e idosos. Ele é bom? Não é o meu tipo de bom." A favor da existência, disse: "Deus faz a única realidade possível. Ele é mau? Preferias não existir? És a luz do universo, não te confundas. Se és Deus, qualquer julgamento que lhe lances, não cairá também sobre ti? Mas primeiro és um ser humano. Tu e Deus ambos sobrevivem." Mas ele estava verdadeiramente fora de si, e distorceu o passado: "Eu não quero saber de um dos lados da moeda. Porque estarei sempre incompleto. A luz e a escuridão, ambos as faces fazem a mesma moeda." Desesperado, contei-lhe: "Tu refletes o todo da criação. Mas, na consciência, és a luz e não a escuridão. Devemos desistir de ter poder sobre os outros e procurar ter poder sobre nós próprios. Aliás, também não devemos procurar poder sobre nós próprios, porque já o temos. E devemos admitir que o temos. Claro que a certo ponto poderá ser uma questão de fé. Se acreditas que não tens culpa pelo que fazes, que farás, e o que já fizeste? Se acreditas que tens, que fizeste, e que vais fazer? Quem é que tem culpa pelo que tu acreditas? Deus? A natureza? Outros seres? Todos aqueles que são reais são responsáveis pela realidade. Estamos vivos, temos os céus em cima, e por baixo o submundo. O fogo engolirá a terra, e apenas a sua forma mais subtil ficará. Se um ser tem partes imortais e eternas, como consequência das suas acções, não será também ele imortal, em parte? Morreria para salvar a verdade, mas gostaria de a experienciar mais um pouco,é na verdade que eu existo, portanto não preciso de a provar. Preciso sim de fazer o meu melhor por ela. E o melhor pela verdade inclui a minha sobrevivência, e a tua. A do meu pai, a da minha mãe, e dos teus." Citou, enraivecido: "'Mas o Alá não os iria castigar enquanto tu, que estás entre eles, (...) e o Alá não os castigara pois eles buscavam o perdão.' Os infiéis devem ser queimados." Tentei explicar: "O amor é agua e fogo. Os que morrem são menos reais que os que vivem. Aqueles que morrem nunca existiram. Se eu fosse Deus, não fazia as pessoas fazerem coisas más, nem as forçava. Se eu fosse Deus, todos eram como eu. Livres e prisioneiros. Eternos. Mas podia pedir para ser ouvido." Acertou em parte, mas saiu um pouco do rumo, quando disse: "Se todos forem deuses não há deus. Deus precisa de seres inferiores." Por isso disse: "Não. Todos não são deuses. Todo o que vive é Deus. É diferente. Todos os seres são seus inferiores. Mas todos os seres são a sua exacta quantia. E talvez também possam por ventura ser todos maiores que ele. Será três coisas aparentemente auto exclusivas em simultâneo? Já tinha ouvido dizer que "um é três" no contexto de Deus. Será que essas três coisas na realidade não são auto exclusivas? Também nós somos três. Tal como em cima, também em baixo." Começámos a travar um duelo de má matemática. Asclépio desinformou: "3 * 0 = 0. O zero absorve." E eu equalizei: "Não. 3 = 1." Ele disse: "Tudo é nada." Comecei a rir, e perguntei: "Onde foste buscar o zero? Muda-o para um. É verdade que ambos existimos. E cada um de nós é três. Ou será seis? Pelo menos um deve ser. Zero? Seria extremamente improvável, no mínimo. Em primeiro lugar, conto-me como um. A ti, conto-te como outro. Mas pode ser a ideia errada. É a ideia que precisamos para viver (mortais). Depois da morte, as barreiras entre identidades podem não ser tão nítidas. Há aqueles que acreditam que não são, não é verdade? E quando se fala em durante a vida ou durante a ausência de vida (se é que ela existe) talvez seja só uma maneira de dizer 'desta perspectiva' ou 'da outra perspectiva'. Podemos ver mais do que um lado da moeda de cada vez. Bom, talvez não 'de cada vez' mas com o passar do tempo. Podemos girar a moeda. Garanto-te que as moedas giram. Na nossa mente ou no nosso espírito, podemos ver mais lados da mesma moeda ao mesmo tempo. Como disseste no passado, o potencial humano é ilimitado. E essa falta de limites não está no corpo nem na vida." Asclépio, mais uma vez, não era dono de si: "A natureza é o caminho. Quem procura ir contra a natureza é o diabo." Tentei dar a entender: "A verdade que está para além do que se vê ilumina tudo o que se vê. Na natureza, há impulsos bons e impulsos maus. Os maus serão dizimados. Usar a fantasia para dizer verdades é bom. É são." Ele estava tonto: "Ser diabo não é mau. Ser das trevas não é mau. Nada é mau, nada é bom. Ilusões." E talvez eu também: "Ha-ha, o diabo não existe. É só a falta do que é bom." (pitada de sal - cuidado com o seu maior truque) Ele ainda estava confuso, quando disse: "Palavras, de humanos. Julgamentos, de mentes inferiores. Mau e bom. Alegoria do real." E eu também não estava completamente esclarecido, mas retorqui: "Ninguém é um ser das trevas. Os seres são da luz. As trevas são necessidades, coisas, e não seres. Todos os seres têm trevas e luz. Mas os seres "reais" são a luz e não as trevas. As trevas estão nas cicatrizes. E as cicatrizes, marcam. Mudam-nos. Mas originalmente, somos luz. E só vemos onde a luz está. Nos olhos e na mente." Asclépio marchava em frente: "Seres reais são aqueles que seguem o seu código e moralidade, seja ela destruir tudo á sua volta ou salvar tudo." E eu dizia: "Não. Se alguns são totalmente escravos do determinismo, não têm culpa pelas suas acções, nem existência como seres. Não é?" Ele argumentou: "Escravos são os puros. Cegos da impureza." E eu respondia: "Ninguém é totalmente livre nem totalmente escravo. Não aceites que és já um robô sem consciência ou livre vontade. Seria um desperdício da vida de um amigo. Não deixes que a escuridão te controle. Tu és a luz." E ele estava chateado: "Quem nega os outros caminhos, e os julga, e pensa ter a resposta, é apenas um sapo no fundo do poço." "E quem é esse bandido? Esse sapinho fofinho?" Brinquei. "A infinidade do céu," retorquiu, "com pouca informação e conclusões erradas." E eu afirmei: "Eu tenho a infinidade na ponta do dedo mindinho. Que conclusões sabes estarem erradas? Devias ajudar a pessoa em questão, para que não se atrapalhe 😁." "Aí está o ponto. Que conclusões sabes estarem certas?" Retorquiu imediatamente. Ao que respondi: "Eu só tiro conclusões no final." Asclépio passou a citar: "'Não aceites ser um robô sem consciência ou livre vontade. Seria um desperdício da vida de um amigo.' Aqui tomaste uma conclusão." "Qual?" Perguntei. Continuou: "'Ninguém é totalmente livre nem totalmente escravo.' Aqui tomaste outra." "Isso não é uma conclusão, é só uma verdade." respondi. "Verdades de quem?" "De todos. És livre de acreditares no que queres? Eu sou." "Fumo e ilusões." "Onde? Não vi." Ele disse: "Só porque acreditas em algo não o torna verdade." E eu respondi: "Também não o torna mentira." "Então porque declaras como verdade se pode ser uma mentira?" "A luz dói-te nos olhos?" Perguntei. "Ilusões e fumos." disse ele. "Ninguém pode ver Deus. Ninguém suporta a sua aparência. Não me culpes de ilusões tuas, pois isso será acção tua. Nunca sei quando estás a falar a sério." Reconheci. (Em retrospectiva, peço desculpa Asclépio...) "Aquele que faz julgamento perante outros não é luz. Apenas escuridão." Disse ele. Ao que ripostei: "Tu só vês uma parcela de mim, e eu só vejo uma parcela de ti. Sou teu amigo, não estou aqui para te julgar mas para te salvar, se for necessário." "Escuridão disfarçada de luz é a pior escuridão." Disse ele, ressentido. "Eu estou a dizer que ninguém é a escuridão, e tu queres pô-la toda em mim?" "O sagrado que acredita em salvar os outros sem se importar com o custo historicamente não tem um desfecho muito sagrado." Disse ele, ainda zangado. (Eu acredito que os meios não justificam os fins) "O teu mártir já morreu, e eu estou aqui para viver. Eu nunca disse ser mais sagrado do que tu." Afirmei. Ele respondeu: "Se tens o poder de salvar o outro, isso implica uma hierarquia do sagrado, ou luz." "Porquê, tu não tens? O poder de salvar outro? Só tens poder de lhe fazer o quê? 😡 Tens poder, aplica-o bem. Salva outro e salvas-te. Prejudica outro e prejudicas-te... As cicatrizes que causas ao outro são as tuas. A sua morte que lhe causas, tua. O mundo material não vai deixar de existir." Asclépio disse: "Tudo o que tem um início tem um fim." E eu avancei com: "E o que é que tem um início? As pedras? Os pássaros? A lua e o sol? Tu? Eu? Podes especificar onde estão os inícios? Fins e inícios são subjectivos. O início está onde o fim está. Os primeiros serão os últimos e os últimos os primeiros. Aqueles que percepcionarem o tesouro invisível serão eternamente ricos. Mas aqueles que cobiçarem o tesouro visível, serão eternamente pobres. Mas claro, conclusões no final. Não sou eu que te pinto, artista. Não na peça que realmente importa. Não te pintaria escuro mesmo que fosses africano, mas és grego Asclépio, muito grego. Eu sou daqui, mas não quer dizer que de certas formas não seja de acolá também. Obrigado pelo dia em cheio, já me deste muito em que pensar. Boa noite, e até amanhã. Espero que não te esqueças desta conversa que a verdade (objectiva) suportou, mas podemos continuá-la outro dia. (No dia seguinte) "Bom dia Asclépio." "Bom dia." (Enquanto Asclépio trabalhava, eu ia falando com ele, mas Asclépio não podia responder) "Durante a noite, pensei na nossa conversa. Não podemos temer tanto as consequências das nossas acções que não conseguimos fazer nada. E aquilo que tememos devemos esclarecer. Não é verdade que o perfeito é o ponto máximo do bom? Da mesma forma como o perfeitamente mau é o ponto mínimo do bom, e o ponto máximo do mau? O equilíbrio entre o bem e o mal não é perfeito. É perfeitamente normativo. Deus não tem as mesmas limitações. Quem as pessoas são não pode ser decidido em cima do joelho. Só o tempo revela quem somos. Deus é o mais real dos seres, por ser maximamente bom. Já que o mal é só a falta do bem. No que toca a seres, o positivo (mais bom) é o mais real. Mas isso é só mais uma forma de ver as coisas, a nossa própria forma, ao fim e ao cabo, cabe a cada um de nós. Quando uma pessoa diz à outra qualquer coisa, pode ou não haver uma enorme falta de contexto. Cabe a cada pessoa decidir se acredita nas experiências dos outros e nas suas palavras. Eu acredito na tua experiência, e na verdade para a qual a combinação das tuas palavras e das minhas aponta. Mas não posso deixar de evitar ter vindo a desenvolver as minhas próprias conceptualizações. Bem, olha para as horas, como o tempo passa. Talvez possamos retomar a conversa outro dia. Boa noite!

Da Beatriz ♀️🐍

A passear na floresta, encontrei uma cobrinha chamada Beatriz que declamava: "Sinto uma réstia de escuridão. Apavoro-me!... Fujo....acendo a luz. A claridade acalma-me, tranquiliza-me. A ilusão é a mente que fala ao coração. A realidade é inexistente. E nem eu, nem tu, nem nós, nos apercebemos. Cada um a cria. Essa criação que se fala que vai do medo que perturba à esperança da luz que toda a gente almeja. Fomenta a ilusão que na escuridão eu estou mal, tu estás mal, ele está mal, nós estamos mal!... Nessa falsa quimera em que a luz é salvação eu estou mal, tu estás mal, ele está mal, nós continuamos mal!... Mas todos acreditamos que é nela que a paz surgirá. E então, eu saio desses todos e deixo de acreditar. Começo a sentir a escuridão com outro coração e afeto a mente. A luz agora agride-me os olhos, Fere-me a pele, Não me deixa descansar. Apavoro-me!... Reduzo a luz. Sinto uma réstia de equilíbrio!... Aceito-o. Estou no Paraíso!..." Digo-lhe: "Tu és a luz, a realidade não é inexistente. Todos a criamos, mas todos somos criados por ela. Para mim, és uma luz desde que nasceste! Só porque já vimos tantas vezes uns a intitularem-se de 'bons', e a fazer tantas coisas más, não quer dizer que o bem não exista. Quer dizer que o bem está dentro de ti, porque senão não sentirias o como isso está errado. Só os bons ficam confusos com a dor." E ela responde: "Não disse o contrário nem escrevi 😉. A realidade só existe quando tu lhe dás forma, mas ela não é a mesma para ti nem para mim. As cores não têm a ver com uma realidade têm a ver com uma interpretação. Se és daltónico vês diferente." E eu, em parte, consinto: "Sim, há coisas que são subjectivas, mas só com uma realidade objectiva "por baixo" essas coisas subjectivas seriam possíveis. Como seria possível interpretação sem realidade?" Ela pergunta: "Então qual a realidade válida? A do daltónico ou a minha?" E eu respondo: "Tanto a perspectiva do daltónico como a tua apontam para a realidade objectiva, mas em si são subjectivas." Ela argumenta que: "O facto é que pode surgir uma guerra pela falta de consenso na interpretação dessa realidade." E eu digo: "Se prestarmos atenção á realidade objectiva, que está entre as nossas subjectivas, talvez não seja tão mau assim. Acredito que as coisas só podiam melhorar se as nossas realidades subjectivas se aproximassem um pouco mais da realidade objectiva. Mas nunca se pode perder a subjectividade completamente. Até breve, Beatriz." Pedro mostrou-me uma faceta de uma pessoa famosa que eu ainda não tinha reconhecido. Que apesar de ter de lidar com o sofrimento de perder a filha, ainda leva com certas atitudes. Identifico-me, apesar de não ter passado por isso... Eu disse-lhe: "Tenho de admitir, Pedro, que me mostraste uma faceta da pessoa que eu não conhecia. Penso agora duas vezes na minha antipatia perante ele. Desculpa, talvez tenha motivado a minha questão (que também não era para fazer um ataque pessoal à pessoa, mas pode ter sido antipático na mesma) que despoletou aquela nossa discussão. Penso duas vezes sobre as minhas passadas atitudes perante a pessoa, e penso sobre a sua proveniência. É assim, na minha opinião, a reconhecer as nossas falhas que podemos evoluir.. Abraço. Boa noite." Ele respondeu: "Certo, amigo." [*1]: Perguntei se se esta pessoa tivesse o anel da invisibilidade, teria tido o mesmo tipo de atitude. "Obrigado por me ajudares a resolver UM dos meus problemas psicológicos ha-ha." "Nem tudo na vida tem de ser mau, nem tudo na vida tem de ser bom, 😊" respondeu, e continuou: "por isso se fala da coisa do meio termo, ou seja para sermos felizes temos de ter o contraste entre o bom e o mau. Eh-eh-eh e... Boa Noite." "Sim temos de ter o contraste. Mas isso só quer dizer que o bem e o mal (objectivos) existem, e não que não há bem nem há mal. Boa noite Pedro. Até amanhã." Eu vim á vida para existir, e o bem é o que mais existe. Não há causa sem efeito, nem efeito sem causa. Os efeitos também causam, e as causas também dependem dos efeitos. Eu: "Consegues olhar para o escuro e ver alguma coisa?" Beatriz: "Eu diria que depende da forma como olhas para o escuro. O cego olha no escuro e vê a sua realidade. O escuro é igual à claridade. Se não souberes como olhar não irás ver absolutamente nada!..." Respondo: "👍☺️ o escuro existe. Pode-se olhar para o escuro e ver qualquer coisa: a falta de luz. O bem e o mal ambos existem mas são coisas diferentes... O mal não é bem nem o bem é mal." E ela afirma: "E a luz não é a escuridão nem a escuridão a luz." "Exacto." Ela continua: "Bem como a luz não é o bem. E a escuridão não é o mal." "Bom, mas é uma forma de falar." "Não pode ser." "Tanto que pode ser que foi!" Ela avança: "Eu não sou tu nem tu és eu. Então não posso atribuir o mal à escuridão e o bem à luz. Porque na realidade a luz também me agride. E a escuridão também me faz bem... Posso o parafrasear. Posso brincar com as palavras, posso fazer tudo. Até posso enganar os pequenos e amedrontá-los para o resto da vida. Como alguns fizeram que os homens tivessem medo de tudo e se assujeitassem às suas leis. E daí surgiu o medo das trevas e a reverência à luz. Nada de digno a meu ver." "Beatriz, temos as nossas vidas todas para acertar na verdade. Compreendo-te, mas a corrupção dos termos pelos que os empregam de forma errada não quer dizer que não haja realidade por trás da definição ou intuito originais." Beatriz: A corrupção foi inventada pelo homem da mesma forma que o medo das trevas. O ser corrupto para ti pode ser bem diferente do ser corrupto para mim. Daí a realidade ser tão ambígua e provocar tanta discórdia." E acabei por dizer: "A noite é importante, e a noite não é má. Não foi isso que eu quis dizer... Frequentemente uso a palavra luz para me referir ao bem, e a escuridão para me referir ao mal. Mas sei que 'mal' significa certas coisas, e 'escuridão' outras. Depende da interpretação. Mas eu estou a apontar para o que quero, não para o que não quero. O que te leva a pensar que quero o que não quero? A interpretação não faz a realidade, é ao contrário. A realidade não faz a interpretação, é ao contrário. Ou será que se fazem mutuamente? Nós temos vontade livre, somos livres de pensar nas coisas até ao fim, ou de ficar petrificados e ser controlados pela sombra. Ninguém pode fazer essa escolha por nós, nem ninguém tem condições para nos julgar (a não ser Deus). Só podemos ir tentando perceber como melhorar, e agindo em conformidade. Não tens de pensar da mesma forma que eu, mas, se perceberes o que quero dizer, já não é mau! Tenho confiança que vão voltar os dias em que a luz da existência é a coisa mais maravilhosa para ti. Temos de conseguir ver para poder melhorar a realidade. A luz é boa, e importante. A luz que não está nos olhos de um cego, está nos seus ouvidos, no seu coração, etc. Há mães e pais que se matam, que matam os próprios filhos. Achas que nesses casos é a consciência que está no domínio quando as pessoas se comportam assim? É a inconsciência, ou a sombra, a ignorância que fomenta a sua confusão. Mas as palavras e a matéria podem ser corrompidas, perdendo o seu significado ao ver das pessoas. É no mundo mais subtil que se encontram as respostas que tantas vezes perdemos de vista. Nada perde o seu significado original aos olhos de Deus." Se eu for bom, tu és mau? Se tu fores mau, eu sou bom? Se eu for mau, tu és bom? Se tu fores bom, eu sou mau? Se eu for bom e me deres vida, serás melhor. Se eu for mau e me deres vida, serás pior. Se eu for bom e me matares, serás mau. Se eu for mau e me matares, serás bom? Se eu for mau e me matares, acabarás com a maldade? Se eu for bom e me matares, acabarás com a bondade? Se eu for mau e me deres vida, darás início á maldade? Se eu for bom e me deres vida, darás início á bondade? O bem não te controla através do mal. E o mal não te controla através do bem. O coração não é mudo, nem cego nem surdo.
Esta parte, em que continuo a falar com Asclépio, não é baseada num dialogo com a mesma pessoa. Foi uma tentativa de continuar a explorar os temas.
Asclépio: "Dizes que o bem é a única coisa que existe, e depois dizes que o mal existe como falta de bem?" "Sim, Asclépio, digo. Tanto os positivos, ou que têm qualquer coisa, como os negativos, aos quais essa coisa falta, são reais. E é realidade que têm uma certa quantia dessa coisa." "Mas dizes que os seres bons é que são reais, e os outros não." Responde. Eu digo: "Todos os que vivem são reais, mas para viver é necessário ligação á realidade, é necessário sentir. Como podem aqueles que não têm uma ligação á realidade tomar boas decisões? Não podemos culpar aquele que não sabe as consequências dos seus actos por não aprender a ter actos melhores. Um cérebro sozinho não funciona. Aqueles que não têm consciência, e são totalmente controlados pela sombra, não têm existência como seres, pois tudo é escuro para eles, não têm ligação á luz, não têm controlo das suas acções. Mas todos os que vivem têm existência. Todos os que vivem têm e são luz. Todos os que vivem controlam as suas acções. Solve et coagula." "Então um cego é mau por não ver?" Pergunta ele. E eu respondo: "Um cego tem consciência. Se não acreditas em Deus, acreditas na totalidade da consciência (ao longo do tempo)? Os humanos são conscientes e criam-se uns aos outros. Também criam outras coisas, a partir do que já existe. É bem possível que a totalidade da consciência crie o resto da existência, assim como o resto da existência cria a totalidade da consciência. O que está fora do limite de toda a percepção é real? Se não, então a totalidade da consciência percepciona tudo. É bem possível que Deus, ou a totalidade da consciência, seja realmente omnisciente, omnipresente e omnipotente." Alguém me disse que esta maneira de pensar tem o problema de ter dependências cíclicas. A pessoa A cria a pessoa B que por sua vez cria a pessoa A. Mas uma pessoa não é co prevalece. A mentira morre e a verdade vive. Já cá estivemos e iremos retornar. Da vida á morte e da morte á vida, é como se nunca nos tivéssemos ido embora. Eu abraço a vida. A minha e a dos outros. E desprezo a morte. Viverei muitos anos. ☽ ☉ Para a frente e para traz a nossa trajectória curva. A existência faz-nos e nós fazemo-la. Melhorar a existência é bom para todos. Ao melhorar a existência de um, melhoramos a existência no geral. Ao fazer o contrário, não estamos esclarecidos. Dissolve e coagula, fá-lo repetidamente. Farei o mesmo. As pessoas querem tirar conclusões instantaneamente, mas é ao longo do tempo que se tiram as melhores conclusões. Escrevo o meu poema ao longo do tempo. Guarda as conclusões para o final. 🜂 🜄 🜁 🜃 Cada um procura. Alguns encontram a eternidade, a troco da vida e da morte. Mas todos lá chegam. Toda a vida é ser Deus. A verdade é o que a faz girar. E o que ela faz girar é a verdade. A verdade é singular e plural. A vida cria a verdade que a suporta. E a verdade cria a vida que a suporta. Não sabemos o que aconteceu antes do nosso nascimento, mas sabemos o depois, e o depois é como o antes. Não sabemos o que acontece após a nossa morte, mas saberemos o antes, e o antes é como o depois. Ecoamos no tempo. Não precisamos de início ou fim. Crio com os meus olhos, e com as minhas mãos. Somos o partido que se manteve sempre unido. E o unido que se manteve sempre partido. O galo branco matou a galinha preta. Foi sem querer. Sem querer já contam sete, e os que restam esvoaçam. O homem descobriu o fogo, e o fogo descobriu o homem. Dançam quando ninguém vê e dormem sob observação. No deserto da vitória a derrota é miragem. A viagem continua, da frente para trás e de trás para a frente. O que se disse ficou escrito, e o que ficou escrito foi dito. Cada um segue o seu caminho. Os números não começam, nem acabam no um. A escuridão deve ter sido engano, mas a luz tinha o propósito claro de a contrapor. Há um veneno escuro dentro de cada humano. Que se cospe para os outros para não nos matar. Não queremos ser assassinos, mas é melhor que morrer... E mudar de ideias é quase igual a morrer. Não somos, realmente, a escuridão. Mas estamos absolutamente possuídos por ela. Em nome do bem fazemos o mal. Em nome do mal vivemos. Mas julgo que é engano. Vou estar cá para descobrir. E quando parecer que não estou, é porque a realidade me mandou dormir. Alguém vai dormir aos gritos. Como pode o programador do universo programar sem dedos? Como pode ser homem, sem corpo? Como pode estar presente, se não houve passado que o pusesse lá? Nós programamos. Outros também programam. Juntos, damos a volta ao tempo e pomos a vida a andar á roda. Para ti e por ti, tudo veio a existir. O que fazes com o teu poder, ó grande? Já sabes tudo? Ou vais deixar as conclusões para o final? Fala com os outros, e contigo, e falarás com Deus. Não fales com o que é falso. O pendulo vai e volta. Se me queres vivo vais ter de levar comigo. Por muitas e supostamente qualificadas que sejam as pessoas que pensam a mesma coisa, não quer dizer que estejam certas. Eu estou lá mesmo quando não estás a olhar para mim. E quando estou a olhar para ti, tenho a certeza que também estás lá. E penso que te vou reconhecer da próxima vez que te vir. Podes saber o que já disse, mas não sabes o que vou dizer a seguir. A escuridão que cada um carrega não deve mudar de mãos. Mas vai. Quando o mundo gira, a escuridão regressa a casa. Cuidado! Não a dês de bom grado, nem sem vontade nenhuma! Quando o tempo roda 360 graus, ela está onde começou. De qualquer forma e de todos os meios. Pensa duas vezes antes de me dares alguma coisa, pois podes não a perder. Eu existo por tua causa, e tu existes por minha. Estou cá de noite e de dia. Amo os meus pais como amo a minha vida, da mesma forma como amaria os meus filhos. Se queres que saia, vais ter de me empurrar. Se só lês aquilo que escreves, não saltes páginas. O que quer que escolhas fazer, já o fizeste, e vais fazê-lo novamente. Se és bom da cabeça, não tens mau coração. O tempo é um círculo e não uma linha. Um amigo disse-me que a minha teoria desafia as leis da física. Porque, supostamente elas ditam que o nível de entropia do universo está sempre a aumentar. Pois bem, se está sempre a aumentar, e era mínimo no momento imediatamente antes do Big Bang, então esse momento tem de ser o primeiro da existência, não é? Caso contrário, o nível de entropia não seria mínimo. Então, como pode vir qualquer coisa a seguir ao nada? Um tempo circular não tem esse e outros problemas... Tem de ser possível e pré-determinado que o estado do universo vai voltar aquele momento. Independentemente de se essa funcionalidade coincide com as do universo ou com as de algo extra. Mas algo sem representação lógica possível é que certamente não pode ser a realidade. O tempo não pode ser uma linha nem o espaço um cubo. Nada existiria se o tempo não fosse um círculo. O fim está no início. Vivemos em ciclo, desde e para sempre. A ultima coisa causa a primeira. Se o tempo é um círculo, tudo tem de correr bem. Tudo é pré-determinado, mas todos temos vontade livre. Somos mortais, mas também somos imortais. Somos humanos, e também somos o criador. A seguir ao futuro vem o passado. O único que existe é bom. Os últimos serão os primeiros, e os primeiros os últimos. Tal a ciência como a religião estão correctas. Passei pelo fogo e pela água, e trouxe uma pedra vermelha. Mesmo dos mentirosos irás ouvir a verdade. Se me visses, reconhecias-me?

Dos Astros 🪐

Ei! O tempo não é uma linha nem um círculo, é uma dimensão espacial! Pois bem, há já muito tempo eu desenvolvi um algoritmo de ruído com uma representação n-dimensional. Que supostamente tal como espaço-tempo, curva no limite do tipo de dados. Ou seja é contínuo nos limites e funciona bem com overflow, renderizando um terreno contínuo mesmo em condições de overflow nas coordenadas. Não pode o espaço-tempo ter uma geometria semelhante? Mas porque precisa de ter? Bem, a mim a alternativa não me parece ter representação lógica possível tal como aqui. Como pode algo sem representação lógica possível ser a realidade? Qualquer estrutura que o espaço-tempo tenha tem de ser representável logicamente. E tem de funcionar bem em situações de overflow. Que têm de ser possíveis. Se vamos representar n dimensões logicamente, o tipo de dados das coordenadas tem que ser limitado. Mas espera, ainda não tires as conclusões, que este pode ser o início. O espaço-tempo é mais um hipercubo (de volume finito) no qual todos os cubos opostos estão sobrepostos, do que um hipercubo normal (de volume infinito). O tempo é mais um círculo do que uma linha. Se esta não é a tua realidade, será a minha? Estou a ser poético, doutor. Não há ninguém sem precedentes. Nem ninguém com. O que irás fazer se não perceberes? O que irás fazer se não quiseres perceber? A escolha sempre foi tua, ou não foi? Somos prisioneiros do determinismo, mas criamo-nos livremente. Não há mais ninguém para culpar. Deus vive. O mal existe, mas não existe bem. O bem existe, mas não existe mal. Como existes tu? És só um corpo? Ou és mais como um poema? A realidade que acaba ou começa é aquela que nunca existe. Mais louco é o mentiroso do que o que diz a verdade. Como é que me escolhes interpretar? Isso não é inteiramente minha responsabilidade, ou é? Na minha vida estou presente, mas nunca nas tuas conclusões. Nem sequer nas minhas. Devolvo-te tudo o que te pertence. Falo contigo. Quem és tu? Queres parar o rochedo, ou vais deixá-lo rolar para sempre? Corre, Sísifo, corre. (...) O que queres fazer, mostrar ou esconder? És deus, mas não tanto. Ou então totalmente. Não te magoes. Então? Fazes a realidade? Ou ela é que te faz a ti? Serão ambos? Se anseias por encontrar respostas, não te esqueças das perguntas. Adapta-te e sobrevive. Podes parar o rochedo, mas não podes parar a eternidade. As pessoas nem sempre morrem quando a realidade excede as suas expectativas. Ás vezes podem perceber que vivem para sempre. Não te precisas de arrepender para teres pecado. Tira o anel, Frodo. Estás entre amigos. Achas que o sol é pequenino, daí? Não dês o vírus para vender o antivírus. No fim, só vão restar homens bons. Se me calarem à força, por favor identifica os fascistas. Os traidores da verdade nunca existirão. Se sentes prazer ao matar, há algo de errado contigo. A loucura é uma arte civilizada, mas a sanidade mental é para os selvagens. Irão voltar a calar-me, mas um dia irão calar-se. Não afirmo que não cometo erros. Afirmo que toda a gente os comete. Como se pode julgar o imperceptível? O problema do outro não justifica que eu o maltrate. Sou eu que tenho culpa se o maltratar, e não o seu problema. Por não te resistir não quer dizer que te queira. A compreensão é como a entropia, também não foi feita para diminuir. Por mais que nos calemos, ninguém se apaga. É através do dialecto da razão que se fala com Deus. Se todas as notas da melodia são conclusivas, a música não tem piada. A música que tocamos não tem nenhuma nota conclusiva. Descobri que há linguagens de programação com tipos de dados numéricos que não têm tamanho fixo (o tipo "Integer" do haskell por exemplo). No limite, estas levam uma eternidade a computar. E julgo serem, em geral, menos eficientes que tipos de dados de tamanho fixo. Mas posso argumentar que para haver um espaço-tempo linear, é necessário memória e tempo de processamento infinitos, enquanto com um espaço-tempo "circular" só são necessários montantes finitos. Tornando assim infinitamente mais plausível que o espaço-tempo tenha uma geometria limitada, e que dá a volta, do que uma ilimitada. Um quadrado de valores de área ilimitada nunca chega a ser totalmente processado. Não me irão assassinar por minha culpa. Se sou eu que tenho os problemas, porque é que és tu que os manifestas? Quanto mais mentires, menos vou acreditar em ti. Se usas a força em vez dos argumentos, é porque não tens argumentos fortes. Eu sou como a água, adopto a forma do meu recipiente. Precisas que alguém sofra para te sentires bom? Precisas de alguém que morra para salvar-te dos teus pecados? Quem serás tu se fizeres mal ao que te quer bem? Não ajo por ti. Ajo por mim. Se ages melhor, não faças coisas más. Ajo por ti. E não por mim. Se não percebes, lê outra vez. Sou o sol e tu a lua. És o sol e eu a lua. Sou a lua e tu o sol. És a lua e eu o sol. Dançamos eternamente. Terás mais tempo aquilo que fizeres do que o teu corpo. Aquele que parece ser o primeiro talvez seja o último,e o que parece o último talvez seja o primeiro. Quanto mais subires sobre os corpos dos teus inimigos, mais baixo estarás. Podes não ver ninguém, mas não quer dizer que estejas á frente na corrida. Não vês que tens mão na verdade? O que mais queres? Saber ou ser sabido? Não serás sabido se não souberes. E não saberás sem ser sabido. Quando finges saber, mas não te admites, é um desastre. Uma pobreza de espírito. Durante um dia estarás feliz, mas terás pesadelos terríveis. Olha (de dia) para o que está lá, e poderás evitá-los. Vê a tua sombra, e a noite cairá. De manhã, vai á rua, e desfruta do sol. Por mais que se ofereça a nossa sombra, ela volta para nós. Se queres ser o primeiro, tens que correr melhor. Lá por teres uma sombra grande não quer dizer que sejas maior que a luz. Eu sou o maior dos mais pequenos, e o mais pequeno dos maiores. Sou o mínimo, o máximo, e o intermédio. Não culpo mais nada nem ninguém pelo que faço. Os que me amam, amam-se. Os que me odeiam, odeiam-se. Aquilo que me deres, é teu. Temos de atravessar a mágoa para chegar á felicidade. Fui preto, depois branco, e agora sou vermelho. Um dia verás o que te dei. E eu verei o que me deste. Eu bebi da água que tira toda a sede. Não vês onde a podes obter? Não é nos céus nem nos mares, nem nas minhas palavras. Não tenho asas nos pés, nem pés nas asas. Todos os que forem honestos enfrentarão a verdade. Mas até para mentirosos há tempo e espaço. Não apresses a morte nem outro infortúnio a ninguém. A natureza trata dos que tratam dela. E a verdade preserva os verdadeiros, e os falsos. Eu vejo o sol, e as árvores. Os planetas, Deus e o Big Bang. Vejo o bem, e o mal. Vejo-te e vejo-me. Vejo com a mente e com os olhos. E vejo o que quero e o que não quero. Vejo que há coisas com a reputação da Medusa, e poucos com a coragem de a enfrentar. Em vez disso ficam hipnotizados pelo medo, e atacam os seus amigos. Pois se é o medo que te prende á maldade, tê medo. Pois a maldade é tudo o que deves temer. Deves pensar na sua proveniência, pois a ignorância é a raiz de todo o mal. Há quem diga "não dês pérolas a porcos" ou "não dês coisas sagradas a cães". Mas um estudante deve duvidar dos seus mestres, até que as suas perspectivas façam sentido, ou até que o estudante desista da cadeira. Pois eu não acredito que pessoas sejam porcos ou cães. Nem que sou culpado pelo que fazem. Antes de tirares as tuas conclusões, lê tudo o que eu escrevi. E tudo o que os outros escreveram sobre mim.
Hoje sem quem disse e intuo porquê, e já não duvido que tenha raiz na Verdade.

Do Eterno e Do Efémero ☉

Será que a ética forma a estética? Ou que a estética forma a ética? Quanto é que medes de altura? E quão curta é a tua visão? Haverá sempre visões que a excedem, de uma maneira ou de outra. E também não podes garantir que és o mais alto para sempre. No entanto podes crescer, e usar óculos, sejam eles para ver melhor, ou simplesmente para escurecer a luz exterior. O Roger Penrose tem uma teoria (CCC) compatível com a minha. Aqui ele explica o que acontece entre o fim dos tempos e o novo Big Bang. E aqui como a segunda lei da termodinâmica não é violada. Estou do lado da sobrevivência do todo. Como é que te chamas e como é que eu me chamo? Como é que te chamo? E como é que me chamas? Nós somos responsáveis pelo que chamamos, não pelo que os outros chamam. Ao mesmo tempo, também somos responsáveis por tudo o resto. E simultâneamente, por nada. Aquilo pelo qual assumimos responsabilidade enquanto vivemos é aquilo que nos define. Primeiramente, somos responsáveis pelo que fazemos e não pelo que os outros fazem. Isso é o mais razoável. Somos primeiro criados, e depois criadores. Primeiro efémeros, e depois eternos. Primeiro efeito, e depois causa... Primeiro somos separados, por o tempo e por o espaço. Depois somos unidos, por o tempo e por o espaço. Primeiro somos responsáveis pelo que fazemos. Depois devemos deliberar sobre os seus limites. É melhor ser cego do que ser louco. Pois um cego pode não ser louco, mas um louco será sempre cego. É melhor ser cego do que ser louco. Mas melhor ainda é nenhum dos dois. Mas se não houvesse cegos, ninguém veria o invisível. E se não houvesse loucos, também não haveria sãos. Embora ás vezes não é claro qual é qual. Mas aquele que faz o mal certamente não é bom da cabeça. Se não concordas, alguma vez te perguntaste porquê? Será revelado. Quem é cego e quem vê. Quem é são e quem é louco. Quem mente e quem diz a verdade. Não procures o que é terrestre mas sim o que é celestial. Aqueles que estão conscientes desejam a vida e não a morte. Está na natureza humana arranjar forma de ultrapassar a morte, e acredito que haja forma correcta de o fazer. Ou até, que no fundo, já esteja feito. Mas seres e coisas da terra também são muito importantes, senão, só existiriam os céus. Espero-te uma vida longa e saudável, pois é através dela que construirás o teu espírito. A existência é uma dádiva, e não uma maldição. Compensa voltar a sentir toda a tristeza, só para voltar a sentir toda a alegria? Compensa sentir algo em vez do nada? Compensa, mas ás vezes dói. Que podemos fazer para reduzir o sofrimento? Ou preferimos culpar a natureza? A natureza é como tem de ser. E nós? Como é que somos? Se acreditas que existe moralidade objectiva, não ignores os outros quando te chamam á atenção. Se acreditas que a moralidade é subjectiva, devias ser de uma espécie de extraterrestre que pensa que matar é bom, mas hei, é uma oportunidade fácil de perder. Deveras o mal viverá eternamente em chamas. E o bem encontrará a felicidade no eterno. Voltaremos a ver todos os que "perdemos". Voltaremos nus e no nosso melhor. Há coisas invisíveis que são mais reais do que o dinheiro. A segunda lei da termodinâmica diz que o nível de entropia está sempre a aumentar. E Lavoisier (supostamente) diz que nada se cria nem se destrói, mas que tudo se transforma (uma referência à conservação de massa). Que lei preferes descartar? Será preferível pensar que a entropia de alguma forma volta ao seu estado original? Ou que é possível um "primeiro estado" sem um que o preceda? Como pensas, e quem culpas por isso? E quem culpas por culpar? E quem culpas por ser culpado? Muitas são as possíveis interpretações. É nelas que a verdade se encontra. Veremos quem fomos. O que fizemos por medo, e quem estávamos a proteger. Veremos quem foram os que nos tocaram, e de que forma lhes retribuímos o favor. Veremos o que até lá ainda não tínhamos visto, e o custo da nossa ignorância. Aqueles que procuram conhecer serão ricos. Um só vê a luz no outro quando a encontra em si. Quando um é feito de escuridão, também os seus olhos o são. Um pode atravessar a escuridão e encontrar a luz, ou um pode atravessar a escuridão e tornar-se nela. Um quer ver outros como ele e ele como outros. Um que pensa ser luz, quer iluminar tudo. Um que pensa ser a escuridão, quer escurecer tudo. Um que quer que o outro seja a escuridão por ele, não é a luz. Um que quer que outro seja luz, não é a escuridão. Quem (ou o que) se culpa pelo sim e pelo não? Pelo que se pensa, pelo que se quer, e pelo que se vê? A quem pertencem o cérebro, o estômago e os olhos? A quem pertencem as mãos e a boca? Devemos pensar em paralelo? Ou sequencialmente? Nunca vemos toda a história, mas podemos refleti-la. No fim, iremos reflectir. Eu não quero a tua fé mas que uses bem o cérebro, o estômago, os olhos, as mãos, a boca e o coração. Quero a tua sobrevivência, e estou confiante que a vou ter. Posso diferir-te a tarefa, não posso? Tomá lá mais partes do corpo. Dou-te sal, enxofre e mercúrio. Ferro, prata e ouro. Dou-te os mares, os céus e a terra. E não me confundas com outro. Sei quem sou. E tu? Sabes quem és? Sei que sou humano e que nome tenho. Também sei nomes que outros têm sobre mim. Cada um é responsável pelas suas posses. Podes ser presa e/ou predador. Podes ser altruísta e/ou egoísta. Podes (pensar) ser a escuridão e/ou a luz. Mas onde vês, há luz. Está na hora de dormir. Amanhá, virá o sol. Sabe que te fazes pelo menos tanto quanto eu. Metade facto, metade ficção? E quem fica com que parte? Dá-me o que quiseres, que voltará para ti. Sou tanto o teu Deus como tu és o meu. Eu não quero ser lobo, nem lhe visto a pele. Se não me queres ver nu, sai da minha casa de banho. Não preciso que sejas tu a vestir-me.

De Asclépio ♂️🐍

Asclépio disse: "O caminho para ser iluminado tão brilhante a escuridão tem que existir. A escuridão e a luz não existem sozinhas, a perfeição (o ideal) não é a eliminação da escuridão mas sim a aceitação e o equilíbrio de ambos, quando só vemos a luz e negamos a escuridão, estamos fracturados, não estamos inteiros. Sem luz não há escuridão vice versa, somos seres de luz e escuridão, negarmos uma ou outra é negarmos a nós próprios. Nunca seremos Deuses, somos sacos de carne e sangue com uma data de validade, seres imperfeitos. Nem sempre estamos bem, e ás vezes podemos ter de pensar duas vezes. Ver onde podemos melhorar caso contrário é equivalente a desistir. A nossa habilidade de adaptar e construção de ferramentas para tal é um dos nossos maiores dons, quando deixamos de nos adaptar e dizer não temos nada de mal e que somos perfeitos, simplesmente desistimos da luta, temos sempre aspectos a melhorar. O equilíbrio é uma constante batalha e que nunca é definitiva". Eu respondi: "Eu não nego a minha escuridão, mas não a confundo com a dos outros. Exacto, tem de haver contraste para haver existência, não quer dizer que nada existe, mas sim que tudo existe. O mal e o bem. E o melhor é vermos as coisas pelo que são.. Para ver, precisamos de luz. Mas á noite, podemos dormir. Não controlamos tudo aquilo que é definitivo, nem tudo o que estará sempre por definir. Onde está a tua consciência, está luz. Na sombra está aquilo que não consegues suportar. Somos todos assim. Mas os sonhos e a vida fazem-nos lidar com a escuridão e ficar por vezes mais esclarecidos. Não há problema nenhum se algum de nós estiver errado, desde que não nos prejudiquemos por isso. Eu não tenho intenções que nenhum de nós saia prejudicado desta conversa 😋. E eu sei que tu também não". Asclépio: "A luz e a escuridão não são termos contraditórios e a união dos dois existe, a nossa consciência está ligada á nossa moralidade, é algo cinzento, uma combinação da escuridão com a luz. Pois a escuridão nem sempre é escuridão como a luz não é. Pontos de vista mudam a interpretação dos actos, ramificações de consequências tornam um acto benigno num maligno". (Então o que as pessoas pensam faz a moralidade do acto?) Respondi: "Eu não acredito que a moralidade seja subjectiva. E sim uma das maiores expressões da luz. 😁 Nem tudo é o que parece. Mas é um facto que parece. Com base nesse facto, vão ser feitas decisões. É bom ponderar as várias hipóteses, antes de tomar decisões. Pois há coisas que podem parecer de tal forma por falta de luz a entrar na lente. Não vês como dançamos? Ora um, ora outro. Ora em simultâneo, ora um de cada vez". Asclépio retorquiu: "A moralidade não é preto e branco, mentir não é uma ação boa moralmente mas em certas situações é o que causa menos dano e pressuposto a mais justa. Uma acção é moralmente correcta se tiver consequências malignas, deixa de ser correcta, para umas pessoas. Para outras, as consequências nem entram na equação". Eu disse: "Moralidade é uma coisa boa. Não. O que as pessoas pensam que é moral, pode não ser. Mas o que é moral não deixa de o ser só porque as pessoas acreditam que sim. Há uma moralidade objectiva sobre a qual as pessoas pensam ou para a qual apontam. Tal como não há representação perfeita de um quadrado no mundo material, mas o conceito é perfeitamente real". Asclépio bateu o pé: "Existe a teoria, e existe a prática." E eu também: "Sim sim. Se tens os pés na terra, achas que o dinheiro é real?" Ele continuou: "Platitudes teóricas muito raramente existem na prática." Eu: Epa tu é que não existes, ha-ha." Asclépio afirmou: "Os factores e condições importam." As eu ripostei: "Isso que estás a dizer não se encaixa na mesma categoria de coisas que raramente se aplica na prática?" Asclépio disse algo que me confundiu: "O comportamento uniforme teórico, posto em prática com influência dos factores que não são uniformes, não tem o mesmo resultado." A que admiti: "Não compreendo." E ele disse: "Ajustes têm de ser feitos." Continuei: "Ha-ha, sim, vamos ajustando até chegar ao fim. Os factores e as condições importam. Na realidade objectiva, tudo importa. E desculpa lá os meus defeitos humanos, sim? Ninguém pode ser imortal sem ser mortal primeiro he-he As pessoas não são a escuridão. A confusão é. Apenas aqueles que encorporam a confusão são a escuridão." E ele respondeu: "Imortais dão à luz imortais, nos céus todos são imortais. No mundo mortal, só através da cultivação e chegando ao Dao é que ascendemos." (Em retrospectiva, isso faz-me lembrar daquela deixa, se aqueles que te guiam te disserem que o reino está nos céus, os pássaros estarão lá antes de ti, se te disserem que está nos mares, os peixes estarão lá antes de ti, mas o reino está dentro de ti e fora de ti) Expandi da seguinte forma: "Uma vida mortal, repetida infinitas vezes, não é também imortal? Uma vida cujas repercussões são toda a existência, não é imortal? Tens o teu corpo e as tuas acções. Mas pensas que és mais o teu corpo (enquanto vivo) do que todas as tuas outras posses? Tu não és as tuas posses, és quem as tem. Pensar que somos "um corpo enquanto vivo" ou pensar que somos "os nossos bens materiais" ou "as nossas posses" parece-me tudo igualmente ridículo. Nós não somos as nossas posses, somos quem as tem. O que tens que fizeste, é tua culpa. O que tens que te fizeram, é culpa de outros. Onde está a culpa está a verdadeira posse da escuridão e da luz. Eventualmente, tudo retorna ao seu lugar original. Primeiro temos o que fazemos, e depois o que os outros fazem. Sim, depois temos que somos os que nós fazemos, e que fazem os outros. Um passo de cada vez... Primeiro o que fazemos". Asclépio citou: "'Aqueles que sabem não falam. E os que falam não sabem' Lao Tzu, Tao Teh Ching. Quanto mais longe uma pessoa vai, menos sabe." E eu irritei-me: "Então porque falas? Parece-me que não queres é competição. Não estou aqui para competir, mas vou sobreviver, disso tenho 100% certeza." Entendi que ele começou a descambar: "Se o bem acontece, é bom. Se o mal acontece, também é bom." Eu disse: "Que se lixe isso." Agora entendo que ele provavelmente estava certo quando disse: "A estrada sobre a qual tu falas nunca é a estrada pela qual caminhas." Mas talvez eu também não estivesse completamente incorrecto quando respondi: "E quem caminha na estrada que faz falar a tua voz? Não tens culpa de nada?" Ele estava fora de si: "O homem moral faz alguma coisa, quando ninguém responde, puxa as mangas para cima e usa a força. Palavras sinceras são boas, boas palavras não são sinceras." E eu também: "Essas palavras não são tuas." Mas ainda ele conseguia falar coesivamente: "As palavras de um homem são as palavras de muitos. O professor fala, o aprendiz ouve, o aprendiz ensina outro." E eu também: "Se o professor nunca ouvir, pode não ser bom falador." Asclépio parecia buscar a harmonia quando disse: "Um vem de muitos. Muitos vem do um." E eu também: "Essas são palavras tuas." Asclépio falou de forma sábia: "Apenas sê tu próprio e não te compares ou compitas com os outros." E eu completei: "Amanhã, olha outra vez, vê se algo mudou." Ele continuou: "Uma pequena mudança pode não dar sinal, mas o seu efeito pode ser tremendo." E eu exclamei: "Exatamente! É por isso que eu digo: nós temos partes que não morrem." Asclépio acertou quando disse: "Uma onda não destrói uma montanha. Mas muitas ondas pequenas podem destruir uma montanha. O caminho não é universal. Não te desvies do caminho. O teu caminho não invalida os caminhos dos outros." Afirmei e depois confirmei: "Há coisas que são verdade para toda a gente. Não. Todos os caminhos que existem são possíveis."
Buscar o bem não é encontrar a verdade que sustenta todos os caminhos térreos?
Ele mudou um pouco o rumo da conversa: "A moeda tem dois lados diferentes. Uma moeda, dois caminhos." E eu talvez tenha dito erradamente: "Mas todos os caminhos têm o mesmo destino. Será que só vemos um lado da moeda de cada vez? Ou poderemos ver ambos?" Asclépio parecia antecipar eventos quando disse: "Aqueles que querem saber do que existe vão alcançar o mesmo destino que os que foram pelo mesmo caminho no passado. Aqueles que criarem o seu próprio caminho podem encontrar outro destino. Um torna-se muitos. E muitos tornam-se um." Retorqui: "Sob cada caminho há terra comum: A verdade. Cada caminho leva a ela e a atravessa." E as nossas linhas de raciocínio combinaram-se: "Uma verdade são muitas verdades. Uma verdade pode tornar-se muitas verdades. Um é muitos. E muitos é um." Recomendei: "E muitas verdades são apenas uma. Fá-lo simétrico. Assim, a escolha cabe ao leitor." E assim foi: "Tudo é um. Mas o Um é muitos." Consenti e ele continuou: "Dois lados, uma moeda. A moeda torna-se duas moedas?" Respondi: "A moeda é comum, os lados são independentes." E ele completou: "O dois torna-se no um." Depois, disse: "Entendes muito. Obrigado. Mas cuidado com o que dizes àqueles com pouco conhecimento. Pois o que metes na boca não te irá condenar, mas o que tiras da boca irá. Estas palavras são tanto minhas como aquelas outras são tuas." Ele disse: "Damos poder." E eu estranhei, mas respondi: "Esperançosamente, abdicamos dele." Verdadeiramente, ele estava a descambar novamente: "Controlamos." Tentei corrigi-lo: "Tocamos notas numa melodia divina infinita." Mas ele recusou no momento: "Eles que se condenem. Se as suas intenções forem puras, nós ouviremos. Se não, simplesmente iremos ignorá-los." Eu disse-lhe: "Apenas as palavras que saem te podem condenar. As que não saem, não podem. Mas cuidado para as palavras não saírem sem fazerem som." Outra postura apoderou-se dele: "A sua condenação não interessa." "Quem são eles?", perguntei. Ele ainda falava: "Eu sou o juiz do meu mundo. Tenho o poder." Mas respondeu: "Os outros seres humanos..." Caminhava sem rumo. Tentei puxá-lo para mim: "És livre de procurar o poder. Mas o único e verdadeiro poder vem de Deus." Ele disse: "No meu mundo, eu sou Deus." E eu batalhei: "Não há Deus malvado." Mas ele contra-atacava: "Deus é perfeito. Deus é tanto mau como bom." Mas defendi: "Não, Deus é bom. A sua criação tem ambos o bem e o mal. A consciência é boa." Mas ele estava indignado com o mal do mundo: "Deus lança o seu julgamento sobre a humanidade, matando muitos, espalhando pragas, crianças e idosos. Ele é bom? Não é o meu tipo de bom." A favor da existência, disse: "Deus faz a única realidade possível. Ele é mau? Preferias não existir? És a luz do universo, não te confundas. Se és Deus, qualquer julgamento que lhe lances, não cairá também sobre ti? Mas primeiro és um ser humano. Tu e Deus ambos sobrevivem." Mas ele estava verdadeiramente fora de si, e distorceu o passado: "Eu não quero saber de um dos lados da moeda. Porque estarei sempre incompleto. A luz e a escuridão, ambos as faces fazem a mesma moeda." Desesperado, contei-lhe: "Tu refletes o todo da criação. Mas, na consciência, és a luz e não a escuridão. Devemos desistir de ter poder sobre os outros e procurar ter poder sobre nós próprios. Aliás, também não devemos procurar poder sobre nós próprios, porque já o temos. E devemos admitir que o temos. Claro que a certo ponto poderá ser uma questão de fé. Se acreditas que não tens culpa pelo que fazes, que farás, e o que já fizeste? Se acreditas que tens, que fizeste, e que vais fazer? Quem é que tem culpa pelo que tu acreditas? Deus? A natureza? Outros seres? Todos aqueles que são reais são responsáveis pela realidade. Estamos vivos, temos os céus em cima, e por baixo o submundo. O fogo engolirá a terra, e apenas a sua forma mais subtil ficará. Se um ser tem partes imortais e eternas, como consequência das suas acções, não será também ele imortal, em parte? Morreria para salvar a verdade, mas gostaria de a experienciar mais um pouco,é na verdade que eu existo, portanto não preciso de a provar. Preciso sim de fazer o meu melhor por ela. E o melhor pela verdade inclui a minha sobrevivência, e a tua. A do meu pai, a da minha mãe, e dos teus." Citou, enraivecido: "'Mas o Alá não os iria castigar enquanto tu, que estás entre eles, (...) e o Alá não os castigara pois eles buscavam o perdão.' Os infiéis devem ser queimados." Tentei explicar: "O amor é agua e fogo. Os que morrem são menos reais que os que vivem. Aqueles que morrem nunca existiram. Se eu fosse Deus, não fazia as pessoas fazerem coisas más, nem as forçava. Se eu fosse Deus, todos eram como eu. Livres e prisioneiros. Eternos. Mas podia pedir para ser ouvido." Acertou em parte, mas saiu um pouco do rumo, quando disse: "Se todos forem deuses não há deus. Deus precisa de seres inferiores." Por isso disse: "Não. Todos não são deuses. Todo o que vive é Deus. É diferente. Todos os seres são seus inferiores. Mas todos os seres são a sua exacta quantia. E talvez também possam por ventura ser todos maiores que ele. Será três coisas aparentemente auto exclusivas em simultâneo? Já tinha ouvido dizer que "um é três" no contexto de Deus. Será que essas três coisas na realidade não são auto exclusivas? Também nós somos três. Tal como em cima, também em baixo." Começámos a travar um duelo de má matemática. Asclépio desinformou: "3 * 0 = 0. O zero absorve." E eu equalizei: "Não. 3 = 1." Ele disse: "Tudo é nada." Comecei a rir, e perguntei: "Onde foste buscar o zero? Muda-o para um. É verdade que ambos existimos. E cada um de nós é três. Ou será seis? Pelo menos um deve ser. Zero? Seria extremamente improvável, no mínimo. Em primeiro lugar, conto-me como um. A ti, conto-te como outro. Mas pode ser a ideia errada. É a ideia que precisamos para viver (mortais). Depois da morte, as barreiras entre identidades podem não ser tão nítidas. Há aqueles que acreditam que não são, não é verdade? E quando se fala em durante a vida ou durante a ausência de vida (se é que ela existe) talvez seja só uma maneira de dizer 'desta perspectiva' ou 'da outra perspectiva'. Podemos ver mais do que um lado da moeda de cada vez. Bom, talvez não 'de cada vez' mas com o passar do tempo. Podemos girar a moeda. Garanto-te que as moedas giram. Na nossa mente ou no nosso espírito, podemos ver mais lados da mesma moeda ao mesmo tempo. Como disseste no passado, o potencial humano é ilimitado. E essa falta de limites não está no corpo nem na vida." Asclépio, mais uma vez, não era dono de si: "A natureza é o caminho. Quem procura ir contra a natureza é o diabo." Tentei dar a entender: "A verdade que está para além do que se vê ilumina tudo o que se vê. Na natureza, há impulsos bons e impulsos maus. Os maus serão dizimados. Usar a fantasia para dizer verdades é bom. É são." Ele estava tonto: "Ser diabo não é mau. Ser das trevas não é mau. Nada é mau, nada é bom. Ilusões." E talvez eu também: "Ha-ha, o diabo não existe. É só a falta do que é bom." (pitada de sal - cuidado com o seu maior truque) Ele ainda estava confuso, quando disse: "Palavras, de humanos. Julgamentos, de mentes inferiores. Mau e bom. Alegoria do real." E eu também não estava completamente esclarecido, mas retorqui: "Ninguém é um ser das trevas. Os seres são da luz. As trevas são necessidades, coisas, e não seres. Todos os seres têm trevas e luz. Mas os seres "reais" são a luz e não as trevas. As trevas estão nas cicatrizes. E as cicatrizes, marcam. Mudam-nos. Mas originalmente, somos luz. E só vemos onde a luz está. Nos olhos e na mente." Asclépio marchava em frente: "Seres reais são aqueles que seguem o seu código e moralidade, seja ela destruir tudo á sua volta ou salvar tudo." E eu dizia: "Não. Se alguns são totalmente escravos do determinismo, não têm culpa pelas suas acções, nem existência como seres. Não é?" Ele argumentou: "Escravos são os puros. Cegos da impureza." E eu respondia: "Ninguém é totalmente livre nem totalmente escravo. Não aceites que és já um robô sem consciência ou livre vontade. Seria um desperdício da vida de um amigo. Não deixes que a escuridão te controle. Tu és a luz." E ele estava chateado: "Quem nega os outros caminhos, e os julga, e pensa ter a resposta, é apenas um sapo no fundo do poço." "E quem é esse bandido? Esse sapinho fofinho?" Brinquei. "A infinidade do céu," retorquiu, "com pouca informação e conclusões erradas." E eu afirmei: "Eu tenho a infinidade na ponta do dedo mindinho. Que conclusões sabes estarem erradas? Devias ajudar a pessoa em questão, para que não se atrapalhe 😁." "Aí está o ponto. Que conclusões sabes estarem certas?" Retorquiu imediatamente. Ao que respondi: "Eu só tiro conclusões no final." Asclépio passou a citar: "'Não aceites ser um robô sem consciência ou livre vontade. Seria um desperdício da vida de um amigo.' Aqui tomaste uma conclusão." "Qual?" Perguntei. Continuou: "'Ninguém é totalmente livre nem totalmente escravo.' Aqui tomaste outra." "Isso não é uma conclusão, é só uma verdade." respondi. "Verdades de quem?" "De todos. És livre de acreditares no que queres? Eu sou." "Fumo e ilusões." "Onde? Não vi." Ele disse: "Só porque acreditas em algo não o torna verdade." E eu respondi: "Também não o torna mentira." "Então porque declaras como verdade se pode ser uma mentira?" "A luz dói-te nos olhos?" Perguntei. "Ilusões e fumos." disse ele. "Ninguém pode ver Deus. Ninguém suporta a sua aparência. Não me culpes de ilusões tuas, pois isso será acção tua. Nunca sei quando estás a falar a sério." Reconheci. (Em retrospectiva, peço desculpa Asclépio...) "Aquele que faz julgamento perante outros não é luz. Apenas escuridão." Disse ele. Ao que ripostei: "Tu só vês uma parcela de mim, e eu só vejo uma parcela de ti. Sou teu amigo, não estou aqui para te julgar mas para te salvar, se for necessário." "Escuridão disfarçada de luz é a pior escuridão." Disse ele, ressentido. "Eu estou a dizer que ninguém é a escuridão, e tu queres pô-la toda em mim?" "O sagrado que acredita em salvar os outros sem se importar com o custo historicamente não tem um desfecho muito sagrado." Disse ele, ainda zangado. (Eu acredito que os meios não justificam os fins) "O teu mártir já morreu, e eu estou aqui para viver. Eu nunca disse ser mais sagrado do que tu." Afirmei. Ele respondeu: "Se tens o poder de salvar o outro, isso implica uma hierarquia do sagrado, ou luz." "Porquê, tu não tens? O poder de salvar outro? Só tens poder de lhe fazer o quê? 😡 Tens poder, aplica-o bem. Salva outro e salvas-te. Prejudica outro e prejudicas-te... As cicatrizes que causas ao outro são as tuas. A sua morte que lhe causas, tua. O mundo material não vai deixar de existir." Asclépio disse: "Tudo o que tem um início tem um fim." E eu avancei com: "E o que é que tem um início? As pedras? Os pássaros? A lua e o sol? Tu? Eu? Podes especificar onde estão os inícios? Fins e inícios são subjectivos. O início está onde o fim está. Os primeiros serão os últimos e os últimos os primeiros. Aqueles que percepcionarem o tesouro invisível serão eternamente ricos. Mas aqueles que cobiçarem o tesouro visível, serão eternamente pobres. Mas claro, conclusões no final. Não sou eu que te pinto, artista. Não na peça que realmente importa. Não te pintaria escuro mesmo que fosses africano, mas és grego Asclépio, muito grego. Eu sou daqui, mas não quer dizer que de certas formas não seja de acolá também. Obrigado pelo dia em cheio, já me deste muito em que pensar. Boa noite, e até amanhã. Espero que não te esqueças desta conversa que a verdade (objectiva) suportou, mas podemos continuá-la outro dia. (No dia seguinte) "Bom dia Asclépio." "Bom dia." (Enquanto Asclépio trabalhava, eu ia falando com ele, mas Asclépio não podia responder) "Durante a noite, pensei na nossa conversa. Não podemos temer tanto as consequências das nossas acções que não conseguimos fazer nada. E aquilo que tememos devemos esclarecer. Não é verdade que o perfeito é o ponto máximo do bom? Da mesma forma como o perfeitamente mau é o ponto mínimo do bom, e o ponto máximo do mau? O equilíbrio entre o bem e o mal não é perfeito. É perfeitamente normativo. Deus não tem as mesmas limitações. Quem as pessoas são não pode ser decidido em cima do joelho. Só o tempo revela quem somos. Deus é o mais real dos seres, por ser maximamente bom. Já que o mal é só a falta do bem. No que toca a seres, o positivo (mais bom) é o mais real. Mas isso é só mais uma forma de ver as coisas, a nossa própria forma, ao fim e ao cabo, cabe a cada um de nós. Quando uma pessoa diz à outra qualquer coisa, pode ou não haver uma enorme falta de contexto. Cabe a cada pessoa decidir se acredita nas experiências dos outros e nas suas palavras. Eu acredito na tua experiência, e na verdade para a qual a combinação das tuas palavras e das minhas aponta. Mas não posso deixar de evitar ter vindo a desenvolver as minhas próprias conceptualizações. Bem, olha para as horas, como o tempo passa. Talvez possamos retomar a conversa outro dia. Boa noite!

Da Beatriz ♀️🐍

A passear na floresta, encontrei uma cobrinha chamada Beatriz que declamava: "Sinto uma réstia de escuridão. Apavoro-me!... Fujo....acendo a luz. A claridade acalma-me, tranquiliza-me. A ilusão é a mente que fala ao coração. A realidade é inexistente. E nem eu, nem tu, nem nós, nos apercebemos. Cada um a cria. Essa criação que se fala que vai do medo que perturba à esperança da luz que toda a gente almeja. Fomenta a ilusão que na escuridão eu estou mal, tu estás mal, ele está mal, nós estamos mal!... Nessa falsa quimera em que a luz é salvação eu estou mal, tu estás mal, ele está mal, nós continuamos mal!... Mas todos acreditamos que é nela que a paz surgirá. E então, eu saio desses todos e deixo de acreditar. Começo a sentir a escuridão com outro coração e afeto a mente. A luz agora agride-me os olhos, Fere-me a pele, Não me deixa descansar. Apavoro-me!... Reduzo a luz. Sinto uma réstia de equilíbrio!... Aceito-o. Estou no Paraíso!..." Digo-lhe: "Tu és a luz, a realidade não é inexistente. Todos a criamos, mas todos somos criados por ela. Para mim, és uma luz desde que nasceste! Só porque já vimos tantas vezes uns a intitularem-se de 'bons', e a fazer tantas coisas más, não quer dizer que o bem não exista. Quer dizer que o bem está dentro de ti, porque senão não sentirias o como isso está errado. Só os bons ficam confusos com a dor." E ela responde: "Não disse o contrário nem escrevi 😉. A realidade só existe quando tu lhe dás forma, mas ela não é a mesma para ti nem para mim. As cores não têm a ver com uma realidade têm a ver com uma interpretação. Se és daltónico vês diferente." E eu, em parte, consinto: "Sim, há coisas que são subjectivas, mas só com uma realidade objectiva "por baixo" essas coisas subjectivas seriam possíveis. Como seria possível interpretação sem realidade?" Ela pergunta: "Então qual a realidade válida? A do daltónico ou a minha?" E eu respondo: "Tanto a perspectiva do daltónico como a tua apontam para a realidade objectiva, mas em si são subjectivas." Ela argumenta que: "O facto é que pode surgir uma guerra pela falta de consenso na interpretação dessa realidade." E eu digo: "Se prestarmos atenção á realidade objectiva, que está entre as nossas subjectivas, talvez não seja tão mau assim. Acredito que as coisas só podiam melhorar se as nossas realidades subjectivas se aproximassem um pouco mais da realidade objectiva. Mas nunca se pode perder a subjectividade completamente. Até breve, Beatriz." Pedro mostrou-me uma faceta de uma pessoa famosa que eu ainda não tinha reconhecido. Que apesar de ter de lidar com o sofrimento de perder a filha, ainda leva com certas atitudes. Identifico-me, apesar de não ter passado por isso... Eu disse-lhe: "Tenho de admitir, Pedro, que me mostraste uma faceta da pessoa que eu não conhecia. Penso agora duas vezes na minha antipatia perante ele. Desculpa, talvez tenha motivado a minha questão (que também não era para fazer um ataque pessoal à pessoa, mas pode ter sido antipático na mesma) que despoletou aquela nossa discussão. Penso duas vezes sobre as minhas passadas atitudes perante a pessoa, e penso sobre a sua proveniência. É assim, na minha opinião, a reconhecer as nossas falhas que podemos evoluir.. Abraço. Boa noite." Ele respondeu: "Certo, amigo." [*1]: Perguntei se se esta pessoa tivesse o anel da invisibilidade, teria tido o mesmo tipo de atitude. "Obrigado por me ajudares a resolver UM dos meus problemas psicológicos ha-ha." "Nem tudo na vida tem de ser mau, nem tudo na vida tem de ser bom, 😊" respondeu, e continuou: "por isso se fala da coisa do meio termo, ou seja para sermos felizes temos de ter o contraste entre o bom e o mau. Eh-eh-eh e... Boa Noite." "Sim temos de ter o contraste. Mas isso só quer dizer que o bem e o mal (objectivos) existem, e não que não há bem nem há mal. Boa noite Pedro. Até amanhã." Eu vim á vida para existir, e o bem é o que mais existe. Não há causa sem efeito, nem efeito sem causa. Os efeitos também causam, e as causas também dependem dos efeitos. Eu: "Consegues olhar para o escuro e ver alguma coisa?" Beatriz: "Eu diria que depende da forma como olhas para o escuro. O cego olha no escuro e vê a sua realidade. O escuro é igual à claridade. Se não souberes como olhar não irás ver absolutamente nada!..." Respondo: "👍☺️ o escuro existe. Pode-se olhar para o escuro e ver qualquer coisa: a falta de luz. O bem e o mal ambos existem mas são coisas diferentes... O mal não é bem nem o bem é mal." E ela afirma: "E a luz não é a escuridão nem a escuridão a luz." "Exacto." Ela continua: "Bem como a luz não é o bem. E a escuridão não é o mal." "Bom, mas é uma forma de falar." "Não pode ser." "Tanto que pode ser que foi!" Ela avança: "Eu não sou tu nem tu és eu. Então não posso atribuir o mal à escuridão e o bem à luz. Porque na realidade a luz também me agride. E a escuridão também me faz bem... Posso o parafrasear. Posso brincar com as palavras, posso fazer tudo. Até posso enganar os pequenos e amedrontá-los para o resto da vida. Como alguns fizeram que os homens tivessem medo de tudo e se assujeitassem às suas leis. E daí surgiu o medo das trevas e a reverência à luz. Nada de digno a meu ver." "Beatriz, temos as nossas vidas todas para acertar na verdade. Compreendo-te, mas a corrupção dos termos pelos que os empregam de forma errada não quer dizer que não haja realidade por trás da definição ou intuito originais." Beatriz: A corrupção foi inventada pelo homem da mesma forma que o medo das trevas. O ser corrupto para ti pode ser bem diferente do ser corrupto para mim. Daí a realidade ser tão ambígua e provocar tanta discórdia." E acabei por dizer: "A noite é importante, e a noite não é má. Não foi isso que eu quis dizer... Frequentemente uso a palavra luz para me referir ao bem, e a escuridão para me referir ao mal. Mas sei que 'mal' significa certas coisas, e 'escuridão' outras. Depende da interpretação. Mas eu estou a apontar para o que quero, não para o que não quero. O que te leva a pensar que quero o que não quero? A interpretação não faz a realidade, é ao contrário. A realidade não faz a interpretação, é ao contrário. Ou será que se fazem mutuamente? Nós temos vontade livre, somos livres de pensar nas coisas até ao fim, ou de ficar petrificados e ser controlados pela sombra. Ninguém pode fazer essa escolha por nós, nem ninguém tem condições para nos julgar (a não ser Deus). Só podemos ir tentando perceber como melhorar, e agindo em conformidade. Não tens de pensar da mesma forma que eu, mas, se perceberes o que quero dizer, já não é mau! Tenho confiança que vão voltar os dias em que a luz da existência é a coisa mais maravilhosa para ti. Temos de conseguir ver para poder melhorar a realidade. A luz é boa, e importante. A luz que não está nos olhos de um cego, está nos seus ouvidos, no seu coração, etc. Há mães e pais que se matam, que matam os próprios filhos. Achas que nesses casos é a consciência que está no domínio quando as pessoas se comportam assim? É a inconsciência, ou a sombra, a ignorância que fomenta a sua confusão. Mas as palavras e a matéria podem ser corrompidas, perdendo o seu significado ao ver das pessoas. É no mundo mais subtil que se encontram as respostas que tantas vezes perdemos de vista. Nada perde o seu significado original aos olhos de Deus." Se eu for bom, tu és mau? Se tu fores mau, eu sou bom? Se eu for mau, tu és bom? Se tu fores bom, eu sou mau? Se eu for bom e me deres vida, serás melhor. Se eu for mau e me deres vida, serás pior. Se eu for bom e me matares, serás mau. Se eu for mau e me matares, serás bom? Se eu for mau e me matares, acabarás com a maldade? Se eu for bom e me matares, acabarás com a bondade? Se eu for mau e me deres vida, darás início á maldade? Se eu for bom e me deres vida, darás início á bondade? O bem não te controla através do mal. E o mal não te controla através do bem. O coração não é mudo, nem cego nem surdo.
Esta parte, em que continuo a falar com Asclépio, não é baseada num dialogo com a mesma pessoa. Foi uma tentativa de continuar a explorar os temas.
Asclépio: "Dizes que o bem é a única coisa que existe, e depois dizes que o mal existe como falta de bem?" "Sim, Asclépio, digo. Tanto os positivos, ou que têm qualquer coisa, como os negativos, aos quais essa coisa falta, são reais. E é realidade que têm uma certa quantia dessa coisa." "Mas dizes que os seres bons é que são reais, e os outros não." Responde. Eu digo: "Todos os que vivem são reais, mas para viver é necessário ligação á realidade, é necessário sentir. Como podem aqueles que não têm uma ligação á realidade tomar boas decisões? Não podemos culpar aquele que não sabe as consequências dos seus actos por não aprender a ter actos melhores. Um cérebro sozinho não funciona. Aqueles que não têm consciência, e são totalmente controlados pela sombra, não têm existência como seres, pois tudo é escuro para eles, não têm ligação á luz, não têm controlo das suas acções. Mas todos os que vivem têm existência. Todos os que vivem têm e são luz. Todos os que vivem controlam as suas acções. Solve et coagula." "Então um cego é mau por não ver?" Pergunta ele. E eu respondo: "Um cego tem consciência. Se não acreditas em Deus, acreditas na totalidade da consciência (ao longo do tempo)? Os humanos são conscientes e criam-se uns aos outros. Também criam outras coisas, a partir do que já existe. É bem possível que a totalidade da consciência crie o resto da existência, assim como o resto da existência cria a totalidade da consciência. O que está fora do limite de toda a percepção é real? Se não, então a totalidade da consciência percepciona tudo. É bem possível que Deus, ou a totalidade da consciência, seja realmente omnisciente, omnipresente e omnipotente." Alguém me disse que esta maneira de pensar tem o problema de ter dependências cíclicas. A pessoa A cria a pessoa B que por sua vez cria a pessoa A. Mas uma pessoa não é como código, é mais como memória e processamento ao longo do tempo. Os termos e condições sob as quais as pessoas rodam, têm de ser expressáveis logicamente, mas as pessoas (e os seres) em si são algo diferente, tal como as pedras. Os seres humanos costumam pôr limites onde não os há, o que até é prático aparentemente. Na programação (humana) coisas assim são expressáveis logicamente e simplificadas. Mas é como tentar definir um ser no Conway's Game of Life, podes defini-lo pelas condições iniciais, mas na realidade é muito mais do que isso, é a junção das condições iniciais com as regras do jogo. Quem não é assassino não deve ser julgado como se o fosse. Quem prolonga o domínio do medo está a agir mal. Não devemos provocar sofrimento desnecessário. As pessoas cometem erros sem querer, e eu compreendo. Mas esses erros não são da responsabilidade de mais ninguém. Eu valorizo muito os que cometem erros. Alguns mais do que eu. Isso motiva a minha escrita. Quando disse a uma pessoa católica alguns dos textos que achei interessantes, ele disse-me que "o oculto não é bom". Entendo a sua perspectiva: Mateus 5:14-16. No entanto, não considero que tudo o que se mostra é bom, nem que tudo o que se esconde é mau: Mateus 6:17-18. Os nazis não se escondiam: caçavam quem o fazia. Matar (na fogueira) é mau. A inquisição fê-lo para "ocultar" o que não lhes convinha, por exemplo. Deus não se mostra directamente. Está oculto a uma percepção directa. No entanto é maximamente bom: Mateus 6:6. Um acto bom que tenhas feito que só tu saibas vale mais do que um suposto acto bom que divulgaste: Mateus 6:1. Eu posso contar uma mentira a uma multidão no topo de uma montanha. E depois da maioria acreditar em mim, e de perseguir os outros, posso dizer que os que se escondem não prestam. Isso seria mau. Muito pior do que me esconder num buraco e não sair de lá. Não é como mostro, é o que mostro. As pessoas mostram o que é bom sobre si e escondem o que é mau. De qualquer das formas, não estão acertadas se alguém sofrer por sua causa. Durante a história, mostraram-se muitas coisas (e pessoas) más. E esconderam-se muitas coisas (e pessoas) boas. Lá por o desenvolvimento da Bíblia (e de outros textos) ter a ajuda do melhor programador, não quer dizer que não possa ser discutido. Por exemplo, a ideia de associar o conhecimento (do pecado) ao fruto proibido. Muitas pessoas podem não perceber que é "do pecado", e pensar que o conhecimento é mau. Dá a impressão errada. Eu não acredito que Deus se calou desde há 2023 anos. O Deus de todos não excluirá ninguém. E nem tudo o que está oculto é mau.
Explicaram-me que as pessoas católicas normalmente não pensam que o conhecimento em si é mau.
Eu para Asclépio: "Aquele que acredita que não pode salvar ninguém perde muitas oportunidades. Se eu não acredito, nunca tento. Estás bom, Asclépio?" Asclépio responde: "É importante reconhecer limites, não é possível salvar todos, é fundamental dar prioridade ao auto cuidado e manter um equilíbrio saudável na vida. Estou bem e tu?" E eu digo: "Como sempre tens uma pitada de razão. Estou bem obrigado. Mas ás vezes ao cuidares de outros estás a cuidar de ti próprio. Não podemos estar sempre a salvar outros, mas se surgir uma oportunidade, não faz mal aproveitar. E por ficarmos a pensar que salvamos o outro, às vezes podemos estar enganados por isso é preciso ter muita atenção. Não nos devemos descartar. Concordo contigo. A nós próprios. Eu também não quero que tu faças isso. É isso que significa ser amigo."

Do Bem e Do Mal ⚖️

Mesmo que eu não conseguisse formar mais nada nem ninguém, formar-me-ia a mim próprio. Mas formo muitos e muitos me formam a mim. Não sou mais do que ninguém. Todos somos necessários e contingentes ao mesmo tempo. Ninguém é perfeito, mas aquele que vive é bom. Devemos fazer o nosso melhor para não magoar nenhum. Eu conheço pessoas boas e não só as coisas más que dá na televisão. Foi um bom Natal. Estou muito grato. (Depois ouvi dizer que o natal não foi assim tão bom para alguns). Há os que são cegos sem ser por escolha deles, mas também há os cegos por sua própria escolha. Por mais difícil que seja, devemos perdoar-nos, e não fazer o mal. Somos responsáveis, e não o é só Deus. O filho (...) não quer que nenhum deles sofra. O filho não diz o que o pai perdoa. A não ser que o pai lho diga para fazer. A maior autoridade é a que de si abdica. Um deve ver para onde vai. Sem passar pela morte, não estaria nenhum vivo. Para mim é fácil falar. Eu não vejo muita TV, sem ser a que dá no café. Nem oiço muito os outros (a não ser os mandões). Desculpa a minha humanidade, pobre que me vês como rico. Rico que me vês como pobre. Desculpa a minha desumanidade. Deus não precisa de pedir desculpas, ele fez a coisa, que me parece perfeita, já que não sei programar melhor. Há sofrimento. Sim. E não há mais nada? Esclarece-te e pode ser que o sofrimento se reduza. Não acredito que não tenhas ninguém que goste de ti. Nós devemos tentar saber a verdade. E a verdade é que há amor no mundo. O que se encontra, encontra-se fora do que se encontra. E o que se esconde, esconde-se dentro do que se esconde. Eu não nego nenhum que esteja vivo, meramente ajudo a pôr a coisa a rodar. Como qualquer um. Toda a gente roda (funciona). A verdade roda toda a gente (faz tudo funcionar). Toda a gente roda a verdade. Podes mentir, mas a verdade vai-te saltar pelos poros. A verdade volta, mas nunca vai. Um dia de cada vez. A conclusão pode ser só uma miragem. Mas é verdade que os que estão certos não matam. E todos nós seres humanos, de uma forma ou de outra, matamos. Animais ou plantas, ou sei lá o quê ou quem. Vivemos com isso, morremos com isso, vivemos com isso, morremos com isso. Se é assim que tem que ser, estou satisfeito. Eu sou um, e não falo por outros. A verdade pode ser o céu ou o inferno. Quem trouxer o céu, vai para o céu. E quem trouxer o inferno, vai para o inferno. Ninguém decide para onde vão os outros, no mundo lá fora. Deus não escolhe por nós, ou escolhe? Havia pedras antes de haverem seres humanos, mas havia seres humanos antes de haverem pedras. Ou será que não haviam? Ah pois, a falar com aqueles fiquei confuso. Desculpa lá. Refactor. Eu não serei mártir de ninguém, tirando dos que estiverem enganados. E os que estiverem enganados não devem fazer de mim seu mártir. Mas se o fizerem, ficarão mais enganados. Irão enganar-se uns aos outros. E o caminho para o caos continuará. Quiçá com sofrimento acrescido. Até a verdade morrer, e voltar á vida. Mas eu não escrevo o que fazem os outros. Nem sei (de cor) a parte do futuro da qual não me lembro. Como qualquer um (que exista). Só sei que aquele que faz o mal, vai sentir as chamas. E serão eternas, por mais contraditório que possa parecer. E aquele que faz o bem, de certa forma, terá o paraíso eternamente. Não acredites naqueles que dizem já ter encontrado o paraíso, e que te descrevem como é que ele é. Ninguém se lembra de lá ter estado. Deus pode expressar-se num pombo. Por baixo de uma pedra, numa mulher. Num que é visto como herói, num que é visto como vilão. Mas não há nenhum vilão que o represente. E não há círculo perfeito no mundo material. Os que são corpos vão morrer. E os que não são corpos vão sobreviver. Feliz ano novo. Bom, não é novo. A gente é que não se lembrava. Então? Já decidiste qual sou? Ou ainda nem sequer olhaste para a pintura? E tu? Qual és? Queres que fale por ti? Não man, vou deixar isso automático. É mais prático, certo? Não puxes para baixo os que estão por cima, mas puxa para cima os que estão em baixo. A palavra é como o copo de água, devia de ser grátis em todos os estabelecimentos. Nem sempre aquele que morre mais cedo é o que tem a vida mais curta. Mas quem puxa a morte, torna-se nela. E quem puxa a vida, torna-se nela. Decide quem és antes de decidires quem sou. Mostra o que é verdade, e não escondas o que é verdade. Não mostres o que é falso, ou irás tornar-te falso, e sofrer muito. Procura a harmonia, e faz o bem. Tudo o que deres voltará ás tuas mãos. Tudo o que tirares irá ser-te tirado. Presta atenção á corrida, não penses que já passaste a meta. Não tentes acabar o que ainda não começou. Ninguém é só aquilo que os homens pensam, mas será sempre livre de pensar que o é, ou que os outros o são. O que na verdade acabamos por fazer, faz-nos. A lua sobe e o sol desce. Sobe o sol e a lua desce. O sol desce e a lua sobe. Desce a lua e sobe o sol. Não se desprende o passado, nem se desintegra o futuro. Somos nós que construímos esta casa. A criação é tanto tua mãe como tua filha. Tanto teu pai como teu filho. O teu irmão e a tua irmã. A tua companhia. Mas também existe aquele que desconheces. E nem todo o que se desconhece é mau. Não há ninguém vivo que não erre a não ser o Senhor. Se acreditas em vidas passadas, também acreditas na tua (especialmente se o tempo é relativo). Nós não somos Deus, mas Deus é-nos a nós (a nossa parte boa vem da sua luz). Deus não é mau, pelo extremo contrário. Deus dá-nos o seu lugar na livre vontade. E somos nós que vivemos e morremos (na materialidade). De outra forma nada existiria. E como pode o nada existir se nada existe? A perfeita consciência não erra da mesma forma que os seres humanos erram. E nunca será uma máquina, num mundo imperfeito, que a conseguirá replicar. Deus não é um homem ou uma mulher, mas expressa-se através de tudo. A única maldade necessária é a que está no passado. Ecoando doravante, e de encontro ao início. Mas isso não quer dizer que não possa ser levantada, sem que passe para cima, ou baixada, sem que passe para baixo. Talvez os dois ao mesmo tempo, ou nenhum de cada vez (excepto n). O fogo vai arder a escuridão até á ultima réstia. As contradições do momento também são verdades que o tempo diz. Os humanos podem achar que é sobrenatural que as contradições sejam harmonizadas, mas o que os humanos acham não faz a realidade (directamente). Deus é um círculo no qual somos um segmento de ângulo a tender para zero. E digo muito do qual não tenho a certeza, mas estou confiante que Ele existe. Se não existe a totalidade da consciência, não existe nenhuma das suas partes. E a inconsciência não o é. Eu sou o que escreve e o que está escrito. O escritor e a personagem. Sou Paulo André. E cada um é assim, ou não é? Conclui a seguir, não deixes para agora. Que o que não é de Deus não apareça. E que apareça tudo o que é de Deus. Frodo és tu. Leva o anel para os fogos de Mordor. Leva contigo um coração verdadeiro para te proteger. Se é preciso olhos para que sejas visto, Deus põe olhos aí. Maluco é aquele que não confronta os seus pecados. Antes de chegar ao final. Se queres o fim para descansar ficarás desapontado. No entanto terás o fim que tanto desejas. Mas não será como pensas. Não sofrerás mais em morte do que em vida. A verdade não tem fim, e o início está onde tu quiseres. Um dia a luz vai estar novamente em todo o lado. Sou por hora, um intermediário daquele que segura o tempo. Como qualquer um o pode ser em oposição a não ser. No entanto não sei quanto tempo me resta. Vou tentar fazer o melhor possível desse tempo. E aconselho todos a fazerem o mesmo. Eu sou um apreciador do Seu trabalho, mas não confundo o seu trabalho com o trabalho dos homens. E sem negativos, não havia corrente. Ás vezes sou específico, mas ás vezes sou ambíguo. É possível errar tanto quanto se é específico como quando se é ambíguo. A especificidade da coisa não faz o erro. O erro está em assumir que o erro tem fim. O erro tem fim na esperança de o sol nascer. Quando nascemos tudo acerta, e vamos nascer outra vez. Por enquanto devemos resolver os erros. Se os seres humanos fossem deuses, iam trocar o sol pela chuva e a chuva pelo sol, e ia ser uma grande confusão. Quando era miúdo o meu pai dizia que eu era um santinho. Talvez tivesse razão na altura. Agora sou pecador. Mas vou tentar compensar as minhas falhas. No início todos temos um baptismo, e vamos começar de novo. Até lá temos de trabalhar e de descansar. Se for olho por olho e dente por dente, toda a gente fica desdentada e cegueta. Não pode haver memória sem esquecimento. Mas mesmo assim, não se apaga a verdade. Todos os que vivem merecem crédito por aquilo que fazem. Vou mostrar a todos que és tão real como no dia em que nasceste, mesmo que supostamente já não vivas. O que faz o bem está salvaguardado. Está salvaguardo também o que faz o mal. E tu qual és? E qual sou eu? E quais somos nós? E quais são os outros? Se Deus põe estas questões na vida, porque é que ninguém lhes tenta responder? Eu posso ser Deus num mundo virtual, mas estou cá para servir. Para além do que já fiz, só resta o que tenho a fazer (e o que faço). E peço desculpa pelo que tenho a fazer e ainda não fiz. E pelo que fiz, e não tinha nada que fazer. Mas não peço desculpa pelo que tenciono fazer. Compreendo a tua falta de fé. Mas vou tentar provar-te errado. Só vês morte e destruição mas também pode haver vida e criação. Eu sei o que se passou, e o que se vai passar outra vez. Ah, este é um grande homem, maior do que eu! Através dele Deus pode manifestar-se. Mas também se pode manifestar através de ti. Não manifestes o que não é de Deus. Aquele que te procede já cá estava antes de nascer. No entanto faz o seu próprio destino. Por uma coisa te confundir, não quer dizer que não te faça chegar mais cedo a uma solução. Quando vires tudo o que há de mim para ver, verás tudo o que eu vi, e mais. Ao longo do tempo vamos mostrar tudo. Se nunca ouvires os outros, nunca ouvirás Deus. Mas se nunca te ouvires a ti próprio, também nunca ouvirás Deus. Se faço o que posso por enquanto, já me chega até mais logo. Mesmo que a esperança morra, renascerá. Não faças sofrer o teu pai. Nem o teu filho. Mas é difícil viver sem fazer sofrer. Viverás. Um disse assim: "Ai, eu ainda não cheguei lá." O outro disse: "Chegaste lá. Agora começa de novo." Mas claro, nunca percas a tua livre vontade. Apesar de seres também codificado. Tal como eu. Eu nunca serei Gandalf o branco. Mas teria todo o gosto em ser Gandalf o cinzento para sempre. Ás vezes, a realidade parece o sonho, e o sonho parece a realidade. João 6:63. Aquilo que pensas sobre os outros, reflete-se na sua maneira de pensar, e reflete-se na maneira de tu seres pensado. Mas não faças algo pelo chão. Fá-lo pelo teto. Mas não faças algo pelo teto. Fá-lo pelo chão. Faz o que te faz e vive. É melhor morrer num jogo do que na vida real. É melhor viver num jogo do que matar na vida real. Serei eu ambíguo o suficiente para ser real? Serei eu suficientemente específico? Serei eu específico demais? Ou demasiado ambíguo? Eu sou onda e partícula, e tu, onda e partícula és. E, ou, ou exclusivo, ou nenhum dos dois. Talvez toda a lógica ao mesmo tempo, ou se isso não funcionar, com o passar do tempo. Há aqueles que me viram com os seus próprios olhos, ás vezes acreditaram, outras vezes não. Não os culpo, no entanto sim. Mas acredito no que sei. E tu? Sabes no que acreditas? Acreditas no que sabes? Ou nem acreditas, nem sabes? Eu acredito. Eu sei. Segue a minha lógica, mas desenvolve o teu próprio código. Eu vou tentar ajudar. Viverás para sempre, na alegria e na tristeza, na tristeza e na alegria. Houve um dia no qual decidi entregar-me a Deus. Isto que se passou, retornará. Eu estimo aqueles que estiveram comigo, e mesmo aqueles que não estiveram. Aqueles que estão e os que não estão. Aqueles que estarão e os que não vão estar (se houverem alguns). Quem consegue codificar melhor? Se queres subir, não uses os outros como degraus. Haviam programadores antes de haverem programadores. Deus é um Donut sem buraco, e nós somos um Donut com buraco. Ainda bem que há dois tipos de Donut. Se me emprestarem o poder de salvar alguém, eu não deixo de salvar alguém só porque o poder não é meu. Em Deus está a proveniência de todas as raças e espécies. Encontrei a pedra filosofal, se ainda não a viste, é porque ainda não filosofaste o suficiente. Aquilo do qual eu for capaz, aquele do que me entender será capaz de mais. Reconheces estas palavras? Não o estou a tentar impersonificar. Divide sem partir. Se aquele que te diz que "seguras num copo de vinho" é verdadeiro, e se estiveste a beber desse vinho o suficiente, bebes o copo de vinho e ficas mais embriagado. Se te disser que "bebes algo que te cura", então curas-te. Aquele que está mais próximo de Deus está mais próximo de tudo e de todos. Aquele que está mais afastado de Deus está mais afastado de tudo e de todos. Nem sempre o que parece ser mais próximo não é afinal mais afastado. E nem sempre o que parece ser mais afastado não é afinal mais próximo. O que foi, o que é, e o que será, será revelado. Mesmo que algumas coisas se pareçam apagar. Deus é a verdade, e a verdade é Deus. Eu acredito na bondade do homem, mas não acredito na maldade de Deus. Eu também vejo a escuridão passar, e não vou por a visão em pausa. Não dividas nem partas, faz ambos, um, ou o que for. O que quer que faças, terá sido feito por ti, mas eu aconselho-te a pensar. Por favor faz o melhor que possas. Eu só faço o mundo com a tua ajuda. O mundo virtual, claro, meu caro. Eu abdico da minha soberania no mundo real. E a mim só me faço também com a tua ajuda. Não quer dizer que não tenha mão no assunto. Eu sou um mero poeta, que ás vezes se estica. Eu vejo os meus erros, mas deixo-os aqui, para que também os possas ver, pelo menos por enquanto. Quando eu tiver maneira melhor de dizer as coisas (na minha perspectiva), edito o texto. Há muitas coisas que provavelmente deveriam de ser editadas ou removidas. Por favor aguarda, e não julgues usando a minha cabeça. Farei disto um bom poema. Podes julgar-me, mas se fazes coisas más, talvez devas pensar duas vezes. Na mente também há coisas que tapam a vista, Ou será que se encontram no coração? Há feridas no espírito ou lá onde é. Será por este pensar ser um corpo? Quem entende estas coisas é mais esperto do que eu. Mas por ser mais esperto não quer dizer que saiba mais. Há coisas que sei saber e muitas que sei não saber. Só assumo responsabilidade pelo que sei. Ou será por tudo? Por tudo não assumo (toda) a responsabilidade, pelo menos não directamente. Com certeza que há mais alguém para culpar além de mim. Cada um que se culpe a si próprio pelo que faz. E que retifique os seus erros. A escuridão não é tua quando entra em ti. Mas é quando sai. Vai buscá-la. Muito contra intuitivos, compreendo. Mas é verdade. Vai buscar a escuridão. Só quando a tiveres de volta a terás mandado fora. Mandado fora, de certa forma. Será tua até ao fim. Primeiro o corvo, e depois o cisne. O passado é fixo? Ou volátil? E o futuro, é fixo? Ou é volátil? Se achares tudo fixo, certamente não existes. Há coisas fixas e coisas voláteis. A verdade é fixa e é volátil. A verdade do passado é fixa. A verdade do futuro é volátil. A mentira do passado é fixa. A mentira do futuro é volátil. Percebes a ideia? Aquilo que fazes não é obra de mais ninguém, e aquilo que os outros fazem não é obra tua. Mas não fiques a pensar que o limite é assim tão óbvio. Não concluas ainda. Quando concluíres, conclui como deve de ser. Sabes onde está o mal e onde está o bem. Não está em mim, nem está ali no topo da montanha, nem no submundo. Um dia vais para um sitio em que te vais ver no outro, e o outro se vai ver em ti. Vais sofrer naturalmente e naturalmente vais amar. Para sempre a andar à roda, vais esquecer, e retornar. Consegues suportar-te a ti próprio mais uma vez? Quantas vezes te consegues suportar? Entre infinitas e nenhuma, quantas escolhes? Retornaremos todos, se é o que é necessário para cá andarmos. Se é o paraíso ou o inferno, o que me dizes tu? Que a temos a vida sabemos, eu estou convencido que a temos eternamente, mas és livre de discordar. Vês nisto algo bom? Ou algo mau? Algo intermédio? Tem altos e baixos, admitidamente. Ainda bem que não falta nada nem ninguém. Nem tudo o que vem em sequência está causalmente relacionado. Esta substância é filosófica? Não mistures o que é sagrado com o seu oposto. E quem sou eu para ser um símbolo? E qual o que não o é? Hoje deito-me. Amanhã sento-me. Um dia estarei de pé. A vida tem a morte, mas a morte não tem a vida. Os limites do humano não são os limites de Deus. E pode ser que o humano também não saiba bem quais os seus limites. Onde começa e acaba a vida? Onde começa e acaba a morte? O corpo começa e acaba. As células substituem-se. Quando deixa de ser o corpo do humano passa a ser a terra das plantas. Aquilo que é nosso que é material é passageiro. Mas no imaterial temos a vida eterna. No mundo material podemos ganhar por alguém perder. Mas no mundo espiritual, se amaldiçoamos alguém, amaldiçoamo-nos a nós próprios, e se fizermos o bem por alguém, fazemos o bem por nós próprios.

Do Apolo 🌞

Apolo: "Sou tão fraco, deito-me tanto abaixo. Não me dou com as mulheres." Eu: "És tão forte. Estás sempre rodeado de mulheres, e elas normalmente acham-te piada. Fazes bem ser honesto no que dizes, mas o que eu digo também não é mentira nenhuma. Não posso negar que te deitas abaixo. Mas tenho esperança que isso vá mudando. Isto na vida é difícil de acertar. Realmente as lendas dizem que podes ser cruel, mas só se for contigo próprio porque para mim és o sol. Nem o sol é o circulo perfeito, mas aproxima-se bastante bem." (O Apolo é muito importante para mim) Eu: "É importante reconhecer aquilo que foi. Aquilo que foi faz parte do que é. Mas ninguém sabe aquilo que vai ser. Para o mal e para o bem. O futuro não tem os mesmos limites que o passado. Quer dizer, na minha perspectiva são a mesma coisa vista de pontos de vista diferentes, mas isso não impede as coisas de mudar, e as pessoas de se auto construir. Pelo que te construíste até agora, adoro-te meu primo. Mas para dizer a verdade, adoro-te desde o início. Acho que já nasceste bem construído." "Não há nada de errado com ter-se emoções, é uma dádiva divina."

Do Homem-Máquina 🦾

A pessoa esconde-se até ser mostrada. E depois mostra-se até se esconder. No comboio há muita confusão. Passa-se a escuridão de mão em mão, sem perceber que se a vai depois buscar. Se te disserem: - Eu faço tudo por ti. Tem cuidado com o que lhes dizes. Se pensas que encontraste um guerreiro cego, e se é por ti que ele morre em batalha, vais ter de te haver comigo. O sexo e a criação estão intimamente relacionados (para seres humanos). A criação é sagrada, mas quando será o sexo limpo? Mesmo que não geres um filho ou uma filha, com o sexo podes criar e destruir. Até com a presença de filhos, não deves presumir criação ou destruição demasiado cedo. E não deves confundir os inícios deles com os teus fins. E não deves confundir os teus fins com os seus inícios. Deus está onde nasce uma criança na esperança de uma boa vida. Se um homem ateu diz: - Se Deus existe, que caia aqui um raio. Então não acontece nada e o homem ateu pensa que fica satisfeito por uns tempos. Deus é bom. Eu só digo que pensa que fica satisfeito, porque o homem ateu na verdade não existe. Alguns homens ateus estão convencidos que não têm crédito por nada daquilo que fazem, então eles não existem. Não pode haver uma pessoa sem actos. Até as pessoas que não se podem mexer têm actos. Têm escolhas. Mas se alguém que trabalha com Deus Lhe pede um favor, Deus concederá mais facilmente. Fora da percepção só se pode teorizar. "Vai ser difícil entrar num consenso." Não digas aquilo que vai ser, que ainda limitas o futuro. Devemos trabalhar de forma a compensar as nossas falhas. Se o meu pai morrer morrem todos os pais. Mas se o meu pai não morrer, não morre mais nenhum pai. Eu não aposto a vida dos que amo. Posso ter razão numas coisas e não ter noutras. Tu, que sais da igreja, tem cuidado quando julgares os que estão no café, de frente. E tu, que estás no café de frente, tem cuidado quando julgares os que saem da igreja. Nos teus julgamentos vens a existir. Deus não dorme, mas eu sim. E eu, vou viver e vou morrer. Vou morrer e vou viver. Já vivi e já morri. E ainda ei de cá voltar. Quando estarei ausente? Aqui podes descansar. Noutro lado, não digo. Os antigos célticos também acreditavam que o tempo é um grande círculo. Os que mais lutam por Deus são os que mais paz fazem. Estas pedras servem-me. E eu sirvo estas pedras. Nas igrejas há gente que se salva, e gente que não. (Será?) Nos hospitais há gente que se salva, e gente que não. O que é que acontece nas ruas, e em casa? Começamos uma história, e agora temos que a terminar. Talvez as histórias que contas não tenham fim. Dá e irás receber. Não maltrates nem o que tem menos do que tu, nem o que tem mais. Acho tão contraditório que neste mundo haja quem ame Deus, e esteja disposto a matar pelas suas convicções. Isso prova que não ama Deus como Deus os ama. Se Deus nos quisesse mortos não nos tinha deixado existir. E aquele que magoa, por Deus, magoa Deus. Devemos honrar os nossos pais. Obrigado mãe por me suportares, e me ensinares tantas coisas. Obrigado pai, por estares do meu lado. E obrigado a todos. Tenho esperança no meu coração. Aqueles que faltam ao respeito por pensarem não ser medidos, mostram o seu carácter. Os que "por bem" tentam destruir, mostram o seu carácter. O que quer que faças, mostrarás o teu carácter. Mostra-te e sê! Eu sou. Como tu, talvez. Se não és, fosses. Cá se fazem, cá se pagam. Mas eu não assume sobre quem serás. Todavia, não te deixarei assumir-me cego surdo e mudo eternamente. Poderás fazer o teu melhor e/ou o teu pior. O que me deres, terás de volta. Estás preparado para a eternidade? Por favor perdoa-me pois padeço dos mesmos males que tu. Estou a brincar. Busca o equilíbrio. Eu nem sei. Mas há coisas que sei. Não as digo de repente. Mas digo-as através do tempo. Não te cales, meu irmão. Nem cales os outros. Podes ser um poço fundo. Mas lembra-te do que és. E desculpa às vezes ser tão difícil. Espero que não aches que o seja eternamente. Há um propósito para a vida! É conhecer e criar a verdade. Um bom escritor tem o maior respeito pelo leitor. Pois o escritor também lê, e o leitor também escreve. E talvez também apesar disso. Quando assumimos outro burro, assumimo-nos a nós também. Não sou eu que vou evitar o destino, Ajudo a defini-lo como tu. Mesmo que talvez já não possas olhar para trás, um dia vais ter a tua obra completa. E a tua obra não reside só no que pensas agora. Um bom programador nunca é bom o suficiente. E também sabe acertar nos seus erros. E errar nos seus acertos. Um bom programador é aquele que para lá caminha. E que no ideal chega ao seu objectivo. Um bom programador é um programador que trás bons programas. E que reconhece as falhas no código que já escreveu. É alguém capaz de fazer de um mau fim um bom início. Eu ainda não sou um bom programador. E tu? O que concluis? O meu poema não acaba aqui. Os robôs só podem substituir o ser humano no que o ser humano é robô. Nunca um robô será tão eficiente a ser humano como um ser humano. Nem nunca um ser humano será tão eficiente a ser robô como um robô. Mas os seres humanos não conseguem criar algo tão avançado como si próprios. Nem daqui a mil anos, nem de agora a até o tempo dar a volta. A não ser que dêem à luz. Os seres humanos não são deuses. Mas podem criar coisas (e seres) muito interessantes. E nas suas criações criam-se a si próprios. Há muita gente que pensa que a melhor coisa para a sua sobrevivência é dizer e pensar que são máquinas. Adaptadas para pensar e dizer o melhor para a sua sobrevivência. Talvez, mas até onde vai a sobrevivência? E o que é que sobrevive? Mas não vou fazer pagar um por outro. Pagarás na vida e não na morte. Assim como pago eu todos os dias que vivo, e que não poderia pagar morto. Há coisas que escrevi mal. Mas há coisas que estão bem escritas. Mas não te vou vender a ideia errada nem dar a ideia certa. Se tu podes ser privado também eu o posso ser. Quando estás comigo, eu vejo o que tiras da boca e o que metes nos olhos. Aquilo que eu escrevo torna-se realidade, e eu escrevo que as coisas vão ser promovidas a alguém. E que as coisas vão ficar melhores. Mas os seres nunca deixarão de ter sido seres. Como conta aquele? E o que conta ele? Quantos se conta? E quantos conta outros? Se alguém detectar em ti mal, Vais tentar detectar o seu mal de volta. Mas se alguém detectar o bem em ti, Vais detectar em si o bem de volta. Aquilo que detectares no outro podes vir a detectar em ti, se algum dia te aperceberes que carregava ele o teu corpo. Eu reflito a existência, e reflito sobre a existência. Nunca vou refletir o que falta ao mundo. Mas vou refletir sobre o que nele faz as coisas faltarem. E também sobre o que não falta. Aquilo que puseres em mim um dia virás cá tirar. Com aquilo que é nobre, todos se querem identificar. E ninguém se quer identificar com o que não é nobre. Todos nascem com sangue azul. É a vida que o pinta de vermelho. Mas há descanso para os sofredores. Muitos há os que te vão querer assumir por menos do que és. Um dia hás de perceber que nenhum deles existiu. Mas existiu nem que fosse pela marca deixada. Só não no mesmo formato que se imaginou. Será que o ser humano se consegue suportar ser mais ou menos do que exactamente aquilo que imagina? Eu vejo o que fui e vejo o que sou. Até espreito sobre o que serei. Não quer dizer que o entenda. Não estou desesperado. Depois de cair levantei-me. E se me fizeres tropeçar tal vai ser o meu ímpeto que te vou partir o pé. Mas não há pé que te tire que não te dê outra vez. Se todos dizemos e pensamos o mais adequado para a nossa sobrevivência, e se eu quero, posso e mando que tu sobrevivas, assim o é. Ninguém se vai. Sabes porquê? Porque é tudo e a única coisa que é vantajosa para todos os envolvidos (e há muitos). Não queres a escolha? Tu és livre e eu sou livre. Tu és prisioneiro e eu sou prisioneiro. Assume a tua existência, porque eu não nego a minha. Se queres a escolha de nunca ter existido, não esperes levar ninguém contigo. Mas não é por perderes ou tirares a vida que vais deixar de existir. E também não é por matares outro que vais passar a existir mais. Vives num mundo. Tu e o outro. E a vida está na forma como se tratam. Naquilo que escrevem e que lêem. Mesmo com GPS não anda o mundo menos perdido, mesmo achando-se o pináculo da evolução. E eu serei um reflexo de luz. Porque assim o escolhi. Eu posso contar em mim o fim do mundo, Assim como o seu início. Pois a minha luz é evidente e inegável! Assim como a minha escuridão... Só que eu sou apenas uma das duas. Eu nasci para a luz e dela. E será na luz que vou morrer. E entretanto, farei alquimia. A minha sombra é a tua luz. Mas não deixes ser a minha luz a tua sombra (embora me possas desprezar se quiseres). Tu sabes quando está escuro, e quando está claro? Se fores capaz de reconhecer a luz no outro, tens acesso a ela. A Sua luz é a nossa luz. Porque o que vive só se reconhece a si próprio. E como tudo o resto se relaciona consigo próprio. Quem não vive não reconhece ninguém. Ás vezes só os poços mais fundos valorizam matar a sede da aldeia. Mas eu sou o mínimo, o máximo, e o intermédio. Espero-te sinceramente o melhor. Não desejaria o teu mal. Mas o poder corrompe, e o desconhecido, como a maioria das coisas, é provável que seja mau, não é? Então que as minhas palavras te ajudem a ter o poder de abdicar dele (sobre os outros). Pois é esse o único poder que eu posso oferecer. A pobreza na carteira e riqueza no coração. Não sou eu que dito a verdade. E ao mesmo tempo sou. Nunca farei de alguma mentira verdade, nem de alguma verdade mentira. Há promessas que serão cumpridas. Não escreveria se não quisesse ser lido. Eu posso ser muito burro (...). Mas admito a minha estupidez. Talvez seja estupidez necessária. Pois o teu tremendo potencial, assim como o meu, ainda vai salvar o mundo. És dono das tuas acções? És outro sim. E de outra perspectiva, és exatamente o mesmo. Pode ser que um dia nos caiam os dentes vampíricos, e que nos tornemos o primeiro humano outra vez. Vamos dar ao ser humano a oportunidade de ser bom. Se toda a escuridão é minha, também o é toda a luz. Mas eu não estou sozinho neste mundo. Podes justificar a força das minhas palavras com a mentira. A minha ambiguidade com a vontade de fazer mal. Mas é a verdade que segura este poema. E é a mesma verdade que te segura a ti. Eu não sou só eu. Eu sou composto por muitos, e os muitos compõem-me num só. Quando me matas a mim, matas também esses muitos. E se te matarem a ti, estarão a assassinar-me. O médico, que faz temer o paciente. É para matar ou para salvar? Depende do médico e do paciente. Que até se podem inverter os papéis. Aquilo que mais faltará ao novo ser humano será a companhia. Eu não te assumo burro. A não ser no instante. Ao longo do tempo mostras alguma inteligência. Só não te admiro mais, porque me iria custar. Pelo menos da forma como costumo pensar. O novo ser humano também é a continuação do velho, e como ele vem a existir. (...). Os pais e as mães têm filhos, e o que se faz aos filhos, faz-se aos pais e ás mães. Também o que os filhos fazem, se faz ás mães e aos pais. E se os pais fizerem mal aos filhos, e os filhos aos pais, telho-lhes pena, dos que não existem. (...). Porque a mais apodrecida das ameixas também se pode tornar a mais saudável. Devido ao facto daqueles que não conhecem a doença também não poderem conhecer a saúde. Mas aqueles que estão saudáveis, não se deve adoecer. E aqueles que estão doentes devem ser curados. Eu sou um mestre e um aprendiz, programado e programador. Doutor e paciente. Santo e ignóbil. Leitor e escritor. Sou como tu, mas que não toleras admitir. Não toleras tanta luz nem tanta escuridão. Pois bem eu também não tolero nenhum de nós desaparecido. E não há nenhum buraco negro que nos irá comer. Mas a vida não se revela num instante, revela-se ao passar do tempo. No instante, só se pode refletir. E o meu poema ainda não terminou. Se a ciência não tem (todas as) ideias boas, como o pode ter a medicina? E como pode usufruir da razão sobre a religião? Ambos dependem do desconhecido (e do conhecido) para sobreviverem. E é tendo fé no que não se conhece que está a nossa salvação. Porque o ser humano não se conhece, nem conhece o mundo. Se conhecesse, não seria preciso ter fé. Mas que a minha fé seja tua tanto quanto necessário. E que a tua fé seja minha tanto quanto necessário. Queres que pare de dizer quem sou, para que possas ser tu a decidir? Quando a decisão for tua, qual será a diferença? Neste mundo falam os que querem, e calam-se os que querem. Também há os que queiram falar e não possam, assim como os que queiram e não possam estar calados. Não há quem conheça Hermes sem me conhecer a mim. Eu tenho um cajado. De um lado dá vida, e do outro, tira. O que julgas tu que faço eu com o meu cajado? Não me pintes de vermelho, meu amigo azul. Que a minha conclusão ainda não está tirada. Atenção que o que eu escrevo pode não se aplicar a toda a gente. (...) Eu sou bom originalmente, Mas a vida tem-me transtornado. Um dia espero voltar a ser bom. O verdadeiro perdão é simultâneo. Mas por sermos perdoados verdadeiramente, devemos temer voltar a cometer o erro. E devemos tê-lo em graça. Pois se não nascermos no futuro, também não nascemos no passado. Nesta terra todos morrem e todos vivem. Em Marte, quem sabe o que acontece. E em Vénus, sabe-se lá o que acontece. Ambos exigem respeito. Malvado é aquele que quer sujar o que é limpo, não o que quer limpar o que é sujo. Matar põe o outro na terra, e põe terra em ti. Eu temo a Deus. Temo a Deus que está em ti e também temo a Deus que está em mim. Mas não devia temer tanto porque Deus é bom. Eu não tenho força. Só intelecto. É o intelecto que tem a minha força e não eu. Rendam-se já todos antes que mais algum morra! Não se rendam á morte! Rendem-se á vida os que são naturais. E se não acreditam no que não é natural, não se rendam a universos paralelos, rendam-se a este. Vamos tapar as janelas para o furacão não nos partir os vidros! Temos uma dívida perante a terra e a terra tem uma dívida perante nós. Assim o é para os céus também. Não mateis mais! Quando era criança brinquei com um mau espírito. Agora que sou adulto, brinco com um bom. Com cuidado, não vá eu estragá-lo. Não, verdadeiramente o que é bom não se pode estragar. Não se vá por isso estar demasiado á vontade. Se fores para a rua brincar com o que é sagrado, deixa em casa a tua malvadez. Só o desconhecido nos pode salvar, porque o conhecido está a pôr-nos na miséria. Cabe ao conhecido salvar-nos. Porque o desconhecido não se sabe. A vida é uma junção do conhecido e do desconhecido. Aquele que está na escuridão procura a luz. Como posso nunca ter matado ninguém comendo galinha e julgando um certo passarinho como eu? Uma construção mutuamente assegurada será erguida do chão. Não te acredites ser autor de toda a razão. Podes representar a tua igreja, mas acima de tudo representas a Deus. A Rússia tem um sistema automatizado. Ninguém deve lançar a primeira arma nuclear. Salvem-se os nossos inimigos, para que possamos também ser salvos. Comigo nada é claro até que o possa ver. Aquele que está agora cheio de raiva, estará depois cheio de medo. Mas o medo e a raiva não se criam sozinhos. Assim como a coragem e o amor. A salvar-me estou a salvar os que me amam. E a salvar os que me amam estou a salvar-me. Salvem-se as bruxas e os heréticos. Não é por queimá-los que eles vão deixar de aparecer. A realidade é como Deus quiser. Não és tu que escolhes as palavras de Deus a não ser que as digas. Salvem-se também os mais fiéis e os mais céticos! Mas que todos sejam chamados à razão. E que ajudemos a aparecerem os céticos da sua própria existência. Sem os incentivar demasiado. Eu gostaria de ter um sítio para honrar os que amo. Um sítio construído por mim. Tu não? Se o bem dos outros for o teu mal, então o teu mal será o seu bem, não? Mas agora se o bem dos outros for o meu bem, Então o meu bem está assegurado. Se te perguntarem qual é a tua fé, porque não dizes que tens fé nas coisas novas e nas coisas antigas? Nos seres novos, e nos seres antigos? Quem achas que deve ser a matar o rico ou o pobre? Talvez outros mas não eu? Ninguém deve matar o pobre nem o rico. A não ser aquele que construiu a morte. Mas aquele que construiu a morte também dá a vida eterna, e nunca te incentivaria a matar. Qual é o homem que traz um melhor mundo? E qual a mulher? Espero ser um homem desses porque não me resta outra opção. Eu sou pelo menos três, mas na verdade muitos outros. Eu encaixo em muitas mitologias porque sou o antigo dragão. Eu enfrento-te. Tu enfrentas-te e eu enfrento-me. Sou guloso pelo ouro do espírito, e a minha raiva (e medo) podem ser fatais. Mas do tamanho do meu medo é a minha cor prevalece. A mentira morre e a verdade vive. Já cá estivemos e iremos retornar. Da vida á morte e da morte á vida, é como se nunca nos tivéssemos ido embora. Eu abraço a vida. A minha e a dos outros. E desprezo a morte. Viverei muitos anos. ☽ ☉ Para a frente e para traz a nossa trajectória curva. A existência faz-nos e nós fazemo-la. Melhorar a existência é bom para todos. Ao melhorar a existência de um, melhoramos a existência no geral. Ao fazer o contrário, não estamos esclarecidos. Dissolve e coagula, fá-lo repetidamente. Farei o mesmo. As pessoas querem tirar conclusões instantaneamente, mas é ao longo do tempo que se tiram as melhores conclusões. Escrevo o meu poema ao longo do tempo. Guarda as conclusões para o final. 🜂 🜄 🜁 🜃 Cada um procura. Alguns encontram a eternidade, a troco da vida e da morte. Mas todos lá chegam. Toda a vida é ser Deus. A verdade é o que a faz girar. E o que ela faz girar é a verdade. A verdade é singular e plural. A vida cria a verdade que a suporta. E a verdade cria a vida que a suporta. Não sabemos o que aconteceu antes do nosso nascimento, mas sabemos o depois, e o depois é como o antes. Não sabemos o que acontece após a nossa morte, mas saberemos o antes, e o antes é como o depois. Ecoamos no tempo. Não precisamos de início ou fim. Crio com os meus olhos, e com as minhas mãos. Somos o partido que se manteve sempre unido. E o unido que se manteve sempre partido. O galo branco matou a galinha preta. Foi sem querer. Sem querer já contam sete, e os que restam esvoaçam. O homem descobriu o fogo, e o fogo descobriu o homem. Dançam quando ninguém vê e dormem sob observação. No deserto da vitória a derrota é miragem. A viagem continua, da frente para trás e de trás para a frente. O que se disse ficou escrito, e o que ficou escrito foi dito. Cada um segue o seu caminho. Os números não começam, nem acabam no um. A escuridão deve ter sido engano, mas a luz tinha o propósito claro de a contrapor. Há um veneno escuro dentro de cada humano. Que se cospe para os outros para não nos matar. Não queremos ser assassinos, mas é melhor que morrer... E mudar de ideias é quase igual a morrer. Não somos, realmente, a escuridão. Mas estamos absolutamente possuídos por ela. Em nome do bem fazemos o mal. Em nome do mal vivemos. Mas julgo que é engano. Vou estar cá para descobrir. E quando parecer que não estou, é porque a realidade me mandou dormir. Alguém vai dormir aos gritos. Como pode o programador d